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  • Correio do Brasil - 31/10/2012 - 21:53h
    01/11/2012

    Aposentados e pensionistas do Aerus pedem que governo cumpra sentença do STF
    Akemi Nitahara

    Rio de Janeiro – Fazendo muito barulho com megafone, caixa de som, apitos e matracas, aposentados e pensionistas do Instituto Aerus de Seguridade Social (Aerus) fizeram manifestação hoje (31) no saguão do Aeroporto Santos Dumont, no Rio. O protesto ocorreu também nos aeroportos de Congonhas (São Paulo), Salgado Filho (Porto Alegre), Afonso Pena (Curitiba) e Internacional de Recife.

    De acordo com a diretora de assuntos previdenciários do Sindicato Nacional de Aeronautas (SNA), Graziella Baggio, desde a intervenção no fundo de pensão, em 2006, os trabalhadores não tiveram mais condições de receber o dinheiro que haviam depositado e começaram a ter os benefícios reduzidos.

    “Nós estamos com a ação desde 2003, buscando fazer com que o governo ressarça o fundo, porque ele permitiu 21 negociações da Varig junto ao fundo e oito da Transbrasil. E as empresas nunca pagaram. Então, as empresas deixaram de pagar e o governo concordou. O governo, que era o órgão de fiscalização, permitiu isso sem observar o direito do participante”.

    Grazziela explica que, em 2006, os beneficiários ganharam uma antecipação de tutela, reconhecendo o risco e a possibilidade da redução nos valores pagos. De acordo com ela, o governo recorreu e o Supremo Tribunal Federal (STF) julgou, em 2010, que a União teria que pagar a complementação do benefício até ser julgado o mérito de todo o processo. “Mas a decisão de primeira instância saiu em julho e a União não deu sinal nenhum de cumprimento da decisão”, diz a sindicalista.

    A diretora do SNA explica que, atualmente, o Aerus está sob intervenção e passa por processo de liquidação. “Ninguém mais contribui e o pouco dinheiro que ainda consta está sendo pago a esses aeronautas e aeroviários. Alguns estão recebendo R$ 40, R$ 80, sendo que contribuíram a vida toda com 10%, 20% do salário para ter um fim de vida com tranquilidade”.

    O Aerus tem 10 mil aposentados e 10 mil trabalhadores da ativa tinham dinheiro no fundo. De acordo com o SNA, nesses seis anos 756 pessoas morreram sem receber o que tinham direito.

    Fantasiado de morto-vivo, o comandante José Alencar de Castro, de 81 anos, diz que, depois de 37 anos de serviços prestados na Varig e contribuição ao fundo, depende da ajuda de filhos e netos para sobreviver. “Eu fui piloto desde os anos 50, passei por todos os aviões da companhia e fui comandante de linha internacional da Varig. Me aposentei tem mais de 15 anos e depois disso acabou, agora eu sou um comandante falido, pronto para morrer. Estou no final”.

    A comissária aposentada Lúcia Paes participou do protesto com um megafone na mão, explicando aos passageiros do Aeroporto Santos Dumont a situação do Aeros e cobrando providências do governo. Depois de 26 anos de trabalho na Varig e na Cruzeiro, aos 58 anos, junta sua renda com a do marido e dos filhos para pagar as contas.

    “O Fundo de Pensão Aerus foi criado para pagar,depois da aposentadoria, uma complementação, seria a nossa aposentadoria privada. Pagamos durante vários anos e hoje o que a gente escuta é que nós somos culpados por termos sido roubados, porque nós não escolhemos bem os nossos gestores. Mas isso não é verdade”.

    A Advocacia-Geral da União (AGU) informou que a decisão de 2006 do Tribunal Regional Federal da 1ª Região, que determinava o complemento do benefício do Aerus pela União, ficou suspensa por determinação do STF até meados deste ano, quando o juiz da 14ª Vara Federal do DF proferiu sentença acolhendo o pedido do SNA.

    Mas, de acordo com a AGU, a União entrou com recurso alegando que a decisão liminar perdeu o objeto, já que o juiz não concedeu na sentença a complementação dos benefícios. O recurso foi acolhido  no último dia 26 de outubro, quando o Tribunal determinou a revogação da ordem para complementação do benefício, por causa da perda do objeto.

     

     

    Folha de São Paulo
    01/11/2012

    Japonesa Honda faz jato executivo nos EUA e quer criar Civic dos céus
    Montadora quer entrar no mercado de aviões com modelo que tem design inteligente

    A montadora japonesa Honda começou a produzir um pequeno jato executivo com o objetivo de criar um "Civic dos céus". O modelo pode tornar a empresa uma importante competidora entre os fabricantes de aviões. A companhia anunciou ontem que a sua unidade de aviões nos Estados Unidos está fabricando um pequeno jato para cinco passageiros, que se destaca por ter dois motores montados sobre as asas.

    "A certificação federal dos EUA para o motor do jato deve vir antes do fim deste ano e para a aeronave no próximo ano", disse a porta-voz da Honda Fumika Ishioka.

    Segundo a porta-voz da empresa, mais de cem clientes fizeram encomendas pelo HondaJet.

    Mas a Honda enfrenta obstáculos para entrar no mercado, especialmente diante do design incomum do avião e da falta de histórico da empresa em serviços e manutenção de aeronaves.

    "Toda essa novidade assusta muitas pessoas", disse o analista Jeffrey Lowe, da consultoria Asian Sky Group.

    O design do jato de US$ 4,5 milhões, com os motores montados sobre as asas, é parte da razão que permitiu maior espaço interno e eficiência no consumo de combustível, segundo o engenheiro-chefe, Michimasa Fujino, agora presidente das unidades de aviação da Honda em Greensboro.

    Comparado com jatos similares, o HondaJet é projetado para voar cerca de 10% mais rápido e pousar e decolar em pistas mais curtas. Além disso, precisa de cerca de 20% menos combustível.

     

     


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