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  • Cenario.MT
    27/09/2012

    'Mão de Deus' salva avião da TAM de acidente nos EUA
    Defeito no trem de pouso dianteiro, virado de lado, foi corrigido quando a aeronave estava a apenas 15 metros da pista do Aeroporto JFK, em Nova York

    Os passageiros do voo JJ8078 da TAM, que decolou na madrugada desta quarta-feira do Rio de Janeiro com destino a Nova York, podem se considerar salvos por um "milagre". Pelo menos é assim que um funcionário da equipe de resgate do aeroporto JFK explica como as 190 pessoas a bordo da aeronave escaparam de um acidente pouco antes da aterrissagem, perto do meio-dia.

    Um defeito no trem de pouso dianteiro, que estava virado de lado e poderia levar o Airbus 330 a aterrissar com o nariz direto no chão, foi corrigido a apenas 15 metros da pista, deixando o trem de pouso travado na posição correta. "Foi como se a mão de Deus virasse as rodas", disse ao jornal New York Post um dos membros da equipe de resgate do aeroporto, colocada a postos diante da possibilidade do acidente.   
     
    "Todos estavam em pânico dentro do avião", revelou a passageira Anna Maria Falcão à rede americana ABC. "Até a tripulação andava de um lado a outro em pânico, dizendo 'Não se preocupem, ninguém vai morrer'. Muita gente estava chorando", afirmou a brasileira, que viajava a Nova York com a mãe, o marido e o filho de um ano.
     
    Segundo um morador de São Paulo ouvido pela emissora o capitão do Airbus procurou manter os passageiros calmos, dizendo que sua equipe "sabia o que estava fazendo". No momento em que a aeronave finalmente tocou o chão, o alívio foi imediato: o pouso acabou sendo perfeito, dispensando as medidas de emergência. Ninguém ficou ferido.
     
    Procedimentos – O defeito no trem de pouso foi percebido pela torre de controle. Por duas vezes, o avião deu voltas em torno do aeroporto para que os controladores de voo avaliassem se havia condições de aterrissagem. Dentro do Airbus, a tripulação comunicou que nenhum problema havia sido detectado, mas a torre insistiu que o trem de pouso parecia virado 90 graus para o lado.
     
    Fontes do aeroporto JFK afirmaram ao site especializado The Aviation Herald que a tripulação foi aconselhada pelo setor de manutenção da TAM a resetar uma chave ligada ao manche do trem de pouso. Mesmo depois do procedimento, a torre afirmou que o equipamento parecia não estar funcionando como deveria. Pouco antes de tocar o chão, no entanto, as rodas se endireitaram.  Em nota, a TAM afirmou que "que tripulação tomou todas as medidas de precaução necessárias, e a aterrissagem ocorreu em total segurança, às 11h56".

    Veja imagens do pouso do Airbus da TAM em reportagem da TV americana:

     

     

    Valor Econômico
    27/09/2012

    Reformulação do 777 causa alvoroço na Boeing
    Jon Ostrower

    A Boeing Co. está lutando com um dos problemas mais espinhosos do mundo dos negócios: Como e quando substituir um produto de sucesso? O grande jato bimotor 777 fabricado pela empresa aerospacial americana precisa de uma reforma, segundo as companhias aéreas e licenciadas que fizeram do 777 sua aeronave principal nas rotas de longa distância, desde o seu lançamento em 1995.

    O 777 paga as contas da Boeing, gerando até US$ 1,2 bilhão em receitas a cada mês, com base no preço médio de venda do modelo maior e mais popular, segundo a Avitas, consultoria do setor aéreo.

    É muito dinheiro para arriscar em um novo projeto, mas as encomendas para o 777, que no momento não tem rival, estão diminuindo, agora que as aéreas esperam a próxima geração desse jato e um modelo concorrente que já está no horizonte, da fabricante europeia Airbus.

    Lutas internas irromperam nos últimos meses na Boeing sobre como manter o custo do novo jato sob controle, disseram pessoas da empresa e executivos do setor aéreo. Clientes importantes também discordam do projeto final da aeronave.

    O debate interno foi intensificado pelos tropeços da Boeing ao renovar seu 737, uma nave de corredor único, e os anos de atraso e bilhões de dólares de excesso de custos no seu mais recente grande projeto em desenvolvimento, o 787 Dreamliner. Mas a disputa sobre como construir um novo 777 com um preço de venda realista é um aspecto fundamental do complexo processo de conceber e projetar uma aeronave.

    "É um processo minucioso, com vigorosas discussões em curso, para garantir que chegaremos ao mercado com o avião certo, na hora certa, alavancando a tecnologia certa e com o esquema econômico certo", disse a Boeing em um comunicado.

    No início do ano, a Boeing parecia ter um roteiro bem claro a seguir. Apelidado de 777X, o proposto jato, um modelo renovado, incluía uma asa nova, turbinas atualizadas e outras melhorias para aumentar o desempenho. Mas seus planos não estão tão claros hoje, dizem os clientes. A Boeing está fazendo grandes cortes para reduzir os custos do seu novo e ambicioso projeto, embora o plano atual seja o preferido da Dubai Emirates Airline, a maior cliente do 777.

    "Eu deixei bem claro para [o diretor-presidente da Boeing] Jim McNerney que esse era um produto que eles deveriam considerar seriamente. Eles estavam entusiasmados, mas depois parece que tudo deu errado", disse Tim Clark, diretor-presidente da Emirates. Clark informou que expressaria suas opiniões novamente em um discurso hoje para o Câmara de Comércio Britânica-Americana, em Seattle, no Estado americano de Washington, perto de onde a Boeing fábrica o 777.

    Em agosto, Ray Conner, o novo diretor-presidente da divisão comercial da Boeing, procurou contradizer uma reportagem de um jornal de Seattle segundo a qual o trabalho no projeto 777X estava se desacelerando. Conner mandou uma nota aos funcionários dizendo: "Quando estivermos satisfeitos com os riscos, os custos e o cronograma, além de muitos outros fatores importantes, nossa intenção é apresentar um plano" aos clientes e ao conselho administrativo, no fim de 2012 ou início de 2013.

    A Boeing já precisou tomar decisões difíceis. No ano passado, a empresa foi obrigada a renovar às pressas, em vez de substituir, seu modelo mais vendido, o jato 737 de um corredor, depois que a AMR Corp., controladora da American Airlines, que antes tinha uma frota inteiramente Boeing, dividiu seu pedido entre a Boeing e a Airbus, unidade da European Aeronautic Defence & Space Co., encomendando centenas de jatos Airbus renovados.

    Lars Andersen, ex-gerente de programa do 777 que ajudou a projetar a aeronave original na década de 1990, foi convidado a suspender sua aposentadoria em 2010 para trabalhar no 777X. Ele e sua pequena equipe apresentaram o que seria o avião comercial mais eficiente já vendido, superando até mesmo o desempenho do Dreamliner, de acordo com conversas com os clientes e documentos obtidos pelo The Wall Street Journal.

    Os planos apresentados às empresas aéreas eram para uma aeronave com economia de combustível 21% maior do que o modelo mais recente do jato, o 777-300ER, e custo de operação 16% menor. O 777 atualizado, que se inspirou no Dreamliner para suas asas de compósito de fibra de carbono, seria ainda maior do que o jumbo747 de dois andares da empresa. A Boeing iria alongar o corpo do avião em dois modelos e instalar novos motores.

    Depois de ultrapassar o orçamento no Dreamliner, a Boeing, que também estava gastando dinheiro para atualizar seu 737 e para desenvolver um novo avião-tanque para a Força Aérea americana, procurava conservar recursos. A equipe de Andersen entregou o que as aéreas queriam, mas os enormes custos de desenvolvimento do gigantesco jato de alto desempenho implicariam um preço de venda igualmente elevado.

    Agora, depois de 18 meses de estudos, a Boeing, como parte de suas iniciativas de corte de custos, está reexaminando a ideia de uma aeronave menos custosa, um 777X com asa metálica, que conservaria dois terços da asa atual. Mas o design menos ambicioso da Boeing seria de 3% a 4% menos eficiente do que o modelo com fibra de carbono, segundo um possível cliente.

    "Assim como todos os outros esforços de desenvolvimento de aeronaves, este é um processo interativo. Deixamos que os dados vindos de nossos estudos e os subsídios dos nossos clientes indiquem o rumo para o melhor projeto", informou a Boeing.

    Com o atraso na entrega do Dreamliner e o Airbus 350 ainda parado, as aéreas se voltaram para modelos mais velhos, o 777 e o A330 de corredor duplo, enquanto a demanda por viagens aéreas continua se ampliando.

    Adam Pilarski, da Avitas, diz que o tempo favorece a Boeing, pois o A350 da Airbus, cuja meta é tornar obsoleto o 777-300ER, também enfrenta atrasos. Ele está programado para entrar em serviço em 2017, e não em 2015, como planejado anteriormente. (Colaborou Daniel Michaels)

     

     

    Folha de São Paulo
    27/09/2012

    Voo da TAM faz pouso de emergência em NY
    Airbus A330 partiu do Galeão, no Rio, e teve problemas no trem de aterrissagem

    Um voo da TAM, com 190 passageiros, fez um pouso de emergência no aeroporto John F. Kennedy, em Nova York, no fim da manhã de ontem. Ninguém ficou ferido. O voo JJ8078, um Airbus A330, decolou do aeroporto do Galeão, no Rio, à 1h09, e apresentou um problema no trem de pouso dianteiro durante os procedimentos para pousar.

    Em nota, a TAM disse "que a tripulação tomou todas as medidas de precaução necessárias, e a aterrissagem ocorreu em total segurança, às 11h56".

    Um vídeo exibido pela rede americana ABC mostra o momento do pouso.

    Segundo a emissora, a aeronave teria dado uma volta pela área do aeroporto para que a torre de controle pudesse ver se havia condições para a aterrissagem.

    Em junho, um voo da companhia teve de fazer um pouso forçado em Brasília. A aeronave da TAM havia partido do Galeão, no Rio, com destino a Belém, mas, próximo a Brasília, comissários e passageiros suspeitaram de que havia principio de incêndio em um dos banheiros.

    Segundo a companhia, foram encontrados papéis queimados na lixeira e havia cheiro de álcool.

    Em janeiro deste ano, outro voo da TAM, que havia partido do aeroporto Charles de Gaulle, em Paris, com destino ao Rio, precisou voltar para o aeroporto francês devido a um problema técnico.

    Na ocasião, a TAM afirmou que "o comandante seguiu o procedimento recomendado para a situação e não prosseguiu com o voo".

     

     


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