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  • Valor Econômico
    17/08/2012

    Latam cria unidade integrada para carga
    Alberto Komatsu

    A Latam Airlines, união entre a chilena LAN e a TAM Linhas Aéreas, deve anunciar hoje um dos passos mais importantes do seu processo de fusão. A holding criou uma unidade de transporte de cargas no Brasil, com a integração da Absa, filial da LAN Cargo, com a TAM Cargo, que já nasce como a maior do setor.

    A TAM Cargo será a bandeira de carga no Brasil e a LAN Cargo é a marca para o mercado internacional. O investimento no país será de US$ 100 milhões, com recursos próprios. Eles serão destinados a melhorias de infraestrutura, frota e tecnologia.

    Cerca de 20% dos investimentos no país serão utilizados para ampliação e reforma dos terminais de carga nos aeroportos paulistas de Congonhas e de Guarulhos. Só este último terminal terá 14 mil metros quadrados. Ele terá capacidade de movimentação de mil toneladas de remessas por dia.

    Outra novidade é chegada do primeiro avião cargueiro da TAM Cargo. Até então, a empresa usava os compartimentos de carga dos aviões para passageiros da TAM Linhas Aéreas. O primeiro avião da TAM Cargo será um modelo 767-300F, da americana Boeing, pintado com o seu logotipo.

    A Absa, filial da LAN Cargo há 15 anos, tem mais três aviões da mesma família, que, a princípio, permanecerão com a pintura da Absa e serão operados por ela. Comercialmente, porém, a operação está sendo assumida pela TAM Cargo. Ao ser acessado, o site da Absa já faz um direcionamento para a página de internet da TAM Cargo.

    Com o 767-300F que será pintado com o logotipo da TAM Cargo, a LAN Cargo passa a ter 12 aeronaves desse tipo em sua frota. Esse modelo de avião tem capacidade para transportar 57 toneladas, com autonomia para voos de longo curso. A LAN Cargo também deverá encerrar 2012 com quatro cargueiros do modelo 777, também da Boeing, segundo balanço da Latam, do segundo trimestre. A frota total, portanto, será de 16 aviões.

    A integração da área de cargas da Latam acontece num momento de desaceleração desse setor. No Brasil, dados da rede de Terminais de Logística de Carga (Teca), da Infraero, mostram que a movimentação total, de janeiro a junho, acumula queda de 7,19% em volume.

    A movimentação de cargas de importação e exportação teve recuo de 7,56% no primeiro semestre, na comparação anual. O transporte de cargas domésticas apresenta redução de 6,21%, na mesma base de comparação.

    O balanço da Latam do segundo trimestre mostra um cenário de recuo no transporte de cargas. A receita com esse tipo de serviço foi de US$ 382,2 milhões, uma diminuição de 6% em relação a igual período de 2011. Em volume de transporte, o recuo foi de 2,2%, na mesma base de comparação. Esses dados incluem oito dias de resultado da TAM, pois a integração foi formalizada no dia 22 de junho.

    A situação do mercado global é parecida. Segundo a Associação Internacional do Transporte Aéreo (da sigla em inglês Iata), o transporte de cargas acumula recuo de 2,6% no primeiro semestre, na comparação anual. A maior taxa de redução foi observada na Ásia-Pacífico, com queda de 7,1%.

    O maior crescimento do transporte de cargas é do Oriente Médio, com alta de 14,8% de janeiro a junho em relação ao mesmo período do ano passado. Na América Latina, a taxa é negativa em 0,4%, na mesma base de comparação.

     

     

    Folha de São Paulo
    17/08/2012

    Após dia de caos em aeroportos, Justiça proíbe protesto da PF
    Decisão saiu à noite, após um pedido do Ministério da Justiça, que viu abuso de poder dos policiais federais - Manifestações afetaram ao menos 15 aeroportos, como os de Cumbica e Brasília; para sindicato, medida pode ser inócua

    Em um dia marcado por transtornos em ao menos 15 aeroportos do país, o STJ (Superior Tribunal de Justiça) proibiu policiais federais de realizarem a chamada operação-padrão e determinou uma multa de R$ 200 mil por dia caso haja desrespeito.

    A decisão, que vale também para os policiais rodoviários federais, foi tomada ontem à noite, após uma ação movida pela AGU (Advocacia-Geral da União), a pedido do Ministério da Justiça.

    A decisão, concedida pelo ministro Napoleão Nunes Maia Filho ontem à noite, não foi determinante para sustar os protestos que, no aeroporto de Cumbica, em Guarulhos, foram até as 22h30.

    O principal efeito, no entanto, será inibir novas manifestações do tipo, como as previstas para ocorrer na próxima segunda-feira em portos, aeroportos e rodovias.

    O dia de protestos, batizado de Operação Blecaute, ocorreria em todo o país segundo Alexandre Sally, presidente do sindicato de policiais federais de São Paulo.

    As operações-padrão -nas quais a fiscalização é mais rigorosa que a habitual- provocaram filas ontem em aeroportos importantes como Cumbica, em Guarulhos, Brasília, Manaus e Porto Alegre.

    De acordo com o advogado-geral da União, Luís Inácio Adams, que entrou com a ação no STJ, a medida foi sugerida à presidente Dilma Rousseff, que acatou a ideia.

    "Não é mais tolerável, não é mais aceitável, não é mais admissível que o servidor público ou um conjunto de servidores públicos abusem de sua competência ou de sua autoridade para o fim de pressionar o governo", disse.

    Para Marcos Wink, presidente da Fenapef (Federação Nacional dos Policiais Federais), a decisão pode ser "inócua", já que a categoria que representa e outras -como a dos policiais rodoviários federais- estão apenas realizando o seu trabalho.

    "É trabalho da Polícia Rodoviária Federal, por exemplo, trabalhar na estrada. O STJ vai definir como eles têm que trabalhar? Eu posso continuar fazendo [a operação-padrão] e trocar de nome."

    Para o governo, porém, esse tipo de ação é um "desvio de finalidade" das competências dos policiais. "Eles não estão promovendo o exercício da fiscalização e do controle da lei, mas usando uma competência legal que eles têm para pressionar governo e sociedade", disse Adams.

    Segundo ele, a medida servirá de exemplo para outras categorias que queiram promover o mesmo tipo de pressão. "Pode e será aplicada."

    PUNIÇÃO

    O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, determinou às direções da PF e da Polícia Rodoviária Federal que apurem as manifestações e punam servidores, se ficar provado que houve desvio.

    "Ninguém pode usar a sua competência legal para criar obstáculos à população."

    O ministro classificou a manifestação realizada ontem como "abuso de poder" e "afronta à Constituição" por parte dos servidores.

     

     

    Folha de São Paulo
    17/08/2012

    No pico, protesto chega a deixar 4.000 pessoas na fila em Cumbica
    Manifestação terminou às 22h30, bem depois da decisão judicial que considerou operação ilegal - Protestos também afetaram outros aeroportos ao longo do dia, como os de Brasília, Curitiba e Manaus

    A combinação de cerca 9.800 passageiros de voos internacionais para embarcar e a operação-padrão da Polícia Federal travou entre 17h e 22h30 o aeroporto de Cumbica, ontem, em Guarulhos. No pico, havia cerca de 4.000 pessoas nas filas. A espera de passageiros para embarcar superava duas horas.

    As filas dos terminais chegaram a se cruzar, algo que não aconteceu nem no apagão aéreo de 2006, disse um executivo da Infraero, que administra o aeroporto.

    Passageiros ficaram irritados com a PF. A exemplo da quinta-feira passada, os policiais federais decidiram revistar um a um os usuários que embarcavam para o exterior, trabalho normalmente feito por amostragem. Havia mais de 400 policiais, contra 120 de um dia normal, segundo o sindicato da categoria.

    "Acabei de vir de Belo Horizonte. Lá tinha fila, mas essa aqui é incomparável", disse o engenheiro Celso Barcelos, 32, que pegaria um voo para Detroit (Estados Unidos). À frente dele havia mais de mil pessoas, de acordo com um funcionário da Infraero.

    No início da noite, a PF passou a permitir que passageiros com voos prestes a sair passassem à frente. Na quinta-feira passada, os policiais não haviam aberto essa exceção, o que levou pessoas a perderem os seus voos.

    Segundo a Infraero, até as 21h, cerca de 18% dos voos internacionais atrasaram -um em cada seis. Na semana passada, o índice superou 30%.

    Funcionários da Infraero atribuíram o índice menor a dois fatores: ao fato de passageiros terem chegado mais cedo, por saber da operação, e em razão de os agentes terem passado à frente passageiros com voos prestes a sair.

    BRASÍLIA

    No aeroporto Juscelino Kubitschek, em Brasília, a fila para o embarque internacional chegou a dar volta no andar superior do aeroporto.

    Além da demora para o embarque, a emissão de passaportes no local foi cancelada.

    De acordo com a Infraero, quase 20% dos voos na capital federal sofreram atraso.

    O aeroporto Afonso Pena, de Curitiba, foi um dos mais atingidos pelo protesto: 47% dos voos estavam atrasados.

    Em Manaus, havia cerca de 500 pessoas na fila ao meio-dia. O pedagogo Sérgio Monteiro, 55, que tinha viagem marcada para Fortaleza, protestou. "Já viajei cinco vezes este ano e não há fiscalização. Agora que querem aumento estão fiscalizando."

     

     

    Folha de São Paulo
    17/08/2012

    'Suítes voadoras', novos jatos executivos têm até chuveiro
    MARIANA BARBOSA

    Tomar um banho ao fim de um longo voo se transformou em um dos mais cobiçados artigos de luxo a bordo de um jato particular. Os chuveiros são uma das grandes novidades das aeronaves executivas em exposição na feira Labace, que termina hoje em São Paulo.

    "Queremos que a experiência a bordo seja a mais parecida com a que o cliente tem em casa", diz Cláudio Camelier, diretor de estratégia de produto da Embraer Aviação Executiva.

    Além de chuveiro, o Lineage 1000 (preço de lista de

    R$ 55 milhões), maior e mais luxuoso jato da fabricante brasileira, pode ser adquirido com cama de casal (queen size), Wi-Fi, copa equipada com máquina Nespresso e cooler de vinhos. Tudo isso em uma área útil de cabine de 70 m², equivalente a uma suíte executiva de um hotel como o George V, em Paris.

    Essa verdadeira suíte voadora tem autonomia para voar de São Paulo a Lisboa, em Portugal (8.100 km).

    A versão atualizada do Global Express da Bombardier, o novo Global 6000, também vem com o opcional de chuveiro -e preciosos 173 litros de água, para 40 minutos de banho quente. Tudo com a mais alta tecnologia, jato de hidromassagem e termostato digital para definir a temperatura. Para não tomar muito espaço da cabine de 31,1 m², a porta do bagageiro fica dentro do box.

    O jato, cujo primeiro exemplar no Brasil foi adquirido pelo banqueiro André Esteves, custa US$ 58,5 milhões e tem autonomia de voo de 11.100 km, suficiente para voar de São Paulo a Berlim, na Alemanha.

    Outra novidade que está se tornando mandatória nos jatos mais exclusivos é conexão de internet e um deck para iPhone que permite controlar, do aparelho, desde a iluminação até o som da TV.

     

     


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