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  • Terra.com.br
    31/07/2012

    Venezuela compra 6 aviões da Embraer e reserva outros 14

    A Venezuela assinou nesta terça-feira um contrato de compra de seis aviões do modelo E190 da Embraer, além de uma opção de compra de outras 14 aeronaves similares, em um ato paralelo à visita a Brasília do presidente venezuelano, Hugo Chávez, para participar da cúpula do Mercosul.

    O contrato tem um valor de US$ 270 milhões e pode chegar aos US$ 900 milhões no caso de a Venezuela confirmar a compra de todas as aeronaves reservadas, segundo foi anunciado na cerimônia oficial de assinatura do contrato, da qual participaram Chávez e a presidente Dilma Rousseff.

    O acordo foi assinado pelos representantes da Embraer, terceira maior fabricante mundial de aviões e maior produtor de aeronaves para voos regionais, e da companhia aérea estatal venezuelana Conviasa.

    Segundo a Embraer, a primeira das seis aeronaves será entregue no final deste mesmo ano.

    A Conviasa pretende utilizar as aeronaves para ampliar as rotas nacionais e regionais perante a necessidade de aumentar a troca com a América Central e o Caribe, segundo o Governo venezuelano.

    O E190 é um avião com capacidade para transportar cem passageiros e pertence a uma família de aparelhos com capacidade para entre 70 e 120 passageiros que a empresa brasileira já vendeu a 60 companhias aéreas de 42 países.

    O negócio foi anunciado em janeiro passado por Chávez, mas só se concretizou agora porque estava condicionado a um crédito do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

    O avanço das negociações permitiu que o contrato fosse assinado durante a visita de Chávez a Brasília para participar da cúpula extraordinária desta terça-feira em que se formalizará a adesão da Venezuela ao Mercosul como membro pleno.

    Na cúpula também participarão os presidentes da Argentina, Cristina Kirchner; e do Uruguai, José Mujica, mas não do Paraguai, o outro membro do bloco, que está temporariamente suspenso. EFE

     

     

    Valor Econômico
    31/07/2012

    Aéreas americanas têm prejuízo na América Latina
    Alberto Komatsu

    As quatro aéreas americanas que operam no Brasil, American Airlines , Delta Air Lines, United Continental e US Airways, acumulam expansão de 3,05% no transporte de passageiros na América Latina no primeiro semestre, em relação a igual período de 2011.

    Apesar de o desempenho latino-americano representar quase o dobro da média consolidada global, de 1,25% na mesma base de comparação, a maior parte das operações não dá lucro. Três companhias acumulam prejuízo líquido de US$ 2,05 bilhões no primeiro semestre. Só as perdas da American Airlines, em processo de concordata, é de US$ 1,9 bilhão no período. A United teve perdas de US$ 109 milhões e a Delta, de US$ 44 milhões. O único lucro veio da US Airways, com US$ 355 milhões.

    A maior demanda por viagens aéreas na América Latina, no primeiro semestre, é da United, com expansão de 4,3%. A American Airlines vem logo atrás, com 3,1% de crescimento, seguida pela Delta, com 2,5%, e US Airways, com 2,3%.

    O melhor desempenho global foi obtido pela US Airways, com expansão de 2,9% no fluxo de passageiros transportados de janeiro a junho, na comparação anual. A American Airlines teve o segundo melhor resultado, com taxa de crescimento de 1,4%. Delta e United apresentaram taxas semelhantes, 0,6% e 0,4%, respectivamente.

    O último levantamento mensal de desempenho global do setor aéreo, da Associação Internacional do Transporte Aéreo (da sigla em inglês Iata), mostra que a América Latina tem o segundo melhor resultado no primeiro semestre, com crescimento de 9,8%. Essa taxa ficou acima da média global, de 7,5% no mesmo período.

    O resultado latino-americano só fica atrás do desempenho do Oriente Médio, com crescimento de 17,6% no acumulado dos seis primeiros meses do ano. A região Ásia Pacífico teve expansão de 7,3%, seguida pela Europa, com 6,1%. A pior performance veio da América do Norte, com 2,7%.

    "Os negócios e a confiança do consumidor estão encolhendo. E nós estamos vendo os primeiros sinais desse efeito na desaceleração da demanda e taxas de ocupação dos aviões mais suaves", disse recentemente o diretor-geral e CEO a Iata, Tony Tyler.

    No Brasil o setor também nota desaceleração no ritmo de crescimento. A demanda por viagens aéreas acumula aumento de 6,54%, de janeiro a maio, em relação ao mesmo período do ano passado. Esse resultado é bem inferior aos 21,74% de igual período do ano passado.

    As duas maiores companhias aéreas brasileiras, Gol e TAM, acumulam redução de 2,74% e 2,17%, respectivamente, no fluxo de passageiros transportados, no período. Ambas têm uma estratégia similar para 2012, reduzir a oferta em até 2% para aumentar a rentabilidade das operações.

     

     

    Valor Econômico
    31/07/2012

    Air France reduz perdas e Ryanair lucra menos

    As ações da Air France-KLM registraram ontem sua maior alta desde a formação da empresa, oito anos atrás. O avanço se deveu a seu plano de economia de € 2 bilhões em três anos, batizado de "Transform 2015", que reduziu o prejuízo operacional do segundo trimestre. Os papéis da concorrente de baixo custo Ryanair caíram, uma vez que os gastos com combustível promoveram uma retração de 29% nos lucros da empresa.

    A Air France, a maior companhia aérea europeia, registrou um prejuízo operacional de € 66 milhões, inferior ao de € 145 milhões computado no mesmo período de 2011. O resultado superou a estimativa de um prejuízo de € 163 milhões dos analistas consultados pela Bloomberg. A Ryanair informou que seu lucro líquido encolheu para € 98,8 milhões, ante os € 139,3 milhões anteriores.

    Os papéis da Air France-KLM fecharam a € 4,62, com alta de € 0,73, ou 19%, em Paris, sede da empresa. As ações da Ryanair, sediada em Dublin, recuaram 5,4% e passaram, horas depois, a registrar 2,1% de queda, a € 3,82.

    "A Air France está no rumo certo, mas ainda não estou convencido de que a empresa está preparada para assumir uma postura suficientemente radical com relação ao conflito setorial em torno de fechamentos de vagas", disse John Strickland, diretor da consultoria JLS Consulting de Londres. "A Ryanair, por seu lado, fará o que for necessário em termos de deixar aviões no chão quando a demanda for baixa, e não tem questões trabalhistas com que se preocupar."

    A Air France disse, no mês passado, que fechará 5 mil postos de trabalho em sua divisão francesa, uma vez que seu principal executivo, Jean-Cyril Spinetta, quer realizar as economias necessárias para garantir a sobrevivência da empresa. Num momento em que o desaquecimento da economia se associa à volatilidade do preço do petróleo e das taxas de câmbio, os resultados trimestrais mostram o quanto é decisivo o plano de aprimoramento dos resultados, disse ele.

    A empresa contabilizou provisões com reestruturação de € 368 milhões, para pacotes de rescisão com o fechamento de postos de trabalho. Isso ampliou seu prejuízo líquido do segundo trimestre para € 895 milhões, ante os € 197 milhões anteriores. As vendas cresceram 4,5%, para € 6,5 bilhões.

    "A vasta maioria das despesas foi lançada no fim de junho", disse o diretor financeiro Philippe Calavia, em teleconferência. "Na segunda parte do ano, elas serão muito inferiores." Excluindo gastos extraordinários, o prejuízo líquido teria totalizado € 230 milhões de euros, segundo ele.

    A Air France pretende computar um lucro operacional superior ao de € 195 milhões conquistado no segundo semestre de 2011 e, com base nisso, tem de reduzir o endividamento líquido até o fim do ano.

    A Air France vai enxugar sua divisão europeia reduzindo-a a três unidades, a fim de cortar os custos da operação, permanentemente não lucrativa. A Brit Air, a Regional e a Airlinair, que atendem cidades de menor porte, se fundirão numa única divisão, ao mesmo tempo em que será criado um braço de lazer em torno da divisão de baixo custo Transavia.

    A conta trimestral de combustível da Air France-KLM aumentou 13%, para € 1,9 bilhão, e alcançará € 9,4 bilhões para o ano como um todo, num crescimento de € 400 milhões de euros.

     

     


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