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  • Folha de São Paulo
    29/07/2012

    Webjet lidera aperto entre as poltronas de aeronaves
    Assentos têm menor distância em ranking da Anac; Avianca é a mais espaçosa - Azul é a segunda com melhor espaço entre as poltronas; TAM e Gol, as maiores do setor no país, ficam na média
    RICARDO GALLO - KÁTIA LESSA

    O passageiro que viaja pela Webjet é o que mais sofre com o aperto das poltronas dos aviões, enquanto a Avianca é a empresa que oferece os assentos mais espaçosos. A Azul é a segunda melhor no ranking; TAM e Gol, as duas maiores companhias do setor, estão na média.

    O raio-x do aperto nos aviões foi fornecido à Folha pela Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) e pelas próprias empresas aéreas.

    A agência estabeleceu em 2010 a etiqueta Anac, para informar aos passageiros a distância entre as poltronas.

    São cinco categorias, de "A" a "E", da mais espaçosa para a mais apertada. A etiqueta fica afixada na entrada da cabine de passageiros -só os mais atentos notam.

    O estudo que subsidiou a criação da etiqueta pela Anac mostrou que um assento com distância superior a 71 centímetros atenderia a 95% da população brasileira. Avianca e Azul têm todos os aviões nessa faixa; na TAM e Gol, eles são a maioria na frota.

    A média da TAM é puxada para cima por conta dos aviões que fazem voos internacionais, mais espaçosos.

    Na Webjet, 15 dos 28 aviões têm menos de 67 centímetros entre as poltronas, o que os coloca na pior categoria, a "E". Todos são Boeings modelo 737-300, alguns ex-Vasp e Varig, fabricados a partir da década de 1980.

    'TORTURA'

    Era em um deles que o advogado Valter Moreira da Costa Jr., 27, estava há dez dias, em um voo de 1h e 40 minutos entre São Paulo e Brasília. De tão apertado, o joelho dele tinha que ficar espremido para não encostar na poltrona da frente. E o banco era travado, para não reclinar.

    "Quando o voo é curto, prefiro a passagem mais barata, em vez da poltrona espaçosa", disse. "Mas, em voos com mais de duas horas, se você é grande como eu, a viagem vira uma tortura."

    O preço é justamente o nicho da Webjet. A empresa oferece passagens mais em conta do que as concorrentes, em troca de aviões mais apertados e serviço enxuto.

    Segundo a empresa, o aperto diminuirá com a renovação da frota para Boeings 737-800, como os usados pela Gol. Há sete desses hoje.

    Também como estratégia de mercado, a Avianca tem todos os seus 27 aviões na faixa "A" da Anac, com distância entre assentos superior a 73 centímetros. A empresa diz que o espaço é maior: varia de 76,4 centímetros a 78,6 cm.

    A Avianca tem 5% de participação no mercado, a menor entre as que a Folha comparou, segundo a Anac.

     

     

    Folha de São Paulo
    29/07/2012

    Aperto é para justificar preço baixo, diz empresa

    A Webjet disse que, por ser a única empresa "ultra low cost" do Brasil, usa o máximo de assentos permitidos pelo fabricante nos aviões; daí a distância entre as poltronas ser a menor e, consequentemente, obter a pior classificação pela Anac. Outro fator que motivou a decisão de manter assentos mais apertados, diz a empresa, foi que a média dos seus trajetos é curto, de cerca de 1 hora e 20 minutos.

    As poltronas são travadas, diz a empresa, porque, se reclinassem, provocariam desconforto ao passageiro que estivesse sentado no banco imediatamente atrás.

    A empresa afirmou que está em processo de troca dos antigos Boeings 737-300 pelo modelo 737-800.

    Nos sete aviões do novo modelo que já estão em uso (um quarto da frota), a distância entre as poltronas varia entre 71 e 73 centímetros, a segunda melhor pela classificação da Anac -e, neles, os bancos reclinam.

    Há previsão de mais dez aviões Boeing 737-800 até novembro, segundo a Webjet.

    A Gol tem dez dos seus 127 aviões com o pior espaço entre as poltronas. Mas 70% da frota está na categoria B, a segunda mais espaçosa.

    A empresa diz oferecer opções de conforto como iluminação especial em parte da frota e compartimentos de bagagem espaçosos. Em voos internacionais, dispõe de uma classe especial, com poltronas mais confortáveis.

    A Azul oferece assentos mais espaçosos (86 cm) por R$ 25 nos seus jatos Embraer, quase 80% da frota. Já a Avianca diz que o conforto é seu principal atributo.

    A TAM informou não ter nenhum avião nas duas piores faixas de espaço.

     

     

    Folha de São Paulo
    29/07/2012

    Passageiro pena para saber se voo é apertado
    Na maioria das empresas aéreas, classificação de assento fica escondida - Estudo mostra que espaço entre as pernas, pouca inclinação e distância reduzida lideram desconforto

    Dá algum trabalho para o passageiro descobrir, antes de comprar a passagem, se um avião tem poltronas apertadas ou espaçosas. Na maioria das empresas aéreas, a classificação dos assentos está escondida. Na página da Webjet na internet não há nenhuma menção ao tamanho dos assentos; a informação só aparece depois que o bilhete é comprado, no comprovante de venda, afirma a companhia.

    Mesmo na da Avianca, em que todos os aviões têm a melhor avaliação pela Anac, saber o espaço entre as poltronas exige ida a duas páginas (nos links "Quem somos" e depois "Avianca no Brasil" ou "Por que voar Avianca" e em seguida "Conforto").

    Outra entre as melhores, a Azul faz referência apenas à venda de espaço extra -não à distância entre os assentos.

    Já a TAM e a Gol mostram o dado na página de compra, mas não diretamente.

    Na TAM, é preciso clicar sobre o número do voo e, depois, no ícone "Classificação Anac". O comprador é levado para outra página, em que são exibidas as aeronaves e as distâncias entre as poltronas (de "A" a "E", da mais espaçosa para a mais apertada).

    Na Gol, o passageiro tem que clicar sobre o link sob a coluna "Paradas" para a classificação da Anac aparecer.

    Uma vez adquirida a passagem, o passageiro consegue descobrir o nível de aperto ao entrar no avião; a etiqueta Anac é obrigatória.

    CONFORTO

    A pesquisadora Marina Greghi, 30, estudou o aperto dos aviões para a sua tese de doutorado, defendida neste ano na UFSCar.

    Após entrevistar 377 passageiros em 36 aeroportos e outros 291 dentro de aviões, ela concluiu que o espaço entre as pernas, a pouca inclinação da poltrona, a distância reduzida estão entre os principais geradores de desconforto.

    O tempo da viagem influencia na sensação de conforto, o que leva as companhias aéreas, diz, a oferecer voos com assentos mais espaçosos em rotas mais longas, mesmo dentro do Brasil.

    A pesquisa teve a intenção de mapear, para a indústria da aviação, o que pode melhorar o conforto. Faz parte de um projeto no qual, além da federal de São Carlos, estão USP, UFSC e Embraer.

    PREÇO MAIS EM CONTA

    De maneira geral, o passageiro não se importa de ir apertado no avião, desde que a passagem seja barata -ou seja, ele baseia sua decisão de compra no preço, diz o professor da federal do Rio de Janeiro Elton Fernandes.

    O aperto no avião, afirma, é um reflexo da competição acirrada no setor. "Reduzir a oferta de serviços implica botar o máximo de gente dentro do avião."

     

     

    AquidauanaNews
    29/07/2012

    Caixa-preta de bimotor que caiu em Minas Gerais é encontrada

    A caixa-preta do avião bimotor que caiu no terreno de uma pousada na manhã deste sábado (28) em Juiz de Fora, na Zona da Mata de Minas Gerais, foi encontrada, de acordo com informações da Polícia Militar da cidade. O acidente deixou oito mortos.

    Morreram no acidente o presidente da Vilma Alimentos, Domingos Costa, de 58 anos, e o vice-presidente de Marketing e Vendas, César Roberto de Pinho Tavares, de 54 anos. Também estavam a bordo o filho do presidente da empresa, Gabriel Barreira Costa, de 14 anos, três gerentes regionais da companhia, além do piloto e do copiloto.

    Entre as vítimas também estão Rodrigo Henrique Dias da Silva, Jair Barbosa, Tiago Felipe Cardoso Bretas, Adriana da Conceição Rocha Ezequiel Vilela, de 46 anos , e Lídia Colares de Souza Lima, de 30 anos, segundo a PM. As informações foram confirmadas pela assessoria da empresa.

    Todos os mortos estavam a bordo da aeronave, um King Air modelo B200. No momento do acidente, havia 58 pessoas na pousada, mas ninguém ficou ferido. A pousada foi isolada para perícia.

    O avião, um King Air, havia decolado de Belo Horizonte e levava os executivos para um evento da empresa em Juiz de Fora. O acidente ocorreu próximo do pouso em Juiz de Fora e o avião bateu contra um quiosque da pousada.

     

     

    CenarioMt.com.br
    29/07/2012

    Piloto foi alertado de más condições para pouso em MG, diz aeroporto
    Juiz de Fora tinha neblina quando King Air caiu deixando 8 mortos. Sem condição favorável, piloto assume responsabilidade, diz investigador.

    O piloto do avião que caiu no terreno de uma pousada neste sábado (28), em Juiz de Fora, na Zona da Mata de Minas Gerais, havia sido avisado que as condições de voo não eram favoráveis para pouso, segundo informações do gerente do aeroporto.

    Oito pessoas morreram no acidente, dentre eles o presidente da Vilma Alimentos, Domingos Costa, de 58 anos, e o filho dele, Gabriel Barreira Costa, de 14 anos.

    De acordo com Cipriano Magno, gerente da Sinart, empresa que administra o terminal de Juiz de Fora, o piloto foi informado que a pista estava coberta por neblina e que o aeroporto operava por instrumentos. Mas, diz ele, mesmo após receber a informação afirmou que seguia para pousar. Depois, não fez mais contato.

    "As condições no momento não eram favoráveis para pouso. A gente faz o procedimento, ele (o avião) atinge uma certa altura e (o piloto) tem que avistar a pista. Quando ele atinge aquele limite, ele (o piloto) avistando a pista, ele prossegue com o pouso. Caso negativo, ele arremete e faz um novo procedimento", disse Cipriano Magno.
     
    "Ele (o piloto) não falou que queria pousar. (Ele) falou que tava vindo para o pouso. Após aquela posição, ele não falou mais com a rádio", completou Magno.

    "Com essas condições desfavoráveis, o piloto assume a responsabilidade do próprio voo", disse o coronel Paulo Santos, chefe do Serviço Regional de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Seripa 3), órgão da FAB que irá apurar a tragédia.

    Ele informou também que a equipe da Seripa coletou informações para dar início às investigações dos fatores que podem ter contribuído para o acidente. "Nós estamos encontrando que ele estava realmente se conduzindo pelas cartas de aproximação, que são as cartas expedidas pelo controle de tráfego aéreo. Nós não temos nenhuma conclusão adiantada", falou.
     
    Na segunda-feira (30), a equipe da Seripa volta a Juiz de Fora com uma equipe maior de peritos para dar continuidade aos trabalhos. Não há previsão para divulgação de laudo sobre as causas do acidente.
     
    Os corpos das vítimas foram levados para o Instituto Médico Legal (IML) de Juiz de Fora e devem ser encaminhados para Belo Horizonte. “Os corpos vão ser levados para Belo Horizonte. Mas acho que não vão sair daqui enquanto não forem reconhecidos”, disse Breno Lima, primo de Lídia Colares, uma das vítimas do acidente.
     
    Acidente

    O King Air prefixo PR-DOC, que caiu em Juiz de Fora, em Minas Gerais, na manhã deste sábado (28), estava com manutenção em dia, segundo o coronel Paulo Santos. Segundo ele, o piloto do bimotor também estava com toda a documentação regularizada junto à Agência Nacional de Aviação Civil (Anac).
     
    Todos os mortos estavam a bordo da aeronave, que colidiu contra o quiosque de uma pousada em Juiz de Fora antes de se chocar contra o chão e explodir, segundo testemunhas. No momento do acidente havia cerca de 60 pessoas na pousada, mas ninguém ficou ferido.
     
    Peças da aeronave, inclusive a caixa-preta, foram encontradas no pátio da pousada.
     
     
    A aeronave decolou do Aeroporto da Pampulha, em Belo Horizonte, às 7h07 deste sábado. De acordo com o Corpo de Bombeiros, às 11h30, os corpos das vítimas já haviam sido localizados.
     
    Prefeitura e Fiemg

    A Prefeitura de Belo Horizonte divulgou uma nota lamentando o acidente. "Domingos Costa teve uma gestão marcada pelo dinamismo, o sentimento de humanismo e um espírito empreendedor que projetou Belo Horizonte no cenário empresarial nacional. O prefeito Marcio Lacerda se solidariza com a dor dos familiares e dos amigos das vítimas deste acidente aéreo", informou a assessoria da prefeitura.
     
    A Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg) também se solidarizou. "Empresário de visão, ele (Domingos) marcou sua trajetória pela capacidade empreendedora que trouxe grandes benefícios à economia de Minas Gerais", salientou o presidente Olavo Machado Junior.

     

     

    Portogente
    29/07/2012

    Queda de avião em MG mata presidente da empresa Vilma Alimentos

    Um avião bimotor caiu na manhã deste sábado no município de Juiz de Fora, no Estado de Minas Gerais, matando oito pessoas. Entre os passageiros estavam executivos e funcionários da empresa Vilma Alimentos, de Contagem (MG), que participariam na cidade de uma convenção da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg).

    Segundo informação fornecida pela empresa, no avião estavam o presidente do grupo, Domingos Costa, e seu filho caçula, menor de idade, identificado como Gabriel; o vice-presidente Cézar Tavares; a gerente de recursos humanos, Adriana Vilela; e outros dois funcionários identificados como Tiago e Lídia, além do piloto, Jair, e do copiloto Rodrigo Silva.

    O avião, um bimotor modelo King Air B-200 GT com prefixo PR-DOC, decolou do aeroporto da Pampulha, em Belo Horizonte, com destino a cidade de Juiz Fora. Por volta das 8h, o piloto perdeu o controle da aeronave ao iniciar os procedimentos de pouso. Segundo o capitão da Polícia Militar de Minas Rubens Valério, o avião bateu em um quiosque de uma pousada e caiu próximo de uma rua, numa região de mata fechada, onde explodiu. No momento do acidente havia forte cerração na região.

    De acordo com o Corpo de Bombeiros, a "caixa-preta" do avião já foi encontrada e deverá auxiliar a investigação sobre as causas do acidente.

    A empresa Vilma Alimentos, com sede em Contagem, na região metropolitana de Belo Horizonte, foi fundada em 1925 e é uma das maiores do setor no país. Segundo o site da empresa, Domingos Costa era filho do fundador, um imigrante italiano, e estava à frente do grupo havia 36 anos. 

     

     


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