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    29/06/2012

    Justiça vende sucatas de aviões da Varig para pagar funcionários e credores
    Imóveis avaliados em mais de R$ 40 milhões, em várias cidades, também estão sendo leiloados

    Foram arrematadas as seis sucatas de aeronaves postas à venda  ontem no leilão da Varig, Rio Sul e Nordeste Linhas Aéreas, pelo Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro. Até o início da tarde de ontem foram arrecadados R$ 153 mil dos R$ 180 mil previstos. Imóveis avaliados em mais de R$ 40 milhões, em várias cidades, também estão sendo leiloados.

    Entre as antigas aeronaves, o valor mais alto, de R$ 48 mil, foi pago pelo Boeing 727-41, avaliado em R$ 30 mil. Estacionado no Aeroporto Internacional Salgado Filho, em Porto Alegre (RS), o Boeing despertou a atenção de empresas locais, que querem fazer da peça uma atração turística. A previsão do comprador é instalá-lo dentro de um pequeno shopping.

    "A história da companhia no Rio Grande do Sul [onde a empresa foi fundada] é muito forte e queremos preservar um pouco isso", disse o representante da Ferrutti Empreendimento e Participações, Claudio Brueckheimer, que arrematou a peça. A empresa deve reformar a antiga aeronave e colocá-la em uma área destinada para crianças. "Será para o lazer", destacou.

    De acordo com o juiz que determinou a realização do leilão, Luiz Roberto Ayoub, titular da 1º Vara Empresarial da Capital, o valor arrecadado será destinado ao pagamento de empregados que continuaram trabalhando depois da falência da Varig e, posteriormente, a um grupo de funcionários e credores, como o Aerus Fundo Previdenciário. Fornecedores estão no final da fila.

    "Vou propor ao Ministério Público [Estadual] fazer um rateio pro rata [proporcional] porque, se eu efetuar o pagamento de imediato, vou esgotar os recursos na primeira classe [empregados que continuaram trabalhando na massa falida]. Mas não me parece muito justo porque os demais trabalhadores e o fundo de pensão já passam por dificuldades há tempos", declarou.

    O juiz também pretende fazer ainda este ano pelo menos mais um leilão de imóveis da Varig. "À medida em vão sendo desocupados, são colocados à venda", disse Ayoub. Hoje, do total de 137 imóveis, estão sendo leiloados 37. O mais barato deles é um terreno de R$ 110 mil em Maceió. E, na Avenida Paulista, em São Paulo, estão os imóveis mais caros, salas comerciais.

    Se toda a documentação entregue ao tribunal estiver correta e o pagamento for efetuado dentro do prazo, a estimativa é que os compradores possam retirar os bens em até 30 dias.

    A Varig tem cerca de 13 mil credores, que contam ainda com a venda de imóveis no exterior, em países como o México, Paraguai e Uruguai. A Justiça brasileira briga para que a falência da companhia seja reconhecida nesses países e os imóveis mais bem avaliados sejam leiloados.

     

     

    Valor Econômico
    29/06/2012

    Invepar escolhe presidente para consórcio de Guarulhos
    Ivo Ribeiro

    O consórcio InveparACSA, vencedor da concorrência de concessão do Aeroporto Internacional de Guarulhos, realizada no início de fevereiro, escolheu nesta semana o executivo Antônio Miguel Marques para presidir a concessionária que vai operar o aeroporto paulista e maior do país em movimentação de passageiros. Marques deve assumir o cargo nos próximos dias, tão logo tenha seu nome aprovado em assembleia de acionistas da nova empresa concessionária.

    O executivo atualmente integra o conselho de administração do grupo Camargo Corrêa. Marques entrou no grupo sete anos atrás, após deixar a diretoria-executiva de metais não ferrosos da Vale, para presidir a Camargo Corrêa Cimentos, atualmente Intercement. Alguns anos depois, ele foi escalado para dirigir a Camargo Corrêa Construções, construtora do grupo, na qual permaneceu até 2011 e tornou-se membro do conselho da holding.

    A escolha de Marques, segundo apurou o Valor, passou pelo crivo dos quatro acionistas da Invepar: os fundos de pensão Previ, Funcef e Petros mais a construtora OAS. O consórcio tem ainda como parceiro, com 10% de participação, a empresa sul-africana Airports Company of South Africa (ACSA), especializada em operação aeroportuária.

    A concessionária que passa a operar Cumbica, como é conhecido o aeroporto paulista, terá a Invepar-ACSA com 51% do capital e a estatal Infraero com 49%.

    O maior desafio do novo presidente da concessionária operadora de Guarulhos é entrega de um novo terminal de passageiros e de um novo pátio de estacionamento até meados do primeiro semestre de 2012. O consórcio, que assinou o contrato em meados de junho, garantiu que essa área ser construído supera as exigências do governo para a primeira fase de obras. Promete até a Copa do Mundo de 2014, um terminal com capacidade para 12 milhões de passageiros por ano (o edital exigia 7 milhões), estacionamento para 10 mil veículos, pátio de aeronaves com 36 posições e 22 novas pontes de embarque (fingers).

    O contrato para Guarulhos tem prazo de 20 anos, inferior aos de Viracopos e Brasília. No ato da assinatura, com a Secretaria de Aviação Civil e com a Anac, o presidente da Invepar, Gustavo Rocha, declarou: "Vamos praticamente dobrar a capacidade do aeroporto até 2022". Informou que a meta é chegar a 60 milhões de passageiros por ano.

     

     

    Valor Econômico
    29/06/2012

    Latam fará oferta de ações a acionistas

    A Latam, holding da fusão entre a LAN e a TAM, vai oferecer aos seus acionistas 7,4 milhões de ações ordinárias, sem valor nominal, remanescentes da oferta pública de permuta de ações (OPA), entre as duas empresas, realizada no dia 22. Uma reunião extraordinária de acionistas será convocada para deliberar sobre a nova oferta.

     

     

    Folha de São Paulo
    29/06/2012

    Radar antineblina de R$ 9 mi está inoperante em Cumbica
    Instalado em janeiro, novo sistema ainda depende de autorização da Anac - Hoje, com neblina, piloto tem de ver pista a no mínimo 350 m para pousar; equipamento reduz limite para 175 m
    DIMMI AMORA DE BRASÍLIA - RICARDO GALLO DE SÃO PAULO

    Um sistema de sinalização que poderia evitar fechamentos constantes do Aeroporto Internacional de Cumbica, em Garulhos (Grande São Paulo), no inverno por causa das más condições do tempo está instalado desde janeiro, mas ainda não funciona na prática.

    A previsão inicial era que estivesse em operação em maio. Mas falta ainda autorização da Anac (Agência Nacional de Aviação Civil).

    O Sistema de Pouso por Instrumentos (ILS, na sigla em inglês) categoria III-A permite pousos e decolagens seguros, auxiliados por instrumentos em caso de visibilidade mais próxima a zero, aos pilotos e aeronaves certificados para usar esses equipamentos.

    Segundo a Infraero (estatal que gerencia os aeroportos brasileiros), a implantação custou R$ 8,9 milhões.

    A maior parte do dinheiro, R$ 8 milhões, foi gasta para a compra de um novo radar de superfície.

    O radar é capaz de, mesmo sob forte nevoeiro, captar veículos e outros objetos na pista -requisito essencial para a liberação do ILS nesta categoria.

    POUSO SEGURO

    Com o novo sistema, os pilotos podem ter um pouso considerado seguro quando há contato visual com a iluminação da pista a uma distância de 175 m. No sistema atual, o pouso só pode acontecer quando o piloto conseguir ver a iluminação de uma distância de no mínimo 350 m.

    Além do novo equipamento, foram feitas atualizações nos sistemas de sinalização e radiotelecomunicação do ILS categoria II, que já funcionava em Guarulhos.

    Mas a Anac não homologou o sistema na categoria III-A, o que impede que ele seja usado. A agência informou que ele ainda não está completo, sem revelar quais são os problemas.

    A Folha apurou que a Anac não considerou a nova iluminação feita pela Infraero adequada para essa categoria de pouso por instrumentos.

    PRIMEIRO

    Cumbica seria o primeiro aeroporto do país com esse sistema de sinalização. A compra do mesmo sistema para o Aeroporto Internacional Tom Jobim, o Galeão, no Rio, está em licitação pela Infraero.

    No ano passado, Cumbica ficou 40 horas fechado, sendo 26 horas em junho e julho, por causa do mau tempo.

    Foi um número mais de 30% superior ao de 2010, quando Cumbica ficou fechado por 29 horas e 30 minutos. Nos meses críticos, foram 18 horas inoperante. Os números de junho de 2012 ainda não estão finalizados pela estatal.

     

     

    Folha de São Paulo
    29/06/2012

    Anac não dá prazo para novo sistema em Cumbica
    Agência afirma que os requisitos para liberação foram cumpridos parcialmente

    A Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) não deu prazo para liberar o novo sistema de sinalização do aeroporto de Cumbica, em Guarulhos (Grande São Paulo), condicionando-o a providências por parte da Infraero. "Assim, a Anac aguarda que a Infraero adote as providências necessárias para prosseguir com a análise e para possível alteração do cadastro do referido aeroporto", informou a agência em nota na terça-feira.

    No texto, a agência diz que "os requisitos exigidos pela legislação em vigor haviam sido cumpridos parcialmente, motivo pelo qual não foi possível alterar o cadastro aeroportuário com a inclusão da operação CAT III-A".

    A Infraero diverge sobre a implantação do sistema. Técnicos da estatal reclamaram do rigor extremado das exigências da Anac para liberar o sistema, sobretudo no que se refere à nova iluminação.

    LUZES

    O novo sistema demanda que as luzes que orientam a aproximação da aeronave tenham lampejo sequencial e sejam mais fortes. Mesmo com a reclamação, a agência manteve a restrição.

    Oficialmente, a Infraero informou que entrou com novo pedido de homologação, na sexta-feira. Desde 17 de junho, o aeroporto foi passado para a concessão privada, com a Infraero corresponsável pela administração.

    Segundo a estatal, os requisitos para a homologação do sistema foram cumpridos e agora ela aguarda novo posicionamento da Anac.

    O consórcio que assumiu o aeroporto, liderado pela Invepar, informou que aguarda informação da Infraero.

    "Se a agência fizer exigências para a liberação do sistema, o consórcio vai analisar e implementar as exigências solicitadas."

     

     


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