Valor Econômico
05/06/2012
Etihad vai voar no Brasil
Alberto Komatsu

A Etihad Airways, companhia aérea dos Emirados Árabes Unidos, vai iniciar suas operações no Brasil a partir de 3 de junho de 2013. Serão voos diários e diretos entre São Paulo e Abu Dhabi. O Brasil será o primeiro país da América do Sul a contar com a operação da Etihad. Em dezembro de 2011, a empresa anunciou uma encomenda de US$ 2,8 bilhões com a americana Boeing para dez modelos 787 Dreamliner e dois 777 versão cargueiro. Segundo a Boeing, naquela época esse pedido transformou a Etihad na maior cliente mundial do 787.

A Etihad foi fundada em 2003. Ano passado, transportou 8,3 milhões de passageiros, com frota de 66 aeronaves da Boeing e da europeia Airbus, com voos para 87 destinos. A Etihad tem 30% do capital da Airberlin, companhia aérea de baixo custo da Alemanha. Também é dona de 40% da Air Seychelles, aérea de Seychelles, arquipélago localizado no Oceano Índico.

 

 

Folha de São Paulo
05/06/2012
Empresas aéreas escondem média de atrasos dos voos
Companhias deixam informação sobre pontualidade sem destaque na internet
RICARDO GALLO

Companhias aéreas esconderam dos passageiros o percentual de voos atrasados e cancelados. Desde ontem, elas são obrigadas a publicar os dados em seus sites. Resolução da Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) determina que as informações têm de ser apresentadas quando o passageiro selecionar destino e dia do voo.

A intenção da agência, com a norma, é dar mais opções ao passageiro ao escolher a empresa em que voará.

A Folha testou o serviço nos sites de 12 companhias nacionais e internacionais. Só dois mostravam atrasos e cancelamentos claramente - o da KLM e o da United.

Uma das piores foi a página da TAM, onde encontrar o ícone "Pontualidade Anac" exigia clicar em quatro lugares, três dos quais sem indicação. A reportagem só descobriu o caminho após pedir ajuda a uma assessora de imprensa.

Ocultar os dados sob títulos diversos foi outro subterfúgio. Na Avianca, o índice só aparecia ao clicar sobre o número de escalas do voo. Na Azul, em "Detalhes".

A Gol usou um relógio. Pela manhã, a Webjet não tinha o índice. A informação foi colocada no ar à tarde, ao lado da tabela de voos -após a reportagem procurar a empresa.

Houve quem colocasse a informação perdida, como a Air France, que usou título sem destaque no fim da página. A KLM é do mesmo grupo da Air France. Na Emirates, ela só era exibida na página inicial, e não na escolha de voos, como diz a norma. Três empresas não mostravam os índices: British, Iberia e American Airlines.

Ontem, o Procon autuou Azul, Avianca e Webjet por não informarem, em seus balcões de vendas em Congonhas, a média de atrasos. As empresas terão 15 dias para apresentar defesa e, em seguida, o órgão vai definir se aplica multa.

MUDANÇAS

Sem dar números, a Anac disse fiscalizar as empresas, inclusive se notar cumprimento insatisfatório da norma. A multa pode chegar a R$ 10 mil.

A redação pode ser alterada se a norma estiver sendo desvirtuada pelas empresas, diz a agência, que também exibe os índices em seu site.

 

 

Folha de São Paulo
05/06/2012
Companhias dizem cumprir norma da Anac
As empresas aéreas disseram cumprir de maneira adequada a norma da Anac.

A TAM disse que oferece as informações em todos os canais de venda, como manda a resolução da agência. Disse ainda que estuda mudar a apresentação das informações em seu site, "atendendo às solicitações recebidas", de modo a torná-la "ainda" mais acessível.

A Air France/KLM entende cumprir a norma. Foi a mesma posição dada pela Azul, pela Gol, pela Webjet e pela Avianca, por meio das suas assessorias de imprensa.

A British Airways, que não tem os índices em seu site, informou que a sua página está em fase de ajustes -e que mostrou seus índices de atrasos e cancelamentos à Anac.

A Emirates disse "estar trabalhando" para oferecer os dados de atrasos e cancelamentos na seção de reservas do seu site. Ontem, ela estava disponível apenas na página inicial.

A Folha não conseguiu contato com a Iberia -que, embora seja do mesmo grupo da British, tem assessoria de imprensa diferente- e com a American Airlines.

PRESSÃO

As empresas aéreas nacionais e internacionais pressionaram a Anac a adiar a norma. A agência rejeitou.

Um dos argumentos era que informações sobre atrasos e cancelamentos induzem o passageiro a achar que eles se devem sempre às empresas, embora haja outras causas -há atrasos decorrentes de problemas meteorológicos ou de infraestrutura nos aeroportos, por exemplo.

 

 

Folha de São Paulo Online
05/06/2012
Cadete morre ao ser ejetado de aeronave

Um cadete da FAB (Força Aérea Brasileira) morreu ontem ao ser ejetado de uma aeronave durante um treinamento em Pirassununga (211 km de SP). Segundo a FAB, a ejeção não programada aconteceu quando a aeronave estava no solo, na cabeceira da pista de decolagem. André Rodrigues Silva foi socorrido, mas não resistiu. O Comando da Aeronáutica investiga o acidente. Segundo especialistas, o assento ejetável, quando acionado com o avião parado, não fornece propulsão suficiente para a abertura do paraquedas.

 

 

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