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  • Visao.pt
    18/04/2012

    Piloto confunde Vénus com avião e faz manobra que deixa 16 feridos

    Acabado de acordar de uma sesta de 75 minutos, o co-piloto de um Boeing 747, que voava do Canadá para a Suíça achou que a luz que estava a ver era outro avião a voar na sua direção e precipitou o aparelho numa queda a pique de 400 metros, quei deixou 16 pessoas feridas

    O Boeing 747 da Air Canada sobrevoava o oceano Atlântico, a mais ou menos meio caminho entre Toronto e Zurique, com 95 passageiros a bordo, quando o co-piloto precipitou o avião numa queda de 400 metros, numa manobra que entender adequada para se desviar do que lhe parecia um perigo iminente.

    O po-piloto tinha acabado de acordar de um repouso de 75 minutos (em vez dos 40 recomendados), quando o comandante do avião fez referência a um aparelho da força aérea norte-americana. Mas, ainda sob os efeitos da "inércia do sono", considerou que uma luz que estava a ver se tratava desse mesmo avião em rota de colisão. Não era. Era o planeta Vénus, mas, quando se apercebeu disso, já tinha empurrado energicamente o controlo do aparelho, precipitando-o numa queda de 400 metros, a pique.

    Ficaram feridos 14 passageiros e dois tripulantes que não tinham o cinto de segurança apertado, apesar de o sinal nesse sentido estar ligado. Com a descida abrupta, bateram com a cabeça no teto para, segundos depois, serem atirados para o chão, quando o comandante repôs o avião na altitute devida.

    A sesta dos pilotos - ou "repouso controlado" - está prevista no âmbito das medidas para reduzir a sua fadiga e aumentar a capacidade destes profissionais para estarem alerta durante as fases críticas do voo. O período de descanso deve ter um máximo de 40 minutos e terminar sempre, no mínimo, 30 minutos antes do início da descida para aterragen.

    O incidente ocorreu em janeiro do ano passado, mas só este semana, concluída a investigação, as autoridades canadianas para a aviação divulgaram o relatório.

     

     

    Valor Econômico
    18/04/2012

    Plano para ajudar setor é bem visto e ação da Gol sobe
    Renato Rostás, Daniela Meibak e Alberto Komatsu | De São Paulo

    Investidores da bolsa de valores, especialistas do setor aéreo e o Sindicato Nacional das Empresas Aeroviárias (Snea) tiveram ontem uma boa impressão das medidas que o governo estuda para ajudar as companhias aéreas. As ações preferenciais da Gol Linhas Aéreas registraram ontem a maior alta do índice Ibovespa e o terceiro melhor desempenho do pregão, de 11,02%. A TAM, a líder do mercado nacional, subiu 0,67%.

    Conforme o Valor publicou na edição de ontem, o governo estuda desonerar a folha de pagamento das companhias aéreas: trocar a cobrança patronal do INSS de 20% sobre os salários por uma contribuição de 1% ou 2% sobre o faturamento das empresas. Outro incentivo seria a redução do ICMS sobre o querosene usado nos aviões.

    Apesar da boa impressão sobre o pacote aéreo, a possibilidade de haver redução do ICMS cobrado sobre o preço do combustível é vista com certo ceticismo. Isso porque essa medida seria de difícil implementação por parte dos governos estaduais.

    "A desoneração da folha de pagamento vai contribuir muito para o setor. A redução do ICMS sobre o querosene, porém, deverá encontrar dificuldade porque os governadores não têm demonstrado interesse em fazer isso", afirma o presidente do Snea, José Márcio Mollo.

    A sinalização de ter entrado em compasso de espera a proposta de aumento de participação estrangeira em companhia aérea nacional dos atuais 20% para 49% é alvo de críticas.

    "É um protecionismo 'à la Argentina'. Em todo o mundo isso é diferente. Na China o limite é de 35%, na América Latina de 49% e, no Chile, de 100%", afirma o professor de transporte aéreo da Escola Politécnica da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Respício Espírito Santo Jr.

    O especialista em aviação da consultoria Bain & Company, André Castellini, considerou a iniciativa do governo como um caminho para reduzir custos, mas ele não vê crise no setor aéreo: "Tem prejuízo no setor, mas mais ligado a uma conjuntura de excesso de oferta".

    Após o fechamento da bolsa de valores, a TAM divulgou ontem uma revisão para baixo das suas projeções de crescimento da demanda doméstica e de expansão de oferta da companhia, em 2012. Por meio de comunicado, a TAM estimou aumento entre 7% e 9% do fluxo de passageiros em voos domésticos neste ano. Em janeiro, a TAM havia estimado expansão de demanda entre 8% e 11%.

    A oferta de assentos da TAM deverá recuar 2% ou ficar estável em relação a 2011. Em janeiro, a empresa havia divulgado projeção de estabilidade na oferta ou crescimento de 2% na comparação com 2011.

    Ainda na nota, a TAM informou que as demais projeções permanecem inalteradas, inclusive o plano de frota, que deverá encerrar 2012 com 157 aviões. Para os voos internacionais, a TAM estima expansão entre 1% e 3% nas rotas já existentes.

    Para Leonardo Nitta, analista de transportes e logística do BB Investimentos, os incentivos devem ter grande impacto no setor. "O desconto na folha de pagamento e a redução dos impostos deve ter muita influência, pois são as duas maiores despesas das companhias aéreas."

    Felipe Rocha, da Omar Camargo Investimentos, ressalta que o volume de ações alugadas nos últimos pregões era bem alto, pois os investidores estavam apostando em um cenário ainda mais degradado para a Gol.

    "Tem muita gente que vê o setor aéreo como muito arriscado, ainda mais em época de altos preços do petróleo, de desaquecimento do PIB no fim do ano passado. Agora estão tendo que cobrir posições e voltar a investir no papel", explica o analista da Omar Camargo Investimentos.

    De fato, os ativos da Gol vêm sendo penalizados pelo mercado neste mês de abril. Até ontem, a Gol acumula, no mês, queda de 6,64% e a TAM, de 1,34%.

    Para Nitta, do BB Investimentos, a oscilação dos papéis da TAM é menos intensa por causa da relação de troca com os ativos da LAN Airlines. A fusão das duas companhias, que criará o grupo Latam Airlines, o maior da América Latina e um dos dez maiores do mundo, deve ser concluída nos próximos meses.

     

     

    Valor Econômico
    18/04/2012

    Iberia pretende cortar o salário dos pilotos em 20%
    Rose Jacobs | Financial Times

    A Iberia, controlada pelo International Airlines Group (IAG), que também é a holding da British Airways, pretende reduzir o salário dos pilotos em 20%. A empresa está assumindo uma postura linha-dura em sua batalha com o sindicato dos pilotos em torno da retração dos custos e do lançamento de uma subsidiária econômica para concorrer com a Ryanair e a EasyJet.

    Além da redução salarial, que inclui uma diminuição generalizada das escalas salariais e modificações dos benefícios não salariais concedidos aos pilotos com 15 anos de casa, a empresa está propondo aumentar o número de horas de voo anuais dos pilotos e eliminar as férias adicionais concedidas aos funcionários mais graduados.

    De acordo com as recentes reformas da legislação trabalhista espanhola, as empresas podem propor alterações aos contratos com os funcionários caso tenham passado por dois trimestres consecutivos de prejuízo ou de queda da receita - ambas as condições ocorridas na Iberia.

    As propostas são uma artimanha de abertura dos 15 dias de negociação com a Sepla, o sindicato dos pilotos espanhóis. Eles serão seguidos por mais uma semana de negociações caso não se consiga chegar a um acordo. Após esse período, uma comissão de arbitragem passará a participar das negociações. A Iberia prevê chegar a uma solução dentro de 50 dias.

    O antagonismo entre a direção da Iberia e a Sepla é forte. O sindicato iniciou, por exemplo, uma série de greves de protesto na semana passada contra o lançamento da Iberia Express, que oferece salário e condições de trabalho inferiores aos da empresa convencional.

    Os pilotos planejam entrar em greve todas as segundas e sextas-feiras durante três meses e meio, medida que poderá custar à empresa até € 90 milhões.

    A IAG diz que não vai voltar atrás em vista das perdas que os altos custos infligiram à lucratividade da rede de curto e médio cursos da Iberia.

    Os analistas concordaram ontem que a companhia aérea espanhola deveria tomar medidas. "Como empresa aérea, tem-se de reduzir os custos continuamente", disse Gert Zonnoveld, da corretora e banco de investimento Panmure Gordon. "Sem parar", acrescentou.

    A Iberia informou que os cortes da folha de pagamentos reduzirão os custos em € 62 milhões, numa empresa que computou um prejuízo operacional de € 61 milhões no ano passado.

    A companhia aérea espanhola prevê que a alteração das condições de trabalho aumentará a produtividade em até 25%. José María Fariza, diretor financeiro da Iberia, afirmou que as mudanças são "a única maneira de assegurar sucesso nesta situação difícil".

    Douglas McNeill, analista da corretora e consultoria de investimentos Charles Stanley, estimou que a divisão de voos de curto percurso da Iberia perdeu 100 milhões no ano passado. "Economizar essa quantia de dinheiro ainda deixaria muito por fazer, mas constituiria um avanço muito significativo", disse ele.

    Afirmou que, embora as propostas possam ser uma primeira medida agressiva por parte da empresa, "os pilotos da Iberia já estão fazendo greve com tanta regularidade que a direção não tem muito a perder ao aumentar a aposta".

     

     

    Valor Econômico
    18/04/2012

    China atrai fabricantes de jatinhos
    Andrew Galbraith | The Wall Street Journal, de Xangai

    Os fabricantes americanos de aviões pequenos estão buscando com mais intensidade alianças com empresas chinesas, concluindo que a necessidade de entrar num mercado promissor é maior que o risco de os sócios chineses se tornarem concorrentes.

    As fabricantes de jatos executivos Cessna Aircraft Co. e Hawker Beechcraft Corp. vêm negociando nos últimos meses a criação de joint-ventures no país. A Honeywell International Inc., importante fornecedora de peças para o setor, assinou no ano passado vários acordos preliminares. Empresas de outros países também estão investindo na China: a Embraer SA, de São José dos Campos, SP, anunciou no mês passado que quer adaptar a fábrica de sua joint-venture chinesa de aviões de passageiros para a produção de jatos executivos.

    A China passou a ser mais atraente à medida que o resto do setor afundava na crise. A Honeywell divulgou em outubro estimativa de que entregaria entre 600 e 650 encomendas de jatinhos em 2011, ante 732 em 2010, por causa da crise mundial. A Cessna, filial da Textron Inc., prevê que daqui a cerca de 15 anos a China se tornará o segundo maior mercado de jatos executivos do mundo, atrás só dos Estados Unidos.

    "Todo mundo está tentando descobrir [...] 'com quem me associo? A quem eu permito acesso [às minhas tecnologias]?'", diz Briand Greer, diretor para a Ásia e Oceania da Honeywell Aerospace.

    A Cessna assinou um acordo mês passado com uma filial da fabricante estatal Aviation Industry Corp. of China, a Avic, para criar uma joint-venture na cidade de Chengdu, no oeste do país, onde a Cessna planeja fabricar jatos executivos de médio porte e desenvolver conjuntamente um jato maior. A empresa também fechou outro acordo com a Avic para cooperar em aviação geral, uma categoria que exclui aviões de passageiros e militares.

    "Se você tem a capacidade de produzir conteúdo local num mercado, isso permite que você entenda melhor os seus clientes e reaja de forma mais ágil", disse o diretor-presidente da Cessna, Scott Ernest.

    Shawn Vick, diretor executivo da Hawker Beechcraft, disse recentemente numa entrevista coletiva em Xangai que a empresa "conversou com quatro entidades separadas sobre uma potencial joint-venture na China".

    O custo da mão de obra também é parte do atrativo chinês. "Nossos concorrentes no Brasil e na Suíça podem pagar salários menores que nos EUA e a mão-de-obra é um dos maiores custos de produção de qualquer avião", diz Sean McGeough, presidente da Hawker para a Europa, Oriente Médio, África, Ásia e Oceania.

    A fabricante de aviões, que vem enfrentando um longo período de baixa demanda por jatos executivos e de incerteza sobre gastos militares, contratou recentemente uma firma de reestruturação e advogados especializados em concordata.

    A Honeywell fechou cinco acordos em 2011com empresas chinesas do setor aeroespacial, entre eles, um contrato para desenvolver um cockpit para aviação geral.

    O setor de aviação geral e executiva da China ainda está na infância. Greer, da Honeywell, calcula que o país tem cerca de 1.000 aeronaves executivas e de aviação geral, comparado com cerca de 225.000 nos EUA.

    Mas especialistas do setor preveem que o total desses aviões na China aumentará à medida que Pequim diminua a regulamentação sobre a indústria.

     

     

    Folha de São Paulo
    18/04/2012

    Serviço da Webjet permite despachar bagagem sozinho

    A Webjet implantou no aeroporto internacional de Cumbica, em Guarulhos (Grande São Paulo), um equipamento que permite ao passageiro fazer o check-in e despachar a bagagem sozinho. O dispositivo, existente em aeroportos na Europa e nos Estados Unidos, funciona assim: o passageiro faz o check-in por um totem e coloca a bagagem em uma balança.

    Se a mala tiver mais de 23 quilos, o passageiro paga na hora o excedente, com cartão de crédito. Em seguida, uma etiqueta é impressa e a bagagem, despachada.

    Diferentemente do check-in convencional, no sistema automatizado é o passageiro que tem de etiquetar a mala.

    A empresa começou o serviço em 29 de março no terminal 4 de Cumbica. Há dois totens disponíveis; os demais são balcões convencionais.

    ADESÃO

    Segundo a companhia, cerca de 300 pessoas usam o serviço diariamente, 12% dos passageiros da Webjet ali no mesmo período.

    Quem usa o equipamento leva no máximo dois minutos para concluir o processo. A vantagem é não precisar pegar filas. A desvantagem é que, principalmente nesta fase inicial, o uso do totem e da balança, mais a colocação das etiquetas na bagagem, pode ser confuso.

    Entre as outras companhias aéreas do Brasil, a Gol também estuda adotar o check-in automático com balança se a experiência da Webjet der certo, apurou a Folha.

    Não há prazos para que isso aconteça, entretanto. A Gol comprou a Webjet em 2011.

    A TAM e a Azul informaram não ter planos de fazê-lo.

    A Webjet ocupa desde fevereiro o terminal 4 de Cumbica. Em março, a Folha mostrou que o local está ocioso -menos da metade da sua capacidade é usada. A Gol é a mais cotada para transferir as operações para o local.

     

     

    Folha de São Paulo
    18/04/2012

    PF faz hoje operação-padrão nos aeroportos
    Categoria é contra terceirização de funções de policiais; agentes federais farão assembleia e ameaçam paralisação

    Uma manifestação de agentes da Polícia Federal programada para hoje nos principais aeroportos do país pode trazer problemas aos passageiros que embarcarem em voos rumo ao exterior. A federação dos policiais federais marcou uma "operação-padrão" na imigração, em protesto contra a terceirização no setor pela PF.

    As empresas aéreas orientam os passageiros a chegar mais cedo aos aeroportos.

    Os agentes da PF pretendem verificar, um a um, se os passageiros têm impedimentos criminais e/ou judiciais para deixar o Brasil, algo que hoje ocorre por amostragem.

    O tempo que cada passageiro leva para passar na imigração quadruplicará, estima o sindicato dos policiais federais em São Paulo; em vez de de um minuto e meio, serão até seis minutos.

    Se isso de fato acontecer, haverá filas, especialmente nos aeroportos mais movimentados, como Cumbica, em Guarulhos (Grande SP).

    A inspeção das bagagens submetidas ao raio X será acompanhada pelos agentes, que podem pedir para o passageiro abri-la; atualmente, terceirizados da Infraero desempenham a função e os agentes só observam.

    TERCEIRIZAÇÃO

    A federação dos policiais federais argumenta que a terceirização de funções pela Polícia Federal é excessiva e deveria ser corrigida pela contratação de servidores, por meio de concursos.

    Em Cumbica, por exemplo, uma empresa contratada faz a checagem dos passaportes; os policiais monitoram e só atuam se houver problema.

    Um terceirizado ganha menos de R$ 1.000 mensais; um agente, R$ 7.500, na média.

    O Tribunal de Contas da União deu até o final do ano para a PF acabar com os terceirizados na imigração.

    A Polícia Federal sustenta ter aval do TCU para manter os terceirizados e que a situação se justifica para dar mais rapidez e conforto aos passageiros que embarcam. Eles apenas registram a entrada e a saída das pessoas do país, segundo a PF. Fiscalizar e decidir quem entra e quem não entra no país continua uma atribuição dos policiais, diz.

    A instituição não se manifestou sobre a operação padrão. Uma assembleia da categoria acontece na semana que vem. Entre as possibilidades está a de haver greve.

     

     

    Folha de São Paulo
    18/04/2012

    Combustível caro assombra setor aéreo
    Empresas se queixam de aumento de preço do querosene da aviação e pedem redução de tributos ao governo
    DIMMI AMORA - NATUZA NERY

    A Secretaria de Aviação Civil (SAC) se preocupa com os impactos do aumento do combustível de aviação, mas o Ministério da Fazenda ainda não encontrou uma fórmula para aliviar as empresas. Os principais pleitos das companhias aéreas são o controle do preço do combustível de aviação pela Petrobras, a redução do ICMS e a isenção de alguns tributos federais.

    Nenhum deles é visto na Fazenda como possível de atender no curto prazo. No médio prazo, está no horizonte do governo começar a discutir um teto para a alíquota de ICMS sobre o combustível.

    O combustível de aviação teve aumento de 33,5% em 2011 e foi o item de maior impacto nos prejuízos das duas maiores companhias aéreas do país, a TAM e a Gol. A Petrobras é a única fornecedora do combustível.

    Para reverter o quadro, as empresas cortam linhas e reduzem drasticamente os descontos nas tarifas aéreas.

    Dados da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) mostram que a tarifa média das passagens aéreas subiu 44% de julho a novembro de 2011 (último mês pesquisado). No período, a inflação oficial ficou em 1,8%. Em julho, a tarifa média estava em R$ 223,40 e passou em novembro para R$ 322,30.

    Segundo o Sindicato Nacional da Empresas Aeroviárias (Snea), o combustível corresponde a 40% das despesas das companhias. A média mundial é de 32%.

    "Se você tem um custo dessa monta, naturalmente repassa para a tarifa", diz Ronaldo Jenkins, diretor do Snea, lembrando que outros fatores como a alta do dólar e das tarifas aeroportuárias também influenciaram.

    Maior companhia aérea do país e com mais voos internacionais, a TAM informou que "registrou elevação de 21,3% nos gastos com combustível e de 10,1% no volume consumido na comparação com o ano anterior".

    Ainda segundo a empresa, o impacto desse aumento nas despesas da companhia foi considerado "significativo". A empresa registrou prejuízo de R$ 335 milhões no ano.

    No caso da Gol, a segunda do ranking nacional, o diretor de Relações com Investidores, Edimar Lopes Neto, afirmou que a companhia reverteria a maior parte do seu prejuízo de R$ 710 milhões -teria lucro antes do pagamento de impostos- se o combustível tivesse se mantido no mesmo preço de 2010.

    De 2007 a 2011, a Petrobras importou, segundo a Agência Nacional do Petróleo, 15,4 milhões de litros de combustível de aviação (QAV) e produziu no país 330,5 milhões. Apesar de importar só 5% do consumo, a empresa cobra das empresas como se todo o QAV vendido no país viesse do golfo do México, com custos correspondentes de importação e transporte. A Petrobras não se manifestou.

     

     

    Folha de São Paulo
    18/04/2012

    Parceira da Embraer vai à Justiça dos EUA

    A Sierra Nevada, parceira da Embraer, entrou com moção em corte federal dos EUA contra a Força Aérea do país, que cancelou contrato de US$ 355 milhões vencido pela brasileira, e ontem disse que recomeçará do zero a licitação. A Embraer ameaça não concorrer novamente.

    "É importante para a transparência, a concorrência justa e a integridade do processo que o tribunal analise os resultados da investigação da Força Aérea e determine se as ações corretivas foram justificadas e razoáveis", diz Taco Gilbert, vice-presidente de Desenvolvimento de Negócios da Sierra Nevada.

    Luiz Carlos Aguiar, presidente da Embraer Defesa, disse que a decisão da Força Aérea surpreendeu a empresa. "Como começa do zero um processo tão complexo como esse?" Segundo ele, a Embraer esperava que o edital tivesse ajustes, mas não que fosse inteiramente reformado.

    O cancelamento do contrato vencido pela brasileira, em fevereiro, ocorreu em razão de supostas falhas na apresentação da documentação. Ao ser desclassificada, a americana Hawker Beechcraft acionara a Justiça dos EUA.

    Ontem, a Força Aérea americana se reuniu com as duas empresas para apresentar o rascunho da futura licitação.

    O novo edital deve sair no dia 30, mas o vencedor do contrato para a venda de 20 aviões turboélices só será conhecido em março de 2013.

     

     


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