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  • Valor Econômico
    14/09/2011

    Gol e TAM somam seis reestruturações desde 2009
    Alberto Komatsu

    A Gol, a segunda maior companhia aérea do país, ontem à tarde, anunciou internamente mais uma reestruturação em seu comando administrativo, a terceira desde novembro de 2009. A TAM , líder do mercado, passou pelo mesmo número de mudanças, desde o início de 2010. As duas companhias, nesses últimos 22 meses, já fizeram seis reestruturações, que resultaram na saída de executivos do alto escalão, com realocação ou extinção de áreas.

    Para especialistas do setor, não é mera coincidência. Além da cobrança natural de acionistas, as modificações teriam como pano de fundo uma preparação para um novo mercado, mais competitivo, com o surgimento da Latam (fusão da TAM com a chilena LAN), a expansão da Azul e melhorias nos aeroportos brasileiros, esperadas num horizonte de cinco anos.

    "Não existe coincidência. Do lado da TAM, tem a criação da Latam. Do lado da Gol, pode ser uma busca pela identidade original aliada à futura competição com a Latam e o crescimento da Azul", diz o professor de transporte aéreo da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Respício Espírito Santo. "E as empresas terão de arranjar outra desculpa quando culpam a ineficiência dos aeroportos pelos maus resultados", acrescenta.

    Para um especialista que pediu para não ser identificado, seis mudanças em quase dois anos são fruto da insatisfação dos acionistas - TAM e Gol são cotadas em bolsa e as famílias fundadoras, Amaro e Constantino, respectivamente, ainda têm peso importante na condução dos negócios. "No fundo, são os acionistas que determinam essas mudanças, insatisfeitos com o desempenho".

    O anúncio oficial da mudança administrativa na Gol, conhecida internamente ontem, estava planejado para após o fechamento do mercado financeiro. Duas vices-presidências serão unificadas e quatro diretorias, extintas, entre outras modificações.

    Segundo uma fonte que acompanha a reestruturação, a vice-presidente de mercado, Claudia Pagnano, deixa a Gol. Sua vice-presidência será absorvida pela de gestão de pessoas, cujo titular é Ricardo Khauaja, e será criada uma nova vice-presidência, a de mercado e clientes. Khauaja permanece nesse cargo. Entre as quatro diretorias que serão extintas, o Valor apurou as áreas de relações institucionais, comunicação e novos produtos.

    A Gol foi procurada, mas não se manifestou até o fechamento desta edição. Claudia assumiu a vice-presidência de mercado em março de 2010. Ela passou por empresas como Pão de Açúcar, Bank Boston, Kodak e Unibanco, entre outras. Esse cargo foi criado pela Gol em novembro de 2009 e fez parte de uma primeira onda de reestruturações da Gol.

    Naquela época, a Gol enxugou de cinco para quatro o número de vice-presidências, remanejou diretorias e trocou dois vice-presidentes que participaram da fundação da Gol, em 2001: Tarcisio Gargioni, de marketing, e Wilson Maciel Ramos, de planejamento e tecnologia da informação, deixaram a empresa. Em outubro de 2010, foi a vez de uma troca de executivos da vice-presidência técnica.

    Na TAM, a última mudança aconteceu há pouco mais de um mês, quando um dos principais executivos saiu da empresa, o vice-presidente comercial e de alianças, Paulo Castello Branco. A sua área foi transferida para uma nova vice-presidência, de planejamento e alianças, com a promoção de Nelson Shinzato. Em maio de 2010, a TAM nomeou quatro executivos e criou uma nova vice-presidência. Dois meses antes, ressuscitou outra vice-presidência, de gestão.

     

     

    Valor Econômico
    14/09/2011

    TAM e Gol se ajustam a um novo cenário
    Alberto Komatsu

    Com a extinção de quatro diretorias e redução de quatro para três vice-presidências da Gol, anunciadas ontem à noite, as duas maiores companhias aéreas do país empatam no número de reestruturações administrativas adotadas em menos de dois anos - três em cada uma das empresas. Elas resultaram na saída de executivos do alto escalão e significaram realocação ou extinção de áreas na TAM e na Gol. Para especialistas, não é coincidência.

    Além da cobrança natural dos acionistas, as mudanças teriam como pano de fundo a preparação para uma nova fase do setor aéreo, com o surgimento da Latam - fusão entre TAM e a chilena LAN -, a expansão da Azul e as esperadas melhorias nos aeroportos.

     

     

    O Estado de São Paulo
    14/09/2011

    Azul estuda voar para o exterior em 2012
    Principal alvo seria a rota para a Argentina, que esbarra em limitações de frequências
    Glauber Gonçalves

    A Azul está interessada em entrar no segmento internacional, com voos para a América do Sul, disse nesta terça-feira, 13, ao Estado o vice-presidente técnico-operacional da companhia aérea, Miguel Dau. Segundo o executivo, a empresa está analisando diversos mercados na região e deve tomar uma decisão ao longo de 2012, ano em que completará seu quarto aniversário.

    "A única coisa que temos em mente é o mercado da América do Sul. Temos estudado e acompanhado, mas ainda não há uma decisão", disse, ao ser perguntado sobre a possibilidade de ingresso no segmento internacional. "Estamos olhando todas as oportunidades. Depois da experiência de Campinas, para nós tudo é possível", declarou após participar do XVII Fórum Internacional de Logística, no Rio.

    Hoje, Gol e TAM dominam o mercado de voos para a América do Sul e a Avianca (ex-OceanAir) tem uma participação marginal, apenas com voos para a Colômbia. Nas rotas internacionais operadas por empresas brasileiras, incluindo outras regiões do mundo, a TAM detém uma fatia de 88% e a Gol responde por 10,5%, enquanto a Avianca não chega a 1,5%, de acordo com dados da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), referentes a julho.

    Conexão Buenos Aires. Embora Dau não tenha citado nenhum país específico, as aéreas brasileiras olham com atenção para as rotas para a Argentina, consideradas promissoras. Apesar da alta demanda por transporte aéreo entre o Brasil e o país vizinho, a entrada de outras empresas brasileiras nesse mercado têm enfrentado um entrave: a negativa da concessão de mais frequências pelas autoridades de Buenos Aires.

    Pelo acordo entre os dois países, cada um dispõe de 133 frequências semanais. As empresas brasileiras já utilizaram toda a sua cota, mas o fato é que há uma demanda reprimida. O vizinho do Mercosul vê na barreira a novos voos às aéreas brasileiras uma forma de criar uma reserva de mercado para a estatal Aerolíneas Argentinas.

    Responsável por renegociar o acordo bilateral, a Anac tem enfrentado dificuldades com os negociadores argentinos, mas se vê com pouca munição para pressioná-los. A autarquia pretende voltar à carga este semestre para tentar um acordo, aproveitando o aumento do número de voos pela Aerolíneas. O Itamaraty pode ser convidado a ajudar nas negociações. Apesar dos entraves, o professor Respicio Espírito Santo, da UFRJ, disse acreditar que a Azul acabe partindo para o mercado de voos internacionais para a Argentina no médio prazo.

    "Vejo (a entrada nesse mercado) quase como uma obrigação dentro do modelo de negócios da empresa que já opera o doméstico. Acredito que a Azul entre, no médio prazo", disse. Ele levanta dúvidas, no entanto, sobre a lucratividade dessas rotas. "Há uma concorrência muito forte. Esse mercado se assemelha ao segmento doméstico: o pessoal faz um bate e volta muito rápido", explicou.

    Enquanto não começa no segmento internacional, a Azul avança a passos largos no mercado interno. Dau estimou que este mês a empresa já tenha alcançado uma participação de 10%, três meses antes de completar três anos de operações. O executivo ressalta, no entanto, que a companhia não está atrás de market share, mas de rentabilidade. "Estamos preocupados em ter resultado", disse.

    A Azul recebe em outubro os primeiros três aviões turboélice ATR 72-600, de uma encomenda de 30, com opção para mais 10. Em 2012, chegam outros 9. Hoje, a empresa opera com ATR 72-200 arrendados, que devem ser todos devolvidos até setembro do ano que vem.

     

     

    Folha de São Paulo
    14/09/2011

    Google inaugura serviço para busca de voo

    Com a ferramenta, usuários poderão comparar tarifas e pesquisar informações sobre os voos. O novo serviço, disponível apenas em algumas cidades dos EUA, é resultado da parceria com a empresa de tecnologia para o setor aéreo ITA Software, adquirida pelo Google. A companhia diz que os resultados não são influenciados por relações pagas e que a busca direciona os internautas aos sites das companhias aéreas.

     

     

    Folha de São Paulo
    14/09/2011

    Justiça ameaça parar obras em Cumbica
    Decisão judicial vai contra falta de licitação; Infraero alegou urgência para evitar o caos aéreo no final do ano - Estatal argumenta que proximidade da Copa de 2014 justifica caráter emergencial para os trabalhos em Guarulhos
    MARIANA BARBOSA

    Sem ser notificada da decisão judicial de segunda-feira, a construtora Dela continuou ontem as obras do terminal remoto do aeroporto internacional de Guarulhos. A Justiça determinou a paralisação da obra por falta de licitação. A Infraero alegou urgência, pela proximidade da Copa do Mundo de 2014 e para evitar caos aéreo no fim do ano. O caráter emergencial permite dispensa de processo licitatório.

    Em nota, a Delta, responsável pela obra, afirma que "os trabalhos prosseguem normalmente em função da responsabilidade da empresa em cumprir o contrato e os prazos".

    A previsão é entregar a obra até o fim do ano.

    A construtora diz que a paralisação da obra ocorrerá "em acatamento à ordem expressa da Infraero, do Judiciário ou do Tribunal de Contas da União".
    A Delta diz ainda que os preços foram "minuciosamente examinados" pela Secretaria de Fiscalização de Obras do TCU.
    E que "[os preços] demonstram claramente serem os menores já contratados pela Infraero para obras aeroportuárias de grande porte".

    Empresa controlada por Fernando Cavendish Soares, a Delta lidera, há dois anos, o ranking das construtoras com mais contratos com o governo federal.
    A empresa integra o consórcio que executa a reforma do estádio do Maracanã, no Rio, ao lado de Andrade Gutierrez e Odebrecht.
    A Infraero afirma estar "ciente da decisão proferida" e que vai tomar medidas jurídicas necessárias para garantir a continuidade das obras.

    A contratação da Delta se deu por meio de carta-convite a quatro grandes construtoras e a Delta apresentou a menor proposta, no valor de R$ 85,75 milhões.
    O terminal será localizado em uma área antes ocupada pelos terminais de carga da Vasp e da Transbrasil.

    CAPACIDADE
    Ele terá capacidade para 5,5 milhões de passageiros e 600 vagas de estacionamento. O terminal não terá posições de pontes de embarque, que conectam a sala de embarque às aeronaves. O acesso aos aviões será feito por meio de ônibus.
    Recentemente, a Infraero inaugurou outro terminal provisório, com capacidade para 1 milhão de passageiros. Esse terminal foi ocupado por empresas menores, como Passaredo e Trip.

    Apesar da urgência da obra do terminal remoto, a Infraero não tem definido quais companhias aéreas deverão operar no terminal. Ele é muito grande para as empresas de pequeno porte, que já estão instaladas no novo terminal provisório. As grandes companhias, TAM e Gol, não querem deixar as suas posições atuais.

    O desejo da Infraero é levar a Gol para o terminal remoto, mas ainda não foi feita uma consulta formal à companhia.
    O aeroporto de Guarulhos tem capacidade para 20,5 milhões de passageiros. Em 2010, operou com 26,8 milhões de viajantes.
    Além da paralisação imediata das obras, a decisão judicial proíbe a Infraero de efetuar qualquer pagamento à Delta até o final do julgamento da ação. A multa diária pelo descumprimento da decisão é de R$ 100 mil.

     

     

    Folha de São Paulo
    14/09/2011

    Dilma diz que editais saem ainda neste mês
    DA REUTERS

    Os editais de licitação para concessão dos aeroportos de Guarulhos e Viracopos, em São Paulo, devem ficar prontos até o fim do mês, afirmou ontem a presidente Dilma Rousseff. O leilão desses aeroportos, além do terminal de Brasília, deve ocorrer em 22 de dezembro.

    Estes são os três aeroportos já existentes que serão licitados à iniciativa privada. Em agosto, houve a concessão do primeiro no país, o de São Gonçalo do Amarante (RN).
    Com a concessão, o governo quer viabilizar investimentos e aumentar a capacidade dos terminais.

     

     


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