<< Início   < Próxima  | |  Anterior >   Última >>
  • Folha On line
    17/09/2011

    Acidente em corrida aérea nos EUA mata 3 pessoas e deixa dezenas de feridos

    Pelo menos três pessoas morreram e outras 54 ficaram feridas nesta sexta-feira devido à queda de um avião nas arquibancadas nas quais centenas de pessoas assistiam a uma competição de corridas aéreas em Reno, no estado de Nevada, nos Estados Unidos. O presidente das Corridas Aéreas de Reno, Mike Houghton, afirmou à imprensa local que morreram dois espectadores e o piloto do avião de combate Mustang P-51 da Segunda Guerra Mundial.

    Segundo os responsáveis pelo campeonato, realizado todo mês de setembro em Reno, o número de mortos pode aumentar.

    Houghton detalhou que há 54 feridos, vários em estado crítico, que estão sendo atendidos em hospitais da zona.

    "Estamos devastados por esta tragédia", disse Houghton, antes de indicar que 7.500 pessoas assistiam ao espetáculo no momento do acidente.

    Além disso, o organizador da exibição comentou que as causas do acidente ainda estão sendo investigadas, mas os primeiros indícios apontam a uma falha técnica do avião, batizado de "Fantasma galopante".

    Testemunhas do acidente afirmam que viram dezenas pessoas jogadas no chão com ferimentos profundos e muito sangue espalhado.

    As atividades previstas para o fim de semana dentro do calendário das Corridas Aéreas de Reno foram canceladas por causa do acidente, de acordo com os organizadores.

    As imagens do acidente foram divulgadas por um dos espectadores, que gravou o momento exato da queda e postou um vídeo no YouTube no link abaixo:

    http://www.youtube.com/watch?v=zusClmg4IQg&feature=player_embedded

     

     

    Folha de São Paulo
    17/09/2011

    Anac quer incluir alerta de atraso em passagens
    Resolução obriga empresas aéreas a darem informação a passageiros - Sindicato das empresas diz que exigência não existe em outros países; proposta prevê multa, que chega a R$ 10 mil
    RICARDO GALLO

    A Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) quer obrigar empresas aéreas nacionais e estrangeiras a colocarem na passagem quanto tempo o voo costuma atrasar. A proposta, aberta a consulta pública, prevê multa, que pode chegar a R$ 10 mil.
    O consumidor terá de ser informado antes de comprar o bilhete, seja pela página da companhia na internet, por telefone ou em lojas.

    A minuta de resolução receberá sugestões até o próximo dia 14 de outubro. Depois, a agência publicará resolução a respeito, que pode ou não conter alterações.
    Se o texto for aprovado como está, as empresas terão que cumpri-lo após publicação no "Diário Oficial da União". Ainda não há prazo.

    O índice de atraso que constará da passagem é o de dois meses antes da compra. Um voo SP-Rio de setembro, por exemplo, teria o quanto esse trecho atrasou em julho.

    O atraso se dá quando o pouso ou decolagem acontecem 15 minutos após o previsto em voos domésticos e 30 minutos nos internacionais.

    Um a cada seis voos no país sofreu atraso em 2010.

    Também terá de ser informada a regularidade -o percentual de voos programados que foram cumpridos quando não há restrições meteorológicas e/ou em aeroportos.
    Os dados terão de estar em locais visíveis nos aeroportos e no site da Anac. Serão as empresas que terão de fornecê-los; a Anac fiscalizará.
    Segundo a agência, a divulgação ajuda o consumidor a decidir não apenas pelo preço, mas por itens importantes para medir a qualidade do serviço. A premissa é que o passageiro tem direito de voar de um local a outro nos horários contratados.

    CRÍTICAS

    No setor, a medida foi vista como mais uma obrigação imposta pela Anac às empresas, que, se mantida, será questionada na Justiça.

    O sindicato das empresas disse que a divulgação, como a Anac quer, não existe em lugar nenhum do mundo.
    Para a entidade, saber o quanto um voo atrasa não tem impacto na decisão do passageiro na hora da compra. A Jurcaib, que representa as empresas aéreas que operam voos internacionais, não se manifestou. A TAM diz que a posição do Snea é a que vale. A Gol esperará os resultados da audiência pública para falar.

    A proposta da Anac também modifica o cálculo de atraso e regularidades, que é de 1999. Voos atrasados por mau tempo, por exemplo, entram como pontuais. O novo texto corrigirá essa distorção.
    A agência submeteu 14 propostas a audiência pública neste ano, das quais três viraram norma e 11 estão em fase de análise de sugestões.

     

     

    Folha de São Paulo
    17/09/2011

    Empresa de general angolano para de voar e deixa dívidas
    Higino Carneiro montou a Puma Air em sociedade com brasileiro com o objetivo de realizar voos para Angola - Sócio brasileiro sumiu, dizem executivos ouvidos pela Folha, deixando mais de R$ 22 milhões em dívidas
    MARIANA BARBOSA

    Pouco mais de um ano depois de iniciar operações, a Puma Air, com sede no Pará, parou de voar deixando mais de R$ 22 milhões em dívidas. A empresa não voa desde maio. Até meados de agosto, cerca de 20 mil passageiros foram reacomodados em voos de outras companhias, como manda a lei. Mas a verba de reacomodação acabou.

    A Folha apurou que o presidente da Puma, Gleison Gambogi, não aparece na empresa há mais de um mês. Ele não atende telefone nem responde emails de diretores, ex-diretores ou funcionários.
    Empresa do general angolano Higino Carneiro, ex-ministro de obras públicas e um dos homens mais ricos do país, a Puma nasceu para fazer voos regulares para Angola.

    Atendendo às exigências da Anac (Agência Nacional de Aviação Civil), precisou antes montar uma operação doméstica para se habilitar a voar para o exterior.
    A empresa operava com um Boeing 737, com voos de São Paulo para Macapá e Belém. A segunda aeronave está parada no Peru desde maio por falta de manutenção.

    Segundo relato de dois executivos da empresa, em uma troca de emails Carneiro teria demonstrado ter sido traído por Gambogi. Disse que já tinha feito três pagamentos para o aluguel inicial do segundo avião e que não entendia a demora na liberação.
    Apesar de ser o homem por trás do negócio, Carneiro detém só 20% da Puma - limite máximo para capital estrangeiro no setor.
    Gambogi, ex-dono de uma franquia de livros infantis, detém o restante. A estrutura societária foi aprovada em janeiro de 2010 pela Anac.

    Na sede da Puma, um funcionário chamado Cláudio disse que Gambogi está viajando "há uns 15 dias" e voltaria semana que vem. Disse ainda que não havia previsão para a retomada dos voos. "Aguardamos um posicionamento da presidência."
    Quando a Folha fez mais perguntas sobre o paradeiro de Gambogi, a ligação foi interrompida subitamente. Depois, só deu sinal de ocupado. A Folha deixou recado no celular do empresário, mas ele não retornou.

    Muitos funcionários, que não recebem há mais de dois meses, ainda têm esperança que Gambogi apareça com dinheiro para retomar os voos.

    Além de salários atrasados, a empresa deve para Petrobras, INSS, agências de viagem e outros.
    A empresa parou de voar por decisão da área de operações. Duas semanas depois, após inspeção da Anac, teve o certificado de aeronavegabilidade (espécie de atestado de segurança do avião) suspenso por 60 dias.

    Depois do prazo, segundo a Anac, o certificado foi liberado. "A situação da empresa hoje é regular", informa a Anac. Para operar novamente, é preciso "solicitar horário de voo e passar por avaliação técnica.

    Carneiro esteve na sede da Puma apenas uma vez. Mas vem ao Brasil regularmente, para fazer check-ups. Apelidado de bulldozer (escavadeira), foi citado na CPI dos Bingos, em 2005. Seu nome aparece nos grampos, com ex-assessores próximos ao ex-ministro Antonio Palocci negociando a venda de um banco do Rio de Janeiro a Carneiro.

     

     


    << Início   < Voltar  | |  Avançar >   Última >>