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  • Valor Econômico
    29/08/2011

    GE quer investir em aeroportos no Brasil
    Francisco Góes e Rafael Rosas

    A GE, uma das maiores empresas mundiais de produtos e serviços de infraestrutura, poderá investir nos projetos para modernizar os principais aeroportos do Brasil. "Se pudermos participar como investidores nos esforços de privatização [dos aeroportos], assim o faremos, como já fizemos em outros países no passado", disse ao Valor o presidente mundial da GE, Jeffrey Immelt.

    O executivo completa em setembro dez anos à frente da GE, cargo que o faz viajar ao redor do mundo. E essa rotina o levou à conclusão de que as privatizações são o melhor caminho para consertar os aeroportos. "Os aeroportos são a fraqueza deste país. Eu me preocupo com a Copa, com a Olimpíada. São a primeira coisa que qualquer empresário ou turista vê quando desce do avião", disse Immelt. E acrescentou: "O tempo está passando."

    O executivo citou o exemplo da Índia, que melhorou os seus aeroportos via privatizações. "As concessões e PPPs [parceiras público-privadas] funcionam neste setor", afirmou. Ele conversou com o Valor em Petrópolis (RJ), onde esteve para as comemorações dos 60 anos da GE Celma, unidade de revisão de turbinas de aviões do grupo. Foi aplaudido pelos funcionários com o entusiasmo de quem pode ver de perto não só o principal líder da GE, mas um dos principais executivos do mundo corporativo internacional.

    Immelt deixou claro que a GE vive um dos melhores momentos de sua história no Brasil, onde está desde 1919. Um exemplo dessa boa fase está no fato de que, em 2011, a empresa prevê faturar no país US$ 3,7 bilhões, quase 20% a mais do que imaginava faturar inicialmente este ano. O crescimento da receita foi resultado de maior demanda. O número é também 42% superior aos US$ 2,6 bilhões obtidos no país em 2010.

    A receita no Brasil no ano passado equivaleu a menos de 2% do faturamento global, de US$ 150,2 bilhões. Mas essa participação deve subir. Segundo Immelt, a receita da GE no país cresce, em média, 36% ao ano e devem dobrar nos próximos três anos. "Se não mantivermos esse nível de crescimento, vamos ficar para trás. Fizemos isso quase que exclusivamente com crescimento orgânico, mas devemos fazer algumas aquisições no Brasil. Ficaria desapontado se não dobrássemos os negócios a cada dois ou três anos", disse. Até 2013, a GE tem plano de investir US$ 550 milhões no Brasil, mas esse número também poderá dobrar.

    Essa realidade também é válida para as operações da empresa na América Latina, onde prevê que, a curto prazo, os mercados emergentes terão uma maior participação na receita da companhia. Quando Immelt assumiu a GE, 30% dos seus negócios tinham origem fora dos Estados Unidos. Hoje, esse número é superior a 60%, o que indica que a empresa se tornou mais global.

    Mas a GE também tem sentido os efeitos da crise. Segundo dados da Bloomberg, seu valor de mercado na sexta-feira era US$ 165,3 bilhões, colocando-a em 21º no ranking das empresas mais valiosas do mundo. Segundo Immelt, enquanto o mundo passou pela falência do banco Lehman Brothers, em 2008, e pela crise financeira, o negócio financeiro da GE, considerado estratégico, perdeu valor. "Nós precisamos encontrar novas e diferentes formas de posicionar nosso negócio de serviços financeiros para criar valor. É um processo em andamento".

    O executivo entende ainda que os atuais problemas econômicos do mundo não representam uma nova crise, mas sim a continuidade de um processo iniciado no verão do hemisfério norte em 2007. E no entender dele essa situação vai significar crescimento econômico menor para Estados Unidos e Europa. Já nos emergentes, as perspectivas são otimistas.

    Immelt disse que três coisas aconteceram no Brasil que despertaram o interesse de muitas empresas americanas, como a GE, que não olhavam com atenção para o hemisfério sul nas décadas de 1980 e 1990. Esses fatores foram a continuidade da estabilidade fiscal, a existência de um robusto setor privado e as exportações de produtos básicos para a China, um mercado de grande crescimento econômico.

    "Esses três elementos combinados fizeram do Brasil um mercado muito competitivo e atrativo". O executivo acrescentou que a América Latina terá um dos maiores e mais rápidos crescimentos entre as regiões nas quais a companhia atua nos próximos cinco ou dez anos. Segundo ele, qualquer um dos setores nos quais a empresa atua no Brasil, incluindo aviação, transporte, saúde e óleo e gás, entre outros, pode ter crescimento "substancial" nos próximos três anos.

    Na aviação, afirmou, a GE tem ótima relação com clientes como Gol, TAM e Embraer. A GE Celma, além de revisar turbinas, tem plano de passar a produzir motores para as aeronaves E-190 da Embraer e há possibilidade de que as duas empresas anunciem o início dessa produção ainda este ano.

    No segmento de locomotivas, com fábrica em Contagem (MG), Immelt disse que a GE tomou, semana passada, a decisão de fazer "substanciais investimentos" em produtos e design, entre outras atividades. Esse plano de expansão, informou, deve ser entregue ao mercado em 24 meses.

    "Vamos nos mover de forma agressiva no mercado de ferrovias não só para atender o Brasil, mas também a exportação, incluindo destinos como a África." Este ano, a empresa vai fabricar 121 locomotivas no país, quase o dobro de 2010. A expansão deve levar a fábrica de Contagem a aumentar a capacidade das atuais 150 para 200 unidades por ano.

    O setor de óleo e gás é outro que tem grandes oportunidades. Immelt lembrou que a posição da empresa no setor foi fortalecida com a compra da Wellstream este ano por US$ 1,3 bilhão. Ainda na área de energia, a GE aposta no desenvolvimento das fontes eólicas: tem a previsão de produzir no Brasil 700 turbinas até 2012.

    Outro foco da GE no Brasil será fazer mais inovação local com os clientes a partir do centro de pesquisa e desenvolvimento que a empresa constrói no Rio. Immelt vê muito espaço para inovação no Brasil em áreas como biocombustíveis e etanol. "As aplicações a serem desenvolvidas aqui podem ser usadas em outros países. Também queremos ser uma opção importante para engenheiros, considerando a corrida por talentos que existe no país".

     

     

    Publico.PT
    29/08/2011

    United Airlines coloca manuais de voo em papel nos iPads
    11000 iPads para todos os pilotos aéreos
    Paulo Vilarinho

    A United Continental Holdings, Inc. anuncia que está a converter os manuais de voo para uma versão digital e a facultar 11.000 iPads a todos os pilotos da United e da Continental, agora juntas. Os manuais de voo electrónicos (Electronic Flight Bags – EFB) substituem os tradicionais manuais de voo em papel, sendo a primeira grande companhia aérea a implementar este sistema, proporcionando aos pilotos mapas de navegação aeronáuticos através de uma aplicação iPad. A distribuição dos iPads começou no início deste mês e todos os pilotos terão um até ao final do ano.“Os manuais de voo digitais representam a próxima geração de aviação,” afirma o vice-presidente sénior de operações de voo da United, o Comandante Fred Abbott. “A introdução dos iPads garante que os nossos pilotos tenham ao seu alcance e em todos os momentos do voo informações essenciais e em tempo real.”

    Os iPads são carregados com o Jeppesen Mobile FliteDeck, aplicação pioneira na indústria, que contém mapas de navegação interactiva e mapas geo-referenciados de todo o mundo, incluindo informação sobre os aeroportos locais. O ecrã a cores e de alta resolução, garante que a informação correcta é exibida no momento certo.

    “Estamos orgulhosos em ser parceiros da United Airlines num projecto desta magnitude com a Jeppesen Mobile FliteDeck,” afirma o presidente e CEO da Jeppersen, Mark Van Tine. “Estamos ansiosos por continuar esta parceria na integração das nossas soluções móveis digitais que aumentam a eficiência, reduzem custos e optimizam as operações”, diz o responsável da Jeppersen.

    Fim do papel diminui peso no avião

    Cada iPad, que pesa menos de um quilo, vai substituir aproximadamente 17 quilos de manuais de operações em papel, mapas de navegação, manuais de referência, listas de verificação de voo, diários de bordo e informações meteorológicas num sistema de voo electrónico (Electronic Flight Bag). Um sistema convencional de manuais de voo em papel, inclui uma média de 12.000 folhas por piloto. Os benefícios ambientais desta mudança são duplos – reduz significativamente o uso de papel e impressões e, por sua vez, diminui o consumo de combustível. Os projectos ambientais da companhia aérea irão poupar aproximadamente 16 milhões de folhas de papel por ano, o equivalente a mais de 1.900 árvores que não serão cortadas. Ao poupar um milhão e duzentos e trinta e quatro mil litros de combustível por ano, reduz ainda as emissões de gases de efeito estufa em 3.208 toneladas métricas.

    Com o iPad, os pilotos podem aceder a materiais de referência de forma rápida e eficiente sem terem de consultar milhares de folhas de papel e ficando com mais espaço na cabine. O trabalho dos pilotos da United e da Continental será simplificado, uma vez que estes podem fazer rapidamente o ‘download’ de actualizações no iPad, ao invés de esperar por actualizações em papel que têm de ser impressas e distribuídas. Para além disso, ao eliminar volumosos sacos com papel, os pilotos terão menos peso para transportar através dos aeroportos para bordo dos aviões, reduzindo o risco de lesões em serviço.

    A United Continental Holdings Inc. é a companhia holding da United Airlines e da Continental Airlines. Juntamente com a United Expresso, Continental Express e Continental Connection, estas companhias aéreas operam um total de aproximadamente 5.765 voos por dia para 377 aeroportos em seis continentes dos seus ‘hubs’ de Chicago, Cleveland, Denver, Guam, Houston, Los Angeles, Nova Iorque/Newark Liberty, São Francisco, Tóquio e Washington D.C. A United e a Continental são membros da Star Alliance, que oferecem 21.200 voos diários para 1.185 aeroportos em 185 países.

    Os mais de 80.000 colaboradores da United e da Continental residem em todos os estados dos Estados Unidos e em diversos países por todo o mundo.

     

     

    Aviação Brasil
    29/08/2011

    Boeing 787 Dreamliner recebe da certificação da FAA e EASA

    Durante cerimônia ocorrida na unidade da empresa localizada em Everett, no estado de Washington, a Boeing recebeu da Agência Americana de Administração da Aviação (FAA) e da Agência de Segurança de Aviação Europeia (EASA) a certificação para o seu novo 787 Dreamliner. O administrador da FAA, Randy Babbitt, apresentou o Certificado (U.S. Type Certificate) – que verifica a que o 787 foi testado e aprovado dentro de todas as regulações federais daquele País – para o piloto-chefe de testes do 787, piloto-chefe Mike Carriker e para o vice-presidente e engenheiro-chefe de projetos do 787, Mike Sinnett, ambos que trabalharam no Programa 787 desde o seu início.

    Babbitt apresentou o certificado de produção (Production Certificate 700) para John Cornish, vice-presidente de Montagem Final & Entrega do 787, e para Barb O’Dell, vice-presidente de Qualidade do Programa 787. O Certificado de Produção coloca o 787 na lista de sistemas de produção da Boeing Commercial Airplane que cumpriram todas as exigências Ra regulamentação federal.

    O presidente e CEO da Boeing Commercial Airplanes President, Jim Albaugh disse que “A Certification é um marco que valida aquilo que prometemos ao mundo desde que começamos as primeiras conversas sobre este avião. Este avião incorpora as esperanças e sonhos de todos os que tiveram a sorte de trabalhar nele. Seus sonhos estão se tornando realidade”.

    Patrick Goudou, diretor executivo da EASA, apresentou a Dan Mooney, vice-presidente de Desenvolvimento do 787-8, e a Terry Beezhold, ex-líder do Time de Integração Nível Avião do 787, o certificado europeu (European Type Certificate) para o 787.

    Scott Fancher, vice-presidente e gerente geral do Programa 787, encerrou a cerimônia dirigindo-se ao time que trabalhou no Programa.

    “Este é realmente um grande avião. Desde os materiais avançados e tecnologias inovadoras até a tecnologia melhorada na experiência do passageiro e sua economia imbatível – o 787 é, em verdade, uma mudança no jogo da aviação”, afirmou Fancher.

     

     

    G1 - O Globo
    29/08/2011

    Aeroportos do país terão sistema para pouso com visibilidade zero
    Infraero vai investir R$ 35 milhões em Guarulhos, Galeão e Curitiba.
    Fábio Amato

    A Infraero está investindo R$ 35 milhões nos aeroportos de Guarulhos (SP), Galeão (RJ) e Curitiba (PR) para permitir o pouso de aeronaves mesmo em condições de visibilidade zero. Os três aeroportos serão os primeiros do país a contar com um equipamento chamado ILS (sigla em inglês para sistema de pouso por instrumento) categoria três, de acordo com a Infraero. Com ele, os pousos poderão continuar ocorrendo mesmo em dias de forte neblina ou nebulosidade. Hoje, quando isso acontece, esses aeroportos chegam a suspender suas operações.

    No aeroporto de Guarulhos, o maior do país, o ILS categoria três deve começar a funcionar em setembro. Nos outros dois, o prazo para a conclusão das obras necessárias é o final de 2013.

    Hoje, os três aeroportos contam com o ILS categoria dois, que também auxilia pousos com pouca visibilidade, mas não chega a permitir essas operações em casos extremos, de visibilidade zero.

    O ILS é composto de dois tipos de antenas, instaladas na ponta e na lateral da pista de pouso. Elas informam as aeronaves sobre a distância e a inclinação delas em relação à pista.

    Equipamento e treinamento
    Para que o ILS categoria três seja utilizado, o avião precisa contar com um equipamento específico, que interage com as antenas, e os pilotos e copilotos devem estar treinados para operá-lo. A maioria das empresas aéreas estrangeiras já está capacitada para isso. Mas as nacionais ainda não.

    “Com esse equipamento o piloto pousa sem visibilidade nenhuma. Agora, para que isso funcione, os pilotos e copilotos precisam estar treinados e as aeronaves dotadas de equipamentos”, disse o diretor de Aeroportos da Infraero, João Márcio Jordão.

    Ele afirmou que a realização da Copa de 2014, que vai acontecer no Brasil entre os meses de junho e julho, período em que se costuma registrar fechamento de aeroportos no país devido a más condições climáticas, influenciou na decisão da Infraero de investir no novo sistema.

    O G1 apurou que o governo exigiu que as empresas aéreas brasileiras façam os investimentos necessários para operar com o ILS categoria três. As empresas, porém, consideram que o custo de treinar funcionários e equipar as aeronaves é muito alto e o investimento não compensa, já que o novo sistema vai ser pouco usado. Diante da pressão do governo, porém, as empresas devem aceitar fazer o investimento.

    A TAM informou que todas as suas 153 aeronaves têm condições de operar com o ILS categoria três. Entretanto, falta treinar seus pilotos e co-pilotos. A empresa informou ainda que está “avaliando os requisitos para o treinamento dos tripulantes e os custos da manutenção dessa certificação.”

    A Gol não respondeu a perguntas sobre presença de equipamentos em seus jatos nem sobre treinamento de funcionários para operar com o ILS categoria três. A assessoria da empresa pediu para que o Sindicato Nacional das Empresas Aeroviárias (Snea) fosse ouvido sobre o assunto.

    O diretor técnico do Snea, Ronaldo Jenkins, disse que o sindicato ainda não tem uma posição sobre o início da operação do novo sistema e que vai discutir o assunto com as empresas aéreas.

     

     


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