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  • Folha Online
    09/05/2011

    França resgata turbina e computador de bordo do 447; veja fotos

    O BEA (Birô de Investigações e Análises), escritório francês que investiga a segurança na aviação civil, informou nesta segunda-feira que resgatou uma das turbinas e os computadores de bordo do Airbus A330 da Air France que fazia o voo 447. A aeronave caiu no Atlântico em 2009, causando a morte dos 228 ocupantes.

    O escritório francês também informou hoje que as duas caixas-pretas resgatadas estão a bordo do navio francês La Capricieuse --enviado para recuperar as caixas-pretas que estavam no barco Ile de Sein-- e deverão chegar a Caiena, na Guiana Francesa, até a próxima quarta-feira (11).

    De Caiena, o material --que foi selado, já que a investigação está sob sigilo judicial-- será enviado de avião até a sede do BEA, na França.

    Ainda segundo o birô, representantes brasileiros do Cenipa (Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos), além de franceses do BEA e um oficial da Polícia Judiciária da França, acompanham a operação a bordo do La Capricieuse.

    As buscas acontecem em uma área situada a cerca de 1.100 km da costa brasileira.

    RESGATE

    Dois corpos já foram resgatados dos destroços do Airbus, no oceano. Os restos mortais estão sendo levados a bordo do navio francês Ile de Sein, e serão transportados para Paris na próxima semana. Segundo a polícia francesa informou, os corpos serão encaminhados a um laboratório de análise a fim de determinar a possibilidade de realização do DNA.

    "É difícil por que os corpos estão bem preservados no fundo do mar por conta da pressão e da temperatura, mas trazê-los para cima para águas mais quentes provoca a decomposição", afirmou um porta-voz da polícia francesa.

    Na ocasião da tragédia, cerca de 50 corpos foram resgatados do oceano, sendo que 20 eram de brasileiros --12 homens e 8 mulheres.

    As causas do acidente com o Airbus A330 podem ser esclarecidas após a análise das duas caixas-pretas recuperadas domingo (1º) e segunda-feira (2).

    De acordo com o BEA (Birô de Investigações e Análises), 68 pessoas estão a bordo do Ile de Sein. Entre eles estão nove operadores do robô submarino Remora 6000, técnicos da empresa americana Phoenix International, proprietária dos equipamentos, e membros do BEA.

    O coronel Luís Cláudio Lupoli, da Força Aérea Brasileira, também está a bordo do navio. Ele é o representante brasileiro na comissão de investigação do acidente.

    O primeiro mergulho do robô em busca dos destroços do voo, localizados no começo de abril, foi realizada no dia 26 e durou mais de 12 horas.

     

     

    Estadão
    09/05/2011

    Caixas-pretas do voo 447 devem chegar até quinta-feira à França
    As caixas foram seladas e seguiram rumo à Guiana Francesa, de onde devem ser levadas para a França para análise

    PARIS - As duas caixas-pretas do voo AF 447 da Air France, que caiu no Atlântico em 2009, devem chegar à França até quinta-feira, segundo o Escritório de Investigações e Análises (BEA, na sigla em francês), que apura as causas da catástrofe que matou 228 pessoas.

    Em um comunicado divulgado nesta segunda-feira, o BEA informou também que um dos motores do Airbus e o sistema que reúne os equipamentos eletrônicos do avião, que contém os calculadores de bordo, foram resgatados pelos investigadores.

    O navio francês La Capricieuse, enviado para recuperar as caixas-pretas a bordo do Ile de Sein, deverá chegar a Caiena, na Guiana Francesa, até quarta-feira pela manhã, diz o BEA.

    Em seguida, as caixas serão levadas a França por avião e deverão chegar apenas no dia seguinte em razão do longo trajeto e da diferença de fuso horário.

    O navio La Capricieuse chegou no sábado à área onde o Ile de Sein realiza a quinta fase de buscas, situada a cerca de 1,1 mil quilômetros da costa brasileira, e já se dirige ao porto de Caiena levando a bordo as caixas-pretas seladas. As caixas foram seladas já que se tratam de provas em uma investigação judicial.

    O BEA deverá anunciar até o final desta semana se os cartões de memória das caixas-pretas não sofreram corrosão ou qualquer outro tipo de desgaste e se os dados contidos nos cartões poderão ser extraídos e analisados.

    Análise. As duas caixas-pretas - a Flight Data Recorder (gravador de dados do voo, na sigla em inglês), que contém os parâmetros técnicos como altitude, velocidade e trajetória do avião, e a Cockpit Data Recorder, que grava as conversas dos pilotos e qualquer outro som emitido na cabine, como alarmes - foram encontradas no início deste mês.

    Estes elementos são fundamentais para descobrir as causas do acidente com o avião da Air France, que caiu no Atlântico em 2009 quando fazia a rota Rio-Paris.

    O diretor do BEA, Jean-Paul Troadec, declarou recentemente que as duas caixas-pretas estão "em bom estado físico", pelo menos externamente, e disse "ter esperanças" de poder ler os dados internos.

    As caixas-pretas chegarão a Paris acompanhadas de um oficial da polícia judiciária francesa, do coronel brasileiro Luís Cláudio Lupoli, que participou como observador das buscas, e do chefe das investigações do acidente, Alain Bouillard, do BEA.

    Nos próximos dias, outras peças do avião consideradas importantes para as investigações, como partes das asas, deverão ser levadas à superfície.

    O resgate dos corpos, segundo fontes ouvidas pela BBC Brasil, será retomado por volta do dia 20 de maio, quando deve ocorrer a troca da tripulação do Ile de Sein e o reforço da equipe de especialistas que realiza essas operações.

    Em visita a Paris para participar de uma reunião do G8, o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, comentou a descoberta das caixas-pretas do avião e disse que "é necessário conjugar todos os esforços para o esclarecimento dos fatos e, obviamente, para que a justiça seja satisfeita em uma tragédia como essa".

    BBC Brasil - Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização por escrito da BBC.

     

     

    Economico de Portugal
    09/05/2011

    TAP poupa 14 milhões por ano com corte de um tripulante
    Medida entra em vigor em Junho e será alvo de providência cautelar por parte do sindicato.

    A TAP vai poupar cerca de 14 milhões de euros por ano com a redução de um tripulante em cada voo da companhia. O Sindicato Nacional do Pessoal de Voo da Aviação Civil (SNPVAC) está contra e prepara-se para entregar, ainda esta semana, uma providência cautelar que pretende travar a medida que entrará em vigor em Junho.

    A TAP informou os trabalhadores, no final da semana passada, que depois de "várias tentativas de acordar uma revisão da composição das tripulações" com o SNPVAC, não lhe restou "outra alternativa que a determinação por parte da empresa sobre esta matéria", lê-se na carta a que o Diário Económico teve acesso.

    A partir de Junho, todos os aviões da TAP passarão a voar com menos um tripulante. No caso do A319, avião com capacidade para 132 passageiros, a tripulação será reduzida de cinco para quatro elementos. No longo curso, os voos realizados com o Airbus A330 e A340 passarão a receber apenas nove tripulantes, contra os dez actuais.

     

     

    Valor Econômico
    09/05/2011

    Infraero chama Exército para obras em Cumbica
    André Borges

    A Infraero assinará esta semana um convênio com o Exército para iniciar imediatamente as obras do terminal 3 do aeroporto de Cumbica, em São Paulo. A ordem de serviço será fechada até sexta-feira. A acordo prevê que o Exército comece a tocar a primeira fase do projeto, com a terraplanagem da área onde será erguido o terminal, além do espaço que receberá o pátio das aeronaves.

    Procurada pela reportagem, a Infraero confirmou as informações, mas não deu mais detalhes sobre o convênio. A expectativa inicial da estatal, conforme adiantou o Valor em janeiro, era de que a equipe de engenharia de obras do Exército entrasse em Cumbica em fevereiro, mas esse cronograma foi comprometido pela série de mudanças promovidas pelo governo no setor aéreo. Desde então, a Infraero trocou de presidente, mesmo movimento feito na Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) e setor saiu das mãos do Ministério da Defesa, ficando sob a responsabilidade da Secretaria de Aviação Civil, recém-criada.

    O início das obras vai ocorrer paralelamente à preparação do edital de concessão para construção do terminal. Também está prevista a entrada de empresas durante a fase de terraplanagem, atuando em conjunto com os militares.

    O contrato firmado com o Exército é estimado em cerca de R$ 350 milhões. Os serviços de terraplenagem para a construção do terminal deverão movimentar 3,7 milhões de metros cúbicos de terra, sendo 1,7 milhão na escavação para o pátio de aeronaves e terminal e mais 2 milhões para o aterro da área. O orçamento estimado para essa etapa de obras é estimado em cerca de R$ 800 milhões.

    A meta da Infraero é de que o edital de concessão do aeroporto de Guarulhos, o mais movimentado do país, seja conhecido no segundo semestre. Com seus dois terminais atuais, o aeroporto opera acima de sua capacidade. Listado entre as obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), o terceiro terminal de Cumbica já tinha prazos fixados em 2008. A meta do governo, à época, era entregar a estrutura este ano. Enquanto o terminal não fica pronto, a Infraero vai lançar mão de módulos provisórios para dar conta da demanda. Serão erguidos três "puxadinhos" em Cumbica, com custo estimado de R$ 58,4 milhões.

     

     

    O Globo
    09/05/2011

    Voo 447: resgate entra na fase mais complexa
    Especialista americano estima que ainda existam dezenas de corpos nos destroços
    Victor Costa

    Mesmo com o sucesso do resgate das caixas pretas e de dois corpos que estavam nos destroços do voo 447 da Air France, a operação para retirar do fundo do Oceano Atlântico os restos mortais de outros passageiros entra agora em sua fase mais complicada. Essa é a avaliação do americano Mike Purcell, chefe da missão que encontrou o destroços do Airbus A330. Em entrevista ao “Fantástico”, da TV Globo, Purcell, lembrou que todo o trabalho é feito por equipamentos controlados da superfície:

    — Teremos o imenso trabalho de içar os corpos das vítimas para a superfície. Nunca foi divulgado quantos ainda estão lá, mas se sabe que são, pelo menos, algumas dezenas. Esse é um trabalho muito delicado e delicadeza é algo que um robô não tem.

    O voo 447, que fazia a rota entre o Rio e Paris, caiu no Oceano Atlântico na noite de 31 de maio de 2009. matando 228 pessoas, incluindo 58 brasileiros, entre passageiros e tripulantes. Nos dias seguintes à tragédia, 51 corpos foram encontrados na superfície, além de um grande pedaço do leme do Airbus.

    No dia 3 de abril, quase dois anos depois do acidente, um robô submarino controlado por especialistas americanos localizou, a uma profundidade de 3.900 metros destroços do avião, incluindo corpos.

    Na entrevista ao “Fantástico”, Purcell revela que, no dia da descoberta, ondas fortes quase levaram o submarino. Com essas condições era inviável içar o robô, e a equipe se limitou a acompanhá-lo do barco.

    Com os destroços localizados, entrou em ação o robô Remora 6000, que possui braços mecânicos e uma cesta. O trabalho é dificultado pelo relevo do local, conhecido como Cordilheira Meso-Oceânica e tem um desenho de uma cadeia de montanhas. A temperatura da água não passa dos 2 graus, o que ajudou a conservar os corpos.

     

     

    O Estado de São Paulo
    09/05/2011

    Mais atraso nos aeroportos

    Há dias, o ministro-chefe da Casa Civil, Antonio Palocci, anunciou um programa de privatização dos principais aeroportos brasileiros, iniciativa inovadora em um governo do PT, e informou que, em duas semanas, seriam lançados os editais de concessão dos aeroportos de Guarulhos e de Brasília, que estão entre os mais congestionados do País. Ainda em maio, disse o ministro, se seguiria o edital de Viracopos e, no máximo até julho, seriam publicados os dos aeroportos de Confins e do Galeão.

    O anúncio, que mostrava uma nova visão do governo do PT sobre a privatização, mereceu elogios, pois deu à população a esperança de que, afinal, os sérios gargalos do sistema aeroportuário começariam a ser eliminados, o que reduziria os riscos de novas e mais graves crises no setor. Mas, como é comum na administração petista, agora se sabe que nada ocorrerá no prazo anunciado, pois nada está decidido nisso que até agora não passa de intenção do governo de transferir para a iniciativa privada a expansão, modernização e operação parcial ou total dos principais aeroportos do País.

    O que o governo fez até agora, além de criar a Secretaria de Aviação Civil, foi anunciar às pressas o plano de privatização. Tratou-se, ao que tudo indica, de uma tentativa de aplacar as críticas, no País e no exterior, ao atraso das obras necessárias para dar um mínimo de eficiência ao sistema e de conforto aos passageiros e para dotar o País da infraestrutura indispensável à realização de grandes competições esportivas internacionais.

    O governo não tem nem mesmo ideia precisa do modelo que adotará. Depois da primeira reunião para discutir o projeto de concessão dos aeroportos com diretores da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) e executivos das companhias aéreas que operam linhas regulares no País, o presidente da Infraero, Gustavo do Vale, disse que ainda estão sendo realizados os primeiros estudos de viabilidade econômica.

    Concluídos esses estudos preliminares, acrescentou Vale, o governo poderá ter uma visão mais precisa do processo de concessão e, então, poderá contratar empresas especializadas que montarão o modelo a ser adotado em cada um dos terminais cuja ampliação e operação serão oferecidas a investidores privados. A eventual contratação, sem licitação, da Estruturadora Brasileira de Projetos, empresa formada por bancos estatais e privados, pode reduzir o prazo da etapa inicial do processo, mas é difícil imaginar que um trabalho sério de montagem de modelos específicos para cada aeroporto fique pronto em prazo inferior a seis ou oito meses.

    É com base nesses modelos que serão elaborados os editais para a concessão. Como admite agora o próprio governo, na melhor das hipóteses, o primeiro edital poderá ser publicado até o fim do ano. Só então será possível aferir o interesse de empresas particulares - companhias aéreas, construtoras e outras - na concessão. Se houver interessados, será feito o processo de habilitação de candidatos, escolha do vencedor, assinatura de contrato e, finalmente, o início das obras. Enquanto isso, os problemas continuarão se agravando.

    A única experiência brasileira de concessão de terminais de passageiros de aeroportos, a do Aeroporto de São Gonçalo do Amarante, em Natal, foi anunciada há quase três anos. Os estudos de viabilidade técnica, econômica e ambiental demoraram, os critérios básicos foram submetidos ao exame do Tribunal de Contas da União, que impôs algumas alterações, e, até agora, o edital não foi lançado.

    A montagem do modelo para a concessão do aeroporto de Guarulhos provavelmente será mais complexa, e poderá suscitar muitos questionamentos, o que tende a retardar o processo. Nesse caso, a intenção do governo é de que a concessionária construa o terceiro terminal de passageiros, comprometa-se a mantê-lo e explore as áreas comerciais para remunerar seus investimentos. O prazo de concessão pode ser de 30 anos. Dependendo dos parâmetros definidos pelo governo na concessão, pode não haver interessados.

     

     


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