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  • Folha Online
    26/04/2011

    Dilma autoriza definição de critérios para obras de aeroportos

    O ministro Antonio Palocci (Casa Civil) anunciou nesta terça-feira que a presidente Dilma Rousseff autorizou a Secretaria da Aviação Civil a definir os critérios para a concessão das obras dos aeroportos de Guarulhos (SP), Viracopos (SP) e Brasília (DF). O ministro disse ainda que o governo vai acelerar os estudos para a concessão das obras em Confins (MG) e Galeão (RJ).

    Palocci lembrou que essa é uma das medidas analisadas pelo governo para acelerar os empreendimentos estratégicos para a Copa de 2014 e a Olimpíada de 2016.

    "Para que a gente possa dar uma resposta a essas questões em um menor espaço de tempo possível", disse durante reunião do CDES (Conselho de Desenvolvimento Economico e Social).

    A Folha mostrou hoje que o governo analisa três modelos simultâneos de concessão para ampliar a capacidade dos aeroportos brasileiros em razão da Copa-2014 e da Olimpíada-2016.

    Além do sistema puramente privado, a ideia é viabilizar um regime misto de concessão, com a gestão conjunta entre empresas privadas e poder público.

    O terceiro é uma espécie de modelo de permuta, no qual o governo concede um projeto específico ao setor privado -lojas de um terminal, por exemplo- em troca de investimentos em aeroportos deficitários ou pouco atrativos do ponto de vista comercial.

     

     

    ZERO HORA
    26/04/2011

    Robô faz primeiro mergulho em busca das caixas-pretas do voo da Air France
    Navio francês que havia saído do Senegal chegou à área de buscas às 2h

    O robô Remora 6000, que tentará localizar as caixas-pretas do avião AF 447 da Air France, realizou sua primeira missão de mergulho nesta terça-feira, segundo o Escritório de Análises e Investigações da França (BEA, na sigla em francês). O BEA apura as causas do acidente que matou 228 pessoas em 31 de maio de 2009, quando o Airbus da empresa aérea francesa caiu no Oceano Atlântico.

    Segundo a organização, a prioridade desta quinta fase das buscas é localizar as caixas-pretas do avião. O navio francês Ile de Sein, que havia saído na sexta-feira do Porto de Dacar, no Senegal, chegou à área de buscas às 2h (hora de Brasília) desta terça-feira.

    Segundo o BEA, dois grupos de trabalho foram formados. Um deles continua analisando as 15 mil fotos dos destroços tiradas por outros robôs na fase anterior das buscas, sobretudo as da parte traseira do Airbus, onde se situam as caixas-pretas do avião. O segundo grupo estuda os procedimentos ligados à recuperação das duas caixas-pretas, dos calculadores de voo e de outras peças do avião consideradas úteis para as investigações, como os motores e as asas.

    Partes da fuselagem da aeronave, juntamente com corpos de passageiros, foram encontradas no início do mês de abril. O robô operado remotamente tentará localizar as caixas-pretas do avião. Os investigadores ainda não sabem, no entanto, se as duas caixas-pretas, que contêm os parâmetros técnicos do voo e as gravações das conversas dos pilotos, poderão ser analisadas, após terem ficado quase dois anos submersas a 3,9 mil metros de profundidade.

    Pouco antes de embarcar no navio em Dacar, o responsável pela investigação do acidente da Air France, Alain Bouillard, disse que "é um desafio para o BEA poder analisar o conteúdo das caixas-pretas".

    — Se tudo der certo, serão necessários vários dias de preparativos para ler o conteúdo delas e talvez várias semanas, se estiverem danificadas — afirmou.

    As caixas-pretas são consideradas fundamentais para descobrir as causas do acidente. Se forem localizadas, elas serão colocadas em uma fragata da marinha francesa, que sairá de Caiena, na Guiana Francesa, para trazê-las à França. O BEA disse os investigadores já têm as coordenadas geográficas precisas dos destroços, a partir da análise das 15 mil fotos tiradas por outros robôs submarinos na operação anterior, que havia localizado a fuselagem no início de abril.

    Isso permitirá uma intervenção mais rápida do robô Remora 6000 (ROV, na sigla em inglês — Veículo Operado Remotamente) no local onde está a cauda do avião, em busca das caixas-pretas. Segundo o BEA, 68 pessoas estão a bordo do navio. Além de transportar o robô, o navio Ile de Sein está equipado com um guindaste que pode içar várias toneladas de material.

     

     

    Uol - Noticias
    26/04/2011

    Decisão sobre o 737 da Boeing pode ser tomada no meio deste ano

    CIDADE DO MÉXICO (Reuters) - A fabricante de aeronaves Boeing informou nesta terça-feira (26) que pode tomar a tão aguardada decisão sobre o futuro da popular linha 737 até meados deste ano. A Boeing ainda está avaliando se irá construir um 737 totalmente novo ou implementar um motor mais eficiente em combustível na linha já existente.

    "Nós estamos deixando nossas opções em aberto", disse o vice-presidente de marketing da divisão de aeronaves comerciais da companhia, Randy Tinseth, sobre a linha 737.

    "Nós estamos fazendo programas de testes de voo para verificar melhorias nas estruturas e no motor para aperfeiçoar a eficiência do avião em mais 2%", disse Tinseth.

    "Isso, juntamente com as melhoras dos últimos dez anos ou mais, significa que os 737 que entregaremos em 2012 serão cerca de 7% mais eficientes em uso de combustível", disse o executivo à Reuters na Cidade do México.

    A companhia espera manter suas metas de entrega para o atrasado 787 Dreamliner para o terceiro trimestre, disse o vice-presidente.

    Em uma apresentação a repórteres no México, Tinseth disse que a segunda maior fabricante de aviões do mundo espera que a América Latina precisará de 2.180 aviões --com valor de cerca de US$ 210 bilhões-- para crescer pelos próximos 20 anos.

     

     

    Extra Online
    26/04/2011

    Infraero: mais da metade dos voos domésticos da Gol já sofreram atrasos nesta terça-feira
    O Globo

    RIO - Um dia depois de o ministro da Defesa, Nelson Jobim, afirmar que o caos aéreo é "uma coisa que ficou para trás" e descartar a possibilidade de o Brasil enfrentar nova crise no setor durante a Copa do Mundo de 2014 e as Olimpíadas de 2016, atrasos em voos domésticos chegam a 23% do total de decolagens nos aeroportos brasileiros até às 12h desta terça, segundo a Infraero. A companhia aérea Gol continua tendo mais problemas do que as demais.

    Mais da metade das decolagens da Gol previstas para esta terça já sofreram atrasos: 186 das 371 (50,1%). Neste momento, 15,6% dos voos da empresa estão fora do horário (58 voos). A companhia informou que o mau tempo é o principal motivo para a demora nas decolagens. A Gol informou que divulgará uma nota oficial em breve, esclarecendo a situação nos principais aeroportos. A TAM teve 13,1% dos voos atrasados e a Webjet, 6,4%.

    Gol: necessidade de realocação de voos gerou atrasos

    A companhia informou que os atrasos refletem as más condições meteorológicas que inviabilizaram temporariamente operações aéreas em importantes bases da companhia na segunda, como Rio de Janeiro e Porto Alegre. Segundo a Gol, a necessidade de alternar voos para outros destinos, por uma questão de segurança operacional, gerou atrasos ao longo da malha e maior tempo de solo das aeronaves em alguns aeroportos.

    Nesta terça, durante algumas horas, as operações em outros aeródromos (Imperatriz, Maringá e Navegantes) também ficaram intermitentes por mau tempo. Apesar disso, a Gol destaca que sua operação está rodando normalmente e que os clientes estão recebendo o atendimento necessário em terra, conforme prevê a Resolução 141 da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). O tempo médio de espera para voos fora do horário tem ficado em torno de uma hora, segundo a empresa. A expectativa, caso não haja complicações na meteorologia, é que a situação se normalize até o fim do dia.

     

    Em nota, a companhia lamenta que essas medidas causem desconforto aos passageiros, mas reitera que ações como essas visam garantir a segurança operacional, item prioritário de sua política de gestão.

    No Santos Dumont, atrasos chegam a 30,2%

    No Aeroporto Santos Dumont, no Rio, os atrasos chegam a 30,2% (19 das 63 partidas previstas) até 12h. Neste momento, sete voos estão atrasados — três foram cancelados. No Aeroporto Tom Jobim (Galeão) as decolagens fora do horário atingem 36,1% (26 das 72 previstas). Cinco voos domésticos foram cancelados no Galeão.

    Em Congonhas (São Paulo), 34 dos 94 voos (36,2%) registraram atrasos. Em Guarulhos, 21 das 89 partidas domésticas tiveram atraso (23,6%).

    Nos voos internacionais, o panorama é tranquilo. Apenas 6,9% de todas as decolagens previstas nesta terça, até agora, sofreram atrasos em todo o Brasil — cinco das 72 previstas.

     

     

    Valor Econômico
    26/04/2011

    Citi avalia preço de venda da TAP

    O processo de privatização da TAP só deverá ter início no fim de junho, após as eleições e posse do novo governo de Portugal. A informação é do porta-voz da estatal portuguesa de aviação, António Monteiro. De acordo com ele, internamente algumas medidas já estão sendo tomadas nesse sentido, como uma auditoria do Citibank, com o objetivo de apurar o valor da companhia.

    "Essa avaliação será feita por dois bancos. Além do Citibank, um banco português deverá ser contratado", afirma Monteiro. Segundo ele, não há prazo definido para o fim da auditoria nem um valor prévio foi estipulado, assim como ainda não foi estabelecido um cronograma para o edital.

    Em entrevista ao jornal "O Globo", publicada no domingo, o presidente da TAM S.A., holding da TAM Linhas Aéreas, Marco Antonio Bologna, afirmou que "vai se manifestar quando o governo de Portugal lançar o edital". Por meio de nota, o executivo disse que "a TAM sempre acompanha a evolução do mercado de aviação. O foco da companhia é avançar na criação do grupo Latam, que resultará da fusão da TAM com a LAN Airlines".

    No fim de janeiro, a imprensa portuguesa publicou que a Qatar Airways estaria interessadas na TAP. "A Qatar Airways está interessada somente em desenvolver seus negócios expandindo a malha aérea em destinos e número de aeronaves. Não há planos de adquirir outras companhias", informou a empresa. (AK)

     

     

    Valor Econômico
    26/04/2011

    Companhias de ônibus buscam inspiração em trens e aviões
    Mesas já estão em 35 veículos da Pássaro Marron e a 1001 faz check-in antecipado
    Alberto Komatsu

    O expressivo crescimento do transporte aéreo de passageiros está fazendo com que as empresas de ônibus sofistiquem seus serviços para, ao menos, manter seus volumes de passageiros. Os números têm ficado estáveis nos últimos três anos, influenciados pela migração dos clientes para os aviões.

    Enquanto em 2010 o fluxo de passageiros em voos domésticos cresceu 23,5%, impulsionado pela nova classe média, a quantidade de pessoas nas três principais rodoviárias de São Paulo (Tietê, Barra Funda e Jabaquara) passou de 30,3 milhões para 30,6 milhões de 2009 para 2010, apenas 1% mais, segundo a administradora Socicam.

    A Pássaro Marron, com forte atuação no Vale do Paraíba, está pondo mesas para reuniões de negócios ou para apoiar o notebook, assim como as existentes em cabines de trens da Europa, em 35 ônibus da Airport Bus Service, serviço que liga os aeroportos de Congonhas e de Guarulhos e este último a diversos pontos de São Paulo.

    "Nosso foco é o público executivo. Cada vez mais queremos levar o passageiro a se sentir no mesmo ambiente que o transporte aéreo", diz o diretor de transportes da Pássaro Marron, Miguel Petribu. Segundo ele, este ano serão aplicados R$ 33 milhões para renovar 20% da frota de 428 ônibus.

    O executivo, de 53 anos, foi contratado há dois anos como parte do plano de profissionalização da Pássaro Marron, pertencente à família Penido. Ele trabalhou 18 anos em empresas aéreas de carga e pretende adotar outras ideias da aviação no transporte rodoviário.

    A Auto Viação 1001 conquistou a liderança da "ponte rodoviária" entre o Rio e São Paulo, com 35% de mercado, ao oferecer facilidades como o totem de autoatendimento, muito parecidos com os equipamentos de check-in antecipado das aéreas, para quem compra a passagem pela internet. Com isso, a empresa está eliminando longas filas de clientes que tinham de ir ao guichê com documento com foto para retirar sua passagem.

    "O setor aéreo está sempre atento à competição no trecho Rio-São Paulo, onde fazemos a maior questão de manter nossos números no nível que estão hoje", afirma o superintendente da 1001, Heinz W. Kumm Júnior.

    Segundo o executivo, na comparação de 2010 com 2009, a empresa teve queda de 4% no volume de passageiros transportados entre as duas capitais por causa da concorrência com as empresas aéreas. Para 2011, ele acredita que vai recuperar a perda do ano passado. Seu faturamento em 2010 foi de R$ 387 milhões, ante R$ 334 milhões de 2009. Para 2011, a projeção é de expansão de 10%.

    A 1001 investiu R$ 2 milhões para montar duas salas, batizadas de "net", uma na rodoviária do Tietê e outra na Novo Rio, no Rio de Janeiro. Cada uma consumiu R$ 1 milhão. Na capital paulista, são 17 totens e no terminal carioca, 10 equipamentos. Ao todo, a empresa tem cerca de 30 aparelhos e vai instalar mais 25 até o fim do ano. A companhia planeja desembolsar R$ 82 milhões para comprar 180 ônibus, principalmente para linhas dentro do Estado do Rio.

    Assim como a 1001 está fazendo com os totens, a Pássaro Marron estuda agilizar o embarque nos ônibus por meio de biometria (como leitura de digitais) para eliminar as filas para quem compra a passagem via internet. Esse projeto deverá ser implementado em 2012. Como há incidência de ICMS nas passagens, o que não ocorre com os bilhetes aéreos, as empresas têm de emitir um cupom fiscal para quem faz a compra on-line.

    A Viação Águia Branca também estuda como seu passageiro poderá comprar o bilhete pela internet e embarcar no ônibus sem passar pelo guichê na rodoviária. A empresa já usa uma estratégia típica das aéreas: desconto de até 30% em dias e horários de menor movimento para quem compra com antecedência. Pássaro Marrom e 1001 estudam ainda implementar programas de fidelidade.

    "Há poucos anos o Brasil só tinha o modal rodoviário. Hoje, com o crescimento da aviação regional, o setor aéreo está ocupando um espaço que é dele", diz a diretora de comercial e de marketing da Viação Águia Branca, Paula Correa.

    A Viação Águia Branca faturou R$ 258 milhões em 2010, ante R$ 240 milhões no ano anterior. Para 2011, Paula estima crescimento de 5% e 11,2 milhões de pessoas transportadas, frente às 11,06 milhões de 2010.

     

     

    ZERO HORA
    26/04/2011

    Tumulto e atrasos no Salgado Filho
    Segurança foi acionada para controlar confusão em balcão de check-in

    O início da manhã com nevoeiro provocou uma sequência de atrasos no aeroporto Salgado Filho, em Porto Alegre. No final da noite de ontem, o terminal registrava 53,3% de voos com decolagem 30 minutos além da hora programada.

    Com filas se entrecruzando no saguão de check-in e demora para a passagem pelo raio X, os passageiros também não encontravam poltronas para sentar nas salas de embarque. No final da tarde, uma discussão entre o acompanhante de um passageiro e um segurança provocou confusão no balcão de check-in da Gol.

    O acompanhante de um passageiro teria reclamado do atraso em um voo e agido de forma ríspida com um funcionário da companhia. A segurança foi acionada, e teria ocorrido empurra-empurra seguido de tumulto. O saguão do aeroporto estava lotado no fim da tarde, e os passageiros não conseguiam distinguir onde começavam as filas.

    O superintendente do aeroporto, Jorge Herdina, nega que um integrante da equipe de segurança do Salgado Filho tenha tido atitudes violentas ao tentar controlar a situação no embarque:

    – Foi um incidente isolado e rapidamente controlado. Não houve agressão ou maiores problemas. Tivemos uma situação pontual, que já estava controlada quando cheguei.

    Segundo Herdina, as imagens das câmeras do circuito interno de vídeo serão analisadas para esclarecer o que ocorreu:

    – Vamos averiguar. Se for o caso de conduta inapropriada, pediremos o afastamento do vigilante.

    Para o superintendente do aeroporto, o dia foi marcado por uma grande circulação de passageiros:

    – Os passageiros em conexões não conseguiram fácil realocação em outros voos, que tinham plena ocupação. Isso interfere nos ânimos.

    A Gol informa que a suspensão temporária de operações aéreas nos aeroportos de Porto Alegre, Marabá (PA) e Teresina (PI) por condições meteorológicas adversas geraram impacto em sua pontualidade. Para atender os clientes, a companhia promoveu ajustes na malha aérea. Segundo a empresa, nenhum funcionário sofreu qualquer tipo de agressão no aeroporto. Até as 23h, a companhia tinha o maior percentual de atrasos, com 45,6%. A Avianca estava em segundo, com 23,3%.

     

     

    ZERO HORA
    26/04/2011

    TRAGÉDIA NO VOO 447
    Buscas no fundo do mar

    Começa nesta semana a quinta fase das buscas aos destroços do voo 447 da Air France, que desapareceu em 31 de maio de 2009, quando ia do Rio para Paris. No último dia 4 de abril, uma grande concentração de destroços foi localizada em uma área equivalente a 15 campos de futebol. Um robô equipado com câmeras e braços mecânicos vai tentar encontrar nessa região as caixas-pretas da aeronave. A expectativa é de que, a partir dos registros contidos nos equipamentos, se possa descobrir as causas da tragédia. Familiares das vítimas esperam que os corpos localizados junto aos destroços sejam resgatados. Em quase dois anos, as buscas já somaram 120 dias de trabalho e se concentram no fundo do oceano, a 3,9 mil metros de profundidade.

     

     

    Folha de São Paulo
    26/04/2011

    Jobim admite "desconforto" nos aeroportos, mas nega caos aéreo

    O ministro Nelson Jobim (Defesa) admitiu que os passageiros poderão ter "algum desconforto" nos aeroportos até a Copa de 2014, mas descartou a possibilidade de situação caótica no curto prazo. "Você pode ter algum desconforto, mas [...] o caos aéreo é ficou para trás", afirmou.
    Para Jobim, estão sendo feitos investimentos para minimizar possíveis transtornos.
    Jobim era responsável pela gestão dos aeroportos até a criação da Secretaria de Aviação Civil, que será comandada por Wagner Bittencourt.

     

     

    Folha de São Paulo
    26/04/2011

    Secretaria sugere 3º aeroporto de SP 100% privado
    Proposta é que haja 3 modelos simultâneos de concessão para ampliar capacidade do sistema com Copa e Olimpíada
    NATUZA NERY / CATIA SEABRA

    A Secretaria da Aviação Civil apresentou a Dilma Rousseff uma proposta de implantar três modelos simultâneos de concessão para ampliar a capacidade dos aeroportos brasileiros em razão da Copa-2014 e da Olimpíada-2016.
    Além do sistema puramente privado, a ideia é viabilizar um regime misto de concessão, com a gestão conjunta entre empresas privadas e poder público.
    O terceiro é uma espécie de modelo de permuta, no qual o governo concede um projeto específico ao setor privado -lojas de um terminal, por exemplo- em troca de investimentos em aeroportos deficitários ou pouco atrativos do ponto de vista comercial.
    A proposta de construção de um terceiro aeroporto na região metropolitana de São Paulo entraria, inicialmente, na modalidade de concessão integral ao setor privado.
    A possibilidade ganhou força após o caos aéreo de 2007 como solução para desafogar Congonhas (capacidade para atender 12 milhões ao ano) e Guarulhos (20 milhões anuais).
    Já no sistema misto entrariam projetos como a construção da terceira pista de Guarulhos, empreendimento que o governo não quer transferir inteiramente ao capital privado. Um novo terminal em Viracopos (Campinas) também se enquadraria no mesmo critério, segundo a Folha apurou.

    SEM PPPs
    A sugestão do ministério descarta, por ora, o formato das parcerias público-privadas, as PPPs. Dilma discutiu o assunto ontem por mais de quatro horas com ministros e representantes do governo.
    O ministro da SAC (Secretaria de Aviação Civil), Wagner Bittencourt, lidera a negociação dos modelos. Integrantes do Executivo ainda discutem quais os critérios de cada modalidade de concessão, sobretudo no que diz respeito ao regime misto, considerado o mais difícil de fechar. Nesse ponto, a equipe de Dilma tenta definir como funcionariam as condições de pagamento, gestão e administração das obras.

    CAIEIRAS
    Andrade Gutierrez e Camargo Corrêa, ao lado de TAM e Gol, têm interesse no projeto de construção do terceiro aeroporto da região metropolitana de São Paulo e gostariam de instalar essa nova estrutura em Caieiras, a 35 quilômetros da capital.
    Ambas as construtoras dizem ter condições de tocar a obra sem recursos públicos e entregá-la funcionando até 2014. Segundo projeções iniciais, esse novo aeroporto teria capacidade para 22 milhões de passageiros por ano.
    O Planalto ainda não bateu o martelo sobre como sacramentar essas mudanças, se via decreto, medida provisória ou outro instrumento.
    Dilma convocou nova reunião sobre aeroportos, que pode ocorrer ainda hoje. Ontem, com os titulares do Esporte, Turismo e Cidades, a presidente pediu relatório sobre o andamento de obras de infraestrutura geral.

     

     


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