<< Início   < Próxima  | |  Anterior >   Última >>
  • Valor Econômico
    06/05/2011

    Pacote de privatização da TAP inclui sete empresas
    Alberto Komatsu

    O processo de privatização da companhia aérea portuguesa TAP, previsto para ter início após as eleições em Portugal, em 5 de junho, vai incluir um pacote de sete empresas controladas por ela. A brasileira VEM, de manutenção de aeronaves, é uma delas.

    Também estão inseridas na privatização a Cateringpor, de refeições de bordo, a Lojas Francas de Portugal (LFP), do segmento de "duty free" em aeroportos e a bordo de aviões, a Groundforce, de apoio aeroportuário em pátios de aviões, a companhia aérea regional Portugalia, a Megasis, de tecnologia, e a UCS, de planos de saúde para funcionários das empresas do grupo.

    Apesar de a privatização da TAP estar prevista para junho, algumas medidas internas e preparatórias para esse processo já estão sendo tomadas pela Parpública, a administradora das participações do governo português em empresas públicas. A TAP é 100% estatal.

    A principal medida em curso é uma avaliação do valor da TAP, que está sendo apurado pelo Citibank. Um segundo banco português será contratado e deverá ser o estatal Caixa Geral de Depósitos, segundo uma fonte do setor que acompanha de perto a privatização da TAP.

    Além dessa avaliação, um "data room" deverá ser realizado para detalhar todas as informações financeiras da companhia a potenciais compradores.

    Recentemente, a brasileira TAM Linhas Aéreas manifestou interesse. Segundo a imprensa portuguesa, Qatar Airways, a IAG, fusão entre a British Airways e a Iberia, também estariam interessadas.

    A fatia da TAP que o futuro governo português pretende passar para a iniciativa privada ainda não está definida, mas deve variar dependendo de quem vencer as eleições. De acordo com a fonte, caso o Partido Socialista (PS) permaneça governando, a tendência é a de manter um certo nível de participação. Caso o partido da oposição, o Partido Social Democrata (PSD), vença é provável que todo o controle seja repassado.

    No ano passado, a TAP teve lucro de € 62 milhões, ante € 52 milhões do ano anterior. O faturamento da empresa foi de € 2,2 bilhões em 2010, sendo que o Brasil responde por 22% dos resultados do grupo e Portugal por 29%.

    No Brasil, a TAP opera atualmente 71 frequências semanais, a maior operação estrangeira no país. Até o fim do ano, ela planeja oferecer 77 voos por semana.

    "O dinheiro que será arrecadado com a privatização da TAP não será destinado para ajudar a reduzir o déficit público de Portugal. Os recursos serão usados para capitalizar a empresa", afirma a fonte.

    O plano do governo de Portugal, de acordo com a imprensa portuguesa, é arrecadar € 5,3 bilhões até 2013 com o programa de privatizações dos setores de transportes, que inclui a TAP, energia, comunicações e seguros, entre outros.

    Na quarta-feira, foi aprovado o programa de socorro a Portugal de € 78 bilhões, negociado entre a União Europeia, Fundo Monetário Internacional (FMI) e o governo português, o chamado triunvirato. A meta de redução do déficit público português é de 5,9% para este ano, de 4,5% para 2012, e de 3% para 2013.

     

     

    Valor Econômico
    06/05/2011

    Trip estuda hedge de combustível pela primeira vez
    Virgínia Silveira

    O presidente da Trip Linhas Aéreas, José Mário Caprioli, disse ontem que a alta no preço do petróleo já afetou 3% da margem operacional da companhia nos últimos dois meses, mas que esse aumento nos custos ainda não deve ser repassado para as tarifas.

    Segundo o executivo, a companhia há estudos para fazer hedge de combustível para os jatos que está adquirindo da Embraer. Por ter uma frota dominada por turboélices, mais econômica que a de jatos, a Trip ainda não havia feito hedge. Como a quantidade de jatos está aumentando, e eles consomem 10% mais de combustível por assento do que os turboélices, a Trip vai reavaliar essa necessidade.

    Segundo Caprioli, a ideia seria fazer operações de hedge equivalentes a 30% dos custos estimados com combustível. "Vamos aguardar o momento certo para fazer isso, pois precisamos ter mais visibilidade do comportamento do preço do petróleo no médio prazo ".

    A Trip vai operar 18 jatos da família Embraer 170/190 este ano. Ontem a companhia recebeu o primeiro Embraer 190, configurado para 110 passageiros, de um total de nove que serão entregues até o fim de 2011. Atualmente, a Trip opera uma frota de nove Embraer 175, para 86 passageiros. O total de e-jets encomendados pela Trip à Embraer chega a 24.

    A aquisição mais recente da empresa envolve quatro jatos do modelo 190, avaliados em US$ 172 milhões a preços de lista. Trata-se de uma encomenda direta ao fabricante, em uma operação financeira que envolve o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), o Banco do Brasil e o Banco Safra.

     

     

    Valor Econômico
    06/05/2011

    Novo avião da Embraer

    A Embraer deve anunciar até o fim do ano a sua decisão sobre o desenvolvimento de um avião de maior porte, de 130 a 150 lugares, disse o vice-presidente executivo para o Mercado de Aviação Comercial, Paulo César de Souza e Silva. Segundo ele, a Embraer só está aguardando o anúncio da Boeing a respeito do futuro do seu jato 737, para definir a sua estratégia. Segundo Silva, a entrada da Embraer em um segmento de maior porte, significará competir com empresas como Boeing e Airbus. "Se a Boeing anuncia que deixará o segmento de 135 a 150 assentos, para nós será bastante positivo, pois representa um competidor a menos neste mercado", afirmou.

     

     

    O Globo
    06/05/2011

    Caixas-pretas elucidam 90% dos acidentes

    Obrigatórias nos aviões desde o inicio dos anos 60, as caixas-pretas conseguem esclarecer as causas de 90% dos acidentes aéreos, segundo afirmou ao jornal francês “Le Figaro” o especialista em aviação Robert Galan, autor do livro “Encontramos as caixas-pretas”.

    Ele cita como exemplo o acidente de 23 de março de 1994 com um avião da companhia russa Aeroflot que ia de Moscou para Hong Kong. A aeronave caiu na taiga siberiana, matando as 75 pessoas a bordo. Durante 15 dias, todas as pistas foram investigadas: possível ato terrorista, falha técnica, colisão com um pássaro. Até que a abertura da caixa-preta que grava os diálogos na cabine revelou o segredo. Os investigadores ouviram a voz de uma criança perguntando: “Posso pegar o manche”?

    Eles descobriram que o piloto deixou entrar na cabine a filha de 11 anos e o filho de 16 anos, entregando-lhes o comando da aeronave. O jovem, sem se dar conta, teria desativado o piloto automático. O avião mergulhou durante quatro minutos. Apesar dos esforços do piloto e do copiloto, que conseguiram retomar o controle do aparelho, o Airbus acabou caindo.

    Outro exemplo citado é o do voo 93 da United — um dos quatro aviões sequestrados por terroristas da al-Qaeda em 11 de setembro de 2001 — que caiu na Pensilvânia.A análise da caixa-preta confirmou que houve luta entre os sequestradores e os passageiros, que tentavam impedir a ação terrorista. Em determinado momento da gravação, um dos terroristas se refere a uma briga dentro da aeronave.

    No entanto, nem sempre a análise das caixas-pretas consegue solucionar o mistério. Ele lembra, por exemplo, o desaparecimento de um avião da EgyptAir no Atlântico. ao largo da costa dos Estados Unidos, em 1999. Ao analisarem as caixas-pretas. os investigadores ouviram o copiloto dizer: “Eu me entrego a Deus”. E concluíram que o acidente foi provocado deliberadamente — o piloto teria cometido suicídio — mas não conseguiram comprovar o fato.

     

     

    Folha de São Paulo
    06/05/2011

    Associação de familiares se diz aliviada

    O presidente da Associação dos Familiares das Vítimas do Voo 447, Nelson Faria Marinho, considerou "um alívio" o resgate dos corpos.
    "É preciso encerrar esse ciclo que, sem os corpos, fica aberto. Tem que haver um túmulo, para que as famílias prestem homenagem à pessoa", disse.
    Segundo ele, outro aspecto é importante. "Sem corpo, existe muita burocracia para oficializar a morte presumida. Demora de seis meses a dois anos."

     

     

    Folha de São Paulo
    06/05/2011

    França resgata 1º corpo, mas identificação é incerta
    Cadáver retirado estava afivelado a poltrona do avião da Air France e tinha aspecto "bastante degradado", diz polícia
    ANA CAROLINA DANI

    As autoridades francesas não sabem ainda se poderão identificar os corpos dos passageiros do avião da Air France que estão sendo retirados do fundo do Atlântico.
    O primeiro corpo foi resgatado ontem pelo robô Remora 6000, o mesmo usado para retirar os destroços. Peritos criminais já recolheram amostras do corpo.
    Os primeiros testes de DNA serão feitos a partir do final da semana que vem. As amostras serão levadas para Paris com as caixas-pretas da aeronave e enviadas a um laboratório especializado.
    O Airbus A-330, que fazia a rota Rio-Paris, caiu no mar em 31 de maio de 2009, matando as 228 pessoas a bordo.
    Um mês depois, 50 corpos foram encontrados no mar e resgatados -20 deles eram de brasileiros.
    O coronel François Daust, diretor do Instituto de Pesquisas Criminais da Polícia Militar francesa, disse à Folha que não se sabe se as vítimas poderão ser identificadas, devido às condições de conservação e ao estado de degradação dos corpos, que passaram quase dois anos a 4.000 m de profundidade.
    Segundo Daust, caso as vítimas não possam ser identificadas, caberá à Justiça francesa decidir, após consultar as famílias dos passageiros, se o resgate continua. Conseguir uma identificação confiável a partir do DNA não é trivial. O grande problema é a contaminação: o contato com microrganismos ou animais marinhos exige métodos sofisticados para conseguir "pescar" o DNA humano que se busca.
    Se ossos intactos e grandes forem recuperados, a parte interna do osso tem mais chance de ter "protegido" o material celular e, portanto, de servir de base para um teste de DNA confiável.

    CORPO "DEGRADADO"
    Segundo a Polícia Militar francesa, o primeiro corpo, encontrado afivelado a uma das poltronas da aeronave, apresentava um aspecto "bastante degradado".
    A equipe de resgate já havia tentado içar, anteontem, um primeiro cadáver, sem sucesso. "Os ossos foram completamente desarticulados e tivemos que abandonar o corpo", disse Daust.

     

     

    O Estado de São Paulo
    06/05/2011

    Resgate de corpos do voo 447 divide as famílias
    Por outro lado, identificação pode acelerar indenização e obtenção de certidões de óbito das vítimas
    Tiago Rogero e Andrei Netto

    O resgate do primeiro corpo submerso no Atlântico reabriu o luto e dividiu opiniões entre os familiares das vítimas do voo 447. Quase dois anos depois do acidente que deixou 228 mortos, a notícia traz conforto para uns e indignação para outros, que preferiam que os corpos fossem "deixados em paz".

    Em 2009, logo após a queda do avião, 50 corpos foram resgatados. Ainda faltou a identificação - e posterior sepultamento - de 178. Para o presidente da Associação de Familiares de Vítimas do Voo AF-447, Nelson Faria Marinho, a localização de um novo corpo e a promessa de que as buscas vão continuar representam a chance de encerrar um ciclo. "Muitas famílias ficaram frustradas e agora finalmente vão poder ter um enterro."

    Nelson, que é pai de uma das vítimas, conta que a notícia também é importante do ponto de vista legal, uma vez que os familiares vão conseguir a certidão de óbito de seus parentes. "É o pontapé inicial para indenizações, aposentadoria, movimentações bancárias. Para conseguir a certidão de morte presumida, leva-se de seis meses a dois anos. Até hoje não consegui a do meu filho", disse.

    O presidente da associação só criticou o envio dos corpos a França, dizendo que isso contraria a vontade dos familiares brasileiros. "Os primeiros 50, quando foram encontrados, vieram para o Brasil. Pedimos que estes viessem também, mas não fomos atendidos", afirmou. Marinho ainda voltou a defender que a caixa-preta seja analisada em um "país neutro", como os Estados Unidos, e não na França.

    Em Paris, a operação também reavivou a dor das famílias. Robert Soulas, pai de uma jovem e sogro de outra vítima, reconheceu que havia impasse entre as famílias. Ele próprio era contra a retirada dos corpos do fundo do mar, mas aceitou a decisão da Justiça francesa. "Não havia solução que satisfizesse a todos", confirmou. "Era preciso tomar uma decisão e não adiantaria o governo consultar as famílias, já sabendo que não haveria unanimidade."

     

     

    Mercado e Eventos
    06/05/2011

    Trip recebe seu primeiro jato 190 da Embraer

    Nesta quinta-feira, em São José dos Campos, São Paulo, a Embraer fez em sua sede a primeira entrega do jato Embraer 190 para a Trip Linhas Aéreas. Ao todo, até o final do ano, a companhia receberá nove aeronaves desta modalidade, sendo três comprados diretamente da empresa brasileira - cada uma no valor de U$ 42,8 milhões.

    O primeiro a discursar na cerimônia da entrega foi o Vice-Presidente Executivo da Embraer para o Mercado de Aviação Comercial, Paulo César Souza e Silva. "A Trip tem uma trajetória ideal. É com muito orgulho que vemos esses jatos voarem para mais de 80 destinos nacionais. Aviões feitos no Brasil para brasileiros", disse. O Embraer 190 tem capacidade para 110 passageiros, e a primeira unidade foi entregue em 2004. Hoje são cerca de 700 voando para 55 companhias aéreas de 37 países. Recentemente foi entregue o centésimo avião para Améria Latina e Caribe. A expectativa da Embraer é até o final deste ano chegar a marca de 800 E-Jets.

    Em seguida, Renan Chieppe, Presidente do Conselho da Trip, falou sobre a importância dessas aeronaves no mercado brasileiro. "A incorporação dos E-Jets mudaram o nosso patamar e status na prestação de serviços, e nos ajudou a nos tornar líderes na aviação regional brasileira, com 70% do market share". Chieppe ainda lembrou que a meta da companhia é continuar crescendo cerca de 45% ao ano como vem ocorrendo nos últimos quatro anos. "Nossa meta é continuarmos líderes de mercado", afirmou.

    Para o Presidente Executivo da Trip, José Mario Caprioli, a introdução dos novos jatos irá tornar a Trip ainda mais competitiva no mercado da aviação regional do Brasil. Atuando em mais de 80 destinos nacionais, a intenção, segundo Caprioli é que a empresa chegue a mais de 100 destinos até 2013. "Há dois anos recebemos o Embraer 175, e a chegada deste novo avião só vem consolidar o nosso crescimento", disse. Além disso, até o fim de 2011 a companhia deve chegar ao número de 55 aeronaves. "Hoje estamos com 45, e uma de nossas metas é chegar ao ano da Copa com 100. Pela relevância do evento isso será possível".

    Caprioli também ressaltou que nos próximos meses a Trip vai anunciar novo voo de São José dos Campos para o Rio de Janeiro, e que novos voos, também partindo da cidade paulista, serão divulgados entre os meses de julho e agosto. De acordo com ele, o Embraer 190 começa a operar em Belo Horizonte para mais de dez destinos nacionais.

    Sobre os investimentos nos aeroportos, o presidente da Trip afirma que a intenção da companhia é focar seus esforços na aviação. "A princípio não queremos desfocar o nosso trabalho, que é 100% aviação", afirmou. Questionado sobre a crise no mercado do petróleo, José Mario Caprioli disse que ela poderá interferir nas tarifas. "Estamos preocupados com essa situação, se essa crise continuar, ela deve se refletir em médio a longo prazo nas tarifas". "Mas mesmo com uma possível mudança no cenário econômico, e com a revisão da frota que fizemos, continuamos com nossa meta de faturamento de R$1,3 bilhão", finalizou.

     

     


    << Início   < Voltar  | |  Avançar >   Última >>