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  • Folha Online
    02/05/2011

    Ministro quer aumento do capital estrangeiro em empresas aéreas brasileiras
    DA AGÊNCIA BRASIL, EM BRASÍLIA

    O ministro do Turismo, Pedro Novais, defendeu o aumento do percentual de capital estrangeiro nas companhias aéreas brasileiras como forma de acelerar o crescimento das empresas. "O número de voos está crescendo devagar. Com essa medida, pretendemos com que eles cresçam mais. Pretendemos acelerar para que elas [as companhias brasileiras] se desenvolvam mais", afirmou Novais, após audiência pública no Senado.

    Uma emenda incluída na Medida Provisória nº 527 de 2011 --em tramitação no Congresso Nacional e que cria a Secretaria de Aviação Civil-- propõe aumentar de 20% para 49% a participação de empresas estrangeiras no capital das companhias brasileiras de transporte aéreo regular de passageiros e de carga postal.

    A emenda, proposta pelo deputado pernambucano Carlos Eduardo Cadoca (PSC), altera o Artigo 18 do Código Brasileiro de Aviação para possibilitar a entrada de capital estrangeiro nas empresas do setor aéreo nacional, que atualmente são obrigadas a ter 80% do seu capital nas mãos de brasileiros.

     

     

    SRZD
    02/05/2011

    Extração de dados da caixa-preta do Airbus A330 deve durar dois dias

    Deve durar cerca de dois dias para começar a abertura, extração e análise dos dados que contém na caixa-preta do Airburs A330 da AirFrance, segundo o Escritório de Investigação e Análises (BEA, sigla em francês) nesta segunda-feira.

    Uma das caixas-preta, que estão os dados do Flight Data Recorder (FDR), foi encontrada no domingo pelo robô Remora 600. A busca faz parte da quinta fase do resgate dos destroços do avião que fazia voo 447 (Rio-Paris) da AirFrance que caiu em junho de 2009 no Oceano Atlântico, deixando 228 pessoas mortas.

    No domingo, o diretor do BEA, Jean-Paul Troadec, disse que "externamente, o estado do módulo de memória parece bom. Ele não foi esmagado pelo choque. Mas não sabemos nada sobre os dados (técnicos do voo) gravados no cartão de memória situado na parte interna do aparelho.

    Ainda segundo Troadec, se o cartão de memória estiver em bom estado, será possível saber em alguns dias se os dados do voo poderão ser explorados. Se houve algum dano, métodos mais sofisticados serão utilizados para extrair as informações.

    O Escritório disse que pediu à Marinha francesa para enviar um navio de patrulha para escoltar a caixa-preta até Caiena, na Guiana Francesa, de onde será encaminhada para a sede do BEA em Bourget, de avião.

     

     

    ionline.pt
    02/05/2011

    TAP. Transportadora gastou mais 330% em indenizações com fim da escala de Faro
    Parpública ataca aposta de Fernando Pinto na manutenção do Brasil que já devia dar retorno mas só traz perdas

    O grupo TAP gastou 12,8 milhões de euros em indemnizações a trabalhadores durante 2010, um crescimento de 333% face ao ano anterior, quando gastou 2,96 milhões. O crescimento é explicado pelo encerramento da escala de Faro da Groundforce, acto que custou o emprego a 336 pessoas, segundo fonte oficial da TAP disse ao i.

    Este foi mais um dos indicadores a pressionar em baixa os resultados do grupo TAP, que fechou 2010 com prejuízos de 52,9 milhões de euros. Mas além desta herança histórica, também as opções estratégicas de Fernando Pinto estão a pesar na TAP. O relatório da Parpública sobre as contas de 2010 das empresas estatais é muito duro com a aposta do CEO da TAP no ramo de manutenção da Varig, hoje nas mãos da empresa portuguesa. "É urgente a definição e adopção de uma estratégia que definitivamente inverta a acumulação de prejuízos que têm vindo a ser expressivos e fortemente penalizadores para o Grupo TAP", lê-se no relatório.

    A manutenção no Brasil (TAP - MEB) trouxe em 2010 um prejuízo de 71,8 milhões de euros à TAP, depois de um lucro de 2,4 milhões em 2009 graças a eventos não recorrentes - refinanciamento fiscal com um impacto de 55,7 milhões. "Pelo que se pode concluir que a exploração da TAP - MEB tem sido sempre deficitária", atira a Parpública. "Esta situação, que é insustentável para o grupo TAP, impõe que seja encontrada uma solução visando estancar a drenagem de recursos que tem provocado. Temos presente que este investimento foi feito como aposta estratégica no crescimento da actividade de manutenção em novos mercados e com elevado potencial para a criação de valor ao nível do Grupo. Mas conclui-se que esse potencial tarda em ver-se concretizado e, ao invés, esta aposta tem consumido recursos do grupo que são escassos e necessários para os negócios core." A conclusão da Parpública parece enviar um recado sobre as perspectivas que Fernando Pinto tinha para a aposta na manutenção brasileira. O gestor defendeu, em entrevista à Lusa em Março de 2010, que "em 2009 atingimos praticamente o equilíbrio nas contas da empresa [TAP - MEB]", isto apesar desse equilíbrio ter sido atingido com efeitos não recorrentes. Nessa entrevista, Pinto prometia: "As projecções são de iniciar o retorno a partir de 2010 ou 2011. Ou seja começamos a ter resultados consistentes." Até agora, porém, esta consciência só deu mais prejuízos.

     

     

    ZERO HORA
    02/05/2011

    Sindicato avalia ação como “descabida”

    A proposta de modificação na carga horária é considerada uma iniciativa “descabida” pela secretária de previdência do Sindicato Nacional dos Aeronautas (SNA), Graziela Baggio. Para a diretora da entidade, a medida tem de ser debatida com todas as categorias envolvidas. A dirigente não descarta uma greve nacional da categoria caso a proposta seja encaminhada.

    – Há três anos estamos atuando no limite do estresse. As companhias precisam contratar mais. A proposta poderá ter efeitos diretos na segurança dos voos e na saúde do trabalhador – disse.

    A dirigente acredita que a ideia tenha partido das pequenas companhias aéreas que atuam no mercado brasileiro, com o objetivo de conquistar mais passageiros a partir de uma ampliação nas suas opções diárias de voos.

    Para o professor da Faculdade de Ciências Aeronáuticas da PUCRS, Enio Dexheimer, há espaço para mudança na legislação e para uma nova carga horária, que permita um sexto pouso diário. Dexheimer enfatiza, no entanto, que boa parte dos problemas atuais é oriunda de escalas de trabalho mal formuladas.

    – Não adianta aumentar o limite mensal se as companhias aéreas não modificarem seus setores responsáveis pelas escalas – observa.

     

     

    ZERO HORA
    02/05/2011

    Empresas querem pilotos voando mais
    Estudo aponta que alteração na legislação elevaria salários dos aeronautas
    ELIO BANDEIRA

    As empresas aéreas concluí­ram um estudo no qual propõem o aumento da jornada de trabalho dos aeronautas (pilotos e comissários de voo) como uma das saídas para aumentar a produtividade e evitar problemas de cancelamentos e atrasos nos aeroportos brasileiros. As companhias defendem a iniciativa argumentando que o incremento na carga horária também beneficiará os trabalhadores, que terão aumento de salário e maior número de folgas mensais.

    O horário de trabalho dos profissionais é regulamentado pela lei 7.183 e qualquer mudança precisa passar pelo Congresso. A intenção das empresas é encaminhar a proposta ainda neste ano, em conjunto com alterações no Código Brasileiro de Aeronáutica (CBA), regulado pela lei 7.565, de 1986.

    Pela legislação, os aeronautas devem cumprir uma carga horária máxima de nove horas e 30 minutos por dia de voo com um limite de cinco pousos. Além disso, não podem voar mais de 85 horas por mês. A proposta é de elevar a carga máxima mensal para 100 horas.

    Ex-ministro sugere seis meses de experiência

    O estudo foi elaborado em conjunto com o Sindicato Nacional das Empresas Aéreas (Snea), com base na legislação da aviação dos Estados Unidos adaptada à realidade brasileira. Pela legislação americana, a carga horária máxima é de 190 horas/mês. O Snea não divulgou detalhes sobre o estudo.

    O maior número de folgas e a possibilidade de acréscimos salariais para os aeronautas não são as únicas vantagens da proposta, segundo assinala o presidente da Azul Linhas Aéreas, Paulo Janot. Segundo o executivo, com essa mudança o Brasil terá condições de manter os profissionais trabalhando no país, evitando o êxodo para companhias de outros países. Janot aponta que a produtividade pode subir em até 18%, com o número de folgas passando de oito para 12 dias mensais:

    – Nossa legislação é muito antiga. Precisamos tomar medidas para sustentar o crescimento do sistema aéreo brasileiro e possibilitar maior frequencia na formação dos profissionais.

    A medida tem a aprovação do ex-ministro da Aeronáutica, Mauro Gandra. Segundo o ex-ministro, ao invés de trabalhar até seis dias por semana, a carga horária prolongada permitiria aos profissionais um descanso mais frequente em suas cidades-base. Gandra defendeu, entretanto, que o assunto seja debatido com os sindicatos da forma mais aberta possível.

    – Poderia ser adotada durante seis meses, em caráter experimental, para avaliação dos resultados – sugere.

     

     


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