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  • IstoÉ Dinheiro
    27/03/2011

    Mistério na cabine
    O piloto sumiu? Elementar: deve ser mais um comandante brasileiro a ser contratado por companhia aérea árabe ou asiática
    Por Carla Jimenez

    Pilotos de avião brasileiros estão diante de um verdadeiro assédio profissional vindo de companhias aéreas internacionais. Com a proposta de bons salários, que podem chegar a até US$ 35 mil por mês, e benefícios atraentes, como moradia gratuita, escola para os filhos, planos de saúde top e mais qualidade de vida, empresas asiáticas e árabes têm vindo ao Brasil periodicamente promover seleções de pilotos para levar interessados numa mudança radical. 

    E não se trata apenas de um convite a jovens profissionais aventureiros. Algumas empresas aéreas dão preferência a pilotos acima de 50 anos. 


    Assédio profissional: mais de 600 pilotos brasileiros voam no Exterior, seduzidos
     por salários maiores, benefícios competitivos e melhores escalas de voo 

    É o caso de Paulo Dora, que vive desde o ano passado, em Shenzhen, na China, e voa pela ShenZhenAir. “O custo de vida é mais baixo e consigo economizar até US$ 6 mil mensais”, afirma Dora. 
     
    Segundo o Sindicato Nacional dos Aeronautas (SNA), há hoje no Exterior cerca de 600 pilotos brasileiros, quase 10% do total de profissionais em atividade no País. 
     
    E a expectativa é que esse número aumente em breve. O interesse estrangeiro no quadro brasileiro tem várias razões. A ascensão do público de classe C nos mercados emergentes, por exemplo, é uma delas. Países  como China e Índia, vivem um cenário parecido com o do Brasil, com ganho de renda e o acesso maior ao crédito do público de menor poder aquisitivo. 
     
    Esse movimento na pirâmide social traz a expansão acelerada da economia, e por consequência, escassez de mão de obra em segmentos que crescem junto com esses estratos. É o caso da aviação civil. 
     
    A procura, em todo caso, não se restringe aos dois gigantes asiáticos. Empresas dos Emirados Árabes aumentam a fila de interessados nos pilotos brasileiros, com ofertas de salários que representam o dobro dos R$ 30 mil pagos a um piloto top no Brasil. A riqueza do petróleo aumentou o tráfego de passageiros na região, que passou a ter uma oferta de voos maior que o número de pilotos disponíveis. 
    Uma amostra dessa competição foi dada no final de fevereiro, quando uma empresa de recrutamento internacional, a AeroPersonnel Global, esteve na sede do sindicato dos aeroviários em São Paulo para recrutar pilotos,  a pedido de três empresas chinesas e de  duas indianas. 
     
    Na semana seguinte, foi a vez da companhia árabe Qatar Airways vir atrás de candidatos brasileiros. Gelson Fochesato, presidente do Sindicato Nacional dos Aeroviários, conta que companhias do Leste Europeu também têm batido na porta do sindicato. 
     
    “É um movimento que começou ainda na década de 1990”, diz. O filho de Fochesato, aliás, também é um expatriado, voando pela Emirates Airways.
     
    Além da bonança em outros países, uma peculiaridade do mercado de aviação brasileiro também explica por que o País se tornou alvo de assédio dos estrangeiros. 
     
    Há uma série de profissionais experientes em aviões de grande porte, “viúvos” da Varig, empresa que foi referência mundial na qualidade das aeronaves e nos benefícios concedidos aos empregados. 
     
    Com a crise nos anos 1990 e 2000, que levou à falência não só a Varig, mas também outras companhias como Vasp e Transbrasil, milhares de pilotos foram demitidos e os salários, achatados. “Muitos buscam remuneração dos tempos da Varig e eles estão baratos diante da concorrência mundial”, diz  Wilson Massa, especialista em aviação.
     
    Há quem garanta que o êxodo de pilotos não é fruto apenas dos salários mais altos, mas de respeito às relações trabalhistas. As companhias aéreas nacionais, queixam-se pilotos, negligenciam alguns direitos básicos, como as folgas para intercalar voos. “Há dias que chego no Brasil apenas para trocar de mala e sair no dia seguinte”, diz o comandante, que preferiu não se identificar. 
     
    Segundo ele, as mudanças de escalas são comuns, o que aumenta o estresse entre os pilotos, pois há semanas em que trabalham seis dias seguidos. Questionada sobre a carga horária, a Gol disse que as escalas são feitas a partir do desenho da malha e o cálculo do número de horas de voo versus o total de tripulantes necessários. 
     
    Já o presidente-executivo da Azul, Pedro Janot, diz que a empresa cumpre mais de 93% do planejamento da escala. A Tam não respondeu à pergunta sobre o assunto. 
     
    Seja como for, investir numa empreitada que inclui a adaptação a culturas diferentes tem uma espécie de prazo de validade, alerta Janot. “Eles preferem voltar a continuar comendo gafanhoto”, diz. “A Azul já contratou 80 expatriados que voltaram ao País”, afirma.

     

     

    Eptv.com
    27/03/2011

    Apaixonado por aviação, vocalista do Iron Maiden visitará o Museu da TAM
    Dois fãs vencedores de concurso poderão acompanhar o ídolo nesta segunda (27)

    O vocalista da banda heavy metal Iron Maiden, Bruce Dickinson, visitará o Museu da Tam, em São Carlos, a partir das 11h30 desta segunda-feira (27). Apaixonado por aviação e piloto do Boeing 757 que transporta a banda em sua turnê mundial, Dickinson conhecerá o acervo de aviões da companhia área na cidade.

    A visita também incluiu o Centro Tecnológico da TAM, unidade de negócios de MRO (Maintenance, Repair and Overhaul), que ficam ao lado do museu.

    Concurso

    Dois fãs vencedores de um concurso cultural da TAM poderão acompanhar o vocalista durante a visita. A melhor resposta para a pergunta “O que você faria para ir ao Museu TAM com Bruce Dickinson?” foi escolhida na sexta-feira (25), mas os nomes dos vencedores ainda não foram revelados.

    Turnê pelo Brasil

    O Iron Maiden começou a turnê de shows pelo Brasil no estádio do Morumbi, em São Paulo, no sábado (26).

    Neste domingo (27), a banda se apresenta no Rio de Janeiro. O grupo britânico ainda faz show em Brasília (30/3), Belém (1/4), Recife (3/4) e Curitiba (5/4).

    Os shows fazem parte da The Final Frontier World Tour, que começou em 11 de fevereiro na Rússia e promete rodar o mundo em 66 dias.

     

     

    Correio do Estado
    27/03/2011

    Empresas aéreas mudam estratégias de vendas

    Os cerca de 31 milhões de brasileiros que ascenderam economicamente no ano passado têm cada vez mais espaço no segmento de turismo. Esse contingente, além de aproveitar o aumento da renda para viajar, tem optado por meios até então pouco acessíveis para chegar aos destinos. Habituados a viajar de ônibus, os emergentes começam a migrar para o transporte aéreo. E mudam o modo como as companhias comercializam passagens.

    Na semana passada, as duas maiores companhias do País, TAM e GOL, anunciaram novas estratégias comerciais, que têm como grande objetivo captar os emergentes que desejam viajar de avião pela primeira vez. A TAM, que representa 39,59% dos voos nacionais, segundo os últimos dados da Anac (Agência Nacional de Aviação Civil), anunciou parceria com a empresa de transporte rodoviário Pássaro Marrom, o que permitirá à companhia vender passagens aéreas nos terminais rodoviários bem como vender passagens de ônibus para trechos que a companhia não atua.

    Já a GOL, que lidera o mercado com 39,77% de representatividade, inaugurou mais um ponto de vendas no centro de São Paulo, e comercializará passagens de volta a R$ 10 para trechos domésticos. As novas ações não são à toa. Estimativas da Abetar (Associação Brasileira das Empresas de Transporte Aéreo Regional) indicam que, neste ano, o número de passageiros do transporte aéreo superará em 10% o número de passageiros do transporte rodoviário. E grande parte desse crescimento deve ser creditado ao crescimento dos emergentes, com destaque para a classe C.

    Para sócio-diretor do instituto especializado em classes emergentes, Renato Meirelles, essas medidas de diversificação de canais de vendas estreitam o relacionamento dos emergentes com um segmento ainda desconhecido por muitos deles. Segundo ele, esses consumidores ainda têm muitos receios com relação ao setor e as companhias já assimilaram essas mudanças. “A compra de passagem para o emergente envolve aspectos emocionais e racionais”, afirma Meirelles.

    O racional, explica ele, se relaciona com o tempo da viagem e com o seu custo. Dessa forma, as aéreas que conseguirem mostrar para esse consumidor que viajar de avião pode ser mais barato que viajar de ônibus, dependendo do destino, podem conquistar mais mercado. Já o aspecto emocional envolve tudo aquilo que o emergente não entende e seus recceios. “É preciso mostrar que ele não precisa ter medo do aeroporto, ajudá-lo até a entender o vocabulário específico, que não faz parte da rotina desse consumidor”, avalia Meirelles.

    Potencial
    Os emergentes fazem parte do público-alvo das novas estratégias das maiores companhias. No caso da TAM, desde que a companhia percebeu o potencial desse segmento da população, ela vem desenvolvendo ações para atrair e fidelizar esse público. A nova medida, para o gerente de Mercado e Produto da empresa, Rodrigo Trevizan, mostra isso. “O avião para distâncias maiores que 800 km é mais vantajoso, mas, com parcerias, chegamos a 82 localidades e o Brasil tem mais de 5 mil municípios. É preciso estimular a conexão entre eles e unir os dois meios de transporte”, afirma. Para o executivo, a parceria estimulará o crescimento dos dois meios. A ideia, afirma Trevizan, é adotar um modelo no qual um meio complemente o outro, atraindo mais consumidores, principalmente aqueles que só utilizam o ônibus para viajar.

    Os emergentes hoje representam de 6% a 8% dos clientes da companhia, mas a perspectiva é de que esse percentual alcance os 17% em 2017. “Estamos sendo conservadores, porque percebemos que em 2010 o crescimento da classe C foi forte”, afirma. Para Trevizan, atrair a classe C não é só disponibilizar crédito, facilitar formas de pagamento e conceder benefícios. “Percebemos que o brasileiro da classe emergente tem que ter proximidade com a compra”, afirma. Daí a parceria firmada no ano passado com a Casas Bahia. “Se ele vê a gente na loja ele sabe que é acessível para ele”, considera.

    Apesar do potencial, Trevizan verifica que a classe C ainda viaja pouco. “Em média, ele faz uma viagem de ida e de volta pela companhia”, afirma. “Por isso, a gente demora mais 12 meses para tê-lo de volta. A fidelização desse cliente é a longo prazo”, explica. Esse período de viagem, contudo, tende a se reduzir, uma vez que os emergentes viajam mais a lazer, e a companhia calcula que em três ou quatro anos o mercado de lazer deve crescer três vezes mais que o de business.

    Para além disso, a companhia também disponibiliza em seu site na internet uma parte educacional, do passo a passo no aeroporto, para driblar a dificuldade que muitos têm com os processos da viagem. O executivo afirma que, embora não represente grande parte dos emergentes, aqueles que desconhecem totalmente os processos e vocabulário específicos do transporte aéreo vêem neles barreiras para viajar de avião.

    O que o passageiro emergente quer
    Para Meirelles, o preço ainda é forte atrativo para que os emergentes migrem do ônibus para o avião. E foi justamente o aumento do crédito e a ampliação da facilidade de pagamento das passagens que ajudou o setor a atrair, de início, esse público. Contudo, com o tempo, os emergentes perceberam que poderiam ter mais que bons preços e pagamento facilitado.

    Hoje, de acordo com o especialista, o atendimento diferenciado e claro são fatores influenciadores mais fortes. Por isso, as lojas físicas e quiosques em locais de fácil acesso a esse público atraem mais que as compras de passagens pela internet, por exemplo.

    “Não que a venda pela internet não atraia esses consumidores, mas ela não é suficiente para atrair aqueles que viajarão de avião pela primeira vez. Eles têm muitas dúvidas”, afirma o especialista. Para ele, o que importa nessa hora é o atendimento claro, que o ajude a entender os processos que não fazem parte do seu dia a dia.

    Embora a classe C seja o grande destaque de crescimento, as D e E também são públicos potenciais das aéreas. Para atrair a baixa renda, Meirelles acredita que as estratégias não mudam. Contudo, a diferença é que os consumidores das classes D e E ainda não sabem que podem viajar de avião. “A classe C sabe que tem essa alternativa e a baixa renda saberá quando falarem diretamente com ela”, afirma.

     

     

    IG - Noticias
    27/03/2011

    Empresas aéreas aumentam lista de "taxas de conforto"
    Viajar de avião está ficando mais barato no Brasil, mas companhias aéreas cobram cada vez mais por serviços que antes eram básicos

    Viajar de avião está ficando mais barato no Brasil - segundo a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), o preço médio da tarifa caiu 40% desde 2002. Viajar com conforto, porém, é outra história. Pegando carona nas companhias de baixo custo americanas e europeias, as aéreas brasileiras estão cada vez mais cobrando por serviços que antes eram básicos, como poltronas minimamente espaçosas, serviço de bordo ou marcação antecipada de assentos. TAM, Gol, Webjet e Azul já oferecem os "extras" ao passageiro.

     Não bastasse o espaço entre as poltronas ter diminuído, as empresas agora apostam nos "assentos-conforto" - na verdade, poltronas distantes de 80 cm a 90 cm entre si, o que já foi padrão nas aeronaves na década de 1980. Agora, essa distância média não passa de 76 cm na maioria das aeronaves que operam rotas regulares dentro do Brasil.

     Para ganhar de volta o espaço perdido, paga-se a mais. "As atendentes de check-in até me ofereciam as saídas de emergência na hora de marcar o assento. Outro dia, quando pedi, me cobraram R$ 20. Não paguei", conta o gerente de vendas Leon Maia, que tem 1,89 m e viajava pela TAM. Em voos internacionais, a companhia cobra entre US$ 50 e US$ 70 pelos assentos-conforto, que podem ser nas saídas de emergência ou nas primeiras fileiras da aeronave.

     Já a Webjet inovou na cobrança de marcação antecipada de assentos. Para escolher já no ato da compra onde quer sentar, o passageiro paga R$ 5 (poltronas comuns) ou R$ 10 (assentos-conforto). Se não quiser o serviço, fica sujeito à marcação aleatória na hora do check-in.

     A mesma companhia também já oferece em todas as rotas o serviço de venda de alimentos a bordo. "Trata-se de um cardápio diferenciado, com diversas opções de lanches e bebidas por um preço acessível", afirma a empresa. Ainda em fase experimental, a Gol também começou a cobrar pela comida em 85 voos diários, mantendo também o "serviço de bordo padrão" para quem não quiser pagar.

     Questionada sobre a falta de espaço nas aeronaves, a Anac já ensaiou exigir que as companhias cortassem o número de poltronas nos aviões para oferecer mais espaço aos passageiros. A questão foi levantada em 2007 pelo ministro da Defesa, Nelson Jobim. Dois anos depois, a ideia foi substituída por outra: a criação de um selo para identificar aeronaves mais espaçosas, sem punir as que "espremem" o passageiro.

     O Selo Dimensional da Anac saiu em fevereiro deste ano e premiou, até agora, a Avianca e a Passaredo com a etiqueta "A" - distância entre assentos maior ou igual a 76 cm. A avaliação das demais companhias ainda não foi divulgada, mas, segundo a regra da agência, é obrigatória.

     Na Europa, a Ryanair já anunciou que pretende cobrar € 1 pelo uso do banheiro. Nos Estados Unidos, quase todas as empresas já cobram pelo despacho da primeira bagagem - não há franquia. As informações são do jornal O Estado de S.Paulo

     

     


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