:::::RIO DE JANEIRO - 21 DE ABRIL DE 2006 :::::

21/04/2006 - Versão Impressa
O GLOBO
Ministro da Defesa admite ajuda do governo à Varig, mas ‘dentro da lei’


Luiza Damé e Erica Ribeiro

BRASÍLIA e RIO. Depois de participar da solenidade em homenagem ao astronauta Marcos Pontes, no Palácio do Planalto, o ministro da Defesa, Waldir Pires, admitiu que o governo poderá injetar dinheiro na Varig para evitar que a empresa quebre. O ministro, porém, não adiantou de onde sairia o dinheiro e destacou que o BNDES tem limitações para financiar a companhia. Pires disse que qualquer ajuda oficial à Varig só será feita dentro da lei:

- Não é só possível a ajuda financeira. É a convicção de que é possível existir uma tomada de operação da Varig consistente, séria, com um projeto sério de recuperação da empresa. O governo só pode gastar dinheiro público na forma da lei, não pode fazer fora da lei. O governo está empenhado nisso, está desejoso que isso ocorra.

Anteontem, a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, afirmou que o governo não socorreria a Varig e não poderia fazer generosidade com dinheiro público.

Pires teria uma reunião ontem à tarde com a direção da Agência Nacional de Avião Civil (Anac) para discutir a situação da Varig e uma proposta para que o país não perca espaço na aviação internacional:

- Espero ter uma reunião com o pessoal da Anac, que é a agência hoje incumbida de estudar tudo e propor que o Brasil não perca espaços internacionais, propor que os aviões voem com segurança, propor que não percamos os aviões por falta de pagamentos externos, aqui ou ali, em arrestos, propor que os todos os slots (espaço para pouso e decolagens nos aeroportos) brasileiros sejam preservados e que nossos compromissos sejam assegurados — afirmou.

No Rio, o juiz Luiz Roberto Ayoub, da 8 Vara Empresarial do Tribunal de Justiça, que conduz o processo de recuperação da Varig, reforçou ontem que a empresa é viável.

- Hoje, sinto-me muito menos em condições de decretar a falência da Varig. Os administradores judiciais afirmam que a empresa é viável. É um contra-senso dizer que uma empresa essencial para o país é nociva à sociedade.

Um dia depois de Dilma também ter dito que os problemas da Varig foram causados por má gestão, o juiz afirmou não acreditar que alguém tenha interesse na quebra da empresa:

-Não tenho autoridade para criticar quem quer que seja. A ministra Dilma tem seus fundamentos. Mas prefiro acreditar que, em vez de ficar revolvendo o tempo, temos de buscar uma solução. Acho que ela existe, caso contrário já teria decretado a falência.

Ontem, funcionários da Varig fizeram uma manifestação no aeroporto de Congonhas, em São Paulo.

21/04/2006 - Versão Impressa
O GLOBO - PANORAMA ECONÔMICO
Estrela brasileira
Mirian Leitão

Sou variguista. Das companhias aéreas brasileiras, sempre me senti mais em casa num avião da Varig, o que significa que sei o sentimento dos que lamentam o doloroso definhar da companhia.

Mas os cofres públicos não podem pagar o custo dos erros de gestão das empresas privadas. Várias vezes a Fundação Ruben Berta impediu qualquer processo de reestruturação da empresa, apostando na força do seu símbolo e na mística da sua estrela. Agora é tarde.

A Panam era um símbolo americano pousado num dos mais altos prédios de Nova York. Um dia quebrou e a marca da empresa foi retirada do prédio e substituída por outra placa, de um fundo de pensão, sem apelo, sem história.

A vida é assim: empresas morrem. O presidente Lula, quando candidato, prometia resolver tudo com dinheiro público. Aprendeu que é impossível. Se colocar dinheiro na Varig, o governo teria que se explicar com Gol, Tam, BRA, Ocean Air e junto às falecidas Vasp e Transbrasil. Isso para citar só um dado da complexa questão.

Vai ser duro ficar sem a Varig. Quem voou nos últimos dias sentiu isso em aeroportos lotados e no atendimento dos concorrentes em colapso. A Gol, que entrou oferecendo preço baixo por um serviço sofrível, ficou só com o último atributo. As cenas são inacreditáveis: de comissário sendo treinado a bordo, diante dos passageiros; a aeromoça interrompendo o serviço para bater papo com amigas.

A Varig tem virtudes e ativos que se perderão para sempre quando ela deixar de voar. Uma cultura aeronáutica de 80 anos de uma fundadora da IATA. Um sistema de treinamento de classe mundial. O simulador de vôo que funciona no Galeão tem sido usado por companhias do mundo inteiro, depois do 11 de setembro, quando os EUA restringiram os treinamentos a estrangeiros. Ela tem um conhecimento de operação nos principais aeroportos do mundo que nenhuma companhia brasileira tem.

Tudo isso se transformava em conforto para os clientes. Esperemos agora vôos piores, senhores passageiros. Alguma coisa se salvou com a venda da VarigLog e da VEM, duas boas empresas da Varig: seis mil empregos. A VEM é uma das cinco melhores empresas de manutenção do mundo. Que o setor de transporte aéreo de passageiros passaria por uma reestruturação era fácil de ver. Há uma década, um estudo da McKinsey dizia que surgiria uma ou mais empresas de baixo custo no Brasil.

A comparação que faziam entre os preços das passagens no país mostrava como era caro voar aqui e como o alto custo das passagens apequena o mercado que deveria ser maior dadas as enormes distâncias de um país continental. Há dificuldades no mercado mundial de aviação, mas elas não explicam o colapso da Varig.

O governo deve à empresa. Uma dívida discutível, mas que a Justiça tem considerado válida. A Varig alegou que perdeu receita com suas tarifas congeladas no Plano Cruzado. Mas não conta que também se beneficiou, pelo mesmo plano, de custos congelados, como o de combustível; nem descontou os lucros extraordinários que teve com as décadas de monopólio nos vôos internacionais. Nem o favorecimento pelo órgão regulador antigo, capturado pela empresa. Esta dívida é mais um esqueleto que nasceu das confusões entre o mundo jurídico e o econômico nos anos da nossa turbulência inflacionária.

O assunto está no STJ, o governo ainda pode recorrer; em algum momento, terá que pagar. Aceita pagar, desde que se afastem os atuais controladores. Mesmo se pagasse hoje, cash e incondicionalmente, o dinheiro não seria suficiente nem para pagar ao próprio governo, seu maior credor.

É inevitável concluir que a Varig cavou seu próprio buraco. Cratera, aliás. Tem uma das mais complexas estruturas de governança corporativa num mundo em que a simplificação e a redução dos níveis hierárquicos salvou empresas em toda parte. Acima da diretoria há cinco níveis de poder e uma multidão de poderosos. Primeiro, um colégio deliberante, instância máxima, com 160 representantes dos acionistas; abaixo, a Fundação Ruben Berta; depois, o conselho curador; o conselho de administração, e, por fim, a diretoria. Ou seja, ninguém manda e todo mundo tira proveito.

São conhecidos os casos de desperdício exuberante. Lembra do famoso caviar da Varig? Custava US$ 6 milhões por ano. Houve um momento em que tinha 50 aeromoças em Tóquio. Ela tem nove classes de avião com pilotos especializados em cada uma. Se o avião não voar, o piloto daquele tipo de avião não trabalha. O Jet Class que voava para Brasília, por exemplo, parou de ser usado e 156 pilotos ficaram dois anos sem trabalhar e qualquer tentativa de demiti-los era bloqueada.

A empresa não tem plano de carreira. Os aumentos são dados de acordo com o poder que cada feudo tenha naquela intricada estrutura de poder. Os benefícios aos funcionários também são distribuídos assim, de forma aleatória.

A Varig tem um patrimônio líquido negativo de R$ 6 bilhões de reais. Ou seja, seus donos devem esse valor aos credores. São donos de uma dívida. Livrar-se desta dívida deveria ser o sonho destes acionistas. Mas eles recusaram, minaram e sabotaram todos os planos de salvação da empresa que passasse pelo afastamento dos controladores. Achavam que viria do céu um salvador que perdoaria todas as dívidas. Apostaram que o salvador seria Lula. E Lula está dizendo não.


21/04/2006 - Versão Impressa
O GLOBO
Alcelmo Gois - Carga pesada

A prevalecer a política de preços da Petrobras, o querosene de aviação subirá uns 18% em maio por causa do preço do petróleo lá fora, a US$ 73 o barril.

Isto seria ruim para o setor. Isto seria péssimo para a Varig.

Aliás...

Funcionários da Varig no Rio fazem caminhada hoje em Ipanema, às 9h, a partir do Posto 9.

O Aerus e a Varig
Folha de São Paulo

LUÍS NASSIF

Recebo do secretário de Previdência Complementar, Adacir Reis, os seguintes esclarecimentos a respeito da intervenção no Aerus, o fundo de pensão dos funcionários da Varig.

Em 2002, o Aerus fechou o plano para ingresso de novos participantes, desenhou novo plano para os novos e definiu que a cada ano a Varig poderia optar em quanto iria querer contribuir. Para os novos planos, a empresa passou a contribuir com o mínimo para esse novo fluxo de contribuições.

Ficou o débito, os compromissos não-honrados ao longo de anos, fruto de sucessivas repactuações da dívida.

No início de 2003, a SPC convocou a Varig e a Aerus e informou que não mais permitiria repactuações nem atrasos de contribuições. Estava claro que o Aerus não agira como credor em defesa de seus interesses. A Varig assumiu o compromisso de não mais atrasar. Em caso de novos atrasos, haveria a medida drástica da intervenção com indisponibilização de bens dos administradores.

Houve momentos em que a Varig chegou a atrasar salários de funcionários, mas manteve em dia os compromissos com o Aerus, garantindo um fluxo mensal de R$ 9 milhões, que ao menos garantiria o cumprimento das obrigações com os planos mais antigos.

Em maio passado, na discussão sobre a nova Lei de Falências, as aéreas acabaram sendo incluídas na última hora. No dia seguinte, a Varig pediu a inclusão na nova lei de recuperação judicial. Deferido o pedido, imediatamente suspendeu os repasses ao Aerus.

A SPC ficou aguardando o plano de recuperação, muito tumultuado, com troca de gestores e os procedimentos protelatórios da Fundação Ruben Berta (a controladora da Varig).

No final, a própria Varig apresentou seu plano de recuperação, e a dívida com o Aerus foi incluída na classe 2, dos credores com garantia. Considerou-se uma vitória para o Aerus. A proposta de reestruturação foi aprovada em assembléia da Varig e homologada pelo juiz. Foi dada uma carência para pagamento a vários credores, como a Infraero e a BR Distribuidora.

A partir de janeiro, a Varig entrou na obrigação corrente. Pagou janeiro e suspendeu os pagamentos posteriores. Nesse momento, a TGV (Trabalhadores do Grupo Varig) anunciou que pretendia utilizar US$ 100 milhões do Aerus na operação de salvamento da empresa.

O Aerus colocaria praticamente todo o seu capital tendo como única garantia apenas a boa vontade de recuperar a empresa. A legislação é clara ao dizer que, em caso de insuficiência de recursos, há que privilegiar o aposentado. A SPC colocou um observador para acompanhar as negociações. Aí começa a tomar corpo uma operação de segregar a parte boa da parte podre da Varig, e as dívidas do Aerus ficariam na parte podre.

Na sexta à noite, apareceu uma pessoa se apresentando como novo presidente do Aerus, com ata assinada supostamente na segunda-feira, dizendo que o Conselho Deliberativo, por maioria, tinha destituído a direção do Aerus. Tudo precário, rudimentar, com muitos conselheiros não sendo consultados.

A SPC percebeu, então, que a intervenção e liquidação seria a única maneira de impedir o saque final do fundo e resguardar parte dos direitos dos aposentados.
E-mail - Luisnassif@uol.com.br

 

21/4/2006 00:31h
Varig e TAP fazem acordo
A partir de maio, vôos da companhia brasileira para Lisboa serão operados pelos portugueses

Silvana Caminiti

Rio - Varig vai alterar a oferta de vôos para Portugal. A partir do dia 15 de maio, a empresa passará a operar de forma compartilhada com a TAP, aumentando as opções de saída, com 46 vôos semanais. A decisão tem como objetivo cumprir mais uma etapa no plano de reestruturação operacional da Varig.

A empresa brasileira vai continuar apenas a vender bilhetes para Portugal nas suas lojas, agências, pelo call-center (4003-7000) e no site (www.varig.com.br). O preço médio, com saídas do Rio e São Paulo, é U$$ 990.

Ontem, o juiz Luiz Roberto Ayoub, da 1ª Vara Empresarial do Rio, responsável pelo processo de recuperação judicial da Varig, apelou aos envolvidos para que busquem uma solução para a empresa. Ele voltou a afirmar que a companhia é viável e essencial ao País, repetindo que, se não fosse possível a recuperação, a falência já teria sido decretada.

Também ontem, os Trabalhadores do Grupo Varig (TGV) criticaram o discurso do presidente Lula e dos ministros Guido Mantega (Fazenda), Dilma Rousseff (Casa Civil) e Waldir Pires (Defesa), de que o dinheiro público não será investido no resgate da companhia e que a solução do caso depende do mercado. O consultor jurídico do TGV, Paulo Calazans, disse que os funcionários e a empresa não estão pedindo dinheiro público, mas, sim, que o governo deixe a aérea "subir à tona e respirar".

Os trabalhadores querem que a BR Distribuidora dê à Varig o mesmo tratamento dispensado a outras empresas. Segundo Calazans, a Varig paga 24 horas antes o combustível que vai consumir no dia seguinte, enquanto as outras têm 45 dias. Hoje, às 9h, funcionários farão caminhada pela orla do Rio para sensibilizar a população sobre a crise da Varig.

20 de abril de 2006 - 21:49
Estadão
Bottini é afastado da gestão de recuperação da Varig
Ele continua, contudo, como presidente da empresa aérea

Nilson Brandão Junior

RIO - O juiz que conduz o processo de recuperação judicial da Varig, Luiz Roberto Ayoub, confirmou nesta quinta que o executivo Marcelo Bottini foi afastado da gestão interina do plano de recuperação da Varig, a pedido do fundo de pensão Aerus e de outros credores. Isso permite que consultoria americana Alvarez & Marsal indique, com a concordância da Brascan, o nome do gestor do plano, como adiantou ontem o Estado. Bottini continua, porém, ocupando a presidência executiva da Varig.

Depois das declarações da ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, que atribuiu a crise da companhia a sucessivos erros de gestão, o juiz afirmou que é hora de deixar de lado a discussão sobre os culpados e que todos os envolvidos" devem partir para a busca de soluções. "Vamos botar uma pedra no passado. É importante acabarmos com essa história de quem é culpado. Todos temos responsabilidade e ponto final", disse, sem citar nominalmente a ministra e frisando que não a estava criticando.

"Cada um tem a sua responsabilidade. Não tenho nenhuma autoridade de ficar criticando quem quer que seja. A ministra Dilma falou o que ela acha que deveria falar, deve ter seus fundamentos", respondeu o juiz, reforçando, em seguida, o apelo para a busca de uma solução.

O pedido do Aerus para afastamento de Bottini da gestão, conforme parecer do Ministério Público (MP), foi feito com o objetivo de antecipar a "gestão profissional das companhias" em recuperação. À tarde, a Varig confirmou que o executivo continua na presidência da empresa e informou que as notícias sobre "suposta troca de comando" são "precipitadas, imprecisas e não procedem".

Segundo fontes que acompanham diretamente o processo, porém, a Alvarez&Marsal deverá também assumir a gestão profissional da Varig, em prazo ainda não definido, indicando novos diretores para empresa. Outra hipótese é a VarigLog concretizar a compra da companhia e assumir a direção, inclusive mantendo executivos em seus cargos.

O juiz Luiz Roberto Ayoub informou que o Superior Tribunal de Justiça (STJ) definiu que a 8ª Vara Empresarial é responsável pelas decisões ligadas ao Caso Varig, até o julgamento final da análise do conflito de competência com a Justiça do Trabalho. Ficará a cargo do juiz decidir o arresto de bens da Varig determinado pela Justiça do Trabalho terá ou não validade.

Ayoub também salientou que não adianta, neste momento, ficar "revolvendo o tempo". Chegou a citar que o Executivo vem dando contribuições, destacando as preocupações com os empregos na companhia e o papel da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). Até ontem, não havia dado entrada na Justiça o pedido dos trabalhadores para que BR e Infraero dêem prazo à Varig.

 

20/04/2006 - 21h37
Folha Online
Para jornalista, futuro da Varig é incerto

O futuro da Varig é incerto. A empresa corre o risco de parar a qualquer momento, segundo a jornalista Maeli Prado, que cobre o dia-dia da aviação comercial brasileira desde 2003. A avaliação foi feita durante bate-papo na internet que contou a participação de 942 internautas.

"[A Varig] pode parar a qualquer momento. A própria diretoria da companhia considerou essa possibilidade há uma semana. Ela tem problemas de caixa seríssimos, e não vem pagando os credores e fornecedores."

Ela lembra, no entanto, que ninguém pediu a falência da Varig. "A própria Justiça, que cuida da recuperação judicial, declarou que não pretende decretar a falência."

"Ela vem voando com cada vez menos passageiros, e com isso tem cada vez menos receita. Isso vai complicando cada vez mais o pagamento de fornecedores."

Para a jornalista, a má gestão da companhia aérea explica a situação atual da Varig. "[A Varig] Enfrentou problemas externos (como o congelamento tarifário, crise do petróleo, ataque de 11 de setembro). Mas o que se diz é que se ela tivesse uma gestão mais profissional, cortando custos, não estaria na situação que está hoje."

A jornalista lembra que antes do início dos anos 90, a Varig praticamente tinha o monopólio do mercado. "Com a abertura, veio mais concorrência. Ela não conseguiu se adaptar a mudanças como corte de custos (demissões, por exemplo) e acabou perdendo mercado para companhias mais novas, como TAM, Gol e companhias estrangeiras nas rotas internacionais".

A jornalista foi questionada sobre a viabilidade de uma ajuda do governo à Varig. "Uma das principais questões em relação a isso é que uma ajuda financeira à Varig agora não resolveria o problema da empresa. Ela tem uma dívida de mais de US$ 7 bilhões."

Vários internautas questionaram sobre o fato de a empresa reivindicar na Justiça R$ 4 bilhões do governo por conta das perdas com o congelamento das tarifas durante os planos Collor e Verão. "O processo mudou de seção dentro do STJ no final do ano passado. A ação relativa ao congelamento tarifário está parada no STJ, e o governo é obrigado por lei a recorrer em todas as instâncias."

Maeli Prado fez ainda um diagnóstico sobre o futuro da aviação civil sem a Varig. "Principalmente a TAM e a Gol ganhariam participação no mercado doméstico se ela [Varig] parasse. A pior conseqüência seria o fato de os mais de 9.000 funcionários irem para a rua. Parte deles seria absorvida por outras companhias, mas os do setor administrativo, por exemplo, não seriam".

Os internautas perguntaram também se a cobertura da imprensa prejudicava a Varig. "O fato de a crise estar na mídia realmente está afetando a demanda. Ms a mídia divulga os fatos, o que está acontecendo".

20/4/2006 20:39h
O Dia
Justiça autoriza entrada antecipada de consultoria na reestruturação da Varig

Agencia Brasil

Rio - A Justiça do Rio autorizou a antecipação da entrada da consultoria Alvarez & Marsal e do Banco Brascan no comando do processo de reestruturação da Varig. Atualmente, a gestão desse processo está interinamente nas mãos do próprio presidente da companhia aérea, Marcelo Bottini.

Com a antecipação, a Alvarez & Marsal e o Banco Brascan poderão acelerar a criação do fundo de investimento que captará recursos para a Varig. Segundo o juiz da 8a Vara Empresarial da Justiça do Rio, Luiz Roberto Ayoub, que acompanha o processo de recuperação judicial da Varig, Bottini poderia continuar a frente da empresa, cuidando das operações da companhia aérea.

Segundo nota oficial divulgada nesta quinta-feira pela Varig, Bottini continua à frente tanto da empresa quanto como gestor interino do processo de reestruturação. A companhia aérea está sob processo de recuperação judicial desde 17 de junho.

Desde então, os credores da empresa decidiram criar um fundo de investimento e participações para captar recursos e recuperar a Varig. Eles escolheram a consultoria Alvarez & Marsal e o Brascan para administrarem esse futuro fundo, que ainda está sendo criado
Com informações da Agência Brasil

20/04/2006 - 20h22
Folha Online, no Rio
Para sindicato, interferência de Dilma em decisão da Anac foi indevida

O Snea (Sindicato Nacional das Empresas Aeroviárias) fez críticas à ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, e ao presidente da Anac (Agência Nacional de Aviação Civil), Milton Zuanazzi, pelo caso da venda da VarigLog, subsidiária da Varig, para a Volo, empresa criada no Brasil pelo fundo americano Matlin Patterson.

Reportagem da Folha de S.Paulo de hoje informa que Dilma criticou a cúpula da Anac por causa da decisão do órgão de rejeitar a venda da Varig Log, subsidiária da Varig, para a Volo, empresa criada no Brasil pelo fundo americano.

O Snea informou ver com "preocupação" a "interferência indevida de alto funcionário do governo em deliberação da Anac, que tem legalmente assegurada autonomia administrativa e ausência de subordinação hierárquica para tomar suas decisões."

O sindicato fez críticas ainda ao presidente da Anac, que ontem descartou que exista desnacionalização no caso da venda da VarigLog para a Volo.

A Volo foi acusada pelo Snea (Sindicato Nacional das Empresas Aeroviárias) de ser uma "laranja" do Matlin Patterson, uma vez que, pela legislação atual, na condição de fundo estrangeiro, não pode ter mais de 20% de participação em companhias aéreas no Brasil.

"Se conforme a nova decisão da Anac, os documentos necessários para a aprovação prévia da transferência do controle societário da VarigLog para a Volo ainda não foram apresentados à agência, não cabia ao sr. Milton Zuanazzi pronunciar-se sobre os mesmos."

20/04/2006 - 18h55m
O GLOBO

Veja a íntegra da nota divulgada pelo juiz responsável pela Varig

Globo Online

RIO - O juiz Luiz Roberto Ayoub, responsável pelo processo de recuperação judicial da Varig, divulgou nesta quinta-feira um apelo para que todos os envolvido se unam para solucionar os problemas da Varig, empresa que ele considera "necessária e essencial". Veja a seguir a íntegra da nota distribuída pelo Tribunal de Justiça:

"O juiz Luiz Roberto Ayoub, titular da 1ª Vara Empresarial do Rio e que acumula a 8ª Vara Empresarial , que cuida do processo de recuperação judicial da Varig, fez hoje (dia 20 de abril) um apelo a todos os envolvidos no processo a buscar juntos uma solução para a empresa.

- Vamos botar uma pedra no passado. É importante acabarmos com essa história de quem é culpado. Todos temos responsabilidade e ponto final - disse.

O juiz voltou a afirmar que a empresa é necessária e essencial e, se não fosse possível a sua recuperação, a falência já teria sido decretada.

Por decisão liminar do ministro do Superior Tribunal de Justiça Ari Pargendler, todas as medidas emergenciais que digam respeito à Varig serão tomadas pela 8ª Vara Empresarial. O ministro, que ainda vai julgar o mérito do conflito de competência criado entre o Tribunal de Justiça do Rio e a Justiça do Trabalho, suspendeu por ora a ação proposta pelo Sindicato Nacional dos Aeronautas na 5ª Vara do Trabalho do Rio. Com isso, ficará a cargo do juiz Luiz Roberto Ayoub decidir se prossegue ou não com o arresto dos bens da companhia aérea, conforme havia ordenado pela Justiça trabalhista.

- Um arresto é apenas uma medida cautelar que pode ser revogada a qualquer momento. Não vejo necessidade de tomar nenhuma decisão agora - disse Ayoub. Segundo ele, o arresto não cria nenhum impacto no plano de recuperação.

O magistrado negou ontem que tenha afastado o presidente da Varig, Marcelo Bottini. Segundo ele, a decisão, tomada a pedido da Fundação Aerus em nome dos demais credores, permite que a consultoria americana Alvarez & Marsal indique, com a concordância da Brascan, o nome do gestor do Fundo de Investimento.

O juiz voltou a dizer que a Varig é de uma importância fundamental para a infra-estrutura do país. "É um contra-senso dizer que uma empresa que é essencial ao país seja nociva à sociedade", assinalou, ao lembrar que nos últimos dias a companhia aérea bateu um recorde de vendas de passagens e suas ações dispararam.

Ayoub recebeu ontem a visita do presidente do Rio Convention Bureau, Paulo Senise, que defendeu a manutenção do funcionamento da empresa. Segundo Senise, a Varig injeta no país 1,5 bilhão de dólares por ano e transporta 22 milhões de passageiros.

20/04/2006 - 18h39m
O GLOBO

Varig suspende vôos para Portugal e faz parceria com TAP

Globo Online

RIO - A Varig anunciou nesta quinta-feira que vai suspender os vôos diários que mantinha na rota São Paulo-Lisboa. A partir de 15 de maio, a Varig passará a operar para Portugal apenas vôos compartilhados com a TAP, com 46 freqüências semanais. A decisão tem como objetivo cumprir mais uma etapa no plano de reestruturação operacional, cujo foco principal é a rentabilidade.

O acordo comercial fortalece ainda mais a parceria entre as duas empresas. A VARIG continua a vender bilhetes para Portugal e o preço médio das passagens, com saídas de São Paulo ou Rio, é de U$$ 990. Os vôos compartilhados terão saídas do Rio de Janeiro, São Paulo, Recife, Fortaleza, Salvador e Natal.

 

20/04/2006 - 18h19m
O GLOBO
Juiz que conduz recuperação da Varig diz que falência da empresa está mais distante

Erica Ribeiro, O Globo

RIO - O juiz Luiz Roberto Ayoub, que conduz o processo de recuperação judicial da Varig, disse nesta quinta-feira que considera cada vez mais distante a possibilidade de falência da empresa. Um dia depois de a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Roussef, ter dito que os problemas da Varig se devem a uma má gestão, o juiz assinalou a importância de manter a Varig em operação.

- Hoje sinto ainda menos que é necessário decretar a falência da Varig. Os administradores judiciais afirmam que a empresa é viável. (...) Não posso acreditar que alguém tenha interesse em que a Varig quebre - disse Ayoub, da 8ª Vara Empresarial do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro.

Ao ser indagado sobre o fato de a ministra ter criticado a gestão da companhia, comentou:

- A ministra deve ter seus fundamentos, mas em vez de buscar motivos no passado, vamos buscar as soluções. Quanto mais empresas voando, melhor para o povo. Eu prego que em vez de ficar revolvendo o tempo, vamos nos empenhar ao máximmo para buscar uma solução. Acho que ela existe, pois do contrário eu já teria decretado a falência.

20/04/2006 - 18h16m
O GLOBO

Entrada do Banco Brascan e Alvarez& Marsal na Varig é antecipada

Erica Ribeiro - O Globo

RIO - O juiz da 8ª Vara Empresarial do Tribunal de Justiça do Rio, Luiz Roberto Ayoub, que conduz o processo de recuperação judicial da Varig, confirmou nesta quinta-feira que a Justiça concedeu a antecipação da entrada do Banco Brascan e consultoria Alvarez & Marsal como administradores e gestores dos fundos de investimento e participações que serão criados para captar recursos para a Varig e também para cuidar da recuperação judicial da companhia. A antecipação foi pedida pelos credores.

Segundo Ayoub, essa antecipação garante que o processo de constituição dos fundos de investimento seja acelerado em função da situação atual da companhia.Ele ressaltou que nesse momento, o presidente da Varig, Marcelo Bottini, continua no cargo.

- Ele (Bottini) era gestor interino da constituição dos fundos e também presidente da companhia. Agora, passa a cuidar apenas do dia-a-dia da empresa, ou seja, a presidência. Já a empresas especializadas cuidam da gestão dos fundos e da recuperação - disse o juiz.

A direção da Varig divulgou nota para esclarecer que não houve mudanças na administração da companhia e que o Conselho de Administração e a Diretoria da empresa, inclusive o diretor-presidente Marcelo William Bottini, continuam em seus cargos.

Em Assembléia de Credores, realizada no dia 23 de fevereiro, foi determinado que o controle acionário da Varig será exercido pelo Banco Bracan, gestor do FIP Controle, eleito na Assembléia de Nomeações, do dia 5 de abril. Também a consultoria Alvarez & Marsal foi contratada - por indicação dos credores - para assumir os trabalhos de reestruturação da Varig.

Depois da constituição do Fundo, de acordo com o Plano da Reestruturação, caberá ao Gestor do Fip Controle eleger os Conselheiros da VARIG e que quaisquer afirmações sobre mudanças de seu corpo executivo, datas ou nomes são precipitadas.

O juiz Luiz Roberto Ayoub disse ainda que não recebeu qualquer petição dos sindicatos dos aeroviários e aeronautas, solicitando medida judicial para que a BR Distribuidora e a Infraero concedam prazo de 45 dias para que a Varig possa pagar combustível e tarifas aeroportuárias. Os representantes do sindicato informaram que terça-feira à noite tiveram encontro com juiz, o que foi confirmado por Ayoub. Os sindicalistas também disseram que iam protocolar a petição na quarta-feira.

- Aqui não está. Se fosse protocolado já tinha chegado.Uma petição desse tipo teria caráter de urgência - afirmou o juiz.

Segundo ele, no dia 2 de maio está marcada uma assembléia de credores da Varig para discutir a oferta apresentada pela VarigLog para comprar a empresa. Enquanto isso, a VariLog precisa apresentar a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) certidão negativa de débitos com o INSS para que o processo de compra da VarigLog pelo Volo, empresa que tem acionistas brasileiros e o fundo americano Matlin Patterson possa ser aprovado pela agência reguladora.


20/04/2006 - 18h05
Folha Online
Confira a íntegra do bate-papo com Maeli Prado

Confira abaixo a íntegra do bate-papo da jornalista Maeli Prado sobre a crise da Varig. Participaram 942 internautas. O texto abaixo reflete a forma como os participantes digitaram.

Bem-vindo ao Bate-papo com Convidados do UOL. Converse agora com a jornalista Maeli Prado, que fala sobre a crise da Varig. Para enviar sua pergunta, selecione o nome da convidada no menu de participantes. É o primeiro da lista.

(05:10:07) Maeli Prado: Olá pessoal, vai ser um prazer falar com vocês.

(05:14:58) Paulo.Henrique fala para Maeli Prado: Oi, gostaria de saber sobre a crise sobre os pagamentos atrasados ?

(05:18:35) Maeli Prado: a varig vem pagando os funcionários de forma irregular. o fundo de pensão aerus, dos funcionários, foi liquidado e o último pagamento será o de abril. como o fundo é muito deficitário, os funcionários na ativa provavelmente terão dificuldade de receber (aposentados e pensionistas receberão primeiro)

(05:18:43) ¤Fer¤ fala para Maeli Prado: Olá Maeli.. Afinal, como começou tudo isso na Varig??

(05:22:19) Maeli Prado: Oi Fer, a história é complicada. São vários os motivos, mas um dos principais é a estrutura de gestão da Varig. Ela é comandada por uma Fundação, a Fundação Ruben Berta, que é formada pelos próprios funcionários (que não aprovam corte de custos). Antes do início dos anos 90, a Varig praticamente tinha monopólio do mercado. Com a abertura da economia, veio mais concorrência. Ela não conseguiu se adaptar a mudanças como corte de custos (demissões, por exemplo) e acabou perdendo mercado para companhias mais novas, como TAM, Gol e companhias estrangeiras nas rotas internacionais.

(05:23:07) JONAS fala para Maeli Prado: BOA TARDE , VC NÃO ACHA QUE O GOVERNO ESTA SENDO IRRESPONSÁVEL DEIXAR UM PATRIMONIO DO PAIS IR A RUINA???

(05:25:24) Maeli Prado: jonas, um das principais questões em relação a isso é que uma ajuda financeira à Varig agora não resolveria o problema da empresa. ela tem uma dívida de mais de US$ 7 bilhões....

(05:25:24) Alan fala para Maeli Prado: O que vc acha do futuro da Varig?

(05:26:42) Maeli Prado: incerto, alan...ela pode parar a qualquer momento (a própria diretoria da companhia considerou essa possibilidade há uma semana)...ela tem problemas de caixa seríssimos, e não vem pagando muitos credores

(05:27:10) Daniel fala para Maeli Prado: Gostaria de saber como fica a situação dos aposentados das outras empresas afiliadas a Varig, principalmente em relacao a Varig Log. Os outros fundos de pensão do Aerus estao totalmente cobertos? Porque só falam da Varig e Transbrasil, mas não dos outros planos. Como houve intervenção do SPC e eles informaram que para os outros planos continuaria sendo pago normalmente as aposentadorias, seria valido concluir que estes fundos estão cobertos?

(05:27:43) Maeli Prado: a empresa também não vem pagando muitos fornecedores...

(05:28:41) Alepinheiro fala para Maeli Prado: Foi resolvido o precesso que a Varig tem com a divida de imporsto?

(05:30:30) Maeli Prado: daniel, isso não está claro ainda...de qualquer forma ainda não foi nem confirmada a venda da variglog para outra empresa, a volo

(05:31:14) Maeli Prado: ale, se é o que ela deve para o governo não, ela continua devendo

(05:31:29) luiz_VRG fala para Maeli Prado: Boa tarde, gostaria de saber das perspectivas para a Varig, na sua opnião, o que deve acontecer nas próximas semanas

(05:33:56) Maeli Prado: é difícil saber, luiz...ninguém pediu a falência da Varig, e a própria justiça carioca, que cuida da recuperação judicial dela, declarou que não pretende decretar a falência. mas ela vem voando com cada vez menos passageiros, e com isso tem cada vez menos receita. isso vai complicando cada vez mais o pagamento de fornecedores (combustível, taxas de aeroporto, que aliás ela não está pagando, etc)

(05:33:59) Frede fala para Maeli Prado: a crise atual da varig poderah ocasionar numa paralisaçao?

(05:35:30) Maeli Prado: frede, pode sim...se ela não conseguir se capitalizar, não terá mais como pagar por serviços básicos, como combustível e manutenção das aeronaves

(05:35:37) Marcos Ferrari fala para Maeli Prado: Gostaria de saber se a empresa está com lucro bruto. Não publicam mais o balanço trimestral dela no site da emrpesa.

(05:36:56) viva varig fala para Maeli Prado: O governo não vai dar dinheiro público ele vai pagar aquilo que deve ! Existe uma ação da VARIG já ganha só que nosso governo pensa que pode não pagar

(05:37:41) Lela fala para Maeli Prado: comprei p/ julho passagens da varig p/ miami, e somente paguei a primeira parcela no cheque. Você acha q compensa pagar a multa de cancelamento com pedido de restituição e comprar outra passagem? Tenho receio de que quando chegar julho que estará tudo pago, não consiga viajar sendo que meu prejuízo seria bem maior, pois o cruzeiro contratado tbm estará pago.

(05:39:29) Marcia fala para Maeli Prado: Maeli se a Varig parar de funcionar quais as consequencias q vc acha q irão refletir no mercado aereo? Alguem ira sair ganhamdo individualmente?

(05:42:00) Maeli Prado: oi marcos, desculpa, tivemos um problema aqui. o último balanço dela é de setembro do ano passado, e mostra prejuízo

(05:42:46) Maeli Prado: viva varig, a ação relativa ao congelamento tarifário não foi ganha, está parada no stj

(05:45:18) piloto fala para Maeli Prado: gostaria de saber sobre o dinheiro que o governo tera de pagar para Varig, ate pq ele ja pagou para a Transbrasil ?

(05:46:02) Maeli Prado: lela, a anac ainda não detalhou o que aconteceria com as passagens se a varig parasse. há um plano de contingência pronto, mas a agência optou por não dar detalhes sobre ele. a passagem é uma garantia que pode ou não ser aceita por outra companhia

(05:47:16) Maeli Prado: piloto, a ação está parada no stj, e o governo é obrigado por lei a recorrer em todas as instâncias, senão ele pode ser processado no futuro

(05:47:36) acionista fala para Maeli Prado: Pq será que o Sindicato dos Aeroviários quis impedir a venda da Varig Log à Volo? E pq a Globo foi tão rápida em anunciar esse "desastre", quando ontem à noite se verificou que na verdade a venda deverá ser confirmada? Quem saiu lucrando com a forte queda na abertura do pregão de ontem, de mais de 30%, por causa desse grande erro da ANAC?

(05:48:21) Maeli Prado: márcia, principalmente tam e gol ganhariam participação no mercado doméstico se ela parasse.

(05:50:06) Maeli Prado: acionista, segundo a anac a volo não pediu autorização formal ao antigo dac para comprar a varig log (o que tem que ser feito, já que ela é uma companhia aérea)

(05:50:10) diogo fala para Maeli Prado: eu queria saber c o pais ficaria muito afetado com a crise?

(05:52:02) Maeli Prado: diogo, acho que a pior consequencia seria o fato de os mais de 9.000 funcionários irem para a rua. parte deles seria absorvido por outras companhias, mas os do setor administrativo, por exemplo, não seriam

(05:52:06) D@NY fala para Maeli Prado: OI, VOCÊ ACHA QUE TUDO ISSO PODERIA TER SIDO EVITADO PELA VARIG???

(05:53:39) Maeli Prado: dany, ela enfrentou problemas externos (como o congelamento tarifário, crise do petróleo, ataque de 11 de setembro). mas o que se diz é que se ela tivesse uma gestão mais profissional, cortando custos, não estaria na situação que está hoje

(05:53:43) Paulo fala para Maeli Prado: A ação da Varig está parada no STJ por quê?

(05:56:08) Maeli Prado: paulo, o processo mudou de seção dentro do stj no final do ano passado...

(05:56:13) olivia fala para Maeli Prado: porque a diretoria anterior e esta tambem nao divulgaram que existia um grupo interessado em adquirir toda a varig , nao só a parte rentavel ?

(05:57:14) Viajante fala para Maeli Prado: Maeli, não acha tb que o massacre da imprensa à cia espantará de vez os seus clientes? Digo, é certo q a empresa tem uma enorme dívida e não vem honrando seus compromissos, mas além de devedora a mesma é credora da União. P q isso não é divulgado pela mídia?

(05:57:14) Maeli Prado: olivia, todas as soluções milagrosas que apareceram para salvar a varig foram divulgadas (as ofertas do German, da Ocean Air, do Nelson Tanure, etc)

(05:58:29) Maeli Prado: viajante, o fato de a crise dela estar na mídia realmente está afetando a demanda dela...mas a mídia divulga os fatos, o que está acontecendo

(05:58:44) CMRA VARIG fala para Maeli Prado: Vc acredita na criaçãod e uma NOVA VARIG???

(06:00:13) Maeli Prado: cmra, a proposta da variglog, que será analisada pelos credores, prevê a criação de uma nova varig, sem dívidas. o problema é que o passivo ficaria todo com a "velha varig", o que complicaria muito o quadro para os próprios credores (inclusive os trabalhadores)

(06:00:21) UOL fala para Maeli Prado: Maeli, nosso tempo acabou. Peço deixar uma despedida a todos. Obrigado.

(06:00:51) Maeli Prado: Muito obrigada a todos. Abraços

(06:01:06) UOL: O Bate-papo UOL agradece a presença de Maeli Prado e a participação de todos os internautas. Até o próximo!

Valor Online
20/04/2006 17:58

Ministro da Defesa volta a admitir ajuda do governo à Varig

SÃO PAULO - O ministro da Defesa, Waldir Pires, voltou hoje a admitir a possibilidade de uma ajuda do governo à Varig. Pires se reuniria hoje com a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) para propor um plano que terá o objetivo de manter em operação os vôos internacionais da Varig, mesmo em caso de piora na situação financeira da companhia. No entanto, a reunião foi desmarcada e deverá acontecer na próxima semana.

Segundo ele, a idéia é que as aeronaves voem com segurança e que o país não perca aviões por falta de pagamentos à empresas internacionais. A proposta também visa a garantia de que os " slots " (espaços e horários dedicados a cada companhia nos aeroportos) sejam preservados.

Sobre a ajuda financeira, o ministro afirmou que é possível, porém precisa ser feita dentro da lei e que a empresa precisa de um projeto sério de recuperação.

No entanto, ele lembrou que o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) tem limitações para financiar a Varig, já que falta clareza na capacidade operacional da companhia aérea.

O presidente do BNDES, Demian Fiocca, já tinha admitido a possibilidade de socorro à Varig, porém alertou para a necessidade de que a companhia apresente um plano que possa ser enquadrado dentro das exigências do banco de fomento.

Porém, Fiocca disse hoje que ainda não há, na instituição, nenhuma decisão em curso sobre um possível financiamento à Varig ou a algum investidor interessado na companhia. Segundo ele, os representantes do Trabalhadores do Grupo Varig (TGV) não foram recebidos pela diretoria do BNDES no último dia 17.

20/04/2006 - 17h21
Folha Online
Justiça afasta presidente da Varig da gestão do plano de recuperação

O juiz Luiz Roberto Ayoub, da 1ª Vara Empresarial do Rio de Janeiro, atendeu pedido encabeçado pelo Aerus (fundo de pensão dos funcionários de companhias aéreas) para afastar o presidente da Varig, Marcelo Bottini, do cargo de gestor interino do plano de recuperação da empresa.

O afastamento está previsto no plano de recuperação e já era admitido pelo próprio Bottini, que, no entanto, permanece como presidente da empresa e cuidará de seu dia-a-dia.

O plano de recuperação passará a ser comandado pela consultoria Alvarez & Marsal, que, junto com o banco Brascan, terão a missão de constituir os FIPs (Fundos de Investimento e Participações).

O modelo prevê a criação de um FIP-Controle, com aporte de todas as ações das empresas em recuperação judicial, Varig, Rio Sul e Nordeste.

Depois da constituição desse fundo, caberá à Alvarez & Marsal apresentar ao Brascan os nomes que integrarão a administração dessas empresas devedoras.

Em nota, a Varig afirmou que nesse momento "o conselho de administração e a diretoria da Varig, inclusive o diretor-presidente Marcelo William Bottini, continuam em seus cargos".

"A Varig reitera que quaisquer afirmações sobre mudanças de seu corpo executivo, datas ou nomes são precipitadas", afirma a nota.

Agência Brasil
20/04/2006 17:32

Não há decisão em curso sobre financiamento à Varig, diz presidente do BNDES

RIO - O presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Demian Fiocca, disse hoje que não há, na instituição, nenhuma decisão em curso sobre um possível financiamento à Varig ou a algum investidor interessado na companhia.

Segundo ele, os representantes do Trabalhadores do Grupo Varig (TGV) não foram recebidos pela diretoria do BNDES no último dia 17. O encontro, proposto pela deputada Jandira Feghali (PCdoB-RJ), tinha o objetivo de conseguir no banco um empréstimo garantido por algum ativo da empresa

Fiocca não soube informar se houve entrada na área técnica do banco algum pedido de financiamento por parte de investidores interessados na companhia aérea. " É uma situação desconfortável para comentar porque há uma grande expectativa, e pode-se interpretar como está caminhando para cá ou para lá e eu não queria causar ruído nesse assunto " , disse.

20 de abril de 2006 - 17:11
Com crise da Varig, governo preocupa-se com rotas internacionais

Esta questão está diretamente inserida no contexto de crise financeira pela qual passa a Varig. A companhia brasileira detém hoje cerca de 75% das rotas internacionais do País

Isabel Sobral e Alessandra Saraiva

BRASÍLIA - O ministro da Defesa, Waldir Pires, disse hoje que governo federal está preocupado com a preservação das freqüências e espaços das empresas aéreas brasileiras nos aeroportos (chamados slots) em todo mundo. Esta questão está diretamente inserida no contexto de crise financeira pela qual passa a Varig. A companhia brasileira detém hoje cerca de 75% das rotas internacionais do País.

Pires chegou a propor realizar ainda hoje uma reunião com o presidente da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), Milton Zuanazzi, para discutir o assunto, propondo a elaboração de um plano estratégico que garanta a manutenção dos contratos de aeronaves e, assim, os slots brasileiros. O ministro não antecipou detalhes dessa idéia.

A reunião, no entanto, que chegou a ser prevista para às 16h de hoje, acabou sendo adiada para a semana que vem. De acordo com a assessoria do ministro Waldir Pires, a direção da Anac pediu mais tempo para debater internamente o assunto e poder conversar com o ministro. "O governo quer preservar todos os slots, no Brasil e no mundo, porque esse é um patrimônio da empresa, mas também do País", comentou Pires.

Ele destacou que o governo precisa se preocupar em garantir a igualdade entre as quantidades de vôos realizados pelas companhias aéreas estrangeiras para o Brasil e aqueles realizados pelas empresas nacionais para outros destinos. Os números de vôos recíprocos a serem realizados é acerto sempre entre os países quando renovam seus acordos bilaterais. Até junho deste ano, a Anac e o Ministério das Relações Exteriores vão discutir acordos do Brasil com oito países.

A Anac, que completa hoje exatamente um mês de funcionamento, substituiu o antigo Departamento de Aviação Civil (DAC) como órgão regulador e fiscalizador do mercado aéreo. A agência é vinculada ao ministério da Defesa.

Falta proposta "séria"

Sobre a situação financeira da Varig e uma possível solução para sua crise, Pires voltou a dizer hoje que é preciso haver uma "proposta empresarial séria". Somente assim, ele vê possibilidade de haver uma negociação, com financiamento do BNDES, por exemplo, porque haveria garantias à instituição financeira.

"O governo apóia a Varig, que foi um patrimônio de presença do Brasil no mundo e torce para ela possa vir a ser preservada. O governo, no entanto, só pode gastar dinheiro público na forma da lei. Não pode fazer fora da lei", disse hoje o ministro.

Críticas

O juiz que conduz o processo de recuperação judicial da Varig, Luiz Roberto Ayoub, disse hoje que mais importante do que ficar discutindo o passado no caso Varig, é buscar soluções. "Vamos colocar uma pedra e o passdo ficou (para trás", declarou. Ontem, a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, fez um histórico sobre uma série de ações que o governo já realizou com relação à empresa e citou que processos anteriores esbarraram em "impenetráveis barreiras", citando casos envolvendo a Fundação Rubem Berta (FRB).

O juiz não se referiu à ministra quando fez sua avaliação. Questionado se avaliava como anacrônicas avaliações como a da ministra, respondeu que "cada um tem a sua responsabilidade" e que "não tenho nenhuma autoridade de ficar criticando quem quer que seja". Em outro momento da entrevista, elogiou o esforço que o Poder Executivo vem fazendo, citando a Anac.

Varig desmente troca de controle

A Varig desmentiu hoje, por meio de comunicado, notícias sobre mudanças em seu conselho de administração e informações sobre troca de presidente da companhia. De acordo com comunicado da empresa, "alguns veículos de comunicação" anunciaram a suposta troca no comando da companhia. Mas a Varig informou que essas notícias "são precipitadas e imprecisas e não procedem. O Conselho de Administração e a Diretoria da Varig, inclusive o diretor-presidente Marcelo William Bottini, continuam em seus cargos.

JORNAL DE TURISMO
20 de Abril de 2006 - 13:15H
Zuanazzi discorda que venda à VarigLog seja um risco

Por Saulo Andrade / JT
Postado por pratti

A venda de parte das ações da Varig para a VarigLog é um tema polêmico no mercado. Analistas afirmam que, com o negócio, o risco de desnacionalização da empresa torna-se iminente. Zuanazzi discorda.

“Caso a Varig seja vendida, o processo é outro. A Volo representa mais de 80% de participação do capital brasileiro, a Matlin, 20%. No caso, a Volo iria para a Aero-LB (fundo de participação Luso-Brasileiro)”, argumentou.

Para Zuanazzi, em um possível cenário de paralisação da Varig, não há, de acordo com as normas aeroportuárias regidas em lei, a possibilidade de empresas estrangeiras assumirem a maioria dos vôos da brasileira. “Se for o caso (de a Varig parar) – que é o que não queremos -, faz-se um acordo bilateral em que a nossa autoridade civil reguladora, a Anac, determina as regras de disputa de mercado. Ou seja, conversaríamos com a autoridade do País, e decidiríamos por um acordo dividido, para operar nos horários X ou Y, por exemplo”, explicou.

20/04/2006 - 12h37m
O GLOBO

Varig nega que Marcelo Bottini esteja deixando a presidência da empresa

Érica Ribeiro, O Globo

RIO - A assessoria de imprensa da Varig, informou que, ao contrário do que foi noticiado em alguns jornais nesta quinta-feira, o presidente da empresa, Marcelo Bottini, não está deixando a presidência da companhia para a entrada de Marcelo Gomes, da consultoria Alvarez & Marsal. O próprio Marcelo Gomes, procurado na manhã desta quinta-feira, negou que esteja assumindo o cargo, mas não quis dar mais detalhes sobre o assunto, alegando que estava em uma reunião.

A Justiça do Rio, por meio da 8ª vara ermpresarial, que cuida do processo de recuperação judicial da Varig, deferiu nesta semana um pedido feito pelos credores do fundo de pensão Aerus para que fosse antecipada a entrada do banco Brascan, escolhido pelos credores, em assembléia, como gestor do processo de rerecuperação judicial.

A partir do deferimento, o Brascan assume o papel de gestor e o presidente da Varig, que estava nesta função interiamente, seria substituído por alguém indicado pelo banco.

Mas, segundo a assesoria da Varig, isso não significa sua saída da presidência da empresa. Como gestor, o banco Brascan pode inclusive mudar toda a diretoria e o conselho de administração, se assim se achar necessário, mas afirmou que, neste momento, não está sendo discutuida qualquer alteração nos quadros executivos da empresa.

20/04/2006 - 12h17m
O GLOBO

Comissão do Senado quer ouvir Dilma Rousseff sobre a Varig

Agência Senado

BRASÍLIA - A Comissão de Serviços de Infra Estrutura aprovou nesta quinta-feira requerimento de realização de audiência pública na próxima terça-feira, às 10h, para discutir a situação do grupo Varig. Também foi aprovado requerimento de autoria do senador Pedro Simon (PMDB-RS) para ouvir a ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, sobre o mesmo assunto na condição de convidada. Ainda não há data marcada para esta reunião.

A audiência pública, conjunta com as comissões de Assuntos Sociais, Assuntos Econômicos e Desenvolvimento Regional e Turismo, terá a presença de Rodolfo Landim, presidente da BR Distribuidora, do tenente-brigadeiro José Carlos Pereira, presidente da Infraero, de Milton Zuanazzi, diretor-geral da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), de Marcelo Gomes, da empresa Alvarez e Marsal, e de representantes de trabalhadores da Varig.

20/04/2006 - 12h02m
O GLOBO

Ministro da Defesa não descarta ajuda do governo à Varig

Luiza Damé - O Globo

BRASÍLIA - O ministro da Defesa, Waldir Pires, não descartou na manhã desta quinta-feira que o governo tenha que injetar dinheiro na Varig para evitar que a companhia aérea quebre. Waldir Pires fez questão de ressaltar, porém, que uma eventual ajuda só ocorrerá dentro das normais legais.

- Desde que possa ser legal - respondeu o ministro a pergunta se o governo poderá aportar dinheiro na empresa, não dizendo, porém, de onde viriam os recursos.

Waldir Pires terá reunião na tarde desta quinta-feira com a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) para discutir a situação da Varig e espera receber informações sobre a recuperação da companhia. Ele disse, no entanto, que essa reunião não será conclusiva.

20/04/2006 - 10h37
Folha Online, no Rio
Dilma pressionou agência de aviação por decisão sobre VarigLog

ELIANE CANTANHÊDE
Colunista da Folha de S.Paulo, em Brasília
CLARICE SPITZ

A ministra Dilma Roussef (Casa Civil) criticou duramente a cúpula da Anac (Agência Nacional de Aviação Civil), em dois telefonemas na noite de terça-feira, por causa da decisão do órgão de rejeitar a venda da Varig Log, subsidiária da Varig, para a Volo, empresa criada no Brasil pelo fundo americano Matlin Patterson.

Ao saber do anúncio da Anac, Dilma ligou para os diretores da agência e, em tom considerado ríspido, alegou que a única saída para a Varig é a realização de um negócio entre empresas privadas. Ela não especificou, mas, nesse caso, é possível haver financiamento do BNDES. Ou seja: a ministra criticou a agência --que, formalmente, não tem nenhum vínculo com a Casa Civil-- por achar que a decisão contra o negócio Varig Log-Volo poderia enfraquecer ainda mais as já frágeis chances de saída para a Varig.

A Anac rejeitou a venda por entender que não havia autorização formal da própria agência para efetivar o negócio. Depois dos telefonemas de Dilma, assessores passaram a telefonar para as redações tentando explicar que não era bem assim.

A versão final é de que a agência aguarda apenas a papelada formal para analisar a questão não na forma, mas no conteúdo. Foi esse o tom das declarações que o presidente da Anac, Milton Zuanazzi, deu no Rio ontem. Segundo ele, o aval será dado desde que a Volo cumpra exigências legais.

O presidente da Anac também descartou que exista desnacionalização no caso da venda da VarigLog para a Volo. A Volo foi acusada pelo Snea (Sindicato Nacional das Empresas Aeroviárias) de ser uma "laranja" do Matlin Patterson, uma vez que, pela legislação atual, na condição de fundo estrangeiro, não pode ter mais de 20% de participação em companhias aéreas no Brasil. "Nós pedimos informações à Volo, ela prestou essas informações, e a conclusão de nossa equipe é que não há desnacionalização", afirmou.

Zuanazzi declarou ainda que a Varig mantém boas condições de segurança e operação, mas que, mesmo assim, a agência tem um plano de contingenciamento para o caso de ela parar de operar.

"Uma agência reguladora que não fizer um contingenciamento é um poder irresponsável."

Justiça

A decisão sobre o arresto de bens da companhia agora cabe à 8ª Vara Empresarial do Rio. Na semana passada, a 14ª Vara de Justiça do Trabalho concedeu liminar a trabalhadores da Varig determinando o arresto (apreensão) dos bens da empresa. Ontem, o Tribunal de Justiça reconheceu o conflito de competências e determinou que a decisão fique a cargo da vara que analisa o plano de recuperação da Varig.

20 de abril de 2006 - 10:09
Estadão
Funcionários da Varig fazem manifestação em Congonhas
De acordo com a CET, por volta das 10 horas o ato causava lentidão no trânsito

Solange Spigliatti

SÃO PAULO - Cerca de 150 funcionários da Varig realizam na manhã desta quinta-feira uma manifestação, em frente ao Aeroporto de Congonhas, em São Paulo, pedindo soluções para a crise econômica da empresa.

Com o auxílio de cartazes, apitos e carro de som, o grupo, que estava reunido em um dos portões da Varig desde as 7 horas desta quinta, se dirigiu para a via de acesso ao embarque e desembarque de passageiros.

De acordo com a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET), por volta das 10 horas, o trânsito na região apresentava lentidão.