Associação dos Mecânicos de Vôo da Varig
Sexta-Feira, 29 de Março de 2024
30/11/2008

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Coluna Claudio Humberto
30/11/2008

Gaudenzi pode permanecer na Infraero

O presidente demissionário da estatal Infraero, Sérgio Gaudenzi, já não tem a mesma vontade de deixar o cargo após o governo suspender o processo de venda de aeroportos, contra o qual se insurgiu. O Palácio do Planalto parece finalmente haver concluído que Gaudenzi tem razão: é melhor abrir o capital da empresa e colocar suas ações na Bovespa, em lugar de torná-la deficitária com a venda dos seus melhores aeroportos.

Área de segurança

Galeão (Rio) e JK (Brasília), dois dos três aeroportos que seriam vendidos, dividem espaço com duas importantes bases aéreas da FAB.

Troca burra

Lula se assustou ao saber que a FAB compartilha pistas e instalações com 12 aeroportos. A privatização forçaria a construção de novas bases.

 

 

O Estado de São Paulo
30/11/2008

Preço do Querosene de Aviação cairá 17,8%

O preço da Querosene de Aviação (QAV) terá uma redução de 17,8% a partir do dia 1º de dezembro, informou nesta sexta-feira, 28, o Sindicato Nacional das Empresas Aéreas (Snea). A redução foi repassada pela Petrobras por conta da queda do preço do barril do petróleo no mercado internacional nos últimos três meses. Segundo Snea, no ano, as oscilações de preço do QAV acumulam queda de 3,71%, o que significa uma reviravolta para as empresas aéreas, que até agosto tinham um acumulado de 37%. O Snea, no entanto, não informou se haverá redução no preço das passagens aéreas.

 

 

O Estado de São Paulo
30/11/2008

Agentes de viagem ganham vôo da Azul

Entre os preparativos para a estréia da empresa área Azul, em dezembro, está uma ação de aproximação dos agentes de viagem. Cerca de 600 deles vão voar na próxima semana com a nova companhia, fundada pelo empresário David Neeleman. Trata-se da primeira apresentação da empresa com o setor, que deverá responder por 60% das vendas da companhia. Os vôos terão duração de 45 minutos e sairão do Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Vitória, Brasília, Salvador, Porto Alegre e Curitiba. A escolha das cidades, segundo fontes, já sinaliza os destinos que a companhia pretende operar no País.

 

 

Folha de São Paulo
30/11/2008

Há um ano Jobim promete, mas não entrega
ELIO GASPARI

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Os poderes da aerocracia engavetaram no Planalto o projeto de ressarcimento dos passageiros
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NESTA SEMANA completa-se um ano do dia em que o ministro da Defesa, Nelson Jobim, anunciou à patuléia que as empresas aéreas seriam obrigadas a ressarcir os passageiros por conta de atrasos, cancelamento de vôos e overbooking. Num exemplo, o cliente que penasse um atraso de três a quatro horas num vôo do Rio a Brasília seria indenizado com R$ 198, em dinheiro ou milhas. A tabela entraria em vigor logo depois do Carnaval, com a edição de uma medida provisória.

O ano está no fim e o doutor voltou a falar em tráfego aéreo, prometendo serviços regulares durante o movimento das festas. É a "Operação Feliz 2009". Tomara que dê certo, mas cadê o projeto do ressarcimento de 2007?

Quem acreditou em Jobim fez papel de bobo, porque maiores foram os poderes da aerocracia. O papel de paspalho é um risco a que se submete qualquer pessoa que acredita no governo, mas as justificativas oferecidas para a propaganda enganosa exigem que o paspalho se transforme num quadrúpede.

A política de ressarcimento não teria entrado em vigor porque a situação normalizou-se. Tolice. A compensação deveria vigorar exatamente numa situação de normalidade. Isso ajudaria na implantação da novidade sem massacrar as empresas.

Como o Congresso reviu sua docilidade diante da emissão de medidas provisórias, o governo teria decidido enviar um projeto de lei ao Congresso. Bingo. Nesse caso, a menos que haja interesse do Planalto e um acordo de lideranças, a tramitação no Legislativo consome pelo menos um ano. Por que o anteprojeto continua no gaveteiro da comissária Dilma Rousseff?

Há ainda o argumento da complexidade da questão. Ela exigiria estudos e debates. Tudo bem, então o ministro Jobim não deveria ter feito um overbooking de expectativas que não podia atender.

As coisas ficariam mais fáceis se o governo admitisse que as companhias aéreas não querem ressarcir os passageiros a quem vitimam. Nos Estados Unidos e na Europa, elas aceitam esse tipo de compromisso, mas como o Brasil foi um dos últimos países do mundo a adotar programas de milhagem, não se pode esperar que os aerotecas abandonem seus aliados.

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