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  • Revista Veja Online
    01/02/2012

    Aerolíneas Argentinas aposenta frota de Jumbos após 33 anos de serviço

    Buenos Aires, 1 fev (EFE).- A companhia aérea Aerolíneas Argentinas aposentou nesta quarta-feira o último dos aviões de sua frota de aviões Boeing 747 Jumbo, após 33 anos de serviço, informou a companhia em comunicado. O último voo de um Jumbo da companhia argentina decolou de Madri e pousou nesta quarta-feira em Buenos Aires, onde a tripulação foi saudada pelo presidente da empresa, Mariano Recalde.

    O B-747 foi, até o surgimento do Airbus A-380 há poucos anos, o maior avião comercial do mundo. A Aerolíneas Argentinas foi a primeira e única empresa que incorporou este tipo de aeronave em toda a América Latina, afirmou Recalde.

    Segundo ele, o voo desta quarta-feira encerra um ciclo iniciado em janeiro de 1979, quando chegou ao aeroporto de Ezeiza - na região metropolitana de Buenos Aires - o primeiro dos 13 aviões que a Aerolíneas comprou ou alugou da fabricante americana Boeing.

    A Aerolíneas Argentinas vem substituindo a frota de Jumbo por aviões Airbus A-340, de fabricação europeia.

    A companhia está sob gestão estatal desde 2008, quando, em meio a uma severa crise interna, o governo argentino decidiu estatizar a empresa, até então controlada pelo grupo espanhol Marsans. EFE

     

     

    Valor Econômico
    01/02/2012

    Gollog investe R$ 11 milhões em Cumbica
    Alberto Komatsu

    A Gollog, braço de transporte de cargas da Gol Linhas Aéreas, anuncia hoje um investimento de R$ 11 milhões em um novo terminal no Aeroporto Internacional de Guarulhos (Cumbica). Segundo o diretor da Gollog, Carlos Figueiredo, é o maior investimento da empresa em 11 anos de atividade.

    O investimento da Gollog nos últimos dois anos chega a R$ 15 milhões, incluindo R$ 3 milhões aplicados em 2010 em um terminal no Aeroporto de Congonhas. Em 2012, a empresa planeja investir em outros sete terminais em aeroportos onde já atua, mas o orçamento ainda está sendo definido.

    "O terminal novo deverá significar um crescimento de 18% no faturamento só da operação em Cumbica, no primeiro ano de atividades", afirma Figueiredo. De acordo com o executivo, a área de operação da Gollog em Cumbica, assim como sua capacidade de processamento de cargas, vai triplicar com o investimento no novo terminal.

    Figueiredo lembra que a Gollog já operava em um terminal alugado da Infraero, em Cumbica, com 1,5 mil metros quadrados. O novo terminal é uma concessão de 20 anos e está numa área de 10 mil metros quadrados, dos quais 5 mil metros quadrados de área construída. Há ainda a possibilidade de a Gollog fazer uma ampliação vertical, de 3 mil metros quadrados.

    No terminal antigo de Cumbica, a Gollog processava 55 toneladas de remessas por dia. Com a ampliação, serão 150 toneladas diárias. A companhia trabalha com dois tipos de carga, conta Figueiredo. O maior volume vem dos pacotes acima de 30 quilos. As encomendas expressas, entre 10 e 20 quilos, respondem por 23% do volume da Gollog.

    A Gollog opera por meio dos compartimentos de carga dos aviões da Gol Linhas Aéreas. Figueiredo afirma que o modelo de negócios da Gollog não prevê uma frota própria de aviões cargueiros. A Gol tem atualmente 118 aviões e opera, em média, 960 voos por dia. A Gollog tem 110 unidades operacionais espalhadas pelo país, sendo 108 franquias. Apenas duas operações são próprias, as de Cumbica e Congonhas.

    "O mercado mundial já vem sinalizando uma desaceleração, com um quarto trimestre mais fraco. No nosso caso não temos visto desaceleração", diz Figueiredo. De acordo com ele, o crescimento de 17% da Gollog em 2011 está quase três vezes acima da média do mercado doméstico de transporte de cargas, de 6,38% segundo a Infraero.

    O último relatório do transporte mundial de cargas, divulgado em novembro pela Associação Internacional do Transporte Aéreo (Iata, na sigla em inglês) mostra uma redução de 3,8% na comparação com igual período de 2010. No acumulado de 11 meses, o envio de remessas acumula recuo de 0,5% ante o mesmo período de 2010.

    A América Latina e o Oriente Médio foram as únicas regiões que mostraram expansão em novembro, de 3,3% e 4,7% na comparação anual, respectivamente.

     

     

    Folha de São Paulo
    01/02/2012

    Gol cobra até o triplo de tarifa de parceira
    Empresa aérea fixa preços maiores do que a Webjet em voos compartilhados; para especialistas, prática é ilegal - Passageiro não é avisado claramente de que voará em avião com menos facilidades e onde lanche é pago
    LORENNA RODRIGUES - PRISCILLA OLIVEIRA

    A Gol tem vendido em seu site assentos em voos da Webjet por até o triplo do preço cobrado pela parceira e sem deixar claro ao passageiro que voará por outra empresa. Levantamento feito pela Folha nos sites das duas companhias nas últimas três semanas constatou a prática em vários voos compartilhados com a Webjet, comprada pela Gol no ano passado.

    A prática é considerada ilegal por especialistas em direito do consumidor. As empresas negam irregularidades e dizem que cumprem a lei.

    Os valores pedidos pela Gol são de 17% a 208% acima dos exigidos no site da Webjet. Ontem, uma passagem de São Paulo ao Rio para a próxima sexta-feira, por exemplo, custava R$ 142,99 no site da Webjet e R$ 439,90 na página da Gol -o mesmo voo, no mesmo horário.

    Além de pagar mais, o passageiro não é avisado de modo explícito de que voará em um avião com menos espaço entre as poltronas e cuja companhia cobra pela alimentação, como é na Webjet.

    A Folha ouviu relatos de passageiros da Gol que só descobriram no aeroporto que embarcariam em uma aeronave de outra companhia.

    Na página de compra, em fontes pequenas, há só as letras "OP" -legenda miúda na parte inferior do site informa que a sigla identifica voos operados por parceiras. No bilhete eletrônico com o logo da Gol, o nome "Webjet" é citado sem destaque. A passagem não dá direito ao programa de milhas da Gol (Smiles).

    CONSUMIDOR

    Segundo a Anac (Agência Nacional de Aviação Civil), não há irregularidades na conduta da Gol, já que as empresas podem fixar livremente os preços das passagens.

    Para especialistas em direito do consumidor, há questionamentos. Segundo Maria Inês Dolci, coordenadora da ProTeste (Associação Brasileira de Defesa do Consumidor) e colunista da Folha, as informações sobre diferenças tarifárias e voos compartilhados têm de ser explícitas.

    "É prática abusiva."

    Para o advogado Marcelo Santini, que defende direitos dos passageiros, a cobrança de tarifa mais cara pela Gol pode gerar multas à empresa. "O passageiro tem que receber informação prévia, clara, ostensiva e adequada sobre o que está adquirindo."

    Outra advogada, Polyanna Carlos Silva, afirma que o consumidor que se sentir prejudicado poderá recorrer ao Procon ou mesmo à Justiça e pedir o ressarcimento da diferença paga na tarifa. "Não está de acordo com o Código de Defesa do Consumidor."

    Hoje, o percentual de vendas de passagens pela internet representa 90% do total comercializado pela Gol -incluindo lojas físicas e agências que também usam a web para comprar os bilhetes.

    Outro lado

    Política tarifária é independente, diz companhia
    DE BRASÍLIA

    Procuradas pela Folha, tanto a Gol quanto a Webjet disseram que suas práticas de mercado são baseadas na legislação vigente. A Gol afirma que as empresas têm políticas tarifárias independentes e que não faz coordenação de preços com a Webjet.

    "A Gol destaca que mantém o compromisso de oferecer tarifas competitivas com as cobradas pelas empresas de ônibus interestaduais. A recomendação é que o cliente programe sua viagem com antecedência", diz, em nota.

    A Gol disse ainda que, em relação às informações sobre voos operados em parceria, cumpre o que determina a legislação. Informou ainda que o padrão adotado é utilizado não só para rotas operadas pela Webjet, mas para as de todas as empresas com as quais celebrou acordos de compartilhamento de voos.

    A Webjet destacou a independência tarifária das empresas, que "pode ser constatada em casos como esse, de preços divergentes".

    Em julho de 2011, a Gol anunciou a compra da Webjet. Em novembro, as empresas firmaram um acordo com o Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica), que congelou a fusão para analisar se a negociação prejudica a concorrência. O acordo libera o compartilhamento de voos em alguns trechos.

     

     

    Folha de São Paulo
    01/02/2012

    Regras limitam competição por aeroportos
    Prazo curto e restrições da Anac fazem grupos desistirem de leilão que começa amanhã
    DIMMI AMORA

    O prazo pequeno para a formação de grupos e as restrições impostas pela Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) para a entrada de operadores aeroportuários vão reduzir a competição pelos três aeroportos brasileiros, afirmam empresas interessadas no negócio. Ao menos duas delas não devem participar.

    A concorrência começa amanhã, com a entrega das propostas econômicas pelos consórcios, e se encerra na segunda-feira, com um leilão na Bovespa. Serão leiloados ao mesmo tempo os aeroportos de Guarulhos (SP), Campinas (SP) e Brasília (DF).

    A regras do edital, como já ter operado terminal com mais de 5 milhões de passageiros/ano, dificultaram a entrada de operadores médios e pequenos. Nenhum operador brasileiro privado (são sete) atenderia às exigências.

    O prazo curto para o edital (45 dias) e a demora da Anac para responder aos 1.400 questionamentos feitos pelos interessados fizeram com que muitas negociações não pudessem ser concluídas.

    É o caso de operadores de terminais de China e Coreia que trabalhavam com construtoras brasileiras, mas informaram ontem que não entrarão no negócio se a disputa ocorrer amanhã.

    "Houve pouco tempo para formalizar as negociações e eles comunicaram que só entram se houver mais prazo", informou Robertson Emerenciano, advogado do escritório Emerenciano, Baggio e Associados, que auxilia nas negociações.

    O grupo português ANA também negocia com as brasileiras ATP, CVS e Encalso, que pediram à Anac mais prazo para poder participar.

    "Se houvesse o adiamento, poderia haver uma disputa com mais de 15 participantes", avalia Luciano Amadio, presidente da Associação Paulista de Empresários de Obras Publicas e representante da CVS.

    Mesmo os grupos que ainda não fecharam parcerias já não guardam expectativa de que haverá adiamento. Isso porque pelo menos seis grupos garantem disputar.

    Entre os que já anunciaram que vão entrar na disputa estão a CCR/Zurich AG (Brasil/Suiça), a Ecovias/Fraport AG (Brasil/Alemanha), a Engevix/CASA (Brasil/Argentina), a OHL/Aena (Espanha) e a Odebrecht/Changi (Brasil/Cingapura).

    A construtora Fidens anunciou ontem sua participação com o operador americano ADC&HAS e o fundo de pensão sul-africano Old Mutual.

    Hoje o TCU (Tribunal de Contas da União) julga a regularidade do edital e, caso peça mudanças significativas, o leilão poderia ser adiado, mas o governo não acredita em grandes alterações.

    Ontem, a Anac negou pedidos de alteração no edital, entre eles o adiamento do leilão por falta de prazo.

     

     


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