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  • O Globo
    21/12/2011

    Aéreas antecipam reajuste salarial
    Mas sindicatos de trabalhadores do setor mantêm greve marcada para amanhã

    O Sindicato Nacional das Empresas Aéreas (Snea) descartou ontem a apresentação de uma nova proposta salarial que contemple de aumento real para aeronautas e aeroviários, mas se comprometeu a pagar 6,17%, referentes ao INPC dos últimos 12 meses, já nos salários de dezembro. A antecipação do pagamento da inflação é uma estratégia das companhias aéreas para evitar a paralisação dos trabalhadores, marcada para começar às 22h de amanhã. As empresas também estão trabalhando em um plano de contingência para os feriados de fim de ano, com o apoio da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), da Infraero e da Secretaria de Aviação Civil (SAC). A ideia é evitar surpresas e minimizar os efeitos de uma possível greve das duas categorias no movimento de passageiros nos aeroportos de todo o país.

    O sindicato nacional dos aeronautas e o dos aeroviários informaram ontem que mantêm a programação de cruzar os braços a partir de amanhã. O Snea, por sua vez, informou que não descarta a adoção de medidas judiciais contra a greve. Aeronautas e aeroviários exigem reajuste de pelo menos 7%.

    Isoladamente, os sindicatos dos aeroviários (pessoal de terra) da cidade do Rio e do Amazonas fecharam ontem acordo com o sindicato das empresas e aceitaram a proposta dos patrões. Para o sindicato das empresas, isso é uma mostra que não há “clima de greve”. Com os acordos, o governo considera que o movimento grevista está perdendo força. No início da noite, a SAC e a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) divulgaram uma nota para informar que acompanham as negociações e acreditam no "bom senso", para que os passageiros não sejam prejudicados.

     

     

    Folha de São Paulo
    21/12/2011

    2 sindicatos aceitam proposta e desistem de greve na aviação
    Entidades representaram trabalhadores do AM e do município do Rio; demais mantêm previsão de paralisação - Empresas têm plano de contingência pronto; governo adota discurso de que não haverá caos às vésperas do Natal
    SOFIA FERNANDES - MÁRCIO FALCÃO

    Dois sindicatos de trabalhadores da aviação aceitaram ontem reajuste de 6,18% proposto pelas empresas e desistiram da greve marcada para as vésperas do Natal, segundo o Snea (Sindicato Nacional das Empresas Aeroviárias). Ambos são ligados à Força Sindical: o de aeroviários do município do Rio e o aeronautas do Amazonas. O movimento é coordenado, em nível nacional, pela CUT.

    Hoje o Sindicato dos Aeroviários do Estado de São Paulo vai ingressar com um pedido de reajuste de 9% junto ao Tribunal Regional do Trabalho de São Paulo. A entidade não informou se participará ou não da paralisação.

    As demais entidades que representam aeronautas (pilotos e comissários) e aeroviários (operadores em solo) mantêm a previsão de greve por tempo indeterminado para amanhã, a partir das 23h.

    Há a estimativa de 40% a 50% de adesão, num universo de 100 mil funcionários.

    As empresas aéreas têm um plano de contingência pronto para o caso de paralisação. O intuito é minimizar os efeitos aos passageiros nas festas.

    O Snea informou que concederá a todos os 6,18% -haja ou não greve-, retroativos ao dia 1º. As duas categorias reivindicam, entre outros pontos, 10%.

    O plano de contingência foi acordado entre as empresas com o apoio da Anac (Agência Nacional de Aviação Civil), da Secretaria de Aviação Civil e da Infraero (estatal que dirige os aeroportos).

    Os detalhes são mantidos em sigilo, mas um dos pontos, divulgado pelo Snea, se refere ao cancelamento de folgas.

    O governo adota o discurso de que não haverá caos aéreo.

    A ministra da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, disse ontem acreditar num entendimento, mas afirmou que em caso de greve já há uma solução pensada pelas companhias.

    "Temos conversado com as empresas e acreditamos que elas estejam com programas para atender as pessoas nos aeroportos. Acreditamos que não teremos problemas."

    NEGOCIAÇÃO

    A primeira proposta das empresas foi de 3% de reajuste. Passou a 6,18% em negociação no TST (Tribunal Superior do Trabalho). A última sugestão do tribunal, de 8%, foi aceita pelo comando da greve, mas rejeitada pelas empresas.

    Segundo Gelson Fochesato, presidente do SNA (Sindicato Nacional dos Aeronautas), as negociações começaram em setembro, mas as empresas "empurraram com a barriga".

     

     


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