:::::RIO DE JANEIRO - 04 DE MAIO DE 2006 :::::

04/05/06
Folha de São Paulo
Ação da Varig atinge maior valor em 6 anos
Interesse de magnata russo e leilão da operação doméstica, com lance inicial de US$ 700 mi, impulsionam papéis

DA SUCURSAL DO RIO
DA REPORTAGEM LOCAL
DA FOLHA ONLINE

As ações da Varig dispararam ontem e fecharam em alta de quase 90% com as especulações sobre os rumos da companhia. A notícia de que o magnata russo Boris Berezovski estaria interessado na aquisição da companhia e a expectativa de venda da Varig doméstica em leilão por US$ 700 milhões impulsionaram o número de negócios com papéis da Varig.

No pregão de ontem, foram realizadas 4.610 operações e os papéis preferenciais fecharam em alta de 87%, cotados a R$ 4,17, segundo a Bovespa. Segundo a CMA, é a maior cotação dos papéis da Varig desde março de 2000, quando atingiram R$ 4,19.
De acordo com Jason Vieira, analista da GRC Visão, a notícia de que Berezovski estaria interessado na empresa influenciou os investidores.

Para Marcelo Ribeiro, analista da corretora Pentágono, os investidores estão aproveitando o momento favorável do mercado de ações para especular com os papéis da companhia aérea. "As pessoas estão comprando os papéis que não acompanharam a alta do Ibovespa. Com a história de venda potencial em leilão, o papel voltou a subir, mas é uma operação arriscada", disse.

Segundo Marcelo Gomes, da consultoria Alvarez & Marsal, que atua na reestruturação da companhia, o lance inicial do leilão de venda da Varig doméstica será de US$ 700 milhões, caso os credores optem pela proposta do governo que prevê a cisão da Varig em duas companhias.

Ontem, a CVM (Comissão de Valores Mobiliários) se manifestou de forma favorável a respeito da criação dos FIPs (Fundos de Investimento e Participações), o principal mecanismo desenhado para atrair novos investidores. Ele deve ser usado para atrair recursos para a Varig internacional.

Os credores ainda precisam aprovar a manutenção dessa estrutura na assembléia marcada para a próxima segunda-feira. Esse plano prevê que o valor arrecadado no leilão pela Varig doméstica, sem dívidas, seja direcionado à Varig internacional, que herdaria os débitos. O leilão ocorreria 60 dias após uma eventual aprovação pelos credores.

Novo plano

O plano da Alvarez & Marsal que será votado pelos credores em assembléia prevê que a Varig doméstica opere com 36 aviões. Segundo a consultoria, desde 1996 a Varig só apresentou resultados negativos no mercado doméstico em 2002 e em 2005. A chegada das companhias de baixo custo e baixa tarifa em 2001 contribuiu para pressionar a receita média.

A Varig internacional deve operar com 16 aeronaves e não deverá se voltar para o segmento de baixo custo e baixa tarifa.
Segundo o projeto da consultoria Alvarez & Marsal, a Varig internacional deverá ter foco em passageiros executivos. "A atuação no mercado exclusivo de turistas requer grandes volumes de tráfego, de forma a compensar a baixa tarifa, a exemplo da estratégia adotada pela TAP no eixo Europa-América do Sul", justifica a consultoria.

Elogios e críticas

Essa nova proposta para a Varig recebe elogios e críticas no setor. Segundo o consultor especializado Paulo Sampaio, a nova Varig pode voltar ao patamar de 33% do mercado doméstico dentro de dois anos, caso encontre comprador no leilão.

A avaliação no setor é que a participação de mercado da Varig em abril nos vôos domésticos caiu para cerca de 16% -o percentual era de 18,9% em março, segundo últimos dados divulgados.

Mas o "market share" da empresa sem os chamados "vôos de alimentação" das rotas internacionais, realizados para transportar passageiros até aeroportos de onde partem aviões para o exterior, seria de cerca de 12%.

A avaliação é que a baixa participação da Varig doméstica no mercado poderia desestimular a entrada de companhias aéreas concorrentes, como a TAM e a Gol, no leilão da operação doméstica da empresa.

Os advogados da G.A., empresa de leasing que anteontem, após decisão judicial, tentou retomar sem sucesso uma turbina arrendada à Varig, espera conseguir na Justiça autorização para realizar a retomada hoje em Porto Alegre.
(JANAINA LAGE, MAELI PRADO E DENISE GODOY)


O Estado de São Paulo
04/05/06
Varig cortará 6 linhas no exterior
Plano de reestruturação apresentado à Justiça prevê fim dos vôos para Paris, Copenhague e Lisboa

Nilson Brandão Junior

O estudo preliminar da consultoria Alvarez&Marsal, responsável pela reestruturação da Varig, prevê cortes na parte da empresa dedicada aos vôos internacionais. Segundo o plano, a Varig será separada em duas companhias, uma dedicada às linhas domésticas e outra ao exterior. As duas seriam oferecidas a investidores. Ontem, as ações da Varig subiram 90,6% e movimentaram mais dinheiro do que os papéis do Bradesco. A alta se deve à especulação de investidores sobre uma eventual ajuda do governo para viabilizar o plano.

Pelo projeto, a parte doméstica é avaliada em US$ 700 milhões. Já a parte internacional, que ficaria com as dívidas, teria cortes de seis destinos considerados menos rentáveis na América Latina e Europa, dentre eles Paris.

Além disso, haveria uma mudança radical de foco: a Varig voltaria a brigar pelo tráfego de executivos e tarifas altas. Por ter perdido aviões durante a crise, a Varig cedeu terreno no mercado internacional, no qual faturou perto de US$ 1,5 bilhão (pouco acima de R$ 3 bilhões).

O estudo prevê o cancelamentos dos vôos para Assunção, Montevidéu, Santa Cruz de la Sierra, Copenhage, Paris e Lisboa. Ao mesmo tempo, cresceria a quantidade de vôos para Los Angeles e Munique. O total de vôos semanais cairia de 77 para 70, com 16 aviões voando para o exterior. Depois disso, a empresa passaria a voar com 19 jatos e abriria linhas para Chicago, com 21 aviões. Voltaria a ter 77 vôos por semana.

A divisão da empresa em doméstica e internacional está sendo analisada com o governo e depende de aprovação em assembléia de credores na semana que vem. O objetivo do estudo é retomar os horários noturnos diários, procurados por passageiros de negócios e de maior renda, que pagam tarifas mais altas pelo melhor horário nos vôos intercontinentais. O que vem acontecendo é o inverso: “limitações da oferta” levaram a Varig a usar apenas um avião em algumas rotas, o que obriga a fazer vôos diurnos.

“O resultado negativo da Varig em alguns mercados hoje explica-se pela deterioração do produto (vôos diurnos, baixa regularidade e pontualidade, má condição da frota). É razoável supor que a melhora das condições no produto traga de volta a demanda e a rentabilidade perdida. Isso inclui freqüências diárias em toda a malha internacional”, registra o estudo protocolado no processo de recuperação judicial da empresa.

O cenário traçado é o considerado “o mais adequado à posição competitiva que a Varig pretende assumir”. O diretor-geral da Alvarez&Marsal, Marcelo Gomes, confirmou que o plano prevê deixar algumas cidades, permanecer em outras e aumentar a oferta com o tempo.

Um ponto crítico, contudo, será recompor a frota, o que seria possível com renegociações de contratos e novos aluguéis. “Não tem discussão a empresa sair de cinco destes seis destinos, são cortes que devem ser feitos. A demanda está diluída e a receita é baixa.A dúvida é Paris. Mas nessa rota a empresa tem forte concorrência da TAM e da Air France. O estudo mantém os mercados preferenciais”, afirmou o consultor Paulo Bittencourt Sampaio.

PROMOÇÃO
Ontem, a Varig lançou promoção de aniversário de 79 anos da empresa, na rota Rio-São Paulo. A partir de hoje, quem comprar passagem , ao preço de R$ 798, pode adquirir o bilhete de ida e volta do acompanhante por R$ 79, com crédito de milhas.


O Globo - Versão Impressa
04/05/06
Governo só permitirá que empresas com vôos regulares entrem no leilão da Varig

Geralda Doca, Erica Ribeiro e Patricia Eloy

BRASÍLIA. Para entrar na operação de salvamento da Varig e conceder um empréstimo-ponte que dê fôlego à companhia, o BNDES decidiu selecionar as empresas que vão participar do leilão de venda da parte boa da Varig (rotas domésticas, livre das dívidas do passado). Por determinação do governo, somente vão participar da análise de crédito as empresas aéreas de vôos regulares (TAM, Gol, BRA e Ocean Air), que já têm concessão aprovada e não precisam passar pelo crivo da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) — um processo demorado, pelo qual a Varig não pode esperar, diante do agravamento da crise.

— O BNDES fará uma espécie de leilão prévio — contou uma fonte que está acompanhando as negociações.

Segundo essa fonte, as concorrentes da Varig estão interessadas no leilão, mas querem ter do BNDES a garantia de que não herdarão passivos tributários e trabalhistas. As empresas selecionadas terão direito a um crédito junto ao banco de US$ 100 milhões e poderão abater este valor dos US$ 700 milhões, preço mínimo do leilão — que deverá ser realizado no prazo mínimo de 30 dias.

Integrantes do governo afirmam também que o banco deverá fechar a proposta até o fim desta semana para que o plano seja aprovado pelos credores na próxima segunda-feira.

Ações da Varig sobem 86,99% e batem recorde

Pela proposta de cisão, a Varig ficaria somente com as rotas internacionais e usaria o dinheiro arrecadado no leilão para continuar operando. Essa empresa, que inclui a Rio Sul e a Nordeste, herdaria os passivos da companhia.

Ontem as ações da Varig encerraram o pregão com a maior alta em toda a Bolsa de Valores de São Paulo: as ordinárias, ou seja, com direito a voto, subiram 449,45%, cotadas a R$ 5, ante as perdas de 0,24% da Bolsa. Já os papéis preferenciais (com prioridade no recebimento de dividendos) subiram 86,99%, para R$ 4,17, cotação recorde, segundo dados da consultoria Economática.

A forte alta seria resultado da especulação em relação ao plano de salvamento do governo. De acordo com André Simões, analista de Renda Variável da Cenário Investimentos, como os papéis têm baixíssima liquidez no mercado, qualquer movimento de compra ou venda causa grandes oscilações nos preços das ações.


04/05/06
Folha de São Paulo
Ex-diretor da Vale vai presidir a Ocean Air
DA REPORTAGEM LOCAL

A Ocean Air informou ontem que a companhia aérea terá um novo presidente: o administrador de empresas Carlos Ebner, ex-diretor da Vale do Rio Doce e da Varig. O executivo German Efromovich, ex-presidente da empresa, passará a ser presidente do conselho de administração.
A Ocean Air faz parte do grupo Sinergy, presidido por Efromovich, e possui, entre outras empresas, a aérea Avianca, na Colômbia, e a Wayra Air, no Peru.


Valor
04/05/2006

Em caso de cisão, Varig já tem plano de atuação no exterior
Janaina Vilella

A consultoria Alvarez & Marsal, encarregada da reestruturação da Varig, já desenhou um plano de vôo para a "Varig Internacional", caso ela seja desmembrada da chamada "Varig Doméstica", que concentraria as rotas nacionais da empresa. A cisão da companhia conta com o aval do governo, mas ainda precisa do sinal verde dos credores. A estratégia encontrada para tentar reverter a perda de tráfego de receita alta (high-yield) para as concorrentes internacionais seria a otimização das rotas, com foco nos passageiros executivos.

Com base nesse plano, a Varig Internacional cancelaria inicialmente três freqüências de vôos para América do Sul (Santa Cruz de La Sierra, Assunção e Montevidéu) e outras três para a Europa (Copenhague, Lisboa e Paris). Outros destinos considerados estratégicos para companhia, como Munique e Los Angeles, nos Estados Unidos, teriam freqüências de vôos ampliadas. As rotas com destino para Londres, Miami, Nova York e Frankfurt, por exemplo, continuariam sendo operadas pela Varig.

"Vamos trabalhar com linhas mais rentáveis. Meu foco é o business client (cliente executivo). Esse cliente paga tarifa cheia e precisa de um vôo disponível a toda hora. Por isso que as rotas que não forem estrategicamente importantes para o meu modelo de operação serão canceladas", disse ao Valor o diretor da Alvarez & Marsal, Marcelo Gomes. Hoje 16 aeronaves operam em rotas internacionais da Varig. A meta é chegar a 19. No mercado doméstico, a frota estimada é de 36 aviões.

A proposta da consultoria, ainda preliminar, aponta que "a atuação no mercado exclusivo de turistas requer grandes volumes de tráfego, de forma a compensar a baixa tarifa, a exemplo da estratégia adotada pela TAP". "Tendo em vista que a Varig não possui a mesma capilaridade da TAP dentro da Europa, seria mais difícil trabalhar em cima de grandes volumes de tráfego".

O resultado negativo da Varig em alguns mercados se deve, segundo o documento, à deterioração do produto, causada por vôos diurnos, baixa regularidade, má condição da frota e falta de pontualidade. Gomes, da Alvarez & Marsal, ressalta que o foco nos passageiros executivos reforça a necessidade de operações noturnas, com utilização em média de duas aeronaves. Mas como 14 dos 60 aviões estão no chão, a empresa acabou sendo forçada a também operar vôos diurnos.

"Por enquanto, vou operar com a frota que tenho, que me permite alguns vôos noturnos e outros diurnos. No médio prazo, com a recomposição da frota, poderei me concentrar nas operações noturnas", explicou Gomes.

O plano da consultoria é usar parte dos recursos obtidos com o leilão da "Varig Doméstica" na reforma das aeronaves. A "nova Varig", sem dívidas, seria leiloada em 60 dias a partir da aprovação dos credores, na assembléia marcada para segunda-feira. Até agora, três grupos manifestaram interesse em participar da disputa pela "nova Varig". As dívidas ficariam na Varig Internacional, que permaneceria em recuperação judicial.

No mercado doméstico, os seis destinos que a Varig deixou de operar - Joinville, Navegantes e Chapecó (SC), Maringá e Londrina (PR) e Passo Fundo (RS) - estão informalmente divididos entre as concorrentes. A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), no entanto, ainda não oficializou a transferência de "slots" (horários) da Varig para outra companhia. A TAM pode ampliar a oferta de vôos para Navegantes e Joinville. A Gol pode fazer o mesmo nas rotas com destino a Maringá e Londrina. A OceanAir vai inaugurar vôos para Passo Fundo (RS), cidade antes atendida apenas pela Varig, em 8 de maio e poderá ampliar a oferta para Chapecó. Ontem, a OceanAir disse que seu presidente, German Efromovich, deixará o cargo para presidir o conselho da empresa e será substituído por Carlos Ebner, ex-diretor da Varig Cargo.
(Colaborou Roberta Campassi, de São Paulo)


03/05/2006 - 18h24m
O Globo

Ações da Varig acumulam alta de 273% nos últimos sete dias
Diogo de Hollanda

RIO - Em uma sessão de perdas na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa), as ações preferenciais da Varig terminaram esta quarta-feira com alta de 90,6% em relação ao fechamento da véspera. Com isso, passaram a acumular uma valorização de 272,81% nos últimos sete dias. No dia 13 de abril, os papéis da empresa aérea eram negociados a R$ 0,55 por unidade. Hoje foram vendidos a R$ 4,25.

Por mais que se tente associar a alta a uma suposta mudança no discurso do governo - admitindo alguma ajuda para a companhia aérea -, analistas dizem que a disparada é fruto apenas de especulação. E alertam: quem se deixar seduzir pela valorização dos últimos dias pode se dar bastante mal.

- É pura especulação. Há muita notícia desencontrada - disse o analista Marcelo Ribeiro, da corretora Pentágono, declarando-se cético quanto à possibilidade de ajuda do governo.

- O máximo que pode acontecer é um oxigênio extra até as eleições - acredita.

Ribeiro lembra que, mesmo quando a empresa estava numa situação muito melhor, o preço médio de seus papéis girava em torno de R$ 1,50. De 2001 para cá, a Varig reduziu em quase metade a sua participação no mercado de vôos doméstico (de 40% para 20%) e teve a situação financeira bastante deteriorada. As dívidas da empresa estão em um patamar entre R$ 8 bilhões e R$ 10 bilhões - os valores variam porque foram feitas várias auditorias.

O operador de bolsa Tommy Taterka, da corretora Concórdia, concorda que as ações da Varig estão "nitidamente sobrevalorizadas".

- Muita gente ganhou dinheiro porque as ações chegaram a valer centavos. Mas é especulação. A Varig não vale esse preço - comenta.


03 de maio de 2006 - 15:18h
Estadão
Embraer fecha contrato de US$ 140 milhões em exportação
Segundo a compradora suíça, o jato brasileiro é "superior" a outras aeronaves no que diz respeito ao "espaço e conforto"

Jamil Chade

GENEBRA - A Embraer fechou nesta quarta-feira, na Suíça, um contrato para a exportação de jatos no valor de US$ 140 milhões. O acordo, firmado com a empresa aérea JetBird, inclui a entrega de 50 jatos Phenom 100 em 2009. Os suíços ainda ficaram com a opção de compra de outras 50 aeronaves que, se concretizado, resultaria em um contrato de US$ 280 milhões. Porém, segundo o presidente da companhia brasileira, Maurício Botelho, a valorização do real frente ao dólar pode afetar a capacidade da empresa em investir nos próximos anos.

A empresa suíça, que acaba de ser criada, usará os jatos para realizar vôos de baixo custo na Europa para executivos, um novo nicho de mercado. Segundo o presidente da Jetbird, Domhnal Slattery, o jato brasileiro é "superior" a outras aeronaves no que diz respeito ao "espaço e conforto". Além disso, a aeronave da Embraer é projetada para permanecer em solo um tempo mínimo, "contribuindo para reduzir custos operacionais".

Segundo Botelho, a Embraer deverá entregar 145 jatos neste ano resultado de seus contratos fechados nos anos anteriores. "Nossa receita será um pouco superior à do ano passado, quando atingimos US$ 3,8 bilhões. Mas nossos investimentos serão inferiores a 10% dessa receita e deverão permanecer em cerca de US$ 280 milhões", explicou o presidente da empresa. "Poderíamos investir mais se o real não estivesse tão forte. Estamos sendo severamente afetados pelo câmbio", concluiu.


Jornal de Turismo
03/05/2006 - 14:23h
Senadores pedem agilidade ao caso Varig no STJ
Fonte: Agência Senado


O senador Paulo Paim (PT-RS) comunicou que um grupo de trabalho coordenado por ele pretende encontrar-se com o presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ), ministro Raphael de Barros Monteiro, para pedir que aquele tribunal acelere o julgamento sobre o acerto de contas da Varig.

Paim explicou que a decisão do STJ é importante para que se conheçam os créditos aos quais a empresa tem direito e, a partir disso, se possa viabilizar o plano de sua recuperação. O anúncio foi feito durante audiência pública realizada na última terça-feira em conjunto pelas comissões de Serviços de Infra-Estrutura (CI), de Assuntos Sociais (CAS), de Desenvolvimento Regional e Turismo (CDR) e de Assuntos Econômicos (CAE).

O senador informou ainda que o Instituto Aerus de Seguridade Social suspendeu a assistência médica aos funcionários da Varig e pediu que eles entregassem suas carteirinhas. Em um gesto simbólico de protesto por tal decisão, em vez de devolverem as carteirinhas ao Aerus, funcionários que participavam da audiência entregaram-nas ao presidente da Comissão de Serviços de Infra-Estrutura, senador Heráclito Fortes (PFL-PI).


Jornal de Turismo
03/05/2006 - 13:48h
Webjet retoma operações regulares em 16 de maio

Por Fernando Pratti

Com um novo controle acionário, diversidade nos canais de distribuição, priorizando a participação do agente de viagem, produto diferenciado no serviço de bordo e hub no Rio de Janeiro, a Webjet Linhas Aéreas volta a oferecer vôos regulares no próximo dia 16 de maio.

A freqüência inicial será um vôo direto entre o Aeroporto Internacional do Rio de Janeiro (Galeão) e o Aeroporto Salgado Filho, em Porto Alegre. O valor do trecho será a partir de R$ 215. O trajeto será realizado em um Boeing 737-300, com freqüências de segunda a sexta-feira, partindo do Rio de Janeiro, às 8h, e chegando na capital gaúcha, às 10h.

Na volta, o vôo parte de Porto Alegre às 18h30 e chega no Galeão às 20h20. Nos finais de semana, a companhia carioca continuará disponibilizando sua aeronave para charters. “Temos expectativas ótimas. Esse vôo atenderá principalmente executivos, que poderão ir e voltar no primeiro vôo do dia. O mercado do Rio é importantíssimo para nós, pois somos uma empresa genuinamente carioca”, disse Paulo Enrique Coco, presidente da companhia.

História - A companhia aérea carioca começou a operar no dia 12 de julho de 2005, mas não chegou a completar cinco meses de funcionamento em sua primeira empreitada. Lançada no conceito de low cost, low fare (baixo custo, baixa tarifa), a aérea começou suas operações atendendo as rotas Brasília – Rio de Janeiro, Brasília – São Paulo, Porto Alegre – São Paulo e Porto Alegre – Rio de Janeiro e Porto Alegre – Brasília. Entre as propostas iniciais da empresa estavam a venda de bilhetes exclusivamente pela internet e os baixos preços.

Em novembro, a Webjet suspendeu suas operações para os aeroportos de Brasília e Belo Horizonte e cancelou os vôos para Salvador, poucos dias após sua criação. Atendendo somente a região Sul – Sudeste, em novembro a companhia deixou de operar vôos regulares, passando a atender exclusivamente fretamentos. “A equipe que implantou essa companhia, fez quase tudo certo. Se existe alguma coisa que não fizeram certo foi a relação com o mercado, ignorando os canais tradicionais. O agente de viagem faz parte e contamos muito com esse apoio”, falou o presidente.

Nessa nova fase, a companhia fechou um acordo com a Abav (Associação Brasileira dos Agentes de Viagens) e disponibilizará um comissionamento em vendas da ordem de 10%. Na antiga companhia, o mesmo acordo foi realizado no dia 15 de setembro de 2005, após um inicío em que as vendas eram exclusivas pela internet.

Nova composição - Em janeiro deste ano, a companhia foi adquirida pelo Grupo Águia, de propriedade de Wagner Abrahão, e pelo empresário Jacob Barata Filho, através de um fundo de venture capital.

Até o final de julho, a empresa pretende adquirir mais duas aeronaves e até o final do ano, a previsão é de operar com cinco. Em junho, a companhia planeja voar também para Curitiba e em julho, durante o período de férias, Salvador deverá ser atendida. “Temos um produto diferenciado no serviço de bordo e fizemos o levantamento de todos os canais de distribuição, além do fretamento, que é uma parte diferenciada. Estamos prontos e validados para voar, inclusive internacionalmente”, destacou Gilson Novo, diretor comercial.

As reservas podem ser feitas em http://www.webjet.com.br/, (21) 4009.0000 ou através das agências de viagem.


03 de maio de 2006 - 01:58
Estadão
Solicitada reintegração de posse de avião da Varig
Mandado de reintegração de posse foi expedido pela 10ª Vara Cível da Comarca do Rio do Janeiro

Silvio Ferreira

PORTO ALEGRE - Agentes da Polícia Federal aguardavam na terça-feira à noite a presença de um Oficial de Justiça no Aeroporto Salgado Filho de Porto Alegre para cumprir um mandado de reintegração de posse de uma turbina do Boeing 737 da Varig.

A aeronave, que estava estacionada em um hangar, havia aterrissado no final da tarde em solo gaúcho vinda de São Paulo. O mandado de reintegração de posse, expedido pela 10ª Vara Cível da Comarca do Rio de Janeiro, deveria ter sido cumprido na capital paulista.

A medida só não foi executada porque, quando o oficial de Justiça do Tribunal chegou ao aeroporto de Congonhas, a aeronave já havia levantado vôo em direção ao Rio Grande do Sul. Ao final da noite, uma funcionária da Infraero informou que o Boeing 737 estava com vôo marcado para às 3h com destino ao Rio de Janeiro. A viagem deveria ser feita sem passageiros.


Jornal de Turismo
03/05/2006 - 00:00h

Carlos Ebner é o novo presidente da OceanAir
Postado por pratti


Carlos Ebner é o novo presidente da OceanAir. Como presidente da OceanAir, o executivo tem como desafio levar a empresa de líder do transporte aéreo regional a uma das três maiores empresas do transporte aéreo nacional.

Antes de se juntar à diretoria da Synergy Aerospace, controladora da OceanAir, Avianca, Wayra do Peru, exerceu os cargos de diretor de desenvolvimento de negócios de logística da Companhia Vale do Rio Doce e a presidência da Docenave Navegação. Sua experiência mais recente com a aviação foi na Varig S.A. com os cargos de diretor financeiro e diretor da Varig Cargo.

Sua experiência se estendeu em nível internacional, ocupando o cargo de Chairman de Cargo Star Alliance e de membro executivo de Cargo Committee da Intenational Air Transport Association. Ebner é graduado em Administração de Empresas pela Faculdade Cândido Mendes do Rio de Janeiro, com MBA Executivo em Finanças pelo Ibmec, além de graduação em Programas de Gestão Avançada do Inesad/FDC e no FDC/Kellog Graduate School of Management.

Ebner terá de promover a integração internacional com seus parceiros de grupo, como Avianca e Wayra, Peru. OceanAir é uma empresa concebida em plataforma web, o que lhe garante uma fácil  integração entre seus sistemas, oferecendo maior facilidade na venda e rapidez no atendimento aos seus passageiros.  Com a nomeação de Carlos Ebner, o ex-presidente da empresa, German Efromovich, passar a presidir o Conselho da OceanAir.