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  • Estadão Online
    23/12/2011

    Com greve em 5 aeroportos, 12% dos voos registram atrasos em todo o país
    Apesar dos atrasos, o movimento é normal nos aeroportos Tom Jobim, no Rio, Confins, em Belo Horizonte, de Fortaleza, Brasília e Salvador
    Solange Spigliatti

    Com a paralisação dos aeroviários em cinco aeroportos do País desde a tarde de ontem, 12% dos voos nacionais registram atrasos às 7h dessa sexta-feira, 23. A informação é da Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero). Entre os 458 voos domésticos previstos para decolar até esse horário, 54 (11.8%) partiram com atrasos de mais de meia hora. Outros 11 (2,4 %) voos estavam atrasados no horário entre 6 e 7 horas e 17 (3,7 %) foram cancelados.

    Apesar dos atrasos, o movimento é normal nos aeroportos Tom Jobim, no Rio, Confins, em Belo Horizonte, de Fortaleza, Brasília e Salvador.

    Em Brasília, o movimento de passageiros estava normal para o período, sem grandes filas no saguão. Entre os 11 voos programados, cinco registraram atrasos e nenhum foi cancelado.

    Em Belo Horizonte, entre os 15 voos previstos, dois estavam atrasados e nenhum foi cancelado. Em Fortaleza, nenhum voo foi cancelado e cinco registraram atrasos entre os 23 previstos. Em Salvador, um voo foi cancelado e três tiveram alteração de horário entre os 33 programados e no Rio, quatro voos estavam atrasados e um foi cancelado, entre os 16 programados.

    Em São Paulo, onde os aeronautas e aeroviários não aderiram à greve, o movimento também estava normal. Em Congonhas, na zona sul da cidade, entre os 19 previstos, um foi cancelado e não havia registro de atrasos. Em Cumbica, do total de 44 previstos, nove registram atrasos e cinco foram cancelados.

     

     

    Folha de São Paulo
    23/12/2011

    Sindicatos descartam greve em Congonhas e Cumbica
    Ontem, paralisação surpresa no aeroporto da zona sul atrasou metade dos voos - Decisão da Justiça obriga sindicatos dos aeroviários a manter ao menos 80% do efetivo até o dia 1º de janeiro
    GIBA BERGAMIM JR / RICARDO GALLO

    Os sindicatos de aeroviários descartaram a hipótese de greve neste final de ano nos aeroportos de Cumbica (Guarulhos) e Congonhas. O compromisso da categoria aconteceu horas depois de uma paralisação surpresa de três horas atrasar voos em Congonhas -e de a Justiça obrigar os trabalhadores a manter 80% do efetivo na ativa pelo menos até o dia 1º.

    Em Congonhas, ainda não houve acordo. Os trabalhadores aceitaram na Justiça reduzir o pedido de reajuste salarial de 8,5% para 7%, mas as empresas aéreas não se dispuseram a dar mais que 6,5%.

    Uma nova assembleia ocorrerá na semana que vem. Se houver greve, só em 2012, em razão do veto da Justiça à greve no fim do ano, diz o Sindicato dos Aeroviários do Estado, que representa o grupo de Congonhas.

    Já o sindicato de Guarulhos aceitou proposta de 6,5%, embora o acordo não tenha sido formalizado.

    Os aeroviários trabalham somente em terra.

    Pilotos e comissários já haviam anunciado que não fariam greve e assinaram ontem o acordo com o sindicato das empresas aéreas.

    A paralisação de Congonhas foi feita por carregadores de malas e motoristas de carrinhos que manobram aviões da TAM. Voos atrasaram e passageiros se irritaram. Houve efeito cascata em voos de outras companhias.

    O ato surpreendeu porque, anteontem, sindicatos do setor ligados à CUT haviam descartado a greve. Só que quem promoveu a paralisação em Congonhas foi uma entidade filiada à Força Sindical.

    À noite, a surpresa se repetiu, só que no Rio, Brasília, Salvador, Belo Horizonte e Fortaleza, com manifestações, mas sem afetar voos.

    Isso ocorreu porque o SNA (Sindicato Nacional dos Aeroviários), da CUT, anunciou não ter aceitado a proposta das empresas de 6,5%.

    Não há unidade nacional na categoria. Daí um sindicato descartar a greve e outro decidir mantê-la.

    Até as 11h, 55% das decolagens atrasaram em Congonhas, índice semelhante ao do caos aéreo de 2007. Em 2010, na última quinta antes do Natal, eram 8%.

    À tarde a situação melhorou um pouco. Às 18h40, os atrasos eram de 49%, ante 47% de 2010. A TAM disse que 3,7% dos seus voos no país estavam atrasados às 16h.

    Os passageiros chiaram. O supervisor Fabiano Belli, 44, desistiu de ir a Brasília. O voo da TAM deveria ter saído às 8h30. "Quero ver quando chegar a Copa." Segundo a Anac, as empresas apresentaram um plano B para o caso de greve no final do ano.

     

     

    Folha de São Paulo
    23/12/2011

    Empresa não informa direitos, diz Procon
    Fiscais fizeram uma blitz no aeroporto de Congonhas e constataram problemas no atendimento aos passageiros - TAM e Gol foram autuadas ontem e têm 15 dias para apresentar defesa; multa pode chegar a R$ 6 milhões

    O Procon de São Paulo autuou a TAM e a Gol por irregularidades no atendimento a passageiros durante uma blitz no aeroporto de Congonhas, ontem. A ação coincidiu com a paralisação de aeroviários que causou atrasos em 50% dos voos. Os fiscais da fundação flagraram nos balcões de check-in e áreas de embarque da TAM falta de divulgação clara dos canais de atendimentos da companhia e sinalização da área de atendimento para o consumidor.

    Segundo o Procon, também faltaram informativos sobre os direitos dos passageiros em casos de atrasos e cancelamentos.

    No site da TAM, não havia opção para recebimento de reclamações e queixas. O mesmo problema foi constatado no site da Gol.

    As companhias terão agora 15 dias para apresentar a defesa à instituição. Se os argumentos não convencerem, elas podem ser multadas em até R$ 6 milhões.

    "Mais uma vez as empresas deixaram de atender o direito mais básico do consumidor, que é o da informação. Vamos abrir processo e multá-las, mas esperamos que a Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) também fiscalize e tome medidas", disse Paulo Arthur Góes, diretor executivo do Procon-SP.

    Segundo o Código de Defesa do Consumidor e uma resolução da Anac, as empresas devem sempre comunicar eventual atraso no embarque, assim como todas as informações sobre o voo atrasado, para que o consumidor tome medidas para diminuir ou evitar transtornos e prejuízos.

    OUTRO LADO

    Procurada pela Folha, A TAM disse que "se manifestará, oportunamente, nos autos do processo". A Gol afirmou que não recebeu a autuação do Procon e, por isso, não comentou o caso.

    As duas empresas são responsáveis por 90% dos voos em Congonhas.

    A Anac também fez uma operação para inspecionar as companhias aéreas em Congonhas, mas o resultado não foi divulgado.

     

     


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