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  • O Dia
    14/01/2012

    Justiça vai leiloar Boeing da Vasp
    Avião vale R$ 100 mil. Oferta faz parte do Programa Espaço Livre em Aeroportos

    A Corregedoria Nacional de Justiça promoverá no dia 6 de fevereiro o leilão de um Boeing 737-200 pertencente à Vasp. A iniciativa faz parte do Programa Espaço Livre nos Aeroportos. A aeronave não tem licença para voar, mas está inteira e em bom estado, com turbinas, painel completo e bancos de couro. O avião está avaliado em R$ 100 mil.

    Além da venda da aeronave inteira, serão leiloados, na mesma ocasião, restos de quatro aviões-sucata da Vasp que foram desmontados em agosto do ano passado. Cada conjunto de sucatas foi avaliado em R$ 30 mil. O leilão será realizado às 14h, em São Paulo. Também em fevereiro, empresas de manutenção de aeronaves que atuam no Brasil poderão visitar o parque de peças da Vasp, no aeroporto de Congonhas

    80 MIL PEÇAS

    Ao todo, há mais de 80 mil peças de Boeings e Airbus para serem vendidas como sucatas, desde arruelas de vedação e parafusos aeronáuticos até mesas de refeição, asas e turbinas. As peças não serão vendidas em lotes.

     

     

    O Globo
    14/01/2012

    Pelo menos 50% das lojas do Tom Jobim terão que funcionar 24h
    Aviso partiu do superintendente da Infraero no Galeão, uma espécie de "xerife" do terminal

    RIO - Pelo menos 50% das lojas que funcionam no Aeroporto Internacional Tom Jobim terão que ficar abertas 24 horas, sob pena de multa e até rescisão do contrato. O aviso partiu na sexta-feira do superintendente da Infraero no Galeão, Abibe Ferreira Júnior, uma espécie de "xerife" do terminal. O acordo, firmado na sexta-feira com a Associação dos Concessionários Aeroportuários do Rio (Acap-RJ), determina que lanchonetes, restaurantes e serviços como o aluguel de automóveis deverão funcionar ininterruptamente.

    — As obras de melhoria do aeroporto serão feitas, mas, enquanto isso, queremos oferecer serviço de qualidade aos passageiros. O Tom Jobim tem mais de 30 anos, e muitos equipamentos apresentam problemas. Por isso, reforçamos a equipe de manutenção, mudamos pessoal, inclusive, coordenadores — explicou Abibe. — Trabalhamos em prol do Tom Jobim. Não tivemos problemas no Natal e no Ano Novo e não teremos também no carnaval.

    Reportagem publicada na edição de sexta-feira do GLOBO mostrou que as lojas e alguns serviços não funcionam durante a madrugada no Tom Jobim, o que o faz parecer um aeroporto fantasma. Até mesmo alguns, que anunciam atendimento 24 horas, como o guarda-volumes, estavam fechados.

    Taxistas serão cadastrados

    Abibe Ferreira disse que, na reunião com a Acap, os concessionários alegaram que a dificuldade em funcionar durante a madrugada se deve a problemas com o transporte dos funcionários.

    — Mas já conversei e avisei que não vamos tolerar que as lojas não funcionem. Como o movimento durante a madrugada é reduzido, cerca de 10% do total do dia, não há como obrigar que todos fiquem abertos sem vender nada. Por isso, fizemos o acordo de que 50% funcionem — explicou o superintendente do Galeão.

    O cargo de superintendente, uma autoridade aeroportuária, foi criado pela presidente Dilma Roussef para fazer o elo entre a Infraero e órgãos municipais e estaduais. Entre as parcerias já realizadas pelo "xerife" está um dos problemas crônicos do Tom Jobim: o serviço de táxi. Abibe Ferreira anunciou o cadastramento, em parceria com a CET-Rio, de todos os táxis que atuam no terminal. A medida é para que somente veículos autorizados circulem por uma faixa exclusiva no desembarque. O monitoramento será feito por câmeras, cujas imagens serão transmitidas para o Centro de Operações da prefeitura, na Cidade Nova. Câmeras vão captar as placas dos veículos.

    Em agosto passado, a prefeitura anunciou o recadastramento das 33 mil permissões de táxis da cidade, começando pelos aeroportos Santos Dumont e Tom Jobim. Os motoristas que atenderem aos requisitos do recadastramento — cujos critérios iniciais serão documentação, vistorias e licenciamentos em dia — ganharão autorizações provisórias para operar nos pontos e um certificado: Táxi Boa Praça.

    Na época que foi anunciada, no entanto, a medida dividiu taxistas. Para alguns, o novo sistema consolida o monopólio de cooperativas sobre pontos. Outros defendem que antiguidade é posto.

    Abibe diz reconhecer que o Tom Jobim tem sérios problemas, mas afirma que todos os esforços estão voltados para as melhorias. Anteontem, repórteres do GLOBO também flagraram uma esteira enguiçada entre os dois terminais. Além disso, no terminal 1, duas escadas rolantes estavam paradas e, uma terceira, em manutenção. Dois elevadores estavam fora de operação.

    O superintendente do Galeão disse que principalmente o terminal 1 sofre com a idade. Os equipamentos, segundo ele, com mais de 30 anos, exigem manutenção constante. Ele acrescentou que o aeroporto tem 60 escadas, sendo comum que algumas delas precisem de manutenção.

    — Com as obras, que começam em abril, todas as escadas e elevadores serão substituídos — explicou Abibe.

     

     

    Folha de São Paulo
    14/01/2012

    Logística dificulta acesso a puxadinho
    Infraero diz que a culpa é de Webjet, Trip e Avianca, que não estariam operando o espaço da forma combinada - Passageiros esperam nos terminais 1 e 2 ou no ônibus e só são direcionados ao módulo na hora da partida
    MARIANA BARBOSA

    O MOP (Módulo Operacional Provisório) do aeroporto internacional de Guarulhos, obra de R$ 2,8 milhões inaugurada em setembro, está subutilizado. Com voos de Webjet, Trip e Avianca, o MOP é uma sala de embarque localizada em uma área remota da pista, com capacidade para 1 milhão de passageiros/ano. Ocupa uma área de 1.200 m², com ar condicionado, banheiro e lanchonete.

    A Folha passou pelo MOP em dezembro, em voo da Webjet. A espera para o embarque foi dentro de um ônibus. Quando o ônibus chegou ao MOP, era hora de entrar no avião. Os passageiros literalmente entraram por uma porta e saíram por outra.

    As empresas confirmam que esse procedimento tem acontecido "com certa frequência" e apontam problemas logísticos como escassez de ônibus.

    O acesso ao ônibus que leva ao MOP é feito pela sala de embarque do piso inferior dos terminais 1 e 2. Da forma como está a logística, o passageiro acaba fazendo o embarque duas vezes -apresenta o cartão e o documento antes de entrar no ônibus e novamente no MOP.

    A estatal Infraero confirma a subutilização do módulo, mas diz que a responsabilidade é das companhias aéreas, que não estão operando conforme combinado.

    Segundo Marçal Goulart, superintendente de gestão operacional da Infraero, as companhias "seguram o passageiro" para não ter de manter um funcionário no MOP.

    Segundo Goulart, as empresas deveriam direcionar os passageiros para o ônibus assim que eles chegarem à sala de embarque do terminal antigo. Os ônibus deveriam partir de dez em dez minutos, independentemente da lotação. Ele diz ainda que vai se reunir com as empresas para fazer os ajustes logísticos.

    As empresas fazem elogios ao MOP, mas reclamam da logística dos ônibus. Victor Celestino, diretor de relações institucionais da Trip, diz que gerir o fluxo de passageiros e a escassez de ônibus é uma atividade "complexa".

    Tarcísio Gargioni, da Avianca, diz que mantém pessoal permanentemente no MOP. "Tem sempre alguém lá, do nosso primeiro voo ao último." Ele admite "alguns errinhos" de logística na operação dos ônibus e diz que falta ônibus nas horas de pico. A Webjet não se pronunciou.

    O MOP foi construído para desafogar os terminais 1 e 2, que têm capacidade para 20,5 milhões de passageiros/ano e operam com mais de 26 milhões. Quando o terminal 3 for construído, obra que ficará a cargo da empresa que vencer o leilão de concessão, em 6 de fevereiro, o MOP deixará de ser usado. "O MOP perde o sentido com o terminal 3, mas poderá ganhar outra utilidade", diz Goulart.

     

     

    Folha de São Paulo
    14/01/2012

    Gol vai operar sozinha novo terminal

    A Gol será a operadora exclusiva do novo terminal de passageiros de Guarulhos, apurou a Folha. O terminal 4 terá capacidade para 5,5 milhões de passageiros e será dedicado exclusivamente a operações domésticas. A obra custou R$ 85,7 milhões e tem previsão de entrega pela construtora Delta no dia 22. Mas a operação só deve começar em fevereiro, pois a Gol vai precisar de até dez dias para transferir suas instalações.

    Até semana passada, nenhuma companhia se dizia interessada no novo terminal. Mas, depois de visitas ao espaço, as conversas avançaram com a Gol. "Ninguém quis se manifestar antes de ver para crer", diz Marçal Goulart, superintendente de gestão operacional da Infraero. Ele afirma que "todas as empresas" demonstraram interesse.

    Se ninguém se dispusesse a mudar para o novo terminal, a Infraero teria de ocupar a área aos poucos, destinando para lá voos de fretamento e novos voos que viessem a ser autorizados. Dessa forma, o terminal não ajudaria a desafogar os terminais 1 e 2, que operam com um excesso de capacidade de mais de 5 milhões de passageiros/ano.

    Procurada, a Gol confirma as negociações, mas diz que "não há nada definido nesse sentido".

    Entre as vantagens do novo terminal está a facilidade de acesso ao avião e a possibilidade de realizar o embarque e o desembarque pelas duas portas da aeronave. Esse tipo de operação pode reduzir o tempo em que a aeronave fica no solo, de 45 minutos para 30 minutos. O acesso será feito à pé ou de ônibus em dias de chuva.

    O novo terminal foi construído em uma antiga área de cargas da Vasp e tem 12,2 mil m². O volume de passageiros transportados pela Gol e pela Webjet, adquirida pela Gol no ano passado e que também seria transferida para lá, equivale quase que à capacidade do terminal.

    36 BALCÕES

    Hoje a Gol ocupa 30 balcões nos terminais 1 e 2 de Guarulhos, para voos domésticos e internacionais. O novo terminal tem capacidade para 36 balcões. Com voos para 11 destinos internacionais, a Gol teria de separar as duas operações, o que pode causar transtornos para os passageiros em voos de conexão.

    Além de voos para a América Latina, a Gol tem acordos comerciais com empresas estrangeiras. Caso da Delta, que adquiriu 3% das ações da Gol.

    Goulart afirma que a logística "não será um problema" e que haverá um serviço contínuo de ônibus fazendo a ligação entre os terminais 1,2 e 4. "Teremos seis ônibus fazendo o percurso na área externa e quatro do lado da pista", diz.

    Goulart diz que o terminal 4 não é provisório e vai continuar em uso após a inauguração do terminal 3. O novo terminal tem um estacionamento independente, com 790 vagas.

     

     


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