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  • Valor Econômico
    18/10/2012

    Gol e Webjet unem malha até dezembro
    Alberto Komatsu

    A Gol Linhas Aéreas e a Webjet deverão integrar 100% da sua malha de voos até o dia 1º de dezembro deste ano, afirmou ontem o presidente-executivo da Gol, Paulo Kakinoff. Segundo ele, esse será o primeiro passo para a integração das duas empresas, após a aprovação da negociação pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), na semana passada.

    "A primeira integração que a gente vai fazer é da malha. Já entregamos essa proposta para a Anac [Agência Nacional de Aviação Civil]", disse Kakinoff. "Pode haver redução (de voos), mas pode haver também aumento", acrescentou ele, ao ser questionado se a integração da malha poderia aprofundar a redução de cerca de 10% das frequências diárias promovida pela Gol, desde o início deste ano.

    Segundo Kakinoff, a venda de passagens também está sendo unificada. "Estamos migrando a venda de quem acessa o site da Webjet para a Gol, para unificar os processos de reserva. Esse é o tempo necessário para a gente implementar a nova malha, com o fluxo de vendas sendo feito predominantemente pela Gol", disse. O redirecionamento no site é a primeira modificação visível ao consumidor do processo de união.

    O executivo contou ainda que, no dia seguinte à aprovação do Cade, na quinta-feira da semana passada, o diretor de recursos humanos da Gol esteve na Webjet para entregar uma agenda de reuniões com executivos da Gol. A meta é identificar as melhores oportunidades de sinergia. Os encontros serão nesta semana e na próxima.

    Kakinoff afirmou que ainda não há decisão sobre a continuidade da marca Webjet. Ele participou ontem do "CEO Summit 2012", promovido por Ernst & Young Terco e Endeavor Brasil. Ainda no evento, Kakinoff disse que a venda de lanches a bordo deve ser adotada em todos os voos até julho de 2013. Atualmente, esse serviço está disponível em 48% dos voos.

    A aquisição da Webjet pela Gol foi anunciada em julho do ano passado. A aprovação do Cade foi concedida na semana passada, com uma restrição. As duas empresas terão de mostrar um índice de 85% de uso de horários de pouso e decolagem ("slots") no Aeroporto Santos Dumont, sob pena de perder os slots que não mostrarem essa taxa de eficiência.

    A Gol também anunciou ontem que o Smiles, o seu programa de milhagem, lançou uma plataforma de compras com milhas na internet. Com isso, além de passagens, os clientes do Smiles poderão resgatar 300 mil opções de produtos, como eletroeletrônicos e ingressos para shows.

     

     

    Folha de São Paulo
    18/10/2012

    Lei libera abate de bichos para evitar acidente aéreo
    Novas regras visam reduzir riscos de colisão entre aviões e animais perto de aeroportos - De janeiro a anteontem, foram reportados 1.301 choques entre aves e aeronaves -cerca de quatro por dia
    LEANDRO MARTINS - MOACYR LOPES JUNIOR

    Uma lei sancionada pela presidente Dilma Rousseff e publicada ontem busca reduzir o risco de colisões entre aviões e animais, sobretudo aves. O texto criou regras que incluem áreas de proteção no entorno de aeroportos e até o abate de animais.

    Choques entre aviões e aves são cada vez mais comuns. De janeiro até anteontem, foram reportadas 1.301 colisões -cerca de quatro por dia- segundo o Cenipa (Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos). Desde 1996, registros do tipo cresceram 1.050%.

    A nova lei prevê a criação de áreas de segurança em um raio de 20 km no entorno de aeroportos. Nesses locais, haverá regras para atividades que possam atrair animais.

    A lei também prevê o manejo da fauna, cuja aprovação depende do Ibama. Nesses casos, pode haver mudanças no ambiente para evitar a atração de bichos, além da captura e o abate de animais.

    Antes da lei, uma instrução normativa do Ibama já previa o abate em situações de risco. Segundo o órgão, os casos são raros.

    Ana Maria Pinheiro, do Fórum Nacional de Proteção e Defesa Animal, diz que o abate deve ser a última opção. "No caso dos urubus, seria falta de bom senso permitir o abate sem antes remover os lixões perto dos aeroportos."

    Não há registros de grandes acidentes causados por aves no Brasil, mas elas representam riscos.

    A Infraero, que administra aeroportos no país, diz que mantém um programa de gestão do perigo da fauna.

    Os prejuízos causados pelo problema são calculados em ao menos US$ 1 milhão.

     

     

    Folha de São Paulo
    18/10/2012

    Viracopos não devia ter sido fechado, afirma Azul
    Empresa diz que pediu a liberação da pista
    MARIANA BARBOSA

    O acidente com o cargueiro MD-11 no aeroporto de Viracopos, em Campinas, no sábado, não precisava ter causado a interdição da pista por mais de 45 horas, segundo a companhia aérea Azul. A interdição deverá custar cerca de R$ 20 milhões à companhia. "A empresa ficou praticamente paralisada. Vivemos a pior crise possível em termos operacionais para uma companhia aérea", diz Gianfranco Beting, diretor de comunicação e marketing.

    Pelos cálculos da Embraer, fabricante dos jatos operados pela Azul, seria possível utilizar 1.700 metros da pista e ainda sobrariam 500 metros de área de escape.

    A Azul solicitou a liberação da pista para a Infraero, mas afirma que não recebeu resposta. "Simplesmente, não responderam", diz Beting.

    Procuradas, a Infraero e a Anac confirmaram o pedido, mas informaram que faltavam detalhes técnicos para a liberação da pista.

     

     

    Folha de São Paulo
    18/10/2012

    Projeto de lei torna secretas investigações

    Proposta aprovada na Câmara segue para o Senado. O objetivo é impedir que a apuração dos acidentes seja usada nos tribunais ou pela polícia em inquéritos criminais. Para a Aeronáutica, a intenção é evitar novas tragédias e não punir.

     

     

    Folha de São Paulo
    18/10/2012

    Após comprar Webjet, Gol integra sites

    A integração do sistema de vendas da Gol com o da Webjet começou ontem. Quem entra no site da Webjet é direcionado automaticamente para o da Gol. A compra da Webjet, marca que irá desaparecer, foi aprovada há uma semana pelo Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica).

     

     

    Folha de São Paulo
    18/10/2012

    Galeão vai a leilão pelo modelo antigo
    Falta de interesse de investidores faz governo desistir de tornar Infraero majoritária nas novas concessões - Uma das ideias é deixar 49% do capital com o setor privado, 40% com a estatal e 11% com os fundos de pensão
    VALDO CRUZ - DIMMI AMORA

    O governo voltou atrás e vai retomar o modelo clássico de concessão ao setor privado nos aeroportos do Galeão (RJ) e Confins (Grande BH), medida a ser anunciada depois das eleições municipais, juntamente com a proposta para portos.

    Diante da resistência dos grandes operadores internacionais à ideia de ter a Infraero como sócia majoritária, o Palácio do Planalto resolveu optar por modelo de privatização semelhante ao usado nos aeroportos de Guarulhos, Viracopos e Brasília.

    As regras, porém, devem ficar mais duras. Os participantes devem comprovar experiência na administração de aeroportos com movimento numa faixa entre 30 milhões e 40 milhões de passageiros por ano, em vez dos 5 milhões do primeiro leilão.

    Os técnicos avaliam exigir que o vencedor contrate executivos profissionais para administrar os aeroportos.

    Para garantir maior poder de influência da União nos aeroportos, uma ideia é que o setor privado fique com 49% de participação acionária, a Infraero, com 40%, e fundos de pensão de estatais federais, com os outros 11%.

    A presidente Dilma pediu pressa à sua equipe para montar a nova proposta, pois deseja retomar uma agenda positiva voltada para investimentos, no mesmo estilo do anúncio do pacote de concessões de rodovias e ferrovias.

    A avaliação é que a demora na divulgação das medidas para portos e aeroportos abriu espaço para criação de um clima negativo depois do lançamento, em setembro, do pacote de redução de custos da energia, tachado pelo mercado de intervencionista.

    Inicialmente, o governo planejava lançar as medidas para portos e aeroportos em meados de setembro. O primeiro atraso decorreu da rejeição à proposta encomendada pela presidente que previa atrair um sócio privado minoritário para a Infraero em Galeão e Confins.

    Consultados por assessores presidenciais, os principais operadores internacionais recusaram a ideia, que visava fortalecer a estatal responsável pela administração de aeroportos no país.

    Depois, o governo decidiu postergar o anúncio para depois do segundo turno das eleições municipais.

    A demora do governo é tratada como preocupante pelas empresas. Se tudo sair como planejado, os novos operadores só assumirão em 2014, com pouco tempo para as intervenções necessárias antes da Copa, por exemplo.

    As obras de ampliação e modernização dos dois aeroportos terão que ser feitas pela Infraero. E, nas duas unidades, a estatal enfrenta problemas para desenvolver os projetos previstos.

     

     

    Folha de São Paulo
    18/10/2012

    Vai e volta nos aeroportos

    1- O MODELO DO PRIMEIRO LEILÃO

    •Vence quem oferece o maior pagamento ao governo;
    •Investimento mínimo previsto em contrato;
    •Obrigatoriedade da Infraero com 49% do capital;
    •Experiência internacional de 5 milhões de passageiros por ano no mínimo;
    •Possibilidade de sociedade de fundos de pensão
    As ressalvas
    Vencedores considerados inexperientes pelo governo

    2- O SEGUNDO MODELO, ABORTADO

    •Infraero deteria 51% e experiência mínima seria ampliada
    3- O MODELO ANTIGO, REFORMADO

    As novas propostas

    •Infraero detém 40%
    •Participação obrigatória de fundos de pensão
    •Experiência mínima entre 30 milhões e 40 milhões de passageiros/ano
    •Contratação de executivos profissionais para operar os aeroportos

     

     


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