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Folha de São Paulo
03/03/2012
Pane em check-in atrasa voos da TAM em todo o país
Falha ocorreu por rompimento de cabos de fibra ótica em SP; cartões de embarque tiveram de ser preenchidos à mão
RICARDO GALLO - MARINA GAMAUma falha no sistema de check-in da TAM prejudicou passageiros em todo o país ontem. Até as 22h, um a cada três voos domésticos da empresa no país havia atrasado. O mesmo ocorreu com um a cada quatro internacionais. A situação se deveu ao rompimento de dois cabos de fibra ótica em Diadema.
Das 6h às 11h30, os funcionários tiveram de preencher cartões de embarque e tíquetes de bagagem à mão, o que criou enormes filas.
Os aeroportos de Congonhas, Cumbica e Brasília estavam entre os mais afetados. À tarde, a situação se normalizou e as filas acabaram.
De manhã, a Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) ameaçou suspender a venda de bilhetes da TAM; à tarde, a possibilidade foi afastada.
A agência convocou a empresa a prestar esclarecimentos na segunda-feira. Será investigado, sob pena de multa, se ela atendeu adequadamente aos passageiros e se não levou os tripulantes a trabalhar mais do que a lei determina.
Ao menos 24,5 mil passageiros da TAM foram prejudicados no país, a considerar os 243 voos (dos 813 previstos) atrasados com ocupação média de 70% no menor avião da empresa, com capacidade para 144 passageiros.
A TAM não quis divulgar dados oficiais. Limitou-se a orientar os jornalistas a buscar a informação no site da Infraero (estatal que gere aeroportos).
Segundo a estatal, 243 voos da TAM haviam atrasado até as 22h, o que equivale a 30%.
Os cabos que se romperam e causaram o problema eram da TIM, empresa de telefonia que presta serviços à TAM. A normalização ocorreu às 11h14, disse a TIM. Os cabos alimentam o sistema de check-in.
A TAM informou que a situação foi normalizada ainda no final da manhã, afirmou lamentar os inconvenientes e disse prestar assistência aos passageiros.
Em 19 de julho, uma falha de sistema havia afetado o check-in da Gol.
Folha de São Paulo
03/03/2012
Surpresa com caso Embraer passou, diz Itamaraty
EUA dizem ter avisado sobre cancelamento
A diplomacia dos EUA conversou com o governo brasileiro sobre o cancelamento do contrato de US$ 355 milhões da Embraer com a Força Aérea do país para compra de aviões Super Tucano, segundo entrevista do Departamento de Estado à Folha.
Andrew Shapiro, secretário-assistente de Estado para assuntos políticos e militares, afirmou que o anúncio da Força Aérea ocorreu quando delegações brasileira e americana se reuniam na terça-feira para articular temas de defesa que serão tratados na visita da presidente Dilma Rousseff aos EUA em abril.
"Assim que tomamos conhecimento do comunicado da Força Aérea à imprensa, imediatamente falamos com nossos colegas brasileiros. Queríamos que eles soubessem pela gente, e não pela imprensa. Mostramos uma cópia do comunicado." Os EUA enfatizaram que ainda há interesse pelos Super Tucanos.
Anteontem, o Ministério das Relações Exteriores dissera que o governo brasileiro recebeu com surpresa a notícia, "pela forma e pelo momento em que se deu".
Ontem, o Itamaraty negou que a decisão americana tenha provocado um desgaste na relação bilateral. "A surpresa passou", disse o embaixador Tovar Nunes, porta-voz do ministério. A declaração foi dada depois de um encontro do chanceler brasileiro, Antonio Patriota, com o subsecretário de Estado dos EUA, William Burns, em Brasília.
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