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  • DCI.com.br
    22/02/2012

    Queiroz Galvão mira Galeão e Confins

    SÃO PAULO - A construtora Queiroz Galvão pretende participar do próximo leilão de aeroportos e já está de olho no Galeão (Rio) e em Confins (Minas). Membro do conselho de administração do grupo, Ricardo de Queiroz Galvão afirmou que a companhia deve repetir o mesmo consórcio com o qual disputou o último leilão. Ao lado da empresa, estavam o BTG Pactual e a espanhola Ferrovial, que administra o aeroporto de Heathrow, em Londres, um dos mais movimentados do mundo.

    Embora ainda não haja previsão de data para um novo leilão, o mercado espera que Galeão e Confins entrem no pacote. Com a saturação de Guarulhos nos próximos anos, outros aeroportos devem ser a alternativa para receber voos internacionais que não terão mais espaço para pousar e decolar na Grande São Paulo. "Estamos aguardando o governo liberar [o leilão]", disse o executivo.

    Galvão afirmou que a participação no último leilão, do qual a Queiroz saiu sem levar nenhum ativo, foi uma boa experiência e que estudará a oferta de preços mais competitivos daqui para frente. "Vamos analisar [a realização de preços mais competitivos]", disse o executivo após participar da inauguração da ponte estaiada na cidade universitária da Ilha do Fundão, no Rio. A empresa participa junto com a Petrobras do projeto de revitalização da área, e assim como outras empresas concorrentes foi surpreendida pelos altos lances dados pelos grupos vencedores.

     

     

    Yahoo Notícias
    22/02/2012

    Infraero prepara licitação para 96 novos pontos no Tom Jobim
    Simone Cândida

    RIO - O Aeroporto Internacional Tom Jobim quer dar um upgrade em seu mix de lojas até a Copa de 2014. A partir de segunda-feira, a Superintendência Regional da Infraero começa a preparar os editais de licitação de 96 novos pontos comerciais nos Terminais 1 e 2, que passarão a ser ocupados por dois novos restaurantes (um deles classe A), um novo freeshop, grifes de moda, salões de beleza, quiosques de lanches e cabines "Fast Sleep", onde o viajante poderá descansar e tomar banho durante as conexões de voos. Segundo o superintendente regional da estatal, Abibe Ferreira Júnior, com as mudanças, as praças de alimentação e as lojas de varejo e serviço estarão à altura do que é oferecido num shopping, dando mais conforto aos cerca de 1,5 milhão de passageiros que circulam por ali mensalmente. Todo os novos pontos já devem estar licitados até junho de 2013, antes da Copa das Confederações.

    - Já na Copa do Mundo, o Tom Jobim será um aeroporto mais moderno. Nosso objetivo é fazer com que haja uma reciclagem nas lojas comerciais para que possamos fazer um upgrade. Este é um grande projeto, elaborado junto da nova concepção do aeroporto, que está passando por melhorias de infraestrutura, com reformas de pistas e intervenções nos terminais. Temos que ajustar estas obras com o novo mix comercial - explica Abibe Ferreira Júnior, acrescentando que os gastos com a ampliação das lojas está incluído no orçamento total a ser investimento no aeroporto até a Copa: R$ 813 milhões.

    Contratos em vigor seguirão prazos

    Com a implantação do novo mix comercial, aprovado semana passada pela diretoria da Infraero, a estatal promete, enfim, acabar com as áreas do aeroporto até então desocupadas, como é o caso do mezanino do Terminal 2, onde será inaugurado um restaurante de 1,1 mil metros quadrados com funcionamento 24 horas. Um outro restaurante vai ser instalado no setor de embarque do Terminal 2.

    - Atualmente, o passageiro só conta com um restaurante localizado no Terminal 1, que está há pelo menos 15 anos operando no espaço. Os contratos que estão em vigor seguirão seus prazos, mas nosso objetivo é melhorar a praça de alimentação e renovar, atraindo lojas que não temos, dando um aspecto de shopping. Este restaurante maior, da área pública, queremos que seja um de nome - disse o superintendente.

    Atualmente, há 233 lojas no Tom Jobim, que depois da reforma vai passar a ter 329 pontos comerciais. Dos 96 novos espaços, 34 serão licitados para o ramo da alimentação, e 62 para empresas de varejo e de serviço, como aluguel de carro. As principais novidades vão funcionar no Terminal 2, que até 2013 vai concentrar o embarque e desembarque internacional. Além dos dois restaurantes, o terminal terá um freeshop de 3,8 mil metros quadrados, uma lanchonete popular (com preços do cafezinho e de outros 14 produtos controlados) e uma área para sonecas, o "Fast Sleep", que deve ter entre 15 e 20 cabines, com cama, ar-condicionado e banheiro.

    - Alguns detalhes do projeto ainda estão sendo detalhados, como o número de cabines do "Fast Sleep", um serviço essencial para aeroportos que recebem muitas conexões. O viajante poderá alugar a cabine e tirar uma soneca, aguardando a hora do embarque. Trata-se de um espaço perfeito para ser usado naqueles casos em que o voo é cancelado por problemas meteorológicos, por exemplo -diz Abibe, que pretende instalar no Tom Jobim um serviço semelhante ao que existe no aeroporto Charles de Gaulle, em Paris.

    Na áreas de embarque dos dois terminais, a ideia é que os passageiros encontrem maior variedade de lojas de atendimento rápido. Além disso, explica o superintendente da Infraero, a estatal quer que produtos de grife e de mais qualidade passem a ser comercializados nos terminais.

    -No Terminal 2, teremos alguns atendimentos rápidos perto do saguão do embarque, uma lanchonete, três lojas de roupa. Vamos ampliar a oferta principalmente de alimentação. Com relação às lojas de roupas, podemos exigir na licitação que sejam lojas de marca própria - informou Abibe.

    Para Associação Brasileira Associação Brasileira da Indústria de Hotéis do Rio de Janeiro (ABIH-RJ), a notícia desta mudança de perfil do comércio do Tom Jobim deve ser comemorada pelo setor de turismo:

    - Não conheço em detalhes as mudanças, mas digo que qualquer investimento, qualquer reforma que se faça no Galeão já está valendo, porque, como está, o aeroporto só nos dá motivo para críticas - diz Paulo Michel, vice-presidente da ABIH-RJ.

    As mudanças foram bem recebidas até por quem trabalha nas atuais lojas do aeroporto. Pedro Ferro, de 48 anos, gerente da lanchonete Gate Zero, que fica na praça de alimentação do mezanino do Terminal 2, conta que ouve muita reclamação dos turistas por conta da falta de um serviço melhor de restaurante:

    - As pessoa perguntam sempre onde podem sentar com calma e serem atendidas por garçom, pedir à la carte. E aqui só tem fast food, infelizmente.

    A estudante baiana Luna Andrade, de 22 anos, que veio passar o carnaval na cidade, é categórica:

    - É um absurdo o aeroporto do Rio não ter uma oferta melhor de comida e de lojas. Tomara que essa melhoria aconteça de fato. Ficamos esperando os voos e não tem nem onde sentar com mais conforto.

    Aeroporto receberá 44 milhões por ano

    De acordo com a Infraero, em 2011 o Galeão registrou um movimento recorde de passageiros e aeronaves desde sua inauguração, em 1977. No total do ano, o Galeão contabilizou 14.926.798 passageiros e 139.442 aeronaves (entre pousos e decolagens). Em relação a 2010, o aeroporto teve um crescimento de 21% no número de passageiros e de 13%, em aeronaves. A estatal planeja até o fim de 2013 estrear todo o Terminal 2, o único com voos internacionais, e alcançar novo nível de conforto. Vai ainda reformar todo o Terminal 1, e preparar pistas e pátios para receber o A380, o maior avião de passageiros do mundo. O objetivo é elevar a capacidade de 18 milhões de passageiros por ano para 44 milhões.

     

     


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