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  • Valor Econômico
    16/12/2011

    Terminal de Guarulhos fica pronto só em 2012
    André Borges

    A construção do terceiro terminal de passageiros do aeroporto de Guarulhos (SP), contratada em regime de urgência pela Infraero para atender o aumento da movimentação deste fim de ano, não vai ficar pronta antes de 31 de dezembro. O desabamento do teto do terminal, tornou o atraso inevitável.

    O adiamento, que tinha sido negado pelo governo, foi confirmado ao Valor pelo presidente da Infraero, Gustavo Vale. "O plano era inaugurar o terminal dia 20, mas com o incidente as coisas mudaram. Ficou impossível concluir o trabalho antes do Réveillon."

    A Infraero enfrentou críticas, inclusive do Tribunal de Contas da União (TCU), por ter contratado sem licitação a empresa Delta Construções para tocar as obras em Cumbica. O contrato, no valor de R$ 85,75 milhões, firmado em julho, dá 180 dias para que a Delta conclua o serviço. Como o prazo se encerra em 21 de janeiro, não há quebra de acordo configurada.

    As razões que levaram a Infraero a bancar uma contratação sem o processo licitatório, no entanto, caíram por terra. Quando fechou o contrato, a estatal argumentou que a urgência da obra era necessária para evitar um apagão aéreo no fim do ano.

    "Aconteceu um problema, um incidente. O que podemos fazer? Paciência. Como não teremos a estrutura disponível, vamos buscar uma forma de diminuir os problemas em Cumbica, que fatalmente vão ocorrer", disse Vale.

    O presidente da Infraero afirmou que cerca de 200 colaboradores da empresa serão deslocados para o atendimento em Cumbica nas duas próximas semanas. "Estamos alinhando ações com as companhias aéreas e a Receita Federal. Todas as folgas estão suspensas nos próximos dias. Até o pessoal do setor administrativo vai ajudar nas operações. Agora vamos ter que resolver as coisas no braço."

    As causas da queda do teto do terminal em construção estão sendo apuradas pela Polícia Federal, Infraero e pela Delta. Segundo Vale, cerca de mil metros da proteção da cobertura do terminal desabaram. A Infraero decidiu trocar todos os 7 mil metros da estrutura, para evitar novos riscos de segurança. "Os fabricantes foram acionados para fazer uma nova estrutura, mas esse tipo de material não tem pronta entrega, vamos ter de aguardar", disse.

    Procurada pelo Valor, a Delta não quis se pronunciar sobre o assunto. Em relatório divulgado em setembro, os auditores do TCU chamaram a atenção para a "falta de comprovação de capacidade técnica da empresa contratada para a execução do objeto contratado". A Infraero, no entanto, garantiu que iria realizar "rigoroso controle na fiscalização e no acompanhamento da execução" da obra.

    No dia do incidente em Guarulhos, o ministro-chefe da Secretaria de Aviação Civil, Wagner Bittencourt, chegou a garantir que a entrega do novo terminal ocorreria no dia 20.

    A capacidade de atendimento do novo terminal é de 5,5 milhões de passageiros por ano. Em 2010, o aeroporto teve crescimento de 23% no volume de passageiros sobre o ano anterior, recebendo 26,8 milhões de pessoas. No primeiro semestre deste ano, a alta foi de 16% sobre igual período de 2010. A previsão é que 31,5 milhões de passageiros passem pelo aeroporto até o dia 31.

     

     

    Valor Econômico
    16/12/2011

    Subsidiária da American anuncia corte de empregos

    A American Eagle, subsidiária regional da American Airlines, poderá demitir 223 pilotos e comissários baseados no Texas, em fevereiro, como parte do seu plano de cortar custos durante o processo de concordata da holding AMR, aprovado pela Corte americana no início deste mês, informou ontem a Associated Press.

    A American Eagle notificou as autoridades do Texas sobre as licenças no mesmo dia em que o CEO da AMR, Thomas W. Horton, avisou aos seus funcionários que o processo de concordata poderá significar demissões e decisões impopulares. A vice-presidente da American Eagle, Cathy McCann, disse às autoridades do Texas, por meio de carta, que 119 pilotos e 104 comissários poderão perder seus empregos por volta do dia 13 de fevereiro.

    O porta-voz da American Eagle, Ed Martelle, afirmou que existe uma forte possibilidade de a companhia devolver aeronaves operadas entre o Texas e outros destinos americanos às empresas de leasing em meados de janeiro. A American Airlines, a terceira maior companhia aérea americana, tem em torno de 74 mil funcionários. A American Eagle conta com 14 mil trabalhadores.

    A AMR entrou com o pedido de concordata no dia 29 de novembro, com o objetivo de reduzir sua dívida, seus gastos com leasing e seus custos trabalhistas durante esse processo. A AMR também pretende reduzir a capacidade de suas empresas em 2,5% em três meses.

     

     

    Folha de São Paulo
    16/12/2011

    Reunião tenta evitar greve no setor aéreo
    MARIANA BARBOSA

    O Ministério Público do Trabalho agendou reunião de conciliação com trabalhadores e empresas aéreas para a próxima segunda, em Brasília. O encontro foi pedido pelos sindicatos de aeronautas (pilotos e comissários) e aeroviários (trabalhadores em terra) ligados à Força Sindical.

    "Vamos tentar avançar no processo de negociação sem a necessidade de greve", diz Ricardo Pereira, coordenador de liberdade sindical do MPT.

    "A greve está anunciada, mas ainda não foi formalizada."

    Hoje os sindicatos ligados à CUT devem realizar assembleia para homologar a greve. Os sindicatos ameaçam cruzar os braços por 24 horas no dia 22.

    Reunião entre sindicatos ligados à CUT e empresas aéreas foi realizada ontem, mas terminou sem definição. Os trabalhadores pedem reajuste de até 14%, e as empresas oferecem 3%.

     

     

    Folha de São Paulo
    16/12/2011

    Cade dá 5 dias para Raízen vender bens usados para abastecer aviões
    Conselho determina venda para evitar concentração no mercado de combustíveis para aviação - Empresa resultante da fusão entre a Shell e a Cosan, dona da Esso, está em reta final de negociação com a BP
    LORENNA RODRIGUES

    A Raízen -a empresa resultante da fusão entre a Shell e a Cosan, dona da Esso- terá cinco dias para vender ativos utilizados no abastecimento de aeronaves em alguns dos principais aeroportos brasileiros. Os bens, que serão vendidos por ordem do Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica), estão sendo negociados com a BP. Em nota, a Raízen afirmou que já fechou a negociação e está em fase final do contrato de compra e venda.

    O novo prazo foi dado ontem pelo conselho a pedido da Raízen, que promete não prorrogá-lo.

    O Cade ordenou a venda dos bens em fevereiro, ao analisar a compra da Jacta

    -braço da Cosan responsável pela comercialização de combustível de aviação- pela Shell, em 2009. A operação ocorreu antes da criação da Raízen, no ano passado.

    O órgão entendeu que a aquisição da Jacta pela Shell concentrou grande parte do mercado nas mãos da Raízen, que passou a competir apenas com a BR Distribuidora em aeroportos como Guarulhos, Viracopos (SP) e Tom Jobim, no Rio.

    DESMONTE

    Por isso, determinou o desmonte da operação: a Raízen terá de se desfazer de toda estrutura de abastecimento em sete terminais e poderá manter somente operações da Jacta fora dos aeroportos, como o transporte de combustível.

    Em fevereiro, o Cade deu 90 dias para que a ordem fosse cumprida. A Raízen, porém, recorreu ao conselho por duas vezes e, apesar de ter os pedidos negados, arrastou o prazo até dezembro.

    Ontem, o conselho acatou novo pedido de adiamento do prazo feito pela empresa, mas deu apenas mais cinco dias para que ele seja cumprido.

    Advogados da Raízen disseram que não haverá problemas para cumprir o prazo estipulado pelo Cade. A BP afirmou que não se pronunciaria sobre as negociações.

    Como foi a decisão do Cade para a Shell

    COMPRA DA JACTA

    Em 2009, a Shell comprou a subsidiária da Cosan. No ano seguinte, uniu-se à Cosan, criando a Raízen. Em fevereiro de 2010, o Cade determinou a venda de ativos da Jacta. Ontem, o conselho deu cinco dias para a Shell vender a Jacta. O negócio deve ser realizado com a BP.

    COMO SERIA COM A NOVA LEI DO CADE

    ANÁLISE PRÉVIA

    A operação só seria realizada após análise do Cade. A Shell teria que comunicar a intenção de comprar a Jacta da Cosan, dando ao conselho até 240 dias para analisar o pedido. Durante o período, as empresas não atuariam conjuntamente. Só então o Cade daria aval ao negócio.

     

     

    Folha de São Paulo
    16/12/2011

    Leilão de aeroportos será em fevereiro
    Preço mínimo de outorga para Cumbica, Viracopos e Brasília sobe de R$ 2,9 bi para R$ 5,5 bi; Infraero deterá 49% deles
    JOSÉ ERNESTO CREDENDIO

    O governo marcou para 6 de fevereiro o leilão de concessão dos aeroportos de Cumbica, em Guarulhos, Brasília e Viracopos, em Campinas, e estabeleceu um modelo que obriga a participação de operadores estrangeiros nos consórcios. O preço mínimo de outorga foi elevado de forma substancial, passando de R$ 2,9 bilhões para R$ 5,5 bilhões para os três lotes, após recomendação do TCU (Tribunal de Contas da União).

    O edital, finalizado às pressas ontem à tarde pela Anac (Agência Nacional de Aviação Civil), seria publicado em edição extra do "Diário Oficial da União".

    A necessidade de constituir grupos com participação internacional ocorre porque a agência exige que os consórcios tenham participação mínima de 5% de um operador que comprove experiência de gestão de aeroportos com movimento de pelo menos 5 milhões de passageiros ao ano por um período mínimo de cinco anos.

    No Brasil, somente a Infraero (Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária) tem aeroportos com essa capacidade operacional. O edital já exige, porém, que a estatal detenha 49% de participação dos três consórcios.

    O secretário-executivo de Aviação Civil, Cleverson Aroeira, defendeu a necessidade de o país incorporar tecnologias internacionais no setor.

    "Vamos difundir melhores práticas de gestão até na própria Infraero."

    Além de controlar 49% da SPE (Sociedade de Propósito Específico) que gerenciará os aeroportos, a Infraero ainda terá o poder de avaliar os preços de obras previstas.

    Isso porque, como grandes empreiteiras nacionais vão compor os grupos, existe o temor de que elas próprias sejam contratadas para as obras dos aeroportos e inflem o valor dos investimentos.

    Após pressões dos principais operadores do mundo, a Anac também decidiu permitir que companhias aéreas detenham até 2% do consórcio, o dobro do previsto nos estudos anteriores.

    O presidente da Anac, Marcelo Guaranys, disse que essa mudança vai provocar maior concorrência no pregão. "Garantir 1% é difícil, porque a constituição desses grupos é muito complexa."

    A agência fixou em R$ 3,4 bilhões (Cumbica), R$ 1,471 bilhão (Viracopos) e R$ 582 milhões (Brasília) os valores mínimos da outorga a ser paga. Ganha o grupo que oferecer o maior valor, mas nenhum poderá assumir mais de um aeroporto.

    O maior volume de investimento é previsto para Viracopos, de R$ 8,7 bilhões, o que faz parte do plano de transformar o aeroporto de Campinas no principal do país na década de 2020.

     

     


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