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  • Folha On Line
    05/05/2011

    Passageiros esperam quase 5 horas após problema em avião da TAM
    MARIANA DESIDÉRIO

    Passageiros de um avião da TAM foram obrigados a esperar mais de cinco horas para decolar do aeroporto de Guarulhos (Grande SP) para Florianópolis (SC), nesta quinta-feira, porque a aeronave precisou passar por uma manutenção.

    O voo 3185 estava previsto para sair às 15h40 e, de acordo com a empresa aérea, os passageiros foram realocados em outra aeronave, que decolou por volta das 20h. A companhia não deu detalhes sobre o problema no avião.

    Segundo passageiros, o voo foi adiado, inicialmente em uma hora, devido a uma falha no ar-condicionado. Eles dizem que embarcaram novamente após a suposta resolução do problema, mas que a viagem foi novamente cancelada.

    'Quando estávamos na pista para arremeter, o comandante abortou o voo dizendo que o motor do avião estava com problemas', afirma o documentarista Carlos Alberto Vicalvi, 57, que viajava com a mulher e o filho.

    'É uma falta de respeito por parte da companhia', disse o bancário Marcos Paulo Pena, 32. Ele ia para Florianópolis a trabalho e afirmou ter perdido compromissos.

    A TAM foi questionada pela reportagem sobre o possível problema no motor, mas respondeu apenas que a aeronave precisou de manutenção. 'A companhia pede desculpas aos passageiros pelos transtornos causados', informou a empresa em nota.

    GOIÂNIA

    Um outro avião da TAM teve problemas nesta quinta-feira. A aeronave, que havia saído de Guarulhos e ia para Caldas Novas (GO), apresentou um falha no sistema hidráulico e fez um pouso não programado no aeroporto de Goiânia.

    Segundo a TAM, a aeronave pousou às 16h10, e os passageiros seguiram viagem via terrestre até Caldas Novas.

     

     

    Valor Econômico
    05/05/2011

    Lufthansa reduz perda no primeiro trimestre
    Cornelius Rahn

    A alemã Lufthansa, segunda maior empresa aérea da Europa, divulgou ontem prejuízo operacional de € 227 milhões no primeiro trimestre, ante € 330 milhões do mesmo período de 2010, beneficiada pela recuperação da economia, que elevou a demanda por transporte de cargas e passageiros. A previsão média de nove analistas consultados pela Bloomberg era de perdas de € 247 milhões.

    O tráfego de passageiros cresceu 6,9% no trimestre, o que contribuiu para elevar as vendas em 10%, para € 6,4 bilhões. O prejuízo líquido aumentou de € 298 milhões para € 507 milhões, incluindo baixa contábil de € 292 milhões referente às operações de hedge.

    "O negócio operacional mostrou-se como eu esperava, mas os efeitos contábeis foram altos demais e exigirão uma explanação", disse Uwe Weinreich, analista da UniCredit, que classifica as ações da Lufthansa com recomendação de "manter". "Suponho que são relacionados ao hedge de combustível, câmbio e juros."

    As ações da Lufthansa, que define lucro operacional como o lucro antes de impostos e juros, ajustado para ganhos e perdas relacionadas aos ativos e investimentos financeiros, acumulam desvalorização de 11% no ano. O valor de mercado da empresa é de € 6,6 bilhões.

    As margens de lucro vêm sendo espremidas pelo aumento no custo dos combustíveis, após o petróleo bruto ter atingido em 2 de maio a maior cotação em dois anos e meio, e a Lufthansa espera cortar outras despesas para compensar o impacto, disse o executivo-chefe da companhia, Christoph Franz.

    O aumento no tráfego foi contido pela clima de tensão no Oriente Médio, que reduziu a demanda por rotas atendidas pelas subsidiárias Austrian Airlines e British Midland, e pelo terremoto e tsunami no Japão em 11 de março, que levou a Lufthansa a modificar seus voos para o país.

    Os lucros das empresas aéreas cairão quase 50% neste ano, por causa da alta do petróleo, conforme previsão da Associação Internacional de Transporte Aéreo (Iata, na sigla em inglês), divulgada em 2 de março.

    A meta da Lufthansa é cortar custos anuais de € 1 bilhão, na comparação entre os números de 2008 e 2011. Desse total, pelo menos € 350 milhões referem-se a cortes previstos para este ano. A Lufthansa planeja tornar a unidade austríaca lucrativa neste ano. A British Midland ainda terá prejuízo, disse Franz, na terça-feira.

    A Lufthansa contabilizou lucro líquido de € 1,1 bilhão em 2010, melhor resultado anual desde 2007.

     

     

    O Globo
    05/05/2011

    Sata consegue evitar falência e segue operando
    Com liminar, empresa continua seu plano de recuperação judicial

    A Sata (Serviços Auxiliares de Transporte Aéreo), que chegou a ser uma das maiores empresas de apoio aeroportuário do país, conseguiu suspender na última segunda-feira a sua falência, que havia sido decretada no dia 27 de abril pela 43 Vara Empresarial do Tribunal de Justiça do Rio (TJ-RJ). Com isso, a empresa, que conta com 500 funcionários, se mantém em recuperação judicial. A decisão foi tomada pela desembargadora Marília de Castro Neves da 20ª Câmara Cível.

    João Luis Bernes, presidente da Sata, diz que a liminar permite que a empresa continue operando até que haja julgamento do recurso feito pela Sata. Com dívidas estimadas pela empresa entre RS200 milhões e RS230 milhões — o TJ calcula o rombo em RS433 milhões —, 100% dos credores aprovaram a recuperação judicial, iniciada em 2009.

    A Sata é controlada pela Fundação Ruben Berta Participações, braço financeiro da Ruben Berta, ex-dona do Grupo Varig. Segundo Bernes, com a crise na Varig, a Sata demitiu 4 mil funcionários, entre 2005 e 2006.:

    — A Varig respondia por 65% das receitas. Hoje, nosso foco é em empresas de carga — disse Bernes.

     

     

    O Globo
    05/05/2011

    BB e fundos estatais investirão em aeroportos
    Instituições se preparam para financiar interessados em participar das concessões no país, apostando em ganhos
    Patrícia Duarte

    BRASÍLIA. Enquanto o governo define os detalhes da concessão dos grandes aeroportos do país, investidores e instituições financeiras públicas já se preparam para participar do negócio. O Banco do Brasil e os grandes fundos de pensão de funcionários de estatais — Previ (BB), Petros (Petrobras) e Funcef (Caixa Econômica Federal) —já estão estudando o processo de concessões e articulando sua participação, como financiador e sócio. Tanto o BB como os fundos veem bom potencial de ganhos em todos os cinco terminais que serão colocados à disposição pelo governo: Guarulhos (SP), Brasília. Viracopos (SP), Galeão e Confins (Belo Horizonte).

    — Vai depender do modelo de concessão, mas certamente é um bom negócio — afirmou uma importante fonte de um dos interessados.

    Os grandes fundos de pensão vão participar das licitações por meio da Invepar, empresa criada para investir em projetos de infraestrutura, que tem como sócios Previ, Petros. Funcef e a construtora OAS. A Invepar já tem seis importantes concessões, entre elas a do Metrô do Rio, e é sócia da Vale.

    Hoje, o patrimônio líquido da Invepar está na casa de R$1 bilhão, mas os sócios já acertaram injeções de recursos novos para disputar os aeroportos. A ideia é formar consórcios com outros interessados.

    5 aeroportos podem receber R$5 bi em investimentos

    No campo financeiro, também é grande a movimentação. A fim de participar das concessões como financiador dos consórcios, o BB já fez estudos sobre o setor. A avaliação, baseada na crescente demanda por voos, é que há um excelente potencial de negócios.

    Além disso, o governo tornou a concessão atraente ao escolher justamente os aeroportos de maior importância e com o maior número de frequências. O BB, no entanto, descarta a possibilidade de fazer parte de um consórcio como sócio.

    No governo, impera a certeza de que outros grandes bancos — inclusive os privados — também oferecerão crédito para os investidores nas concessões. Vários grupos interessados já estão conversando com os bancos, como as próprias companhias aéreas, empreiteiras e concessionárias de rodovias.

    O BNDES também já informou ter uma linha de crédito para os interessados nas concessões.

    — Estima-se que os investimentos nesses cinco aeroportos chegariam a cerca de R$ 5 bilhões. Não é muito pelo potencial de ganho. Não vai faltar financiamento — afirmou uma fonte do governo próxima ao assunto.

    Como O GLOBO mostrou na semana passada, três grupos já conversaram com o Palácio do Planalto e demonstraram interesse nas concessões: companhias estrangeiras de operação de terminais aeroportuários (como a alemã Fraport), as grandes empresas aéreas brasileiras e as principais empreiteiras nacionais.

     

     

    O Globo
    05/05/2011

    Presidente da TAP teme aumento de custos
    Companhia portuguesa não tem interesse em participar de licitações no Brasil

    PORTO ALEGRE. O presidente da companhia aérea portuguesa TAR Fernando Pinto, teme que as licitações de terminais no Brasil acabem elevando os custos das empresas. Como conselheiro da Associação Internacional de Transporte Aéreo (lata), ele defende que a a regulamentação dessas licitações seja rigorosa.

    —A grande preocupação da Iata é de que o aeroporto é um monopólio. Se entregarmos isso para uma empresa privada sem os controles necessários e sem um contrato de concessão muito bem feito, ela poderá cobrar da empresa aérea a margem (de lucro) que quiser. “Quer voar pra cá, tem que pagar”. Isso não pode ser assim — afirmou Pinto ontem em reunião da associação empresarial gaúcha, a Federasul.

    Ele disse ainda que a TAP não tem interesse em participar das licitações dos terminais aeroportuários no Brasil. Mas ressaltou que a privatização do setor pode permitir que a infraestrutura acompanhe o crescimento do mercado nacional. Tanto a concessão completa da operação quanto o lançamento de editais restritos à administração dos terminais são opções válidas, afirmou, deixando claro preferir a segunda opção:

    — Na mesma pista você pode ter mais de um terminal. O investimento seria para fazer um terminal melhor do que outro e, assim, atrair mais empresas do que o do concorrente. No terminal pode haver competição, na pista não.

    Pinto afirmou que, no Brasil, o fluxo de voos está crescendo a uma velocidade chinesa e que esse aumento de demanda surpreendeu a todos. Em sua opinião, o grande desafio será equacionar o fluxo extraordinário de turistas durante a Copa de 2014 com essa expansão natural do mercado interno e com o retorno à normalidade depois do evento:

    — Não adianta ter um aeroporto enorme que de repente não é mais utilizado — disse Pinto, lembrando que Portugal, na ocasião da Eurocopa 2004, criou terminais provisórios e usou bases aéreas militares para escoar o excesso de passageiros.

    Em 12 de junho, a TAP passa ater voos diretos entre Porto Alegre e Lisboa.

    (Naira Hofmeister, especial para O GLOBO)

     

     

    Folha de São Paulo
    05/05/2011

    Operação de resgate de corpos do fundo do mar é iniciada

    DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS - Começou ontem a operação para resgatar os corpos dos passageiros do voo 447 da Air France, que caiu no oceano Atlântico em 2009 com 228 pessoas a bordo.
    Uma pessoa ligada à operação do BEA, órgão francês responsável pela investigação, disse que, por enquanto, nenhum corpo foi resgatado.
    A equipe mantém prudência, sobretudo devido ao fato de que os corpos ficaram muito tempo submersos.
    O Tribunal de Justiça do Rio elevou ontem de R$ 1,22 milhão para R$ 1,6 milhão a indenização por danos morais devida pela Air France à família de uma psicóloga de 31 anos morta no acidente.
    A decisão foi a primeira de um colegiado sobre o tema -outras ações ainda não chegaram à segunda instância.
    Ainda cabe recurso especial ao STJ. A família da vítima vai recorrer, diz seu advogado. A Air France não se manifestou.

     

     

    O Estado de São Paulo
    05/05/2011

    Ainda os aeroportos... vamos esperar
    Josef Barat

    Recente Nota Técnica elaborada pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) mostra que, em 2010, 14 dos 20 maiores aeroportos administrados pela Infraero operaram acima da sua capacidade nominal. Isso porque, de 2003 a 2010, o número de passageiros/ano passou de 71 milhões para 154 milhões - um crescimento médio anual acima de 10%. Mas os investimentos realizados nesse período não removeram os enormes gargalos que travam o desenvolvimento do transporte aéreo e infernizam a vida de passageiros e tripulantes.

    Embora atingindo R$ 8,8 bilhões (média anual de R$ 1,1 bilhão), as aplicações feitas por Infraero e Orçamento Fiscal não solucionaram as insuficiências ou deficiências nos diversos componentes da infraestrutura aeroportuária (pistas, pátios, controle de tráfego, acessos e estacionamentos e terminais de passageiros e cargas) diante do acelerado crescimento da demanda. Os planos, projetos e ações de longo alcance foram preteridos em favor de medidas paliativas e pontuais, dificultando o encaminhamento de soluções mais duradouras. A nota ressalta que o nível mais elevado de investimentos (R$ 1,5 bilhão) ocorreu em 2006, justamente no auge do "apagão aéreo". Neste ano, o custo dos congestionamentos provocados pelo apagão foi estimado em R$ 1 bilhão.

    Vários estudos realizados em 2009 e 2010 - entre eles um mais amplo, feito pelo Ipea; um da Coppe-UFRJ; um feito pela MacKinsey para o BNDES; e um da Fiesp - apontaram, em horizontes variáveis de tempo, uma futura média anual de investimentos em torno de R$ 1,5 bilhão, pouco mais elevada que a de 2003 a 2010. São previsões otimistas, tendo em vista a pressão decorrente da realização da Copa e da Olimpíada, eventos importantes para mobilizar a opinião pública em relação ao problema dos aeroportos e pressionar o governo.

    Mas cabe lembrar que o planejamento e a remoção dos gargalos não podem ter a Copa como horizonte temporal. Até porque a nota do Ipea aponta para a saturação dos principais aeroportos logo depois de realizados os investimentos previstos para o evento. Para ficar num exemplo, se a capacidade de Guarulhos passar dos atuais 20,5 milhões de passageiros/ano para 35 milhões em 2014, a tendência de crescimento da demanda aponta, para este ano, uma movimentação de 39 milhões. Da mesma forma, Brasília, Confins, Porto Alegre e outros já estariam saturados finda a Copa. Se, para cada 1% do crescimento do PIB, a demanda pelo transporte aéreo respondeu com 3,2%, entre 2003 e 2010, as previsões consideraram uma elasticidade-renda bem inferior, de 2%. O quadro é preocupante e exige mudanças radicais de atitude do governo.

    Um sistema complexo com vários segmentos que se articulam, como o da aviação civil, impõe uma competente coordenação e gestão de riscos. A restrição de capacidade num dos segmentos afeta a capacidade dos demais. Se as empresas aéreas atenderam a um crescimento de 80% da demanda com acréscimo de 20% nas frotas, isso é sinal de que operam com melhores modelos operacionais e utilização das aeronaves. Mas, se as infraestruturas, aeroportuária ou aeronáutica, não oferecem condições de acompanhar as novas formas de operação, o sistema como um todo corre o risco contínuo de colapso.

    A criação da Secretaria de Aviação Civil pode ser uma solução, mas traz um problema: tirou do sistema uma unidade alcançada no Ministério da Defesa com a vinculação da Infraero, Anac, Decea e Cenipa à mesma autoridade. Por outro lado, se a participação do capital privado é bem-vinda, não se têm ainda modelagens consistentes, capazes de dar sustentação aos processos licitatórios em tão curto espaço de tempo.

    O debate provocado pela nota do Ipea faz lembrar uma entrevista do rabino Sobel. Sua resposta sobre a pendência de dois milênios entre judeus e cristãos quanto ao Messias foi: "Vamos esperar! Se, ao chegar, disser que está vindo pela primeira vez, os judeus tinham razão. Se disser que está voltando, os cristãos tinham razão". Esperemos, pois, a Copa para ver quem tem razão...

     

     


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