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  • Revista Fator
    18/06/2010

    ABSA Cargo Airline anuncia nova rota doméstica ligando São Paulo ao nordeste
    Companhia foca novos mercados com ampliação da malha aérea para Recife e Fortaleza a partir do dia 22 de junho.

    Depois de Manaus, Recife e Fortaleza com conectividade para todo o nordeste. A ABSA Cargo Airline, empresa de carga aérea de bandeira brasileira, começa a operar nas duas capitais nordestinas a partir do dia 22 de junho (terça-geira). Serão cinco voos semanais, de terça-feira a sábado, com um Boeing 767-300F, com capacidade para transportar até 57 toneladas de carga. Os voos sairão do Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos, às 4h30 com chegada prevista em Recife às 7h25 e, na capital cearense, às 9h35; retornando para São Paulo às 23 horas. Esta será a segunda rota doméstica operada pela companhia desde que a empresa retomou os voos no mercado interno, no ano passado, com a rota Guarulhos-Manaus-Guarulhos.

    A direção da companhia admite que o lançamento do novo trecho foi estimulado pelo sucesso alcançado com a primeira rota doméstica - que em maio contabilizou 52% de participação naquele mercado -, aliada a percepção da crescente demanda por transporte de carga no modal aéreo no nordeste do país. “A ABSA está sempre em busca de novas oportunidades e identificou no nordeste uma demanda não atendida, um espaço para crescer. Com a ampliação da malha aérea, a empresa passa a oferecer um produto de qualidade, alta confiabilidade e segurança a empresas de uma região em franca expansão e carente desses serviços”, afirma Alexandre Silva, gerente de Vendas da companhia.

    Silva acrescenta que, para o usuário, poder contar com uma aeronave de alto desempenho, baixo nível de manutenção, dedicada exclusivamente ao transporte de carga, com horários e programação fixos, significa maiores índices de competitividade. As projeções de crescimento na movimentação de cargas no Complexo Industrial Portuário de Suape e início de funcionamento da Refinaria Abreu e Lima, previsto para o próximo ano, são fatores que fazem a ABSA acreditar no aumento da demanda local por novos serviços.

    O gerente da ABSA aposta, ainda, que além do mercado doméstico, a nova rota ampliará a capacidade de exportação de produtos do nordeste brasileiro com boa aceitação no exterior. Como a região é atendida principalmente por aviões de pequeno porte, muitas empresas com produtos que poderiam ganhar o mercado internacional, acabam limitando seus negócios por causa das restrições impostas para o transporte de carga nestas aeronaves.

    “Com a nossa disponibilidade de espaço, podemos oferecer a estes produtores, sobretudo no caso dos perecíveis, um serviço melhor e uma maior capilaridade, que garanta colocar seus produtos em mais mercados, num espaço de tempo menor, mais adequado às necessidades de seus clientes”, pondera o representante da ABSA Cargo. A companhia projeta movimentar aproximadamente 6.500 toneladas na nova rota até o final do ano e trabalha com a expectativa de alcançar 35% de participação neste mercado até 2011.

    Projetando o futuro - O diretor executivo da ABSA Cargo Airline, Pablo Navarrete, explica que o grande investimento da empresa nessa rota é com a aeronave que está sendo destinada para os voos do trecho GRU-REC-FOR-GRU, um B767-300F, mas que já integra a frota da companhia. A estrutura montada nas duas capitais, por outro lado, não exigiu grandes recursos, mas deve gerar algo em torno de 80 empregos diretos e indiretos. “Esta rota consolida a presença da ABSA no mercado doméstico e apresenta novas opções aos usuários desse modal, que não ficam mais limitados aos porões de aeronaves de passageiros, aos horários e disponibilidade destes voos”.

    A ABSA Cargo Airline acredita que, em breve, as duas rotas domésticas operadas pela companhia possam responder por 55% do faturamento bruto da empresa gerado no Brasil, ou seja, sem considerar a receita importação. Considerando esta receita, este índice deve ficar em torno de 22%, explica Alexandre Silva. Segundo ele, a forte recuperação do mercado doméstico fez a empresa focar a operação doméstica e os resultados obtidos estimulam a avaliação de outros mercados. Por isso, não está descartada que esta nova rota, em uma segunda etapa, inclua também a capital baiana, Salvador.

    Mas isso não significa que a operação internacional será relegada pela empresa, afirma. “A ABSA conta hoje com duas unidades de negócios independentes, mas que se complementam. Nosso core business ainda é internacional. Mas continuamos avaliando a viabilidade de ampliar nossa malha, tanto dentro como fora do Brasil. E internamente, estudamos aumentar essa capilaridade até mesmo por meio de ligações rodoviárias e parceria com aéreas que atuam exclusivamente no segmento de passageiros”.

    Manaus – Com pouco mais de um ano, a rota GRU-MAO-GRU está consolidada. O sucesso é medido em números. Hoje, a ocupação nos dez voos semanais gira em torno de 97% e a rota já representa 38% no faturamento bruto da companhia - sem considerar as importações - em valores gerados no país, sendo tão rentável como outras rotas internacionais, comenta Silva. Esses números alçaram a cargueira brasileira à liderança entre as empresas aéreas que atuam nessa rota. Sem considerar as importações

    “A ABSA mantém seus investimentos pensando em crescer não só em frota, mas também em participação no mercado. Crescer em capacidade produtiva. Essa é mais uma prova de confiança da companhia na macroeconomia do país”, afirma Pablo Navarrete. Em breve, a cargueira brasileira recebe mais uma aeronave, elevando sua frota para três B767-300F.

    A empresa - A ABSA Cargo Airline está sediada no Aeroporto Internacional de Viracopos, em Campinas (SP) e mantêm filiais nos principais aeroportos do país. Em atividade desde 1995, a ABSA começou a operar voos regulares cargueiros em 2001 e conta atualmente com uma equipe de cerca de 300 funcionários. A frota própria da ABSA Cargo Airline conta com dois cargueiros Boeing 767-300F, com capacidade para transportar até 57 toneladas por viagem, incluindo itens como produtos perecíveis, animais vivos e artigos controlados.

    Em cooperação com outras conceituadas empresas no mundo da aviação, a ABSA Cargo Airline integra uma Aliança Estratégica de carga aérea com a LAN Cargo, e as filiais da LAN CARGO no México e na Colômbia, Mas Air e LANCO, respectivamente, que lhe garante oferecer uma das mais amplas malhas de destinos no mercado de exportação e importação, com cobertura de diferentes destinos em toda a América Latina, Estados Unidos, Europa, Ásia e Oceania.

     

     

    O Estado de São Paulo
    18/06/2010

    Equador reduz encomenda de Super Tucanos
    Serão seis jatos militares da Embraer a menos, em um pedido de 24; corte chega a US$ 57 milhões
    Roberto Godoy

    O governo do Equador decidiu reduzir em seis unidades a encomenda de 24 aviões Super Tucano, da Embraer. O contrato, estimado em US$ 270 milhões, está sendo cumprido desde março de 2009. O corte é avaliado em US$ 57 milhões.

     O presidente Rafael Correa anunciou a compra em maio de 2008, como resposta ao bombardeio, pela aviação da Colômbia, contra um acampamento do comando das Farc montado na fronteira equatoriana. Super Tucanos armados com bombas inteligentes foram usados na ação.

    O avião brasileiro de ataque leve é utilizado pelas forças de cinco nações - Brasil, Colômbia, Chile, República Dominicana e Equador. Um dos 170 aviões já vendidos é operado pela empresa Blackwater, prestadora de serviços militares terceirizados. Com sistemas eletrônicos de última geração e capacidade para levar até 1,5 tonelada de mísseis, bombas e foguetes - além de duas metralhadora .50 -, o turboélice é empregado pesadamente pela Força Aérea Brasileira, a FAB, que dispõe de 95 aviões. Com uma carteira acumulada próxima de US$ 1,5 bilhão, é o produto militar de maior sucesso da Embraer.

    Segundo o general Leonardo Barreiro, comandante da força aérea do Equador, a decisão foi tomada há um mês. "Antes da oficialização, tentamos vários tipos de manobras financeiras, infelizmente frustradas", disse. A situação da aviação de combate chefiada por Barreiro é crítica. Sua frota, formada por 12 caças Kfir, israelenses, e 13 Mirage F-1, franceses, não tem condições de uso efetivo.

    Doação de Chávez. No final de 2009, a Venezuela, de Hugo Chávez, doou ao Equador seis supersônicos Mirage 50, todos com mais de 25 anos de uso. Foram entregues revisados, sem programas de revitalização. A Força Aérea do Equador vai usar o dinheiro disponível com a redução na negociação com a Embraer para atualizar a tecnologia das aeronaves cedidas pela Venezuela - o que é considerado pouco provável, considerados o alto custo e o resultado pouco expressivo obtido por países como o Paquistão, que se empenharam em empreendimentos semelhantes com o mesmo tipo de avião.

    Um assessor técnico do Ministério da Defesa disse que o governo do Equador está considerando a possibilidade de comprar até 12 supersônicos Cheetah, da África do Sul, usados e revitalizados. Trata-se de uma versão avançada criada em 1986 pela companhia Denel Aviation, então conhecida como Atlas, do modelo francês Mirage III. A Espanha entrou na disputa pela escolha com um lote de Mirage F-1, mais modernos, que chegariam com sistemas digitais de navegação e combate.

    O mercado regional de equipamentos militares está em alta, e o segmento da aviação é um destaque. Dados de organizações que monitoram os gastos bélicos dos países indicam que a América do Sul é uma região cada vez mais armada. Segundo o Centro de Estudos Nueva Mayoría, em 2008 os países da região gastaram US$ 51,1 bilhões em defesa, 30% a mais do que em 2007. A Rede de Segurança e Defesa da América Latina estima que foram US$ 48 bilhões.

    Mas o volume dos gastos pode ser superior. A Venezuela, por exemplo, contabiliza a Defesa em um orçamento secreto.

     

     

    O Estado de São Paulo
    18/06/2010

    Voe comigo
    Celso Ming

    Há alguns anos, a única forma de acumular milhas para viajar de avião era viajar de avião. Hoje, há mil e uma maneiras diferentes de obter a mesma vantagem (veja o Confira). Pode-se encher o tanque do carro num posto de gasolina, pagar uma conta na padaria ou na floricultura ou, ainda, o serviço da manicure com o cartão de crédito. Pode-se, até mesmo, viajar de avião.

     Os programas de milhagem começaram como uma forma de fidelização dos clientes pelas companhias aéreas. Hoje são mais do que isso. São um produto que pode ser usado por uma enorme rede de parceiros (bancos, varejistas, restaurantes, hotéis, etc.) para que eles próprios não percam a clientela para o concorrente, graças a essa isca aí chamada crédito de milhagem.

    O consultor de aviação da Bain & Company, André Castellini, observa que esse tipo de parceria se tornou viável porque a possibilidade de viajar de graça ainda tem um valor emocional muito maior do que oferecer outros brindes. "A companhia área funciona mais ou menos como uma loja âncora em um shopping center: tem forte poder de atração e ajuda a produzir movimento para outras lojas."

    Um dia viajar de graça poderá deixar de ter o apelo que tem hoje. Mas esse dia parece distante e, enquanto isso, os programas de milhagem continuarão sendo muito mais do que uma simples oferta extra oferecida ao passageiro. São, mais que tudo, enormes fontes de receita e de lucro para as companhias aéreas.

    O Programa Fidelidade da TAM é exemplo disso. Em junho de 2009 foi criada uma unidade de negócios dentro da própria empresa somente para administrá-lo. Em outubro passado tornou-se uma empresa independente chamada Multiplus Fidelidade, que abriu capital na Bolsa em fevereiro deste ano. Com poucos meses de vida, a Multiplus teve um lucro líquido de R$ 7,5 milhões apenas no primeiro trimestre deste ano, contabiliza 6,9 milhões de participantes e já ultrapassou o até então líder do setor, o Smiles, da concorrente Gol, que soma 6,8 milhões.

    O Smiles também pretende crescer, mas não deve, pelo menos por enquanto, separar-se da Gol. Murilo Barbosa, diretor de marketing da companhia, avisa que o momento é de consolidação e recuperação do programa herdado da Varig e também de buscar um foco: "Queremos atrair os executivos, os chamados frequent flyers, ou seja, aquele público que voa com frequência."

    Falta saber até que ponto essa briga vai trazer algum benefício para o usuário, que nem sempre consegue agilidade nas trocas de crédito de milhagem por passagens aéreas. A resposta quem dá é o analista do setor de aviação do Credit Suisse, Luiz Otavio Campos. A expansão dos programas vai facilitar a acumulação de pontos e, consequentemente, a troca deles por passagens ou outros produtos. Mas ele diz que as esperadas promoções dependem mais de como o mercado está. "As companhias só fazem promoção quando os aviões estão vazios e não é o que está acontecendo agora", explica. Dados da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) mostram que, em relação ao mesmo período de 2009, a demanda por voos domésticos cresceu quase 30% de janeiro a maio deste ano. / COLABOROU ISADORA PERON

    Veja como eles erram

    Ontem, o presidente Lula se sentiu à vontade para fazer duras críticas aos chefes de Estado da União Europeia. A primeira, por demorarem demais para resolver uma crise inicialmente insignificante, como a da dívida da Grécia. A segunda foi dirigida diretamente ao governo da Alemanha, por arrochar a disciplina fiscal justamente no meio de uma crise. "Nessas horas, a gente tem de fazer o contrário, para não agravar o desemprego", ensinou Lula.

     

     


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