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  • Valor Econômico
    26/03/2013

    Gol culpa aumentos de combustível e tarifas por perda bilionária
    Daniela Meibak

    Os resultados operacionais da companhia aérea Gol foram pressionados pelo aumento nos preços dos combustíveis, segundo relatório da companhia divulgado nesta terça-feira. Em 2012 a empresa teve um aumento na despesa com combustível de R$ 680 milhões, cerca de 95% do prejuízo operacional ajustado de R$ 708,9 milhões. O prejuízo líquido foi de R$ 1,5 bilhão no período.

    A companhia afirmou que os resultados financeiros do ano passado refletem o cenário desafiador vivenciado pela indústria aérea nos últimos dois anos com aumento anual no preço de combustível de 18%, desvalorização do real frente ao dólar em 17% no ano e aumento acima de 30% nas tarifas aeroportuárias.

    A Gol teve ainda custos adicionais de R$ 197 milhões no quarto trimestre de 2012 referente ao fim das operações da Webjet e provisões para perda com ativos. Nos três últimos meses do ano passado, o prejuízo operacional ajustado foi de R$ 160,98 milhões e o líquido, de R$ 447 milhões.

    A companhia ajustou a sua oferta doméstica de assentos, reduzindo a capacidade em 5,4% nos 12 meses ante uma perspectiva inicial de redução de 2%. Na decisão, a empresa considerou o baixo crescimento do PIB, a taxa de câmbio e o aumento no preço do combustível, cenário que deve continuar em 2013 segundo a Gol.

    Parte do resultado da estratégia de ajuste de oferta doméstica já pode ser observado no resultado do ano, quando a GOL apresentou um aumento de 1,8 ponto percentual na taxa de ocupação de suas aeronaves no mercado doméstico, contribuindo para um aumento de 3,6% em sua receita por assento ofertado no ano de 2012, afirmou o presidente-executivo, Paulo Sérgio Kakinoff, na mensagem da administração.

    No mercado interno, a oferta no quarto trimestre apresentou queda de 15,5% na comparação anual, sobretudo por conta do redimensionamento da malha decorrente da retirada das aeronaves da Webjet da frota operacional. A demanda apresentou queda de 9,1%, também relacionada à redução de oferta. Como resultado, a taxa de ocupação no mercado interno apresentou um aumento de 5 pontos percentuais, atingindo 70,7% no trimestre, ante 65,7% no mesmo período de 2011.

     

     

    Valor Econômico
    26/03/2013

    Demanda recua 4% em fevereiro
    Alberto Komatsu

    A demanda doméstica por viagens aéreas registrou queda de 4,06% em fevereiro, na comparação anual, o segundo recuo consecutivo em 2013 e o pior resultado mensal desde maio de 2009, quando o índice ficou negativo em 6,52%, informou ontem a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac).

    A oferta de assentos nos voos domésticos teve redução de 10,96% em fevereiro, ante igual mês de 2012. Foi o sexto mês consecutivo de variação negativa nesse indicador, motivada pela redução de oferta protagonizado por Gol e TAM em voos domésticos. Foi também a maior diminuição de oferta no país desde novembro de 2003, quando a capacidade das aéreas teve recuo de 11,05%.

    A taxa média de ocupação dos aviões ficou em 72,02%, um crescimento de 5,18 pontos percentuais ante o mesmo mês de 2012. Foi o melhor desempenho para o mês de fevereiro desde 2000, início da série histórica da Anac.

    No primeiro bimestre, a demanda doméstica acumula queda de 2,26%, ante o mesmo período de 2012. A capacidade tem redução de 8,67% de janeiro a fevereiro, ante o primeiro bimestre de 2012.

    O fluxo de passageiros em voos para o exterior, entre as companhias aéreas brasileiras, cresceu 0,8% em fevereiro, ante o mesmo mês do ano passado. A oferta de assentos no mercado internacional teve aumento de 14,2% no mês passado, ante fevereiro de 2012. A taxa média de ocupação dos aviões foi de 70,49%, um recuo de 9,38 pontos percentuais na comparação com fevereiro de 2012.

    A TAM permaneceu, em fevereiro, na liderança do mercado doméstico, com 41,66% de participação, um aumento de 2,65 pontos percentuais ante o mesmo mês de 2012. A Gol respondeu por 34,08% dos voos nacionais, um recuo de 0,27%. Juntas, as duas responderam por 75,74% da demanda doméstica, um aumento de 2,38 pontos percentuais ante a fatia combinada de 73,36% um ano antes.

    Azul e Trip, em processo de fusão, representaram 16,8% dos voos nacionais, ante 14,27% de operação combinada em fevereiro de 2012. A Avianca ficou com 6,9% dos voos domésticos no mês passado, a quarta maior operação nacional. A companhia registrou crescimento de 1,92 ponto percentual em relação a fevereiro do ano passado.

    Juntas, Azul/Trip e Avianca responderam por 23,7% da demanda doméstica no mês passado, um aumento de 4,45 pontos percentuais ante os 19,25% de fevereiro de 2012.

     

     

    Folha de São Paulo
    26/03/2013

    Aviação doméstica encolhe 4% em fevereiro

    Com uma oferta menor de assentos por parte da TAM e da Gol, a demanda do setor aéreo encolheu 4% em fevereiro. Em janeiro, o setor já havia encolhido 0,8%. Devemos ter crescimento próximo de zero neste ano, diz o consultor André Castellini, da Bain & Co. A oferta de assentos vem encolhendo há seis meses, como parte da política da TAM e da Gol de tentar elevar a ocupação dos aviões para garantir mais rentabilidade.

    Na contramão das líderes, Avianca e Azul ganharam mercado, com mais oferta de assentos e aumento de demanda.

    A Azul cresceu 10,6% em fevereiro e, somada à Trip, já tem 16,8% do mercado. A Avianca cresceu 33% e chegou a 6,9% de participação.

    Apesar de reduzir a oferta em 12%, a TAM cresceu 2,5% e encerrou fevereiro com 41,6% de participação. Já a Gol perdeu mercado, ficando com 34% -a oferta caiu 5,8% e demanda, 4,8%.

    Ontem à noite, em comunicado ao mercado, a Gol divulgou que espera uma redução na oferta entre 8% e 10% no primeiro semestre.

    A companhia estima fechar o ano com queda de 7% na oferta.

    Já a oferta de assentos no mercado internacional teve aumento de 14,2% em fereiro em relação ao mesmo mês do ano passado.

     

     


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