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  • O Globo Online - 19:08h
    15/12/2012

    Gol recorre contra reintegração de funcionários e ações sobem

    A VRG Linhas Aéreas S.A., holding controladora das companhias aéreas Gol e Varig, e a Webjet Linhas Aéreas, entraram na última quarta-feira, 12, com um mandado de segurança na segunda instância do Tribunal Regional do Trabalho do Rio (TRT/RJ) contra a decisão do juiz Bruno de Paula Vieira Manzini, que concedeu liminar garantindo a reintegração de 850 funcionários da Webjet demitidos pela Gol há três semanas, após a compra da companhia aérea.

    A liminar concedida pelo juiz em primeira instância estabelece o pagamento de multa de R$ 20 mil para cada trabalhador demitido caso a empresa não cumpra da determinação de reintegrar os funcionários da Webjet. A Gol informou ao Valor que todos os 850 funcionários continuam demitidos.

    A questão pode ser definida na próxima terça-feira, 18, quando está marcada uma audiência para definir a realocação e/ou dispensa dos 850 funcionários de acordo com os parâmetros estabelecidos pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), órgão de defesa da concorrência.

    Na sua decisão, o juiz Bruno de Paula Vieira Manzini afirma que na operação de aquisição da Webjet estava "vedada a dispensa e/ou demissão injustificada, bem como transferência de pessoal", conforme prevê o Acordo de Preservação de Reversibilidade da Operação (Apro) firmado entre Gol e Webjet.

    Com o anúncio do recurso, as ações da Gol subiram 7,63% na bolsa de valores nesta sexta-feira.

     

     

    Folha de São Paulo
    15/12/2012

    Fim da Webjet faz voo de Porto Alegre a Floripa durar 5 horas
    Passageiros receberam opção de trocar voo direto de uma hora por outro com escala
    MARIANA BARBOSA

    O fim das operações da Webjet, em 23 de novembro, transformou um voo de uma hora, de Porto Alegre a Florianópolis, em cinco, com escala em Guarulhos. Essa foi a opção dada a alguns passageiros que compraram bilhetes da Webjet para voar em 29 de dezembro. Faltando menos de um mês para a viagem, o engenheiro Rafael Lopes recebeu a notícia do cancelamento de seu voo e da opção com escala em Guarulhos.

    "É um absurdo fazer uma escala em Guarulhos para ir para Florianópolis", diz Lopes. Ele conta que foi preciso fazer "algumas ligações" para conseguir falar com o setor de reacomodação e tentar um assento em voos de outras empresas, mas que estava difícil encontrar lugar.

    "A empresa ficou de me retornar, mas só depois que eu fui para as redes sociais e o site Reclame Aqui é que entraram em contato", afirma Lopes. A Gol diz que entrou em contato com o passageiro três vezes antes de ele retornar a ligação.

    Anteontem, Lopes conseguiu remarcar a passagem, para um voo direto da própria Gol. "Acho que colocaram um voo extra pois no começo não tinha essa opção. Agora vou chegar mais cedo até."

    A bancária Bruna Salton, que voaria no mesmo voo de Lopes, também recebeu a opção via Guarulhos. Mas preferiu o reembolso integral (R$ 158,56). "É um transtorno absurdo. Eu tinha me programado com antecedência, mas agora terei de ir de ônibus, pois a passagem para voar nessa época está custando mais de R$ 600."

    Há outros casos no Reclame Aqui, como o de uma passageira que voaria de São Paulo para Natal neste fim de ano, mas que recebeu a opção de um voo com duas escalas e dez horas de duração.

    Procurada, a Gol informou que os clientes que compraram bilhetes Webjet "foram reacomodados e as reclamações abertas estão sendo atendidas".

    A empresa diz ainda que disponibilizou voos "nas mesmas datas, horários e destinos" da Webjet. Mas, "em alguns casos", os clientes estão sendo reacomodados em outros voos da própria Gol ou de outras companhias.

     

     

    Folha de São Paulo
    15/12/2012

    Caos na entrega de passaporte com visto dos EUA faz turista perder voo
    Após imbróglio jurídico, consulado não consegue devolver o documento dentro do prazo - Advogado e professor de direito afirma que prejuízos causados pela remarcação de passagens é passível de indenização
    EDUARDO VASCONCELOS

    O atraso na entrega de passaportes brasileiros com visto norte-americano tem causado prejuízos a turistas que já estavam com viagens marcadas para as férias. Na porta do Centro de Atendimento ao Solicitante de Visto do Consulado dos Estados Unidos, no Alto de Pinheiros, zona oeste de São Paulo, são muitas as histórias de pessoas que perderam voos ou tiveram que remarcar viagens por não terem recebido o documento a tempo.

    Lá, mediante a retirada de uma senha, pessoas que esperam a devolução de seus passaportes conseguem marcar um horário para que funcionários verifiquem a situação do documento.

    TERCEIRA VIAGEM

    O empresário Antonio Paulo de Abreu Júnior, 50, saiu às 6h de Bragança Paulista (a 85 km de São Paulo) atrás do documento da filha, que mora no Paraná.

    Ontem, já era a terceira vez que ele viajava a São Paulo para tentar resolver o problema, mas não teve sucesso. "Minha filha faria um curso de férias nos EUA, mas já perdeu uma semana. Gastamos mais de R$ 1.000 com remarcação de passagens", disse.

    O engenheiro civil Antonio Jorge Faustino, 26, perdeu a viagem que faria no dia 24 de novembro. Ontem, o morador de Monte Azul Paulista (a 420 km de São Paulo) conseguiu o documento com o visto.

    Mesma sorte teve a economista Ana Maria Russo, 50, que chorou de emoção ao mostrar o passaporte, com visto, para a reportagem. "Minha viagem é dia 18, ia passar o Natal longe do meu filho, que mora nos EUA."

    Segundo o advogado e professor de direito Luiz Flávio Gomes, pessoas que tiveram prejuízos por causa do problema podem ter direito a indenização. "A responsabilidade da entrega é do consulado. As pessoas compram as passagens dentro da perspectiva de que o documento será entregue no prazo."

    O problema começou em 25 de outubro, quando a Justiça proibiu a empresa DHL de enviar os passaportes. A decisão foi baseada em uma ação dos Correios, que detêm o monopólio postal no país.

    No dia 27 de novembro, a Justiça suspendeu a liminar e permitiu a retomada do serviço, que ainda não foi normalizado devido ao acúmulo de passaportes, diz a DHL.

     

     


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