<< Início   < Próxima  | |  Anterior >   Última >>
  • Terra Noticias
    09/10/2012

    Embraer quer dobrar a participação de serviços aéreos

    A Embraer, a maior fabricante de jatos regionais do mundo, anunciou um novo centro de suporte nesta segunda-feira, investindo em serviços para impulsionar a fidelidade dos clientes em um mercado com agressivos novos entrantes. Ao agilizar os serviços por meio de um centro de apoio 24h, a Embraer tem como objetivo expandir o foco da unidade de substituição de peças de emergência para treinamentos de maior valor e de engenharia para operações de voo.

    O centro é parte do plano para dobrar a participação de serviços na receita de jatos regionais da Embraer em cinco anos, disse em entrevista o vice-presidente de serviços e suporte para aviação comercial, Hamilton Lima. Os serviços representaram cerca de 10% das receitas de jatos comerciais em 2010 e em 2011.

    Além de um impulso de curto prazo para a receita, o foco em serviços pretende a manter a fidelidade do cliente frente à chegada de concorrentes como a Sukhoi, da Rússia, e a japonesa Mitsubishi Aircraft, uma unidade da Mitsubishi Heavy Industries. Ambas estão lançandos jatos comerciais no segmento de 70 e 120 assentos.

    "Este mercado irá se tornar mais e mais competitivo. Haverá novos entrantes nos próximos anos", disse Lima. "Queremos consolidar nossa posição como número 1 em receita no segmento".

    A Embraer entregou 66% dos jatos regionais em todo o mundo em 2011, mais de duas vezes do que a canadense Bombardier.

    Mas uma frágil economia global desacelerou as encomendas de jatos regionais e o presidente-executivo da Embraer, Frederico Curado disse em julho que começou a ver pressão para baixar preços como resultado de uma competição maior.

    Amazon como Referência
    A ênfase nos serviços ao consumidor na aviação comercial acompanha uma mudança similar na aviação executiva, na qual a Embraer investiu em treinamento de pilotos e suporte para manter sua participação em um fraco mercado de jatos privados.

    Lima disse que a fabricante de jatos também está tentando explorar a demanda por serviços aéreos mais sofisticados, como a otimização de trajetos de voos para eficiência de combustível.

    Enquanto há 29 centros de serviços em todo o mundo de jatos regionais da Embraer, Lima vê o centro de São José dos Campos como o centro princpal das operações globais, seguindo as necessidades de cada companhia aérea e sugerindo serviços de valor agregado.

    "Eu quero ter a Amazon como referência", disse Lima, maravilhado com perfil de cliente da varejista online. "Você compra uma chupeta e a próxima coisa que você fica sabendo é que eles estão vendendo roupas de bebê e livros especiais para pais".

    A Embraer consolidou 100 funcionários no centro, que foi divulgado nesta segunda-feira em uma conferência de companhias aéreas que operam jatos comerciais da Embraer em Paris. A empresa não revelou o investimento total.

    Até março, Lima disse que até março o centro deve empregar a 200 pessoas. Os funcionários adicionais vão trabalhar com fornecedores da Embraer para acelerar os diagnósticos e tempo de resposta para os jatos em terra.

     

     

    Ultimo Segundo
    09/10/2012

    Novo julgamento dos pilotos do acidente da Gol será no próximo dia 15
    Julgamento vai ocorrer após o Ministério Público Federal em Mato Grosso contestar a pena de quatro anos e meio de detenção em regime semiaberto, estipulada no ano passado
    Agência Brasil

    O julgamento em segunda instância dos pilotos norte-americanos Joseph Lepore e Jan Paul Paladino, que comandavam o jato Legacy que se chocou com o avião da Gol na região amazônica e causou a morte de 154 pessoas, está marcado para o próximo dia 15 na Terceira Turma Criminal do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF1). O processo será apresentado pelo desembargador Tourinho Neto. No último dia 29, o acidente completou seis anos.

    O novo julgamento vai ocorrer após o Ministério Público Federal em Mato Grosso contestar a pena estipulada aos pilotos no ano passado. Na audiência, parentes e amigos das vítimas, membros da Associação de Familiares e Amigos das Vítimas do Voo 1907, vão pedir a anulação da atual pena, que substitui o tempo de punição por serviços comunitários, e a cassação permanente do brevê dos pilotos.

    A sentença, dada em maio de 2011, condenou os pilotos a quatro anos e meio de detenção em regime semiaberto. Porém, o juiz federal substituto Murilo Mendes, do município de Sinop (MT), converteu as penas por homicídio culposo (sem intenção de matar) por prestação de serviços comunitários em uma instituição brasileira fixada nos Estados Unidos.

    Embora estejam respondendo a processos criminais no Brasil, Paladino segue trabalhando na companhia aérea American Airlines, e Lepore, na ExcelAire. De acordo com a associação de parentes das vítimas do acidente, a não cassação da autorização dos norte-americanos para pilotar avião coloca em risco a vida de pessoas, podendo causar outros graves acidentes aéreos. Apenas a agência reguladora americana, a Administração Federal de Aeroportos do Estados Unidos (FAA, na sigla em inglês), pode decidir sobre a cassação permanente dos brevês dos pilotos.

    Em 2010, o sargento Jomarcelo Fernandes dos Santos, que trabalhou no controle do tráfego aéreo no dia do acidente, foi condenado a um ano e dois meses de prisão por homicídio culposo, acusado de não ter observado as normas de segurança. Os demais controladores - João Batista da Silva, Felipe Santos Reis, Lucivando Tibúrcio de Alencar e Leandro José Santos de Barros - foram absolvidos por falta de provas.

    Em agosto de 2011, a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) multou Lepore e Paladino em R$ 3,5 mil. A empresa ExcelAire, dona do jatinho Legacy, também foi multada no valor de R$ 7 mil.

    O acidente ocorreu quando o Boeing da companhia aérea brasileira Gol, que saiu de Manaus (AM) com destino a Brasília e ao Rio de Janeiro, se chocou com o jato Legacy sobre uma área densa da Floresta Amazônica. Todos os passageiros e tripulantes no avião da Gol morreram. Os pilotos do jato conseguiram fazer um pouso de emergência na Base Aérea da Serra do Cachimbo, no Pará.

     

     

    Valor Econômico
    09/10/2012

    Allegiant, dos EUA, estuda preço variável de passagem
    Justin Bachman

    Quando as empresas remetem um pacote pelo United Parcel Service (UPS) ou pelo FedEx, as companhias de carga calculam uma sobretaxa de combustível com base nos preços de mercado. O cliente paga pela gasolina. Agora, a empresa aérea americana Allegiant Travel, de custo ultrabaixo, quer testar um enfoque semelhante com seres humanos.

    O principal executivo, Maurice Gallagher Jr., permitirá que os passageiros aéreos optem entre aderir a uma tarifa fixa, maior, ou pagar um preço menor pela passagem em troca de arcar com o risco de o custo do combustível subir antes da viagem.

    Esses apostadores na sorte pagarão um valor adicional - ou receberão dinheiro de volta - caso os custos com combustível mudarem entre a data da reserva e a da viagem. "Vamos assumir o risco e enfrentar [o Departamento de Transportes] se este preço de combustível continuar."

    Ao contrário das principais empresas, a Allegiant, sediada em Las Vegas e fundada em 1997, não tem virtualmente nenhum passageiro de última hora em viagem de negócios. Isso a deixa desproporcionalmente dependente dos viajantes de lazer, que muitas vezes reservam suas viagens para destinos como Orlando, Las Vegas ou Phoenix, com meses de antecedência.

    Na Allegiant, cerca de 80% da receita média mensal de passagens é vendida por volta do início do mês, diz Gallagher. Isso deixa a empresa aérea de baixo custo mais exposta do que outras do setor a alterações dos preços dos combustíveis, que, segundo a Allegiant, deram um salto de 19% até esta altura do ano.

    Esse é um dos principais motivos pelos quais a Allegiant - que não realiza operações de hedge de combustível - está disposta a se arriscar e a provocar resistência dos órgãos reguladores e confusão da parte do consumidor com a adoção de um mecanismo de fixação de preços para recuperar parte de seus custos com combustível.

    Na prática, a medida é difícil de executar, porque em abril de 2011, dois meses após a Allegiant ter ventilado a ideia pela primeira vez, o Departamento de Transportes (DOT) dos EUA impôs novas salvaguardas ao consumidor na área de viagens aéreas. Entre elas está a proibição a aumentos pós-compras dos preços, a não ser devido a elevações de impostos do governo.

    "Eles não apenas disseram não; disseram de jeito nenhum", diz Gallagher. "Vamos cuidar disso." Ele diz que a Allegiant precisará de 6 a 12 meses para desenvolver a tecnologia de seu site e um período potencialmente maior para convencer os órgãos reguladores do bom senso da adoção de preços variáveis.

    "Como empresa, não estamos prontos para isso principalmente porque nossa automação não está pronta", disse ele em e-mail. Um grande desafio será projetar seu site, pelo qual a Allegiant vende mais de 90% de seus assentos, de uma forma considerada aceitável pelos órgãos reguladores e consumidores em termos de clareza e transparência na transação.

    As normas do DOT americano permitem que a Allegiant arrecade recursos adicionais a título de custo com combustível, como algumas agências de turismo já fazem, se a venda de passagens for estruturada como pagamento parcial. "Nossas regras não proíbem companhias aéreas e agentes de viagem de vender passagens pelas quais os passageiros pagam parte da tarifa no ato da compra e o restante depois, com o pagamento final dependente da mudança dos custos dos combustíveis ou de outros custos", diz Bill Mosley, porta-voz do órgão.

    Mesmo se a Allegiant conseguir autorização para cobrar o querosene de aviação dos consumidores depois da reserva, é pouco provável que o restante do setor se apresse em imitar a prática, diz Vicki Bryan, analista-sênior da Gimme Credit. Mesmo assim, o esforço pode valer a pena. "Centavos fazem diferença" para a Allegiant, acrescenta. "Ninguém achava que os clientes aceitariam pagar taxas por mala, e aceitaram. Não estou disposta a dizer que não vai funcionar, mas é uma coisa exclusiva [de Gallagher], de sua situação e de seu modelo de negócios." A Allegiant tem uma das maiores arrecadações do setor em receita adicional por voo: US$ 33,90 por passageiro.

     

     


    << Início   < Voltar  | |  Avançar >   Última >>