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  • Valor Econômico
    14/09/2012

    Redução de tripulantes preocupa sindicato
    Alberto Komatsu

    A redução de quatro para três comissários em aviões da TAM com capacidade para cerca de 150 passageiros é vista com preocupação pelo Sindicato Nacional dos Aeronautas. Na segunda-feira, sindicalistas se reúnem com a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) para discutir o tema.

    Várias companhias, como Gol, Webjet e Avianca, já obtiveram autorização da agência para reduções similares. Procurada pelo Valor, a Anac informou que "o requisito de segurança de voo estabelece o mínimo de um comissário para cada 50 passageiros e isso sempre foi assim. O número mínimo é definido no processo de certificação das aeronaves."

    A TAM informou ontem que desde o início do mês promoveu uma redução de quatro para três comissários na aeronave A319, que representa 20% da frota da companhia. Por meio de comunicado, a companhia acrescentou que não fará demissões, mas realocação de pessoal.

    A TAM está reduzindo a oferta no mercado doméstico. Deverá encerrar 2012 com 124 aeronaves para voos nacionais, sete a menos do que no ano passado. A companhia está renovando a frota doméstica em 10%, com 13 modelos novos do A320. Nos voos ao exterior, a companhia recebe, ainda neste ano, quatro aviões da Boeing, modelo 777.

    "Grupos de comissários já estão passando por treinamento para assumir a operação em voos internacionais. Não necessariamente são os mesmos tripulantes que antes operavam os A319. Estes poderão assumir o posto deixado pelos colegas que passarão a fazer voos internacionais", informou a TAM.

    Em março, a Gol anunciou planos de reduzir de três para quatro a quantidade de comissários no 737-700. A redução seria efetivada em maio. A companhia está em processo de adequação de tamanho de quadro de funcionários ao seu novo tamanho de malha de voos, 10% menor, e de frota. Até o fim deste ano, vai acumular o desligamento de 2,5 mil pessoas.

    "Estamos muito preocupados com a redução do número de comissários, é uma questão de segurança de voo", diz Graziella Baggio, da direção do Sindicato Nacional dos Aeronautas. Ela também lembra que a Paralimpíada de 2016 vão aumentar o fluxo de passageiros com necessidades especiais.

     

     

    Valor Econômico
    14/09/2012

    US Airways tenta barrar Gol nos EUA
    Alex Ribeiro

    A US Airways tenta atrapalhar os planos da Gol de renovar a sua autorização para fazer voos charter (fretados) para os Estados Unidos, num desdobramento de uma disputa sua com a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) e a Infraero sobre o direito de usar o aeroporto de Guarulhos.

    Recentemente, a Gol pediu ao Departamento de Transportes (DOT) dos Estados Unidos a prorrogação por um ano de sua autorização para fazer voos charter. Numa carta entregue às autoridades americanas, a US Airways diz ter objeções ao pedido da Gol.

    A companhia americana reclama que tenta, há dois anos, ter acesso a sete slots (direitos de pouso e decolagem) no aeroporto paulista de Guarulhos (Cumbica). Para ela, o DOT não deveria renovar a autorização para voos charter da Gol enquanto as autoridades brasileiras não resolverem o assunto.

    A Infraero informou que, em meados de junho, foi oferecido à US Airways o horário de pouso e decolagem compreendido entre 11h30 e 13h25, mas a companhia não aceitou. A Anac acrescentou que o horário solicitado pela US Airways é "bastante disputado e estava indisponível".

    A US Airways quer usar os sete slots em Guarulhos para inaugurar um voo diário entre São Paulo e Charlotte, na costa leste dos EUA. Para os americanos, o mercado aéreo brasileiro é um dos mais promissores do mundo. Projeções da Administração Federal de Aviação (FAA, na sigla em inglês) preveem um crescimento anual de 6,2% no número de passageiros entre Brasil e Estados Unidos até 2031.

    As chances de sucesso da US Airways em bloquear o pedido da Gol são pequenas. Em junho, a empresa americana apresentou objeção semelhante à renovação de autorização da TAM, que acabou sendo ignorada pelo DOT.

    Na maior parte das vezes, o DOT aprova de forma praticamente automática as autorizações para a realização de voos charter das companhias brasileiras. Os voos entre o Brasil e os EUA são regulamentados por um acordo de transporte aéreo de 1989, atualizado em 2011. Nele, está definido que charters de aéreas brasileiras dependem da autorização do DOT.

    Em 9 de agosto, a Gol entregou carta ao DOT pedindo a prorrogação de sua autorização para fazer voos charter aos Estados Unidos. Como é de praxe nessas situações, o DOT colocou o pedido sob consulta pública para ouvir eventuais interessados.

    O único a se manifestar foi a US Airways. "A US Airways tem objeções ao pedido da Gol", afirma a carta da empresa. A US Airways diz que, em abril de 2011, chegou a um acordo com a Infraero que estabelecia que ela teria acesso aos slots em fins de 2012. Um ano depois, porém, a Infraero teria afirmado à US Airways que, devido à concessão do aeroporto, a entrega dos slots não poderia ser feita no prazo estipulado.

    A Infraero negou que tenha fechado qualquer acordo com a US Airways. Também enfatizou que não afirmou à companhia que a entrega dos slots tinha relação com o novo operador de Cumbica.

    Para a US Airways, se o DOT renovar a autorização dos voos charter para a Gol, haverá um desequilíbrio competitivo entre as companhias brasileiras e americanas nos voos entre os dois países. Dados da Anac, no entanto, mostram que as empresas aéreas americanas operam 175 voos semanais regulares para o Brasil. A TAM, única companhia que opera voos regulares aos EUA, voa 76 vezes por semana para o mercado americano.

    A Gol contestou junto ao DOT as objeções da US Airways, alegando não ter nenhuma responsabilidade pelo atraso na concessão dos slots. A Gol também cita o precedente criado pelo DOT, que rejeitou alegações semelhantes feitas pela US Airways em um pleito semelhante feito pela TAM.

    "Não temos declaração adicional além das objeções que fizemos", afirmou Davien Anderson, um assessor de imprensa da US Airways. "Mas estamos muito animados em começar o serviço entre Charlotte e São Paulo. Hoje há questões que nos impedem de prestar esse serviço, mas temos a expectativa de conectar clientes entre o Brasil e os Estados Unidos com voos adicionais." (Colaborou Alberto Komatsu, de São Paulo)

     

     

    Estadão Online
    14/09/2012

    Gol voará para Nova York com milha
    Empresa testa modelo e pode lançar voo regular
    Marina Gazzoni, de O Estado de S. Paulo

    Gol vai lançar voos para Nova York, sua terceira frequência para os Estados Unidos. A oferta será restrita a clientes do seu programa de fidelidade, o Smiles. O modelo é o mesmo usado pela companhia nos voos para Miami e Orlando. A companhia aérea pretende começar os voos para Nova York entre o fim de outubro e a segunda quinzena de novembro, afirmou o diretor do Smiles, Flavio Vargas. A Gol não definiu a data porque ainda não conseguiu o aval de todas as autoridades aeroportuárias. "Já solicitamos tudo", disse Vargas.

    O voo partirá do aeroporto de Guarulhos, na sexta de madrugada ou no sábado, e fará uma escala em Punta Cana, na República Dominicana. A meta da Gol é oferecer cinco voos semanais para os Estados Unidos até fevereiro, sendo dois deles para Nova York. Cada trecho custará a partir de 25 mil milhas. A passagem também poderá ser comprada com um parcela de milhas e outra em dinheiro.

    Estados Unidos

    A Gol começou a voar para os Estados Unidos em junho, com uma frequência para Miami. A empresa realizou apenas cinco voos, todos exclusivos para os clientes Smiles.

    "São voos não regulares para atender à demanda do cliente Smiles. Eles são uma espécie de laboratório para a Gol", explicou Vargas. "Existe na Gol uma iniciativa para avaliar voos regulares para o exterior."

    Estratégia

    Essa é a segunda vez que a Gol tenta avançar no mercado externo. Uma das razões que levaram a empresa a comprar a Varig, em 2007, foi a operação internacional da companhia, que voava para os EUA e para a Europa.

    Mas, em 2008, as rotas para esses destinos foram canceladas e a Gol assumiu um foco no mercado doméstico. Hoje a companhia só oferece rotas internacionais de curta distância, principalmente na América do Sul.

    O cenário do mercado brasileiro, no entanto, ficou adverso. A expansão da frota de Gol e TAM e a entrada de novos competidores, como a Azul, levou a um excesso de oferta no Brasil e à corrosão dos lucros.

    A Gol reagiu com a eliminação de voos não rentáveis. Em agosto, a oferta de passagens no mercado doméstico caiu 8,5% ante o mesmo período do ano passado. A suspensão de voos no Brasil favoreceu o projeto de voos internacionais do Smiles, por deixar aeronaves disponíveis para a operação, segundo Vargas.

    Além de testar a operação internacional, a Gol usa a iniciativa para valorizar seu programa de fidelidade. A empresa estuda mudanças para o Smiles há 18 meses e uma possibilidade é a abertura de capital, em uma estratégia semelhante ao que fez a TAM com a rede Multiplus em 2010.

     

     

    Folha de São Paulo
    14/09/2012

    Avião da Delta tem problema e retorna ao aeroporto de Cumbica em SP
    MARTHA ALVES

    Um avião da Delta Airlines com cerca de 220 passageiros retornou na madrugada desta sexta-feira ao aeroporto de Cumbica, em Guarulhos (Grande São Paulo), mais de 2h após decolar com destino a Detroit (EUA). Não houve feridos. O voo 256 havia partido às 22h25 de ontem (13).

    Passageiros que estavam no voo disseram que ouviram um barulho semelhante a uma explosão logo após a decolagem. Após 15 minutos, eles foram informados que um pneu estourou e que o avião retornaria ao aeroporto. Parte do combustível foi liberado para reduzir o peso.

    O consultor Júlio Schneider, que estava no voo, contou que pouco depois de decolar ouviu o barulho da explosão, mas a aeronave estava estável. " Depois de o piloto dar as instruções, o avião começou a voar em círculos e deu para ver parte do combustível ser despejado".

    Schneider informou que algumas pessoas disseram que teria um 'rombo' na asa do avião, mas ele não viu. As informações não foram confirmadas pela Infraero (estatal que administra os aeroportos públicos) e pela Delta Airlines.

    O médico José Rafael Macea disse que viu no painel de informações a velocidade reduzir rapidamente e que a aeronave retornaria a São Paulo em aproximadamente uma hora, mas demorou muito mais tempo.

    Segundo Macea, não houve desespero e alguns passageiros obedeceram as recomendações da tripulação de inclinar o corpo e cruzar os braços a frente para ser proteger. " Quando o avião pousou todos aplaudiram o comandante", disse.

    Após o pouso, os passageiros ficaram aproximadamente uma hora dentro do avião aguardando para desembarcar com segurança. A médica Maria Inês Macea disse que viu pela janela da aeronave vários carros dos bombeiros em toda a extensão da pista. "Estava estranho a demora, mas não houve desespero", explica.

    Na opinião da estudante de engenharia Natalia Gomes, que tinha uma conexão a Charlotte, a Delta fez um trabalho legal e conseguiu passar toda a tranquilidade necessária aos passageiros. " O comandante dava informações a todo momento e foi aplaudido pelos passageiros", disse.

    Os passageiros foram levados em ônibus e táxis a hotéis. A empresa ficou de remarcar novo voo nesta sexta-feira em um horário que ainda será definido, de acordo com os passageiros.

    OUTRO LADO

    Por volta das 2h, a reportagem da Folha entrou em contato com a assessoria de imprensa da Delta Airlines, em São Paulo, mas o assessor não tinha informações no momento.

     

     

    Folha de São Paulo
    14/09/2012

    Demanda da Gol cai dentro do país e cresce no exterior

    A demanda de passageiros por voos da Gol caiu 5,6% em agosto ante o mesmo mês de 2011 e 10,4% em relação a julho, anunciou a companhia ontem, citando o fraco desempenho da economia brasileira no período. Os dados, que incluem os números da empresa adquirida Webjet, indicaram que a demanda da empresa no mercado doméstico encolheu 6,4% na comparação anual e 8,7% sobre julho.

    No segmento internacional, a demanda da companhia aérea apresentou elevação de 4,6% sobre agosto de 2011. O resultado foi influenciado por fretamentos para Miami e Orlando, nos Estados Unidos.

    Apesar da queda na demanda, o indicador que mede preços médios das passagens do grupo cresceu cerca de 1% no mês passado sobre o resultado um ano antes. Já a receita de passageiros subiu 4%.

     

     

    Folha de São Paulo
    14/09/2012

    TAM reduz número de comissários em parte dos seus voos

    Depois de fechar o segundo trimestre com prejuízo de quase R$ 1 bilhão, a TAM reduziu de 4 para 3os comissários a bordo em um terço dos seus voos domésticos. Em maio, a Gol havia feito o mesmo emparte da frota. A iniciativa vale desde o início de setembro para todos os voos operados como Airbus A319. Esse modelo de avião faz, por exemplo, rotas que ligam Congonhas aos aeroportos de Florianópolis, Curitiba e Confins (Minas Gerais).

    O A319 tem capacidade para 144 passageiros. Segundo dados da Anac (Agência Nacional de Aviação Civil), 32% dos voos da TAM dentro do território brasileiro usam esse tipo de aeronave.

    A prática é adotada no exterior, especialmente por companhias de baixo custo.

    No Brasil, a Webjet foi a primeira a obter autorização para usar três comissários, em 2010.

     

     


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