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  • Globo.com
    17/07/2012

    Anac cancela teste de inglês de 95 pilotos de companhias aéreas
    Agência não considerou válido exame feito por profissionais na Espanha. - Pilotos devem refazer teste no Brasil até dezembro para não perder licença.

    A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) cancelou o teste de inglês de 95 pilotos brasileiros que fazem voos internacionais por considerar que a proficiência deles na língua é ruim. Os pilotos fizeram um teste na Espanha, onde foram aprovados. Mas o resultado não é reconhecido pela agência e eles podem ser proibidos de voar.

    Os pilotos fizeram o teste no Centro Avaliador de Competência de Linguística Aeronáutica, em Madri. Em visita à escola, em maio deste ano, a Anac entendeu que o teste aplicado lá não estava de acordo com o recomendado pela Organização Internacional da Aviação Civil e decidiu não mais aceitar o certificado, por achar que os pilotos não são fluentes na língua.

    Vários pilotos fizeram o teste no Brasil e não passaram. A Anac exige que eles refaçam agora a prova até 15 de dezembro, aqui no país, para provar o conhecimento da língua.

    Segundo o Sindicato Nacional dos Aeronautas, os pilotos reclamam que o critério adotado pela Anac é extremamente rígido, muito acima da necessidade operacional. Vários pilotos que não passaram nos testes no Brasil refizeram a prova em escolas estrangeiras e foram aprovados, diz o sindicato.

    Um piloto que tem experiência de 30 anos de voo diz que poucos pilotos no país têm o nível de inglês que a Anac exige. “A cobrança da Anac é muito exagerada. Eles botaram avaliadores que são professores de inglês, pessoas que não são acostumadas com o meio de aviação”, diz o piloto, que prefere não se identificar.

    O advogado que representa os pilotos afirma que os profissionais nunca tiveram problemas na Europa por causa do inglês e que a escola de avaliação espanhola forma pilotos para as maiores companhias europeias.

    Os pilotos notificados  entraram na Justiça contra o cancelamento da validade do teste feito em Madri, mas o pedido foi negado. O advogado deles afirma que vai recorrer da decisão no Tribunal Regional Federal.

    Conforme a Anac, os pilitos têm até o dia 15 de dezembro pra fazer a nova prova de inglês. Caso contrário, podem perder o direito de voar fora do Brasil.

     

     

    Folha de São Paulo
    17/07/2012

    Anac obriga mais 51 pilotos a refazer prova de inglês
    Eles só poderão atuar em voos internacionais no trecho dentro do Brasil - Pilotos fizeram exame do idioma em Madri, mas agência o anulou; outros 37 estão na mesma situação
    RICARDO GALLO

    A Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) informou ontem que proibiu mais 51 pilotos de fazer voos em território internacional -segundo a agência, eles falam inglês em nível inferior ao exigido para esse tipo de voo. Todos os 51 haviam feito em uma escola de Madri um exame que atesta proficiência no idioma e tentavam validá-lo no Brasil.

    Só que, em junho, a Anac anulou esses testes e os obrigou a refazer a prova até 15 de dezembro, desta vez no Brasil, sob sua supervisão.

    Atribuiu a decisão à necessidade de manter a "segurança operacional da aviação civil". O inglês é o idioma padrão em voos internacionais. A má comunicação pode contribuir para um acidente aéreo.

    A agência avaliou que as provas de Madri não estavam em conformidade com os padrões internacionais de aviação. Ela foi até a escola ao constatar que muitos pilotos melhoravam a nota quando faziam o exame lá.

    Sem as notas do teste de Madri, esses 51 pilotos ficam com nível 3 de proficiência em inglês, ou menos; para voos internacionais, o mínimo é 4. A escala vai de 1 a 6.

    Enquanto isso, os pilotos poderão participar de voos internacionais, mas só no trecho sobre território brasileiro -é o que prevê norma aprovada pela agência em 22 de junho.

    Também estão nessa situação outros 37 pilotos obrigados a refazer o teste de inglês. A Folha revelou o caso na edição de sexta-feira.

    A maioria dos pilotos é da TAM, que, na semana passada, disse cumprir todas as exigências da Anac.

    JUSTIÇA

    Advogado de parte dos pilotos, Carlos Duque Estrada foi à Justiça para fazer valer a licença obtida em Madri. Ele tentou obter uma liminar, mas a Justiça negou.

    Estrada sustenta que a Anac autorizou, em dezembro, usa

     

     

    Folha de São Paulo
    17/07/2012

    Airbus minimiza falha de avião da Air France
    Pilotos reagiram mal a problema, diz empresa
    GRACILIANO ROCHA

    Uma semana após peritos judiciais franceses afirmarem que as falhas técnicas foram preponderantes na queda do voo 447, a Airbus voltou a defender a segurança do avião A330 e responsabilizou os pilotos da Air France pelo acidente que provocou a morte de 228 pessoas em 2009.

    Em resposta às perguntas da Folha na semana passada, quando a Justiça francesa apresentou às famílias dos passageiros um relatório da perícia que aponta as falhas dos sistemas mais decisivas para a tragédia do que os erros humanos, a fabricante disse que os pilotos reagiram mal à perda de dados de velocidade causada pela formação de gelo nas sondas pitot.

    "Se você dirige o seu carro e perde o velocímetro, um acidente não ocorrerá automaticamente", comparou o porta-voz da Airbus, Jacques Rocca, em entrevista à Folha. "A questão é como reagiram os pilotos diante da perda das informações de velocidade."

    A Airbus e a Air France foram indiciadas sob suspeita de homicídio culposo (sem intenção) pela Justiça francesa.

     

     

    Folha de São Paulo
    17/07/2012

    Aeroportos da Copa terão de reduzir espera no check-in

    O governo fixará metas de qualidade para todos os aeroportos das cidades-sede da Copa de 2014. Como a Folha antecipara em 2011, já estavam previstas obrigações que levarão à redução do tempo de espera e de filas em Guarulhos, Viracopos (SP) e Brasília, privatizados em fevereiro deste ano.

    Agora, o governo decidiu estender o esforço para mais 11 aeroportos da Infraero. Segundo a SAC (Secretaria de Aviação Civil), a intenção é reduzir o tempo tomado no check-in e na retirada de bagagens nas esteiras em até 50%.

    Com isso, a espera deverá ficar entre 12 minutos e 30 minutos. A meta é que o serviço se iguale ao de aeroportos dos EUA e da Europa, como Heathrow (Reino Unido) e Charles de Gaulle (França), classificados no nível C da Iata (Associação Internacional de Transporte Aéreo).

    A associação gradua os aeroportos de A a F, sendo C considerado o mínimo para o conforto dos passageiros.

    Desde o fim de 2011, foi feito projeto-piloto em Guarulhos e em Cofins (MG). O tempo de espera caiu, respectivamente, 30% e 50%.

     

     


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