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  • Ultimo Segundo
    03/06/2012

    Avião se choca contra prédio na maior cidade da Nigéria
    Segundo autoridades, é improvável que algum dos cerca de 150 passageiros e tripulantes a bordo tenha sobrevivido ao acidente

    Um avião de passageiros colidiu neste domingo com um prédio próximo ao aeroporto de Lagos, a maior cidade da Nigéria. As informações preliminares indicam que aproximadamente 150 pessoas estavam a bordo da aeronave. O governo de Lagos afirmou que 153 passageiros e tripulantes estavam no avião. Mas a Agência Nacional de Emergência afirmou que ainda não é possível precisar o número de pessoas a bordo porque é comum que os voos do país não façam registros eletrônicos completos.

    Autoridades da Nigéria também disseram que ainda não é possível dizer quantas pessoas estavam no prédio ou precisar o número de vítimas.

    Pelo menos um corpo foi resgatado e, segundo o diretor da Autoridade Nigeriana de Aviação Civil, Donald Demuren, é improvável que alguém tenha sobrevivido.

    O voo da companhia aérea Dana Air ia de Abuja, a capital da Nigéria, para Lagos, quando se chocou contra o edifício e pegou fogo, disse Demuren à agência Associated Press.

    A causa da colisão é incerta e autoridades disseram que o céu estava claro no momento do acidente. O avião impactou primeiro uma loja de móveis e, depois, prédios residenciais próximos. Milhares de curiosos foram ao local munidos de seus telefones celulares para tirar fotos dos destroços.

    Um morador da região, Praise Richard, disse que estava assistindo a um filme quando ouviu uma forte explosão que parecia a de uma bomba. Quando saiu de sua casa, viu uma enorme quantidade de fumaça. “Não acho que alguém sobreviveu”, afirmou. “Seria preciso um milagre.”

    O presidente da Nigéria, Goodluck Jonathan, decretou três dias de luto nacional por caisa do acidente. Em comunicado, ele disse que cancelou todos os compromissos públicos previstos para a segunda-feira e ordenou uma investigação completa.

    O aeroporto internacional de Lagos, de onde o avião decolou, é um dos mais importantes da África. Em 2009, quando a última estatística foi feita, 2,3 milhões de passageiros passaram por ele, de acordo com o governo.

     

     

    CenarioMt.com.br
    03/06/2012

    Acidente com avião de carga deixa mortos em Gana
    Aeronave atingiu um ônibus neste sábado (2), perto do aeroporto da capital. Após pousar, avião passou por barreira e atingiu o veículo, diz CNN.

    Um acidente com um avião de carga na noite deste sábado (2), perto do aeroporo de Acra, capital de Gana, deixou ao menos dez mortos. A aeronave atingiu um ônibus, indicaram testemunhas e uma autoridade militar. Os destroços do avião eram visíveis numa área próxima ao aeroporto, perto das ferragens de um ônibus. Citando autoridades locais, o site da emissora americana CNN diz que "o Boeing 727 - operado pela companhia nigeriana Allied Air - tocou o solo por volta das 7 da noite no aeroporto internacional de Acra, mas não conseguiu parar".

    Depois de atravessar uma barreira que delimita o espaço do aeroporto, a aeronave colidiu com o veículo, prossegue o texto. Ainda de acordo com a reportagem, os dez mortos viajavam num veículo comercial.

    "Não houve sobreviventes entre os ocupantes do micro-ônibus", teria dito uma autoridade. Já os quatro tipulantes do avião de carga, que havia decolado de Lagos, capital da Nigéria, sobreviveram e foram atendidos na enfermaria do aeroporto. Os serviços de socorro, a polícia e os bombeiros isolaram o local do acidente.

    Por fim, a CNN destacada que estava chovendo em Acra na hora do incidente. E que fontes do sistema de transporte aéreo de Gana disseram suspeitar que uma falha no sistema de freio do avião "pode ter sido um fator que contribuiu" para o acidente.

    "Tinha terminado meu trabalho e voltava para casa a pé, debaixo de chuva, quando vi o avião atingiu o micro-ônibus e seus passageiros", contou a testemunha Kofi Anor. O vice-presidente de Gana, John Dramani Mahama, disse no aeroporto que uma investigação será aberta.

     

     

    Folha de São Paulo
    03/06/2012

    Aviação regional cresce com turboélices
    Até 2015, Brasil vai se tornar o maior operador mundial desse tipo de aeronave, bem mais econômica que os jatos
    MARIANA BARBOSA

    Eles são uma espécie de New Beetle da aviação, versão moderna de velhos turboélices do passado. E quem voa ou pretende voar para o interior do Brasil ainda vai embarcar num desses. No país da Embraer, o crescimento da aviação regional na próxima década não se dará com jatos regionais, mas com turboélices da fabricante ATR, empresa europeia do grupo EADS, dona da Airbus.

    Azul, Trip e Passaredo investem milhões na compra de ATRs, que consomem bem menos combustível que os jatos. A capacidade deles varia conforme o modelo, entre as faixas de 40 e 80 assentos.

    Assim como o novo fusquinha, as novas versões dos turboélices ATRs estão repaginadas, com painel de controle digital e cheiro de novo.

    Já são 51 voando no país entre modelos novos e antigos. Outros 56 entrarão em operação até 2015, o que fará do Brasil o maior operador de ATRs do mundo, ultrapassando os EUA e a Índia.

    A Embraer, que iniciou com o Bandeirante e depois conquistou o mercado americano com o Brasília, largou o segmento para se dedicar a aviões com motores a jato nos anos 1990, quando lançou os ERJ 140/145 -até 50 lugares.

    Rápidos, espaçosos e silenciosos, os jatos regionais de até 80 assentos tiveram sua era de ouro da década de 1990 até meados dos anos 2000, quando o preço do petróleo, abaixo dos US$ 50, estava longe de ser um problema.

    "Com o barril do petróleo acima de US$ 120, um jato de menos de 80 lugares não se paga", diz Gianfranco Beting, diretor da Azul, que opera 12 ATR-72 e tem 23 a receber.

    Azul e Trip, que anunciaram fusão na semana passada, contabilizam 50 ATRs juntas. Os da Azul são praticamente todos modelo 600, a versão mais moderna -os que não o são estão sendo substituídos. Já a Trip tem modelos novos e antigos.

    VOO COMPLEMENTAR

    A estratégia de Azul e Trip é usar o turboélice de forma complementar à operação do jato Embraer 190/195. Elas levam o tráfego das cidades pequenas e médias para seus principais hubs (centros de conexão) em Campinas, Belo Horizonte ou Brasília. Dos hubs, levam os passageiros de jato para outras capitais.

    A ATR reina sozinha no mercado de turboélices. Com a falência da Fokker e a Embraer optando pelos motores a jato, restaram a ATR e a Bombardier. Mas a ATR foi a única que investiu na modernização do avião, que chegou ao mercado repaginado em agosto do ano passado.

    RECORDE DE VENDAS

    Com um bom produto e o barril do petróleo na faixa de US$ 100, a ATR bate recorde de vendas. Dos 164 turboélices vendidos no ano passado, 157 eram da ATR.

    Os jatos Embraer 170/175, de até 86 lugares, já viveram melhores momentos. Das 378 encomendas recebidas desde 2001, 327 foram entregues, restando 51 por entregar.

    Situação diferente da família 190/195, carro-chefe da aviação comercial da Embraer, de 90 a 122 lugares. Lançado em 2005, os 190/195 contam com 496 unidades entregues e uma carteira de 189.

    O presidente da Embraer Aviação Comercial, Paulo Cesar Silva, diz que ainda tem muito mercado para os jatos 170/175. "Vem aí nova onda de companhias americanas recompondo frota, substituindo jatos de 50 lugares por jatos de 70 a 86 lugares."

    O executivo diz que a Embraer não cogita hoje voltar a produzir turboélice por ser um mercado pequeno -120 aviões ao ano- e já dominado pela ATR.

    "Não faz sentido desenvolver algo para um mercado relativamente pequeno, dada a tecnologia que se tem hoje."

    "Se surgir nova tecnologia de motores, o que é esperado lá para 2020, e se esta for realmente inovadora, a gente vai olhar com outros olhos."

     

     

    Folha de São Paulo
    03/06/2012

    Econômico, avião é mais lento e barulhento

    Para muitos, turboélice é sinônimo de avião velho, ultrapassado. "Bom mesmo é jato, mais espaçoso, mais rápido", diz o pedreiro Luiz Carlos Irineu, 42, a bordo de um ATR 72-600 da Azul, durante um voo de Campinas para São José do Rio Preto, na quinta-feira passada.

    "Mas compensa. Por R$ 116 ida e volta, é mais barato que ônibus."

    Para rotas de até 800 km, os turboélices são 60% mais econômicos que os jatos, o que permite cobrar tarifas menores que as de ônibus e ainda obter lucro. Acima disso, além de reduzir a produtividade do avião, a demora pode afugentar passageiros.

    O voo que a reportagem fez a Rio Preto (338 km) demorou uma hora e 20 minutos. De jato, saindo de São Paulo, leva cerca de 50 minutos. Os ATRs fazem 480 km/h, ante 840 km/h de um Embraer. Um Airbus ou um Boeing vão ainda mais rápido.

    Por voar mais baixo -25 mil pés, ante 41 mil pés de um Embraer-, os turboélices estão mais sujeitos a turbulência. E a hélice torna o avião mais barulhento que os jatos.

     

     


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