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  • Ultimo Segundo
    25/04/2012

    Avião da Webjet é alvo de ameaça falsa de bomba no Recife
    Aeronave seguia para o aeroporto Antonio Carlos Jobim-Galeão, no Rio de Janeiro
    Reuters

    Uma falsa ameaça de bomba forçou um avião da Webjet a voltar para o portão de embarque momentos antes de decolar do Recife na noite de segunda-feira e dois passageiros foram impedidos pela Polícia Federal de continuar a viagem. A aeronave seguia para o aeroporto Antonio Carlos Jobim-Galeão, no Rio de Janeiro, às 19h40, quando recebeu um pedido da torre de controle para abortar a decolagem e voltar ao terminal do aeroporto internacional da capital pernambucana, informou a companhia aérea em comunicado.

    "Os clientes foram desembarcados e, após procedimento de segurança executado pela Polícia Federal, dois passageiros tiveram seu embarque restringido, sendo o voo liberado em seguida", afirmou a Webjet.

    A Polícia Federal em Pernambuco confirmou o incidente, mas não deu mais detalhes da operação.

    "Houve uma ameaça de bomba a bordo que se mostrou falsa", disse à Reuters um oficial da Polícia Federal que preferiu não ser identificado. "A suspeita era de que esses dois passageiros tinham ligação com a denúncia".

    A companhia aérea informou ainda que o voo decolou às 22h35 para o Rio de Janeiro e que todos os clientes receberam assistência das equipes a bordo e no aeroporto.

    A Webjet foi comprada pela Gol em 8 de julho do ano passado por 96 milhões de reais. Juntas, as companhias possuem participação de mercado doméstico de 41,15 por cento, segundo dados de março da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac).

    (Reportagem de Carolina Marcondes e de Bruno Marfinati, em São Paulo)

     

     

    Valor Econômico
    25/04/2012

    Adiada conclusão de plano de outorgas de aeroportos
    Fábio Pupo

    O governo adiou a conclusão do plano de outorgas dos aeroportos, que estava previsto para ficar pronto no primeiro trimestre deste ano, informou ontem o ministro-chefe da Secretaria de Aviação Civil, Wagner Bittencourt. Segundo ele, o documento ainda está sendo preparado e deverá ser concluído até o fim do ano. O plano de outorgas trará a definição sobre quais terminais serão concedidos à iniciativa privada e quais ficarão sob administração do governo, recebendo investimentos do Fundo Nacional de Aviação Civil (Fnac).

    Em entrevista a jornalistas durante seminário sobre infraestrutura aeroportuária, realizado ontem em São Paulo, o ministro também disse que não há previsão de data para a realização dos próximos leilões de concessão. Embora ele não tenha fornecido detalhes sobre as próximas concessões de aeroportos, seus assessores confirmaram que o governo estuda leilões para o Galeão, no Rio de Janeiro, e Confins, em Minas Gerais.

    Bittencourt também afirmou que o governo pode realizar mudanças nos próximos leilões de concessão de aeroportos. "Estamos discutindo. Algum aperfeiçoamento sempre existe", disse.

    Embora ele não tenha explicitado quais mudanças seriam essas, nos bastidores comenta-se que o governo tem a intenção de aumentar as exigências em relação à empresa estrangeira que deve integrar o consórcio, depois de uma companhia de menor porte ter vencido o leilão de Viracopos, em Campinas, aeroporto que o governo deseja que se transforme no maior da América Latina.

    No último leilão, o edital exigia que a empresa do consórcio responsável pela operação dos terminais administrasse ao menos um aeroporto com movimento de, no mínimo 5 milhões de passageiros por ano. A intenção do governo seria aumentar a exigência para 10 milhões de passageiros, devido ao grande movimento de passageiros nos terminais do país. Pelo aeroporto internacional de Guarulhos, por exemplo, passam mais de 25 milhões de passageiros por ano.

    Depois do leilão, o consórcio Aeroportos Brasil, que arrematou Viracopos, teve sua vitória contestada pelo segundo colocado, a sociedade liderada pela Odebrecht. O foco da argumentação do recurso foi justamente a operadora estrangeira do consórcio vencedor, a francesa Egis.

     

     

    Valor Econômico
    25/04/2012

    Mercado de aviões para agricultura segue firme
    Virgínia Silveira

    A divisão agrícola da Embraer, que produz a aeronave Ipanema, registrou um aumento de 45% nas vendas em 2011, que chegaram a 60 unidades, e prevê repetir essa performance em 2012. O Ipanema é a aeronave de maior longevidade e produção (1.200 unidades) da história da indústria aeronáutica nacional, e sua evolução, com o desenvolvimento da versão que voa abastecida com etanol, transformou-o também em um símbolo de sustentabilidade, já que se trata do único avião no mundo com motor certificado para voar com etanol hidratado, o mesmo combustível utilizado em automóveis.

    No ano passado, cerca de 30% das vendas do Ipanema foram para clientes de São Paulo, onde a Embraer registrou um salto de 300% nos negócios com os produtores rurais do Estado. "O crescimento da lavoura da cana-de-açúcar e a renovação da frota antiga de aeronaves foram os principais responsáveis por este incremento das vendas em São Paulo", explica o gerente de vendas da divisão agrícola da Embraer, Fábio Bertoldi Carretto.

    Além do bom momento vivido pelo agronegócio, afirma Carretto, a linha de financiamento oferecida pelo Finame Agrícola, do BNDES, também ajudou a alavancar os negócios da empresa.

    Em 2011, entre 80% e 85% das aeronaves Ipanema vendidas pela Embraer foram financiadas e de 20% a 25% dos negócios foram fechados com recursos próprios dos clientes. Outras fontes de financiamento que vêm sendo utilizadas pelos clientes do Ipanema são os Fundos Constitucionais do Centro-Oeste (FCO) e do Nordeste (FNE).

    "As taxas de juros foram reduzidas pela metade, na faixa de 5,5% ao ano, e isso estimulou bastante a compra de novas aeronaves para atender ao crescimento da demanda no agronegócio", disse Bruno Vasconcelos, diretor executivo da Sana Agro Aérea.

    Com uma frota de 12 aeronaves Ipanema próprias e uma arrendada, a Sana também aproveitou as vantagens do financiamento para comprar a aeronave de número doze, entregue pela Embraer em janeiro deste ano. O foco de atuação da empresa, segundo o executivo, está em São Paulo e Minas, sobretudo para a pulverização de insumos nas culturas de cana, citrus e florestas de eucalipto e pinus.

    "A pulverização aérea é um dos métodos mais inteligentes e eficazes de mecanização do campo. Além de alta produtividade em termos de hectares por hora, conseguimos maior uniformidade na aplicação e evitamos perdas na colheita causadas por amassamento na cultura", ressaltou. A aplicação por avião, segundo ele, pode ser feita em terrenos acidentados, onde os tratores não alcançam, e também em períodos de chuva.

    No Brasil, de acordo com o gerente da Embraer, entre 85% e 90% das vendas de Ipanema já são da versão que voa com etanol. "A procura por aviões a gasolina é maior na região Sul do país, que possui a frota mais antiga e representa 30% do total de Ipanema em operação hoje no país". Do total de Ipanema comercializado pela Embraer, 40% opera na região Centro-Oeste do Brasil.

    O Ipanema é utilizado principalmente na pulverização de defensivos agrícolas e, na atual versão, pode carregar até 900 litros de produto. Segundo Carretto, a aeronave custa R$ 700 mil e pode fazer até 120 hectares por hora. Seu principal concorrente são os pulverizadores terrestres, que abocanham entre 85% e 90% desse mercado, mas com a desvantagem na produtividade.

    "Os equipamentos terrestres pulverizam apenas 50 hectares por hora", ressaltou. Outra vantagem competitiva que o executivo destaca para a utilização do avião movido a etanol é o custo do combustível. "O litro da gasolina de aviação varia de R$ 3,85 a R$ 3,90, enquanto o litro do etanol sai por cerca de R$ 1,60 a R$ 1,65". Além do preço atrativo e do menor impacto ambiental, o Ipanema movido a etanol é 7% mais potente do que a versão a gasolina, afirma Fábio Carretto.

    Desde o ano passado, a divisão agrícola da Embraer esforça-se para colocar o Ipanema em outros países. Para os próximos dois anos, as apostas são Argentina, Paraguai e Uruguai, onde a aeronave já é homologado para operar e pode ser vendida na versão que utiliza gasolina de aviação.

    O Brasil tem a segunda maior frota de aviões agrícolas do mundo, com cerca de 1.500 unidades. A Embraer já comercializou mais de 1.200 unidades do Ipanema, e aproximadamente 1.000 delas estão em operação.

     

     

    Folha de São Paulo
    25/04/2012

    Negociação com sócio faz ação da Gol subir 4%
    Expectativa é que Delta aumente participação
    PEDRO SOARES - JULIO WIZIACK

    As ações da Gol subiram ontem 3,99% na Bovespa diante da expectativa de um novo acordo com a norte-americana Delta Airlines. Conforme revelou a Folha na edição de ontem, a Gol negocia vender 17% para a Delta, que passaria dos atuais 3% para 20%, limite previsto pela legislação.

    Ontem, os investidores reagiram positivamente, levando os papéis da Gol a uma alta acima do Ibovespa (0,70%). As ações inverteram a tendência do pregão de segunda-feira, quando haviam caído 4,7% (mais do que o recuo de 1,53% da Bolsa).

    Para Leonardo Nitta, analista do Banco do Brasil, o potencial acordo com a Delta foi o "único fato positivo" que influenciou as ações, já que indicadores apontam ainda para um primeiro trimestre ruim para a empresa devido, principalmente, à elevação dos custos operacionais e ao desaquecimento do mercado.

    Nitta diz que, a reboque do possível aumento de capital da Delta, crescem as opções de parcerias entre as duas companhias. Exemplo: uma maior entrada da brasileira nos EUA, por meio de compartilhamento de voos.

    Outro analista consultado disse que a Delta havia pago um prêmio de quase 100% pelos 3% da Gol. Um aumento de participação seria bom para as duas empresas e, por isso, as ações tiveram alta.

     

     


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