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  • O Estado de São Paulo - 14/03/2012 - 22:59h
    15/03/2012

    Crise na Gol chega aos pilotos e comissários
    Empresa espera adesão de 220 a programa de licença não remunerada de um ano
    Marina Gazzoni

    Depois de cortar empregos na equipe de solo e até na diretoria em 2011, os pilotos são os próximos alvos da Gol. A empresa abriu no dia 6 de março um programa de licença não remunerada de um ano para pilotos e comissários. A intenção da empresa é evitar demissões, que podem ocorrer se não houver adesão ao programa, diz o presidente do Sindicato Nacional dos Aeronautas (SNA), Gerson Fochesatto.

    A Gol disse, em comunicado, que "não há reestruturação em curso", mas confirmou a existência de um programa de licenças sem vencimentos. "O programa de licença existe, principalmente, para compensar os períodos de crise na Gol chega aos pilotos e comissários na baixa demanda. Ele garante a manutenção do quadro de tripulantes da companhia", afirmou
    Segundo o sindicato, a meta da Gol é conseguir a adesão de 120 pilotos ao programa de licenças e mais 100 comissários. Ao todo, a Gol tem 1.800 comandantes e copilotos.

    Os funcionários que optarem pelo programa entrarão de licença em 1º de abril e não poderão voltar ao trabalho antes de um ano, de acordo com documento enviado aos funcionários ao qual o Estado teve acesso e que informa as regras do programa. Os funcionários também não receberão benefícios sociais e não terão estabilidade no retorno, segundo o documento.
    "O sindicato não apoia a licença não remunerada. É um processo que a empresa abre para evitar demissões. Se não houver adesão, é claro que ela vai demitir", diz Fochesatto. 

    Custo

    As companhias aéreas costumam poupar os pilotos dos planos de demissão. Eles são profissionais caros - a estimativa do sindicato do setor é que o treinamento de cada comandante custe cerca de US$ 50 mil às empresas. As companhias levam cerca de seis meses para treinar um piloto e colocá-lo em atividade em voos regulares.

    Pela lei, cada piloto pode voar 85 horas mensais. Mas as companhias costumam manter uma quadro com capacidade maior para assumir os novos aviões assim que eles chegarem. "A decisão de dispensar pilotos mostra que a empresa pisou no freio e não vai voltar a crescer tão cedo", disse um consultor do setor, que não quis se identificar.

    A Gol anunciou em fevereiro um plano conservador de expansão da oferta em 2012, entre zero e 2%. Em entrevista em janeiro, o presidente da Gol, Constantino de Oliveira Júnior, admitiu que a companhia poderia repassar aeronaves novas que seriam entregues à Gol para renovar a frota da Webjet, formada por aeronaves mais antigas.

    Setor

    A Gol não está sozinha. A TAM também reduziu seu plano de frota para 2012. Com a oferta mais conservadora, as companhias tentam encher os aviões, pressionando as tarifas.

    Mas, além de segurar a expansão da frota, a Gol também admite reduzir frequências neste ano. Em comunicado enviado aos funcionários no último dia 6, obtido pelo Estado, a Gol diz que está "reavaliando a malha aérea e reduzindo os voos com baixo rendimento". Em comunicado, a empresa diz que reduziu sua malha de 940 para 920 voos diários por questões sazonais.
    "As companhias aéreas contrataram pilotos para acompanhar um crescimento no setor que não aconteceu. E agora está sobrando piloto", diz Fochesatto.

    As empresas aéreas brasileiras perderam dinheiro em 2011. A Gol ainda não divulgou o balanço financeiro do ano, mas registrou prejuízo líquido de R$ 516,5 milhões no terceiro trimestre de 2011. As perdas da TAM somaram R$ 335 milhões.

     

     

    JCNet.com.br
    15/03/2012

    Voos da Gol para Miami devem começar no 2º semestre

    A Gol Linhas Aéreas deve iniciar seus voos para Miami, com escala em Caracas, no segundo semestre, mas não tem interesse em participar de alianças globais do setor de aviação, segundo o presidente da empresa, Constantino de Oliveira Junior.

    A companhia comunicou na terça-feira à noite que pediu à Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) aval para operar voos regulares entre Brasil, Venezuela e Estados Unidos, após o resultado de estudos de viabilidade internos, em linha com o modelo de negócios da empresa, baseado na utilização de uma frota padronizada em aeronaves Boeing 737 Next Generation.

    "A gente ainda depende das autorizações formais quem devem sair rápido... mas eu não acredito que isso aconteça antes de junho ou julho.... está mais pra julho, mas não tem data definida", disse Oliveira a jornalistas depois de evento do setor de turismo.

    Para voar na nova rota sem adquirir novas aeronaves, a Gol fará com que seus aviões voem por mais horas, segundo o presidente. A Gol não divulga guidance de frota de aeronaves.

    Oliveira destacou que a nova rota deve abrir mais espaço para brasileiros e venezuelanos voem a Miami. A Delta, companhia norte-americana que possui 3,9 por cento do capital da Gol, também voa para a cidade da Flórida, embora seu principal hub - centro de distribuição de pousos e decolagens - seja Atlanta.

    Questionado se a Gol fará parte de alguma aliança global de companhias, Oliveira afirmou que o perfil da Gol é de investir em acordos bilaterais. "Pretendemos ficar independentes de alianças globais".

     

     

    Folha de São Paulo
    15/03/2012

    Novo terminal de Viracopos receberá R$ 1 bi
    Consórcio vencedor de leilão quer construir hotéis para aumentar receitas do aeroporto
    MARIANNA ARAGÃO

    A construtora UTC, vencedora do leilão de concessão de Viracopos, vai investir cerca de R$ 1 bilhão na construção do segundo terminal de passageiros do aeroporto. O novo terminal terá capacidade para receber 13 milhões de usuários por ano (em 2011, o aeroporto recebeu 7,54 milhões de passageiros). A previsão é que as obras comecem em outubro.

    O montante faz parte da primeira rodada de investimentos que o consórcio, formado pela UTC, pela Triunfo Participações e pela operadora aeroportuária francesa Egis Avia, terá de fazer até a Copa de 2014 no aeroporto.

    Na primeira fase, também serão feitas melhorias no atual terminal, que incluem reformas no estacionamento e alteração da identidade visual do aeroporto. A ideia é marcar o início da nova gestão.

    A UTC contratou a consultoria holandesa Naco para elaborar um plano de arquitetura e engenharia que definirá as principais obras a serem feitas em Viracopos.

    "O entorno ainda pouco explorado do aeroporto nos permite pensar em diferentes oportunidades de empreendimentos", diz Ben Hasselman, diretor da Naco.

    A empresa quer construir dois hotéis, um centro de convenções e um shopping nas proximidades do aeroporto. O objetivo é elevar as receitas com atividades não aeroportuárias, hoje de 11% do total, para 35% em 2041.

    CONTESTAÇÃO

    O resultado do leilão de concessão de Viracopos está sendo contestado na Anac por duas empresas.

    A Odebrecht, derrotada no leilão, pediu a eliminação do consórcio vencedor, alegando que o grupo não cumpriu todas as exigências do edital.

    Uma empresa de engenharia de Curitiba também apresentou recurso à agência.

    Amanhã, o consórcio vai apresentar à Anac um recurso para se defender das contestações.

     

     


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