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  • Revista Exame
    02/08/2011

    TAM nega que pilotos sem inglês operam voos internacionais
    Companhia afirmou que tripulação reprovada em teste de inglês opera somente em território nacional
    Daniela Barbosa

    São Paulo – A TAM negou, nesta terça-feira (2/8), que pilotos reprovados em teste de inglês estejam realizando voos internacionais. Segundo comunicado da companhia, os pilotos, que possuem licença para operar voos internacionais da empresa, mas que foram reprovados nos teste de proficiência em inglês, estão operando aeronaves somente em território nacional, enquanto aguardam a licença e a realização de novos exames.

    De acordo com reportagem publicada pela Folha de S. Paulo, desta terça-feira, a companhia teria liberado os pilotos em voos internacionais, contrariando assim as normas do setor aéreo brasileiro e internacional.

    “Negamos qualquer irregularidade e reafirmamos que estamos realizando voos internacionais totalmente em conformidade com os regulamentos do setor e nos mais elevados níveis de segurança. Todas as autoridades aeronáuticas auditam constantemente os voos, nenhuma violação foi registrada”, afirmou a companhia em  comunicado.

    A TAM também afirma que apenas 5,2% dos pilotos com autorização para voos internacionais foram reprovados no teste.

    Segundo nota da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac),   não foi encontrada nenhuma irregularidade, após fiscalização dos diários de bordo da TAM.

     

     

    Panrotas
    02/08/2011

    Gol anuncia assinatura de compra da Webjet

    A assinatura do contrato de compra da Webjet foi assinado ontem pela Gol com os acionistas da low cost/low fare. O processo havia se iniciado em 8 de julho e levou menos de um mês. A Gol agora aguarda a aprovação da Anac e do Cade, mas já havia anunciado que no longo prazo a marca Webjet deixará de existir.

    A Webjet, que pertencia à GJP Participações, de Guilherme Paulus, foi comprada por R$ 96 milhões em dinheiro e mais R$ 215 milhões em dívidas que a Gol assumirá.

     

     

    Agencia Brasil
    02/08/2011

    Avião da FAB com oito pessoas cai em Santa Catarina
    Alex Rodrigues

    Brasília - Um avião da Força Aérea Brasileira (FAB) caiu esta tarde quando ia de Canoas, na região metropolitana de Porto Alegre (RS), para o Rio de Janeiro. Segundo o Comando da Aeronáutica, oito pessoas estavam a bordo da aeronave, um C-98 Grand Caravan pertencente ao 5º Esquadrão de Transporte Aéreo.

    Ainda de acordo com a Aeronáutica, o monomotor partiu da Base Aérea de Canoas às 11h35 e caiu às 13h30, quando sobrevoava o município de Bom Jardim da Serra (SC), a 135 quilômetros de Florianópolis.

    Um helicóptero H-60 Blackhawk da Aeronáutica decolou da Base Aérea de Santa Maria (RS) em direção ao local do acidente com uma equipe de resgate. A Aeronáutica ainda não informou a identidade das pessoas que viajavam no avião - se todos eram militares e se houve ou não sobreviventes.

     

     

    Folha de São Paulo
    02/08/2011

    TAM usa pilotos reprovados no inglês em voo ao exterior
    Medida contraria norma que exige nível mínimo do idioma para voar para fora
    RICARDO GALLO

    A TAM decidiu liberar pilotos reprovados em teste de inglês a trabalhar em voos internacionais -o que contraria regulamentos de aviação brasileiro e internacional. Norma da Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) inspirada em congêneres estrangeiras determina que pilotos tenham ao menos nível 4 ("operacional") de inglês para voos rumo ao exterior.
    A TAM, no entanto, pôs pilotos com nível 3 ("pré-operacional") em rotas internacionais, revela documento da empresa obtido pela Folha, datado de 25 de maio.

    No documento, a companhia determina que os pilotos reprovados no inglês possam operar voos internacionais enquanto o avião sobrevoar o território brasileiro.
    Ao entrar no exterior, um outro piloto assume o lugar daquele que fala mal o inglês; mais longos, esses voos usam três ou quatro pilotos.

    O regulamento brasileiro de aviação civil, no entanto, não prevê essa possibilidade.
    A decisão da TAM ocorreu após 13,8% dos seus cerca de 370 pilotos de voos internacionais terem sido reprovados em um teste de revalidação de inglês em abril e maio.
    Esses pilotos foram rebaixados do nível 4 para o 3. Um comandante de voo internacional da TAM disse à Folha que a medida foi tomada porque havia risco de cancelamento de voos por falta de pilotos em momento de alta demanda; a TAM nega e afirma que, atualmente, o índice de reprovados caiu para 5%, após parte deles se submeter a novos testes. O piloto, porém, fala em 20%.
    Baseada em norma da Icao (Organização Internacional de Aviação Civil) e das agências americana (FAA) e europeia (Easa) de aviação, a regra estabelece que a exigência mínima de inglês "se aplica a qualquer voo internacional, e a todos os pilotos que compõem a tripulação", de acordo com o site da Anac.
    Ao ser questionada sobre o assunto, a agência nacional, responsável por fiscalizar a TAM, informou não haver "evidências" de infração.
    A Anac sabe há pelo menos um mês do problema.
    A FAA (agência americana) e a Easa (europeia), onde estão oito dos 19 destinos internacionais da TAM, investigam o caso. A primeira, depois de procurada pela Folha, cobrou explicações da empresa e da Anac.
    As agências podem impor multa à TAM e, no limite, suspender voos internacionais da empresa brasileira.

    RISCO

    Um piloto com inglês nível 3 pode falhar ao tentar compreender instruções ao lidar com "eventos inesperados", segundo classificação da Icao adotada pela Anac.
    O piloto com quem a Folha conversou disse que a iniciativa sobrecarrega os demais tripulantes e pode trazer riscos à segurança, se, por exemplo, alguém passar mal e o piloto reprovado em inglês tiver que assumir o controle da aeronave e falar com a torre de outros países.
    Uma ordem mal compreendida em inglês contribuiu para a colisão entre dois aviões em pleno ar na Índia, em 1996. O piloto de uma das aeronaves descera a um nível diferente daquele autorizado pela torre de controle. Morreram no acidente 349 pessoas.

    AVAL INFORMAL

    A Anac tem conhecimento da infração da TAM desde 1º de julho, segundo e-mail obtido pela Folha. Um fiscal relatou que a agência deu aval informal para o não cumprimento da norma. A agência não respondeu à Folha.
    O e-mail foi endereçado a Carlos Pellegrino (diretor de operação de aeronaves) e a David da Costa Faria Neto (superintendente de segurança operacional).

     

     

    Folha de São Paulo
    02/08/2011

    Para Anac e TAM, objetivo da norma não foi desrespeitado

    Responsável pela fiscalização do setor aéreo, a Anac informou não ter evidências de que a TAM tenha descumprido o regulamento da aviação. A empresa, por sua vez, diz trabalhar dentro da lei. Para a Anac, o "objetivo" da norma não foi desrespeitado, em razão de o piloto sem inglês mínimo trabalhar apenas em território nacional.
    O regulamento brasileiro, inspirado em normas internacionais e que a agência usa para fiscalizar as empresas aéreas, não abre exceção.
    Vice-presidente da TAM, Ruy Amparo disse estar "absolutamente" conforme a lei e refutou risco à segurança. "Esse piloto não opera em inglês." Como os reprovados têm se submetido a novos testes, a tendência é que sejam aprovados e o expediente deixe de ser usado rapidamente.
    Amparo justificou a medida. Segundo ele, é importante manter os pilotos -mesmo os reprovados- em operação para que eles não percam a proficiência [em inglês]. "Deixar um piloto fora por 30 dias nunca é bom". A decisão de mantê-los no ar, afirmou, é auditável por autoridades.
    O vice-presidente disse ainda que a TAM usa mais tripulação do que o exigido em alguns voos internacionais, como o para Frankfurt, em que tem quatro pilotos -a lei exige três. O voo tem 11 horas e 40 minutos; quatro pilotos são exigidos para voos com mais de 12 horas. "Falta você me dizer onde está a ilegalidade. Se a lei fala em voar com três e eu uso quatro, estou aumentando a redundância."
    Segundo ele, a situação da TAM junto à FAA está correta.
    Depois de falar com a Folha, as assessorias de imprensa da Anac e da TAM falaram entre si, informou a agência. A Anac é a responsável por auditar a TAM.
    A FAA e a Easa informaram que irão apurar eventuais irregularidades no caso. A agência dos EUA informou que a empresa merece crédito pelos níveis de segurança e confiabilidade. A Easa diz que fiscalizou a tripulação 33 vezes desde 2009 e não encontrou falhas.

     

     

    Folha de São Paulo
    02/08/2011

    CONTROLADOR TAMBÉM PATINA NO IDIOMA

    A falta de conhecimento de inglês foi base da defesa de Jomarcelo Fernandes dos Santos, um dos controladores acusados de contribuir com a queda do Boeing da Gol, que matou 154 pessoas em 2006. Segundo os advogados, ele não sabia o idioma e foi induzido a ocupar um cargo que exige proficiência na língua. A Justiça o absolveu, alegando "inaptidão" ao cargo.

     

     

    Folha de São Paulo
    02/08/2011

    Empresa pode explorar entorno de aeroporto
    Intenção do governo é viabilizar investimento em terminais e evitar aumento de tarifa
    MARIANA BARBOSA

    Para evitar aumento de tarifas e viabilizar a privatização dos aeroportos, o governo estuda permitir a exploração imobiliária no entorno de aeroportos, com a criação de complexos hoteleiros e centros empresariais. "Vamos precisar encontrar modelos de gestão comercial, como a exploração imobiliária, por exemplo, como acontece no exterior, para viabilizar os investimentos", afirmou o presidente da Abdib (Associação Brasileira da Infraestrutura e Indústria de Base), Paulo Godoy.
    Ele participou de encontro com o ministro da Aviação Civil, Wagner Bittencourt, ontem, em São Paulo. Para Godoy, ainda é "prematuro" dizer se a fixação do valor das tarifas aeroportuárias vai ser um problema.
    O ministro afirmou não temer a falta de interesse privado, como aconteceu com o leilão do TAV (Trem de Alta Velocidade).
    "Uma coisa é diferente da outra. Os empresários têm dado sinalização positiva para as concessões de aeroportos. Esse é um setor muito competitivo e certamente haverá investidores querendo participar", afirmou Bittencourt.
    O ministro afirmou que os aeroportos serão modernizados em tempo para a Copa de 2014 e que o cronograma para a concessão dos aeroportos de Guarulhos, Campinas e Brasília será cumprido.
    A expectativa do governo é realizar os leilões em 22 de dezembro, para que o setor privado assuma a gestão a partir de fevereiro de 2012.
    Uma nova reunião com a Abdib, para discutir o modelo de concessão, foi marcada para o próximo dia 12.

     

     

    O Estado de São Paulo
    02/08/2011

    Especialistas veem falha de manutenção na Noar

    Troca de e-mails, em 2010, entre o então diretor executivo da Noar Linhas Aéreas, Marjony Camelo, e o então diretor de Operações, comandante Rivaldo Paurílio Cardoso - que morreu na queda do LET410 em 13 de julho, no Recife - mostra falha no setor de manutenção da empresa, segundo especialistas. A Noar disse que só se pronunciará após conclusão de relatório da Anac.

     

     


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