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  • Jornal Floripa
    22/07/2011

    Anac relaxa fiscalização para conceder licença a pilotos

    A Agência Nacional de Aviação Civil afrouxou o controle na concessão de licenças para pilotos e mecânicos de aviões e helicópteros. De acordo com o texto, em vez de examinar a documentação de todos os interessados, a Anac tem utilizado o método de amostragem, checando apenas alguns. O motivo alegado é o congestionamento de pedidos, que demoravam cada vez mais para ser examinados e aprovados pela agência.

    A própria Anac admite que o método é passível de falsificações, pois um piloto pode declarar ter mais horas de voo do que realmente tem. A prova prática de piloto, no entanto, é acompanhada por um fiscal da agência.

     

     

    Valor Econômico
    22/07/2011

    Empresas de apoio terrestre investem em diversificação
    Expansão da demanda e crise da Sata abrem mercado para companhias estrangeiras e nacionais
    Por Adm. Vinicius Costa Formiga Cavaco

    Animadas pelo crescimento da Aviação comercial e executiva, empresas que prestam serviços de apoio terrestre nos aeroportos, despachando malas e rebocando aviões, investem em expansão e diversificação de negócios para aumentar a rentabilidade.A Swissport, a maior empresa do mundo nesse
    tipo de serviço ("handling", no jargão do setor), vai aplicar R$ 57 milhões até 2014 para comprar mais equipamentos, como rebocadores de avião. Quer fortalecer sua atuação na Aviação regular e aumentar a participação da Aviação executiva no faturamento, não divulgado, atualmente em 3,5%.

    O plano é quase dobrar o tamanho dessa fatia até 2014. A empresa tem 4,5 mil equipamentos, entre rebocadores e caminhões, e planeja ampliar esse número para 6 mil veículos. "Passamos por três ciclos de crescimento no país. O primeiro foi em 2001, com o surgimento da Gol. Em 2006, duas empresas saíram do mercado, a Menzies e a Globground. Em 2008, a Sata começou a desaparecer",

    afirma o presidente da Swissport Brasil, Francisco Gonçalves.

    A Sata, empresa controlada pela Fundação Ruben Berta Participações, chegou a ter cerca de 60% do mercado no auge de suas atividades, no início dos anos 2000. Entrou em recuperação judicial em meados de 2009, após ter perdido um de seus principais clientes, a Varig. O faturamento mensal da Sata nos dias atuais é da ordem de R$ 3 milhões. Chegou a ser de R$ 20 milhões. Em recente entrevista ao Valor, o presidente da Sata, João Luís Bernes de Sousa, disse que a empresa está com 640 funcionários. Há 11 anos eram 8 mil trabalhadores. A Sata chegou a ter a sua falência decretada no dia 27 de abril deste ano, mas conseguiu uma liminar para seguir na recuperação judicial.

    A dívida que consta nos autos do processo é de R$ 433,8 milhões, mas Sousa contestou esse valor e afirmou que estava sendo realizado um novo cálculo. A Sata foi procurada pelo Valor novamente, mas não se pronunciou até ontem à noite. Atualmente, a Swissport tem 53% de participação de mercado nos 13 aeroportos em que opera, segundo Gonçalves. Em meados de 2007, a fatia era de 33%.

    "Devemos alcançar o patamar de atendimento de 1 mil voos por dia em outubro", afirma o presidente da Swissport. Segundo ele, a Swissport tem atualmente 5,3 mil funcionários e uma carteira de 34 clientes. O crescimento da demanda aérea no Brasil também atraiu a empresa de segurança Protege,

    mais conhecida pelos carros-fortes. Esta empresa brasileira começou a operar no setor de serviços terrestres em aeroportos há dois anos com a Proair.

    Esse segmento ainda representa menos de 5% do faturamento de R$ 1 bilhão da Protege, mas integra a divisão de novos negócios, que tem potencial para dobrar o faturamento da empresa em pelo menos dois anos. "O "handling" tem muita sinergia com o nosso negócio principal, que são os carrosfortes.

    São operações de logística", afirma o diretor-geral do Grupo Protege, Mário Baptista. De acordo com o executivo, a crise a Sata também contribuiu para a expansão da Proair.

    A Proair opera atualmente em seis aeroportos do país, com 1,1 mil funcionários. Tem 16 clientes, entre companhias de Aviação regular. Também trabalha com segurança nos aeroportos, com equipes de raio X nas salas de embarque. A Universal Aviation atua no mercado brasileiro desde 2006. A empresa,

    pertencente ao grupo familiar americano Universal Wheather and Aviation, investiu US$ 2 milhões desde o início de suas atividades, com foco específico na Aviação executiva.

    Seu diretor-geral André Goes de Camargo conta que praticamente 100% do faturamento vem do atendimento de aviões de empresários e multinacionais provenientes do exterior. "Vamos investir US$ 1 milhão em 2011 para poder ampliar o atendimento à Aviação executiva doméstica também", afirma

    Baptista. A Aviation tem 50 funcionários e opera em sete aeroportos brasileiros.

    A Swissport, por sua vez, planeja atuar em novos negócios como "handling" para transporte aéreo de carga e segurança nos aeroportos (equipamentos de raio X e pessoal na área de embarque de passageiros). A origem da Swissport vem da falida companhia aérea Swissair, que já foi considerada uma das melhores empresas aéreas do mundo. Em meados de 2001, a Swissport foi comprada pelo grupo inglês Candover. Quatro anos depois, o grupo espanhol de gestão aeroportuária Ferrovial adquiriu a empresa por € 646 milhões. Em novembro do ano passado, o fundo de private equity PAI Partners levou a Swissport por € 654 milhões. A Swissair, por sua vez, opera hoje com a bandeira Swiss e é controlada pela alemã Lufthansa.

     

     

    Valor Econômico
    22/07/2011

    Gol ultrapassa a TAM em junho com a Webjet

    Os dados de fluxo de passageiros no país no mês de junho, divulgados ontem pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), mostram que a Gol ultrapassou a TAM no mercado doméstico, considerando o anúncio da Gol da aquisição de 100% da Webjet. O negócio foi anunciado no dia 8 de julho por R$ 310,7 milhões, sendo R$ 96 milhões de desembolso e o restante de dívidas. O negócio, porém, ainda precisa receber o aval de autoridades brasileiras como a própria Anac e o Conselho Administrativo de Defesa Econômicas (Cade).

    Segundo a Anac, a TAM teve 41,68% da demanda doméstica, seguida por Gol, com 37,13%, Azul (8,61%) e Webjet (5,51%). A soma das fatias de Gol e Webjet, de 42,64%, ficaria, portanto, à frente da TAM. Em março, a Gol já havia ultrapassado a TAM pela primeira vez, com participação de 39,77%, ante 39,59% da TAM.

    A Anac também divulgou que o fluxo de passageiros transportados em junho registrou crescimento de 19,54%, em relação ao mesmo mês do ano passado. São dois anos e um mês consecutivos de crescimento nesse índice. No acumulado do ano, o transporte aéreo de passageiros no país acumula expansão de 21,39%.

    A oferta de assentos no mês passado teve alta de 12,48% na mesma base de comparação. A taxa média de ocupação dos aviões ficou em 68,10%, ante 64,09% de junho de 2010.

    Os voos internacionais operados por empresas brasileiras tiveram expansão de 7,72% na comparação com junho de 2010. É o décimo terceiro mês consecutivo de crescimento, com aumento de 4,92% na oferta de assentos. A taxa de ocupação média das aeronaves ficou em 77,66%. (AK)

     

     

    Valor Econômico
    22/07/2011

    Nos EUA, tarifa aumenta e lucro cai
    Joshua Freed

    Aumentos de tarifas proporcionaram trimestres rentáveis à United Continental e à US Airways, apesar dos prejuízos financeiros devido aos preços mais elevados dos combustíveis. Ontem, as duas companhias divulgaram lucros menores no segundo trimestre em comparação com o ano anterior: queda de quase 12% na United Continental e de 67% na US Airways.

    As companhias colocaram seus planos de crescimento em banho-maria, especialmente na United, focada em atrair mais viajantes a negócios. Isso permitiu que elas aumentassem as tarifas. Foi o que aconteceu novamente na quarta-feira, quando algumas empresas tentaram promover um aumento de tarifas de até 20% em viagens de ida e volta.

    "Elas têm condições de elevar as tarifas devido às decisões que tomaram, mantendo a capacidade baixa, buscando elevar as tarifas em vez de ganhar participação de mercado, tentando atrair passageiros mais rentáveis em vez de apenas encher as aeronaves e esperando mais tempo para colocar as tarifas à venda", disse James Corridore, analista de companhias aéreas na Standard & Poors.

    As companhias aéreas em geral vêm elevando as tarifas, neste ano, para compensar o aumento de despesas com combustível, apesar de um aumento de tarifas tentado pela United no início deste mês que, no entanto, não vingou.

    A United Continental Holdings lucrou US$ 538 milhões. As receitas cresceram mais de 10%, para US$ 9,81 bilhões, embora o tráfego tenha se mantido inalterado. Isso é consequência dos aumentos de tarifas. Os custos com combustíveis cresceram US$ 1 bilhão, ou 45% a mais do que um ano atrás.

    A US Airways Group lucrou US$ 92 milhões. As receitas cresceram mais de 10%, para US$ 3,5 bilhões.

    "Os preços dos combustíveis neste ano não chegaram aos níveis de 2008. Mas ficaram em nível elevado por mais tempo. Os preços médios para o ano inteiro deverão ser tão altos, neste ano, quanto em 2008", disse Doug Parker, presidente e CEO da US Airways.

    Na quarta-feira, a AMR, controladora da American Airlines, reportou prejuízo líquido de US$ 286 milhões no segundo trimestre, 26 vezes superior à perda de US$ 11 milhões de igual período do ano passado.

     

     

    O Estado de São Paulo
    22/07/2011

    'Efeito vulcão' trava expansão de voos internacionais
    Demanda avançou 7,72% no mês de junho por conta de cancelamentos de voos, mas tendência é de recuperação em julho
    Glauber Gonçalves

    A série de cancelamentos de voos provocada pela dispersão das cinzas do vulcão chileno Puyehue derrubou o crescimento da demanda por transporte aéreo internacional nas rotas operadas por companhias brasileiras. Em junho, o avanço foi de 7,72% na comparação com igual período de 2010, segundo a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). Para especialistas, não fosse o vulcão, a expansão teria sido de cerca de 15%.

    O avanço das cinzas fez com que a TAM cancelasse 236 voos, dos quais 168 internacionais. Já na Gol, o número de cancelamentos chegou a 200, entre trechos nacionais e internacionais. Além das interrupções das operações na Argentina, Chile, Paraguai e Uruguai, aeroportos da Região Sul do Brasil foram afetados. De acordo com a Infraero, em junho cerca de 10% das partidas e chegadas foram canceladas no País.

    A demanda internacional ainda deve sentir algum efeito do vulcão este mês, embora o número de cancelamentos tenha sido menor do que em junho.

    "Julho é um mês de crescimento por causa das férias. A demanda se recuperará em parte, pois, na dúvida se seria possível ou não viajar durante as férias, algumas pessoas cancelaram a viagem de vez", afirma o consultor Allemander Pereira.

    Para fugir dos cancelamentos, alguns passageiros também podem ter trocado destinos atingidos pelas cinzas, como a Argentina, pelo Nordeste. Apesar disso, a cotação atrativa do dólar deve fazer com que o avanço da demanda internacional volte a atingir patamares mais altos em julho, podendo chegar a 20%, na avaliação de Pereira. Já no segmento doméstico, o crescimento foi de 19,54% em junho e de 21,39% no acumulado do primeiro semestre, confirmando a avaliação do setor de que a demanda avançará cerca de 20% no ano.

    "O porcentual veio de acordo com o que o mercado esperava, porque vimos que a demanda já estava muito aquecida", disse a analista Rosângela Ribeiro, da corretora SLW. Ela ressaltou que o número de voos domésticos afetados pelo vulcão foi menor do que o de internacionais.

    Os dados de junho mostram ainda que a soma da participação de Gol (37,13%) e Webjet (5,51%) superou a da TAM (41,68%) no segmento doméstico. No mês passado, as fatias das duas empresas eram inferiores à da TAM. Já a Azul, terceira colocada, tem 8,61% do mercado. Há 15 dias, a Gol anunciou acordo para comprar a Webjet em uma transação que, incluindo dívidas, chega a R$ 310,7 milhões.

     

     


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