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  • Estadão
    17/05/2011

    Dados de caixas-pretas não trazem temor imediato com A330

    A Airbus disse às companhias aéreas que uma análise parcial das caixas-pretas recuperadas do avião que caiu no oceano Atlântico em 2009 ainda não havia conduzido imediatamente a novas recomendações de segurança, disseram fontes ligadas ao assunto.

    A declaração não é baseada em uma compreensão completa dos dados recuperados dos destroços do A330 da Air France, que caiu no oceano próximo à costa brasileira quando fazia o trajeto Rio de Janeiro-Paris matando 228 pessoas, mas não indica nenhuma preocupação imediata de segurança para os sistemas mecânicos.

    "Nessa fase de análise preliminar do gravador digital dos dados de voo (DFDR, na sigla em inglês), a Airbus não tem recomendações imediatas para as operadoras", disse a fabricante europeia em um comunicado ao setor obtido pela Reuters.

    A Airbus não quis comentar o assunto.

    A BEA, agência de investigação de acidentes aéreos da França, alertou anteriormente que ainda era muito cedo para chegar a conclusões sobre as causas do acidente, mas afirmou estar confiante de que o motivo de um dos piores desastres aéreos do mundo seria encontrado.

     

     

    Ciberjunta
    17/05/2011

    Queda do A330: Jornal avança com erro humano, investigadores desmentem

    Queda do A330, da Air France, gerou uma notícia e um desmentido. Segundo o Le Figaro, a investigação às caixas negras terá detetado um erro da tripulação. No entanto, a informação é negada pelo Gabinete de Investigação e Análise. “Nenhuma conclusão pode ser tirada”, refere, em comunicado, acusando o jornal francês de “sensacionalismo”. Avião caiu no Atlântico em 2009, no fatídico voo entre o Rio de Janeiro e Paris, que matou 228 pessoas.

    As informações oficiais apontavam para a conclusão da análise às caixas negras dentro de um mês. No entanto, segundo o Le Figaro, já há certezas absolutas sobre o motivo que esteve na base do acidente que envolveu o avião que fazia a ligação entre Rio de Janeiro e Paris: erro humano.

    O jornal terá entrevistado fontes do governo, que ilibam a Airbus e culpam a tripulação. Aliás, segundo o Le Fígaro, a Airbus teria mesmo enviado uma missiva para os seus clientes, em todo o mundo.

    "Depois desta fase de análise preliminar às gravações das caixas negras, não há nenhuma recomendação imediata para os operadores", terá referido a Airbus, através de um comunicado que garante a segurança de todos os aparelhos A330.

    No entanto, também em comunicado, os responsáveis pela investigação negam que as investigações estejam numa fase adiantada, em que seja possível determinar os motivos da queda do avião.

    "Nesta fase do inquérito, nenhuma conclusão pode ser tirada. Só o Gabinete de Investigação e Análise pode dar informações sobre o desenvolvimento do inquérito. Nesse sentido, quaisquer dados fornecidos por outras fontes são nulos", refere.

    O Gabinete de Investigação e Análise acusa o jornal francês de “sensacionalismo” e de falta de respeito pelas vítimas e suas famílias: “Está em causa o respeito dos passageiros e tripulantes que morreram”.

    O voo AF447, da Air France, partira do Rio de Janeiro, no dia 31 de maio de 2009, com 228 pessoas a bordo. Desapareceu dos radares e desde logo surgiu a suspeita de que teria caído no Atlântico. Mais tarde, confirmou-se esse cenário, com a descoberta de destroços do avião.

    As caixas negras também foram encontradas e estão agora a ser investigadas pelo BEA. As conclusões finais devem ser conhecidas dentro de um mês. O Le Fígaro garante que há erro humano.

     

     

    Estadão
    17/05/2011

    Em 2010, de cada 5 aviões vendidos, 1 era da Embraer
    AE - Agencia Estado

    GENEBRA - A Embraer tem avançado a passos largos no mercado global de aviação executiva. A fabricante brasileira já é a terceira maior do mundo nesse segmento, dominado há décadas por empresas europeias e da América do Norte. Em 2010, um em cada cinco aviões vendidos no mundo foi fabricado pela empresa brasileira e o jato Phenom 100 passou a ser o aparelho mais vendido do mundo.

    Para conquistar uma fatia ainda maior do mercado e se transformar em líder até 2015, a empresa já transfere para os Estados Unidos e para a China parte de sua produção, para estar mais próxima do mercado consumidor, e internacionaliza sua cúpula, até hoje dominada por executivos nacionais. Além disso, US$ 100 milhões ainda estão sendo investidos para montar centros de atendimento para os donos desses jatos em todo o mundo.

    Há 15 dias, o americano Ernest Edwards, que era responsável pela área de vendas da empresa na América do Norte e no Caribe, assumiu a vice-presidência para o Mercado de Aviação Executiva, substituindo Luis Carlos Affonso.

    Com sete jatos executivos em seu portfólio, a Embraer não disfarça a dificuldade do período de crise. Na empresa, todos admitem que a crise não acabou e que uma recuperação de vendas ocorrerá apenas a partir de 2012. Mas a companhia destaca que ganhou uma nova parcela do mercado nos últimos anos. Em 2005, quando vendeu seu primeiro avião executivo de pequeno porte - o Phenom -, a Embraer tinha apenas 2,5% do mercado mundial no setor. Cinco anos depois, já são 200 Phenoms em operações, além de 99 Legacys. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

     

     

    Folha de São Paulo
    17/05/2011

    Caixas-pretas do avião da Air France apontam erro dos pilotos, diz jornal
    DA EFE, EM PARIS

    A análise das caixas-pretas do voo 447 da Air France, que cobria a rota Rio de Janeiro-Paris e caiu há quase dois anos no Oceano Atlântico, aponta para um erro dos pilotos como motivo do acidente que causou a morte dos 228 ocupantes do avião, revela nesta terça-feira o site do jornal "Le Figaro".

    A informação, não confirmada pelos investigadores, foi publicada um dia depois de ter sido confirmado que os dados recolhidos nas caixas-pretas estavam em bom estado apesar das condições nas quais estiveram no fundo do mar, a quase quatro mil metros de profundidade.

    Segundo o "Le Figaro", os dados analisados no fim de semana retiram a culpa da Airbus, fabricante do A330 que caiu e um dos processados por homicídio culposo na investigação judicial aberta na França.

    Os especialistas do Escritório de Investigação e Análise (BEA, na sigla em francês), encarregada das investigações, trabalham agora para determinar se o erro dos pilotos é puramente humano ou se envolve também o sistema de segurança da Air France, proprietária do avião, a outra acusada, acrescenta o diário.

    Para isso, o órgão dispõe das informações recolhidas nas duas caixas-pretas, que chegaram a Paris na última quinta-feira após serem localizadas e resgatadas do fundo do mar.

    Graças a essas informações, os investigadores esperam reconstituir o que ocorreu em 1º de junho de 2009, quando o avião caiu no Oceano Atlântico após decolar do Rio de Janeiro com direção a Paris.

    Segundo o "Le Figaro", o BEA deve divulgar elementos sobre a investigação nas próximas horas, embora o próximo relatório provisório só esteja previsto para junho ou julho.

    O último relatório, publicado em dezembro de 2009, muito antes da descoberta das caixas-pretas, apontava como causa do acidente uma falha nas sondas de medição de velocidade, que teriam congelado.

    Na época, o BEA advertiu que as conclusões não eram definitivas e pediu prudência.

    RESGATE

    Dois corpos das vítimas foram resgatados no início do mês dos destroços do Airbus e estão em um laboratório na França. Os resultados dos testes que tentam extrair o DNA para a identificação dos corpos deverão ser conhecidos nesta próxima quarta-feira (18).

    Na ocasião da tragédia, cerca de 50 corpos foram resgatados do oceano, sendo que 20 eram de brasileiros --12 homens e 8 mulheres.

    De acordo com o BEA, 68 pessoas trabalham a bordo do navio Ile de Sein, que realiza os trabalhos de busca no oceano Atlântico. Entre eles estão nove operadores do robô submarino Remora 6000, técnicos da empresa americana Phoenix International, proprietária dos equipamentos, e membros do BEA.

    O coronel Luís Cláudio Lupoli, da Força Aérea Brasileira, também está a bordo do navio. Ele é o representante brasileiro na comissão de investigação do acidente.

    O primeiro mergulho do robô em busca dos destroços do voo, localizados no começo de abril, foi realizada no dia 26 e durou mais de 12 horas.

     

     

    Folha de São Paulo
    17/05/2011

    TAM lançará neste ano voo para o México

    A TAM inaugura até o fim do ano um voo para a Cidade do México. A rota era atendida por duas mexicanas. Com a desistência da AeroMéxico, a TAM obteve a autorização.
    "É uma rota que nos interessa muito pela alta demanda de passageiro e carga", diz o presidente da TAM, Líbano Barroso.
    A TAM também prepara um segundo voo diário para Orlando, a partir de julho.
    O aumento de voos internacionais acontece em um momento em que a companhia exibe taxas de ocupação de 79,6% nas rotas para o exterior -três pontos percentuais a mais do que no ano passado. No período, a demanda internacional cresceu 16,3%, e a oferta, 11,9%.
    No balanço do primeiro trimestre, divulgado ontem, a companhia registrou lucro de R$ 128,8 milhões, revertendo o prejuízo apurado no mesmo período do ano passado (R$ 71 milhões).
    O presidente da TAM S.A., Marco Antonio Bologna, diz estar confiante na aprovação da associação com a LAN.
    No dia 26 haverá audiência em Santiago para discutir o impacto da operação. Ele acredita que a conclusão da operação, inicialmente prevista para julho, não deve acontecer antes do quarto trimestre. (MB)

     

     

    Folha de São Paulo
    17/05/2011

    Emirates quer usar superjato no Brasil
    Operação com o Airbus A380, o maior avião de passageiros do mundo, depende de adequações em Cumbica
    MARIANA BARBOSA

    A companhia aérea Emirates fez um pedido formal à Infraero para operar o superjato da Airbus, o A380, no aeroporto de Cumbica (Grande SP). A Folha apurou que o pedido foi feito há quase seis meses, mas a empresa ainda não obteve resposta formal.
    Questionada pela reportagem, a Infraero disse que "tem dialogado com a companhia a fim de viabilizar o voo para dezembro".
    Falou ainda que o aeroporto é capaz de receber aeronaves da categoria e que o horário pretendido pela Emirates "não compromete as atuais operações do aeroporto".
    Com capacidade para acomodar de 525 a 853 passageiros, o A380 é o maior avião de passageiros do mundo. Além da Emirates, outras empresas que operam o superjato (Lufthansa, Air France e Singapore) também manifestaram à estatal interesse em operar os jatos no Brasil.
    O pedido da Emirates foi acompanhado de um estudo de análise de risco e sugestões de procedimentos operacionais para receber o avião em Guarulhos.
    Até a semana passada, porém, segundo a Folha apurou, técnicos da Infraero diziam que não era possível adaptar o aeroporto para receber o A380.
    Já os técnicos da Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) emitiram parecer preliminar favorável. O entendimento é que o aeroporto comporta um A380 com segurança e em conformidade com regras internacionais, desde que a Infraero faça algumas adequações.

    ÁREA DE MANOBRA
    As adequações não demandam obras nem exigem grandes investimentos. Como o superjato tem uma envergadura (distância da ponta de uma asa à outra) de 60 metros e a pista de Guarulhos tem 45 metros de largura, na hora do pouso seria preciso interditar uma das pistas de manobra para que o avião possa taxiar com segurança.
    Também seria preciso demarcar com pintura uma área próxima à ocupada hoje por sucatas da Vasp -que serviria para abrigar o A380 durante o tempo em que ficar estacionado entre a chegada e a partida do voo.
    Técnicos da agência também acreditam que é possível agilizar a fila de passaporte para acomodar mais de 600 passageiros de uma só vez. Pelos cálculos da agência, uma gestão mais eficiente das filas e das posições de passaporte poderia aumentar a capacidade em 20%.
    A Emirates opera hoje um voo diário de São Paulo a Dubai com um Boeing 777-300ER. Com 354 passageiros, o voo tem taxa de ocupação superior a 90% e a empresa quer substitui-lo pelo A380.
    Além desse voo, a Emirates lança, no início de 2012, um voo diário ligando Dubai ao Rio de Janeiro.

     

     

    O Estado de São Paulo
    17/05/2011

    Air France: dados e conversas são extraídos de caixas-pretas
    Governo francês promete divulgar até setembro relatório parcial sobre informações achadas no avião que caiu em 2009
    Andrei Netto

    Mesmo depois de dois anos a 3.900 metros de profundidade no Oceano Atlântico, as caixas-pretas do voo 447 da Air France resistiram intactas. A notícia foi anunciada ontem pelo Escritório de Investigação e Análises para a Aviação Civil (BEA), o órgão francês que apura causas do acidente do Airbus que ia do Rio a Paris em 31 de maio de 2009 e caiu no mar, matando as 228 pessoas a bordo.

    De posse das informações eletrônicas da aeronave e dos diálogos dos pilotos, especialistas devem divulgar um relatório parcial até setembro. A recuperação dos dados do Flight Data Recorder (FDR), a caixa com os dados eletrônicos da aeronave, e do Cockpit Voice Recorder (CVR), o gravador dos diálogos entre a tripulação e sons da cabine, foi realizada ao longo de três dias.

    Do FDR foram extraídos 1.300 parâmetros eletrônicos, gravados nas últimas 25 horas de funcionamento. Do CVR, as duas últimas horas de conversas e sons da cabine. "As leituras permitiram recolher integralmente os dados contidos no gravador de parâmetros (FDR) e nas gravações fônicas (CVR) das duas horas de voo", informou o BEA.

    Em entrevista ao Estado há 10 dias, Jean-Paul Troadec, diretor do BEA, disse que as gravações são "essenciais" para esclarecer as causas do acidente - ainda que não sejam as únicas informações usadas na investigação. De acordo com o comunicado do BEA, "o conjunto dos dados deve ser agora objeto de análise detalhada". "Os trabalhos devem durar várias semanas, ao fim das quais um relatório será tornado público", completa o informe.

    Troadec reiterou ontem que a investigação ainda será longa. "Vamos usar o tempo necessário antes de fornecer mais elementos. As gravações são fator essencial à compreensão do acidente, mas não o único."

    Transparência. Uma das preocupações do BEA durante o exame das caixas-pretas foi garantir a transparência do procedimento. A extração dos dados foi filmada e gravada diante de representantes de órgãos de investigação de acidentes aéreos de Alemanha, Estados Unidos, Reino Unido e Brasil, por meio do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa). Completaram a equipe dois especialistas nomeados pelo governo francês.

     

     

    O Estado de São Paulo
    17/05/2011

    TAM nega que projeto de capital estrangeiro afete fusão
    SILVANA MAUTONE

    O presidente da holding TAM, Marco Antonio Bologna, disse hoje que a fusão das companhias aéreas TAM e a chilena LAN, que criará a Latam, não será afetada por uma possível aprovação do projeto de lei que tramita no Congresso Nacional. O projeto amplia de 20% para 49% o limite de participação de capital estrangeiro no capital votante das empresas aéreas nacionais. "A relação de governança e da estruturação econômica da fusão não se alteram em função de uma mudança na lei de participação de capital estrangeiro", disse Bologna, durante teleconferência com analistas.

    A família Amaro, controladora da TAM, terá participação de 13,67% na Latam. O porcentual da família Cueto, controladora da LAN, será de 24,07%. Dessa forma, o free float (quantidade de ações em negociação no mercado) será de 62,26%. A TAM diz que tanto a família Amaro como a família Cueto compartilharão igualmente da gestão da empresa.

    Bologna afirmou também que a fusão das duas empresas aéreas não deve ser concluída até o final deste ano. "Acreditamos que não antes do final do quarto trimestre teremos as autorizações devidas para o andamento da fusão", afirmou o executivo. "Estamos confiantes que teremos, sim, a autorização dentro de certas mitigações, especialmente no mercado chileno", afirmou.

    Bologna relembrou que em 26 de maio será realizada audiência pública no Tribunal de Livre Concorrência do Chile (TDLC), quando os envolvidos na fusão das duas empresas poderão se manifestar. A decisão dos cinco juízes, porém, não tem prazo estabelecido para ser anunciada. Além disso, a fusão ainda depende de aprovação de órgãos reguladores de outros países, entre eles o brasileiro Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade). Também é necessária a aprovação dos acionistas minoritários das duas companhias.

     

     

    O Globo
    17/05/2011

    Justiça condena pilotos americanos por acidente com Boeing da Gol
    Prisão semiaberta será trocada por serviços. Para familiares não houve justiça

    Quase cinco anos após o acidente que matou 154 pessoas no interior de Mato Grosso, o juiz federal Murilo Mendes, da Vara de Sinop, a 503 quilômetros de Cuiabá, decidiu condenar os pilotos americanos Joseph Lepore e Jan Paul Paladino. Eles pilotavam o jato Legacy que colidiu com o avião da Gol, em 29 de setembro de 2006.

    Os dois pilotos foram condenados a quatro anos e quatro meses de detenção, em regime semiaberto. Porém, a própria sentença indica que a pena foi substituída por prestação de serviços comunitários em órgãos brasileiros nos Estados Unidos e pela proibição do exercício da profissão.

    O juiz federal afirmou, em seu despacho, que houve negligência por parte dos pilotos em relação à falta de verificação do funcionamento do transponder (equipamento que transmite aos controladores de voo no solo informações como a altitude, velocidade e direção do avião) e do TCAS (que informa ao piloto a existência de outras aeronaves nas proximidades). O juiz, porém, não determinou o pagamento de danos às vítimas.

    Ontem, após a divulgação da decisão, a direção da Associação de Familiares e Amigos do Voo 1907 afirmou que a maioria dos familiares das vítimas está revoltada. Segundo uma das diretoras da associação, Rosane Gutjahr, que perdeu o marido na tragédia, a associação considera que “a justiça não foi feita”.

    — Os pilotos vêm ao Brasil, são responsáveis pela morte de 154 pessoas, entre elas meu marido, e saem ilesos, pois vão cumprir uma pena comunitária, numa instituição brasileira nos Estados Unidos.

    Em novembro do ano passado, o Tribunal de Justiça do Rio havia decidido por dobrar a indenização paga pela Gol a irmãs de um dos passageiros. Em dezembro, documentos revelados pelo Wikileaks mostraram que os EUA chegaram a se valer de diplomatas brasileiros para pressionar o Judiciário a liberar os pilotos para voltar a seu país. Em março e abril deste ano, os pilotos depuseram via videoconferência, negando terem cometido irregularidades.

     

     

    ZERO HORA
    17/05/2011

    Novo ânimo a famílias das vítimas
    MISTÉRIO PERTO DO FIM

    De acordo com os investigadores franceses, os dados das duas caixas-pretas do Airbus A330 da Air France, estão intactos e poderão ser utilizados. O Bureau de Investigação e Análises (BEA) indicou que “os dados íntegros contidos” nas duas caixas-pretas que registram os parâmetros de voo e as conversas na cabine dos pilotos poderão ser compilados. O BEA declarou, no entanto, que a análise dos equipamentos que permaneceram 23 meses no fundo do oceano deve “levar várias semanas” e que um “comunicado público será divulgado este verão (europeu)”.

    Para as famílias das vítimas brasileiras da catástrofe, a notícia é muito satisfatória, segundo o presidente da Associação de Vítimas Brasileiras do voo AF 447, Nelson Faria Marinho, que perdeu o filho na tragédia.

    – Dois anos depois, esperamos finalmente saber a verdade. O mundo todo quer saber o que aconteceu. Trinta e dois países (de origem dos mortos) querem saber – afirmou Marinho.

    Das 228 vítimas, 72 eram francesas e 59 brasileiras.

    Uma das caixas, o FDR (Flight Data Recorder) gravou todas as informações de voo do avião (velocidade, altitude e trajetória), enquanto a outra, o CVR (Cockpit Voice Recorder) contém todas as conversas dos pilotos e todos os sons e anúncios ouvidos na cabine do piloto.

     

     

    Valor Econômico On line
    17/05/2011

    TAM reverte prejuízo com melhora operacional
    Alberto Komatsu

    A TAM Linhas Aéreas reverteu o prejuízo de R$ 71 milhões do primeiro trimestre de 2010 e registrou lucro líquido de R$ 128,8 milhões de janeiro a março deste ano. Em comparação com o quarto trimestre de 2010, porém, o resultado recuou 14,5% diante do lucro de R$ 150,6 milhões.

    Depois da divulgação dos resultados, as ações preferenciais da TAM registraram queda de 1,84%. "Os papéis do setor aéreo estão sendo pressionados pelo cenário de alta no preço do barril de petróleo", diz o analista de aviação do banco UBS, Victor Mizusaki.

    Na semana passada, lembra ele, as ações da Gol recuaram 4,15% depois da divulgação de uma revisão para baixo da margem operacional, apesar do lucro líquido de R$ 31,93 milhões, no primeiro trimestre, ter sido 33,5% superior ao do mesmo período do ano passado. Mizusaki afirma, porém, que a tendência é a de os papéis do setor aéreo terem recuperação com a melhora do atual cenário do petróleo.

    O presidente-executivo da TAM, Líbano Barroso, afirma que a comparação dos resultados financeiros do primeiro trimestre com do quarto trimestre são influenciados pela sazonalidade. Isso porque o fim de ano é a alta temporada das viagens de avião.

    O presidente da holding TAM S.A., Marco Antonio Bologna, acrescenta que, neste ano, o Carnaval caiu em março, o que reduziu as viagens corporativas, maior filão da companhia.

    "Também tivemos a influência da valorização do real. Além disso, registramos um ganho de R$ 55,6 milhões com operações de hedge de combustível", diz Líbano. A TAM registrou receita líquida de R$ 3 bilhões no primeiro trimestre, com aumento de 16,8% em relação ao mesmo período do ano passado. Na comparação com o quarto trimestre, no entanto, a queda é de 7%.

    A TAM teve lucro operacional de R$ 131,5 milhões, ante prejuízo operacional de R$ 79,5 milhões do primeiro trimestre do ano passado. O lucro antes de juros, impostos, depreciação, amortização e leasing de aviões (Ebitda) foi de R$ 380,5 milhões, com crescimento de 1,15% ante o primeiro trimestre do ano passado. As despesas operacionais da TAM tiveram expansão de 16%, ao ficarem em R$ 2,9 bilhões.

    A receita de passageiros da TAM no primeiro trimestre acumulou R$ 2,3 bilhões, com crescimento de 7,2% em relação ao mesmo período do ano passado. A receita de cargas, por sua vez, foi de R$ 255,1 milhões, o que representou uma queda de 0,3% na comparação com janeiro a março de 2010.

    Durante entrevista para comentar os resultados da TAM, Bologna informou que o próximo passo da fusão da companhia com a chilena LAN Airlines será a realização de uma audiência pública no dia 26 de maio. De acordo com ele, nesta quarta-feira encerra o prazo para o órgão antitruste chileno (TDLC) receber as sugestões e dúvidas de interessados nesse processo, como companhias aéreas concorrentes e consumidores.

    Bologna também afirmou que a apuração do valor de 31% do capital da regional Trip Linhas Aéreas, que a TAM pretende adquiri, será concluído em junho.

     

     

    Valor Econômico
    17/05/2011

    Com atraso, Infraero contrata Exército

    A Infraero assinou ontem o convênio com Exército para iniciar as obras de terraplenagem do aeroporto internacional de Guarulhos, em São Paulo. No local será erguido o terceiro terminal de Cumbica. O termo de cooperação fechado com a divisão de obras e engenharia do Exército, apurou o Valor, ultrapassou o custo inicialmente previsto pela Infraero. Em vez dos R$ 350 milhões que a estatal calculava, o contrato atingiu R$ 417 milhões. Está previsto que o Exército execute sua tarefa em até 28 meses, período em que ira movimentar 77 mil caminhões de terra. O início dos trabalhos é imediato.

    Com a assinatura do convênio, a Infraero conseguiu tirar da gaveta um projeto que deveria ter começado em fevereiro, mas que teve seu prazo comprometido pelas mudanças que mexeram com o setor aéreo. O local onde será construído o terceiro terminal de Cumbica já tem licenciamento ambiental e está livre para as obras. Além do espaço reservado para um novo prédio, está prevista uma área para pátio de aeronaves.

    O convênio com o Exército faz parte de uma série de medidas do governo para tentar destravar o setor aéreo. Até o fim do ano, a Infraero quer licitar as obras para expansão dos principais aeroportos do país. Os modelos de licitação incluirão desde a concessão de terminais até parcerias público-privada (PPPs) para tocar as obras. Além das empreiteiras, o governo quer atrair o interesse das companhias aéreas para entrarem como investidoras nos projetos. (AB)

     

     


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