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  • G1 - O Globo
    03/05/2011

    Encontrada 2ª caixa-preta do Airbus da Air France que caiu no Atlântico
    Equipamento contém gravações de voz da cabine. Avião do voo 447 caiu no mar e matou 228 pessoas.

    A segunda caixa-preta do Airbus A330 da Air France, que caiu no Oceano Atlântico no dia 1º de junho de 2009, foi encontrada e resgatada do fundo do mar, informou nesta terça-feira (3) o Escritório de Investigações e Análises (BEA, na sigla em francês), órgão francês que investiga o acidente que matou 228 pessoas do voo 447, que fazia a rota Rio-Paris.

    A caixa-preta contém informações do Cockpit Voice Recorder (CVR), que possui a gravação de voz na cabine. Segundo o BEA, o equipamento foi localizado às 21h50 GMT (18h50, no horário de Brasília), de segunda-feira (2), e resgatado pelo robô-submarino às 2h40 GMT (23h40 de Brasília).

    “A caixa-preta está inteira. O chassis, o módulo e o cilindro estão aí. O aspecto exterior está correto, está em bom estado”, disse Jean-Paul Troadec, diretor do BEA. “Se conseguirmos ler os dois gravadores, conseguiremos entender o que ocorreu”, afirmou Troadec. “Dependerá da corrosão”, acrecentou.

    No domingo (1º), foi encontrada e resgatada uma das caixas-pretas do avião. “A equipe de investigação localizou e identificou o módulo de memória que registra os parâmetros do Flight Data Recorder (FDR) às 10h desta manhã GMT (7h de Brasília) e foi rebocado pelo robô-submarino às 16h40 GMT (13h40 em Brasília)”, informou o BEA.

    A primeira caixa-preta encontrada registra a altitude, a velocidade, as diferentes posições do leme entre outros dados. A análise deve durar de oito a dez dias.

    As buscas pelas caixas-pretas começaram na segunda-feira (25), na área onde foram localizados os destroços da aeronave. O BEA considera que uma falha nas sondas (sensores de velocidade) Pitot do fabricante francês Thales foi um dos fatores do acidente, mas explica que só terá a explicação definitiva da tragédia com os equipamentos em mãos.

    O Brasil está participando da investigação, e o coronel da Aeronáutica Luís Cláudio Lupoli está a bordo do navio do BEA, em alto mar.

    A quinta fase das buscas começou com o navio LIle de Sein, que partiu de Dacar, no Senegal, na sexta-feira (22), com 68 pessoas a bordo, inclusive a tripulação. Segundo o BEA, dois grupos de trabalho foram formados. Um deles continua analisando as 15 mil fotos dos destroços tiradas por outros robôs.

    Partes da fuselagem da aeronave, juntamente com corpos de passageiros, foram encontradas no início do mês de abril.

    Corpos
    O resgate dos corpos das vítimas não é prioridade para o BEA, segundo informou Maarten Van Sluys, diretor executivo da associação dos parentes das vítimas no Brasil. “Segundo eles, depois de estudos feitos por peritos, houve entendimento de que os corpos poderiam não resistir ao içamento no mar”, disse Sluys, completando que algum corpo pode acabar sendo içado eventualmente junto com destroços.

    Entre as vítimas do voo 447 havia 72 franceses e 59 brasileiros.

    Airbus celebra
    O presidente da Airbus celebrou a descoberta da segunda caixa preta e afirmou esperar que os gravadores do aparelho, os únicos que permitiriam determinar as causas exatas da catástrofe, ainda sejam legíveis.

    "Estamos muito felizes com a notícia e esperamos que as informações ainda sejam legíveis. Esta é a única coisa que pode contribuir para compreender os acontecimentos que levaram ao acidente", afirmou Tom Enders.

    "Estamos satisfeitos de ter estimulado, durante os últimos dois anos, a continuidade das investigações e as buscas, independente do custo e dos esforços", acrescentou.

     

     

    O Globo
    03/05/2011

    Com rombo de R$ 433 milhões, Sata tem falência decretada
    Bruno Rosa

    A Sata (Serviços Auxiliares de Transporte Aéreo), que chegou a ser uma das maiores empresas de apoio aeroportuário do país, teve a falência decretada pela 4ªVara Empresarial do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ) no último dia 27 de abril, conforme antecipou ontem Ancelmo Gois em sua coluna. A empresa, fundada em 1954 e que era controlada pela Fundação Ruben Berta, ex-dona da Varig, entrou em crise financeira após o colapso envolvendo a companhia aérea, então a sua principal cliente. A Sata, segundo o TJ, tem passivos que chegam a R$433,8 milhões.

    Com o enfraquecimento da Varig, a Sata teve seu fluxo de caixa afetado pelo atraso nos pagamentos das faturas e a inadimplência da companhia aérea. Em janeiro de 2009, sem ter como pagar aos credores e funcionários, a Sata entrou com pedido de recuperação judicial. Segundo a decisão do juiz Mauro Pereira Martins, da 4aVara Empresarial, a”situação econômico-financeira da empresa se afigura irreversível”. Apesar dos esforços durante o processo de recuperação judicial, a sentença ressalta que a Sata não atingiu o ponto de equilíbrio, sem “conseguir cumprir as obrigações do plano de recuperação”, e que ainda não tem nem condições de arcar com os custos do processo.

    Pelo plano desenhado pela Justiça, a companhia teria de iniciar o pagamento aos credores no início deste ano, o que não aconteceu. O TJ diz que, desde fevereiro de 2006, quando a Sata tinha cerca de 5,7 mil funcionários, a empresa não recolhe FGTS. Lembra ainda que não tem condições de quitar o INSS e as verbas rescisórias dos funcionários. Procurada. a Sata não retornou as ligações.

    Segundo um ex-funcionário, a Sata entrou em crise com a Varig:

    -— Quando se olha o balanço da companhia, vemos que o buraco é justamente o dinheiro que deveria entrar da Varig. Nesse tempo, perdemos alguns clientes para concorrentes, agravando a situação.

     

     

    Valor Econômico
    03/05/2011

    Governo vai ouvir empresas aéreas
    Paulo de Tarso Lyra

    O secretário nacional de Aviação Civil, Wagner Bittencourt, e o presidente da Infraero, Gustavo do Vale, vão se encontrar hoje com os presidentes das principais companhias aéreas na sede da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), em Brasília. Será a primeira vez que Bittencourt conversará com os representantes do setor privado. O encontro será realizado uma semana depois de o governo anunciar que pretende fazer uma parceria com a iniciativa privada - pelo regime de concessão de uso - para reformas nos principais aeroportos do país.

    Bittencourt vai se apresentar aos presidentes das empresas aéreas e ouvir os diagnósticos sobre o setor. Há uma percepção no governo federal de que a ausência de diálogo dos diversos atores que atuam no ramo da aviação civil contribui para as dificuldades que o país vive nos aeroportos. Como antecipou o Valor na semana passada, o governo também pretende criar, inspirado no modelo americano, a figura da autoridade aeroportuária, reunindo, em um só comando, a cadeia de ação que hoje é pulverizada por Infraero, Receita Federal, Polícia Federal, Anvisa, Decea, Anac e Secretaria de Aviação Civil.

    Com isso, a presidente Dilma Rousseff pretende estabelecer um novo modelo de governança na aviação civil. Isso já estava claro quando ela desmembrou o setor da área de influência dos militares e quando pensava em trazer um executivo renomado para a futura secretaria - não obteve êxito em relação a Rossano Maranhão, atual presidente do Banco Safra e ex-presidente do Banco do Brasil. Mas Bittencourt, ex-diretor de infraestrutura do BNDES, é um nome respeitado pelo setor privado.

    A presidente está preocupada com a situação dos aeroportos brasileiros. Há duas semanas, relatórios elaborados pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) e pelo Tribunal de Contas da União (TCU) irritaram o governo por concluírem que dificilmente as obras nos aeroportos estarão prontas até o início da Copa do Mundo de futebol de 2014.

    Dilma já fez três reuniões com Bittencourt e Gustavo do Vale, da Infraero. Na semana passada, ampliou o encontro com as presenças dos ministros do Esporte, Orlando Silva, das Cidades, Mário Negromonte, e da Casa Civil, Antonio Palocci. Nessa reunião foi decidida a concessão de uso para a iniciativa privada dos aeroportos de Guarulhos, Brasília e Viracopos, em Campinas - os editais estarão prontos até o fim deste mês. Galeão, no Rio de Janeiro, e Confins, na região metropolitana de Belo Horizonte, terão editais lançados até o início do segundo semestre.

     

     

    Valor Econômico
    03/05/2011

    TAP e American disputam liderança entre estrangeiras
    Alberto Komatsu

    As companhias aéreas TAP, de Portugal, e a American Airlines, dos Estados Unidos, travam neste ano um acirrado duelo pela liderança na oferta de voos semanais ao Brasil entre as estrangeiras. Por ora, o primeiro lugar é da TAP, com 71 frequências, ante 67 da American. Mas a busca por novas rotas no país vai promover uma dança de posições até o primeiro semestre de 2012, quando elas deverão empatar com 77 voos.

    A partir de 12 de junho, a TAP vai inaugurar quatro voos por semana entre Porto Alegre e Lisboa. O vice-presidente da companhia, o gaúcho Luiz da Gama Mór, diz que será a primeira vez que o Rio Grande do Sul contará com um voo direto para uma capital da Europa.

    Até o fim de junho, a TAP planeja oferecer o sexto voo semanal entre Belo Horizonte e Lisboa, pois atualmente são cinco. Em setembro, a empresa vai acumular 77 voos semanais ao operar a quarta frequência semanal entre Campinas e a capital portuguesa. São três voos por semana em operação.

    "A filial Brasil, ou todas as passagens que são vendidas para o país, respondem por 22% da nossa receita. Portugal corresponde a 29% das vendas totais", afirma Mór. No ano passado, a TAP teve lucro de € 62 milhões, ante € 52 milhões do ano anterior, um crescimento de 8,7% na comparação dos dois resultados.

    A American Airlines opera atualmente 67 voos por semana entre o Brasil e os Estados Unidos, de acordo com o diretor da companhia no Brasil, Dilson Verçosa. Recentemente, porém, a American solicitou 10 novas frequências no país. A partir de novembro, a companhia vai tornar diária a ligação de Miami com Brasília e Belo Horizonte. "Essa briga (com a TAP) é boa", diz Verçosa.

    Em junho de 2012, a American planeja inaugurar a rota entre Miami e Manaus com quatro voos por semana. "Para Brasília e Belo Horizonte são aumentos de frequências em função do bom resultado das rotas. Já Manaus é um sonho bem antigo da American Airlines", afirma Verçosa.

    Segundo o executivo, a taxa média de ocupação dos aviões que voam entre Miami e Belo Horizonte é de 87%. Na rota Miami-Brasília, iniciada em novembro do ano passado, a taxa de aproveitamento das aeronaves varia de 68% a 70%.

    Os novos voos solicitados pela American fazem parte de uma negociação bilateral entre os governos brasileiro e americano. Atualmente, são permitidas 150 frequências semanais, sendo que a cota americana está esgotada.

    Verçosa lembra que a partir de outubro serão permitidas mais 24 voos por semana para cada lado. Esse aumento de cota será anual até 2015, quando entra em vigor o acordo de "céus abertos" entre o Brasil e os Estados Unidos. Trata-se da liberdade de quantidade de voos e destinos para as companhias aéreas operarem em cada país, sem a necessidade de negociações bilaterais, conforme as regras atuais.

     

     

    O Estado de São Paulo
    03/05/2011

    Japão questiona política de incentivos à Embraer
    Jamil Chade - O Estado de S.Paulo

    O Japão cobra explicações do Brasil sobre o financiamento às exportações dos jatos da Embraer e, mais uma vez, os países ricos questionam a política industrial do País na Organização Mundial do Comércio (OMC). Estados Unidos, Canadá, Austrália e Japão pediram esclarecimentos sobre a legalidade de instrumentos como o BNDES, programas de incentivo e isenção de impostos.

    Hoje, o tema entrará na agenda da OMC. Porém, o embaixador do Brasil em Genebra, Roberto Azevedo, disse que o Itamaraty já respondeu a quase todo o questionamento por escrito antes mesmo da reunião. As perguntas do Japão, por terem sido enviadas há apenas dez dias, ainda estão sendo respondidas.

    Os governos que cobraram respostas poderão hoje pedir novos esclarecimentos durante a reunião do Comitê de Subsídios da entidade. Não se trata, portanto, de uma disputa legal nos tribunais da entidade. Pelas regras da OMC, os subsídios à indústria são regulamentados e governos têm espaço relativamente limitado para atuar. Uma das obrigações de cada governo é notificar a OMC cada um dos programas de incentivo.

    O Brasil, portanto, vê o exercício com "naturalidade". Os números indicaram que o volume de recursos públicos para incentivar o setor produtivo no Brasil mais que dobrou entre 2005/6 e 2007/8, passando de R$ 17, bilhões para R$ 35 bilhões.

    Embraer. Para os governos de países ricos, o Brasil deixou de fora vários mecanismos de incentivo à indústria em seu exercício de transparência. O governo do Japão quer saber, por exemplo, como programas de isenção de impostos e PIS/Cofins e outros benefícios industriais têm ajudado as exportações da Embraer.

    O Japão está se preparando para uma ambiciosa entrada no mercado de jatos regionais, hoje dominado por Brasil e Canadá. Até 2014, deverá lançar um jato com capacidade para 92 pessoas. Mas, quatro anos antes de entrar em operação, já recebeu 200 encomendas. Um dos focos da empresa japonesa é abocanhar um terço do mercado japonês no médio prazo, reduzindo a margem de mercado da Embraer.

    O pedido japonês vem poucos meses depois que o Brasil questionou na OMC os subsídios da Japão ao setor de jatos. O Brasil enviou um questionário ao Japão para que explique o dinheiro dado pelo governo à Mitsubishi Regional Jet. Para o governo brasileiro, há a suspeita de que a ajuda do governo não está dentro das regras da OMC e prejudicará as exportações da Embraer.

     

     

    Destak.com.br
    03/05/2011

    Robô volta ao mar em busca da 2ª caixa-preta do 447

    O robô que encontrou uma das caixas-pretas do voo 447 da Air France no fundo do oceano Atlântico realizou ontem um novo mergulho para tentar recuperar a outra caixa-preta, que contém os registros de voz dos pilotos na cabine da aeronave.  A primeira caixa-preta deve levar pelo menos dez dias para chegar à França, onde será examinada. Nela estão registrados os parâmetros técnicos do voo, como altitude, velocidade, desempenho do motor e a trajetória do avião.

    De acordo com os investigadores, o encontro da segunda caixa-preta facilitará a identificação das causas da tragédia que matou 228 pessoas no ano passado.

     

     


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