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  • Estadão
    14/03/2011

    Latam e Trip negociam sociedade
    Empresa resultante da fusão entre TAM e LAN quer tornar-se sócia minoritária da companhia aérea regional
    Melina Costa - O Estado de S.Paulo

    A fusão entre TAM e LAN para criar a maior empresa de aviação da América do Sul ainda não está sacramentada, mas as companhias já se preparam para fechar mais um negócio. A Latam, empresa resultante da associação, mantém conversas com a companhia regional Trip, que fatura cerca de R$ 750 milhões. Segundo o Estado apurou, está sendo negociada a venda de uma participação minoritária na Trip para a Latam, algo entre 20 e 30%. Consultadas, tanto a TAM quanto a Trip não comentaram o assunto.

    As conversas começaram no fim do ano passado e só devem chegar a uma conclusão em cerca de um mês. O processo de due diligence (em que a empresa compradora analisa os dados financeiros da companhia-alvo) está em fase avançada.

    Hoje, a Trip tem três sócios. O grupo Caprioli, do empresário José Mario Caprioli (que também preside a empresa), tem 40% do capital. Outros 40% estão com o grupo Águia Branca, que tem concessionárias de veículos e uma empresa de transporte rodoviário. Os 20% restantes são da companhia aérea americana SkyWest. Caso o negócio com a Latam seja concretizado, os três deverão ter suas participações diluídas. O bloco Caprioli-Águia Branca, porém, deve continuar no controle por meio de um acordo de acionistas.

    Alternativas. A entrada do novo sócio é uma das possibilidades para viabilizar a expansão da Trip. A empresa, que hoje tem pouco mais de 40 aviões, já anunciou que pretende chegar a 2013 com 81 aeronaves. Procurada, a companhia admitiu dois caminhos para alcançar essa meta. O primeiro é o financiamento com capital próprio e a emissão de títulos de dívida. No mês passado, por exemplo, a Trip captou mais de US$ 100 milhões com bancos como Banco do Brasil e Safra. O segundo é a possibilidade de abertura do capital, operação sem data definida.

    De acordo com fontes próximas, porém, a alternativa mais provável é o acordo com a TAM e, mais tarde, o IPO. A ida à bolsa abrirá uma porta de saída para a SkyWest, que comprou sua participação na Trip em 2008.

    A junção entre TAM e LAN ainda precisa passar pela aprovação do Cade e pelos órgãos reguladores do Chile. Mas a autorização da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) já saiu e abriu caminho para um eventual acordo com a Trip.

    Para a empresa regional, a grande vantagem de uma associação está na possibilidade de se capitalizar exatamente no momento em que as concorrentes Webjet e Azul planejam abrir o capital. A Webjet já protocolou seu registro na CVM e a Azul admite a intenção de ir à Bolsa, mas não revela quando.

    Para a Latam, a lógica é criar um novo braço de expansão no Brasil - especialmente em cidades médias cuja economia cresce em ritmo superior ao PIB - enquanto se ocupa, em outra frente, da expansão global. Anunciado em 2010, o acordo de fusão entre TAM e LAN deve criar uma gigante com receita combinada de US$ 8,4 bilhões, operações em mais de 20 países e cerca de 40 mil funcionários.

    As companhias TAM e Trip têm um relacionamento estreito devido a um acordo de compartilhamento de voos. São empresas com malhas complementares: enquanto a TAM transporta passageiros entre destinos de alta demanda, a Trip oferece aviões menores e capilaridade para levá-los até os rincões. O acordo operacional está em discussão para ser ampliado e, na eventualidade de uma associação entre as empresas, as malhas de ambas devem ser totalmente integradas.

     

     

    Diario, Comercio e Industria
    14/03/2011

    Azul investirá US$ 850 mi em 40 novos turboélices

    Com metas ambiciosas, a Azul Linhas Aéreas anuncia planos de gastar US$ 850 milhões na compra de 40 ATRs 72-600, aeronaves francesas modernas na categoria de turboélices. Hoje, executivos da companhia afirmam que a Azul possui 7,3% do mercado nacional de aviação e, até o final deste ano, esperam elevar esse percentual para mais de 10%.

    Paulo Nascimento, diretor Comercial, de Marketing e TI da Azul, afirmou, em Foz do Iguaçu (PR), durante a inauguração da nova linha da empresa, que a ideia é diversificar. "Estamos focados também na classe média tradicional, a B, que no Brasil ainda voa muito pouco: só 27% das pessoas deste grupo social já pegaram um avião", conta.

    Já a Gol pensa diferente, e anunciou o início da venda de passagens aéreas em quiosques em estações do metrô paulista para abocanhar a nova classe média com o canal de vendas. As primeiras lojas serão nas estações Itaquera, Sé e Luz. Será possível efetuar compras de bilhetes, alterações, cancelamentos de reservas e esclarecer dúvidas.

    "Os quiosques vêm complementar nossa estratégia bem-sucedida para as classes C e D", declarou a vice-presidente de Mercado da companhia, Claudia Pagnano.

     

     


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