<< Início   < Próxima  | |  Anterior >   Última >>
  • Presstur
    04/03/2011

    Taxa de ocupação foi o “segredo” da TAP para o recorde de lucros em 2010

    A subida da taxa de ocupação em seis pontos, o que aliás fez da TAP a companhia da AEA com melhor desempenho a esse nível em 2010, foi a base do recorde de lucros em 2010, já que lhe permitiu ter um aumento da receita unitária que o PressTUR estima ter sido ligeiramente acima de 7%, apesar da queda do yield (preço médio por passageiro x quilómetro).
    Os dados publicados ontem pela TAP indicam que em 2010 teve um crescimento das receitas de passagens em 11,8%, acima do aumento do número de passageiros (+7,7%, para 9,088 milhões), o que indica uma subida da tarifa média, mas abaixo do aumento do tráfego em passageiros x quilómetros (RPK, na sigla em inglês), que é a unidade mais utilizada na aviação, cujo aumento foi de 13,6%.
    Desta forma, embora com um aumento da tarifa média na ordem de 3,8%, para aproximadamente 203 euros, o yield tem uma queda da ordem de 1,5%.
    Em ambos os casos a explicação está no crescente peso do tráfego intercontinental, que têm efeitos contrários na tarifa média e no yield.
    Em regra, a tarifa média aumenta quando é maior a proporção de passageiros que fazem viagens mais longas, porque os preços são mais elevados, mas isso pouco revela sobre a rentabilização da operação, porque o que é verdadeiramente importante é quanto é que a empresa recebe não só por passageiro mas também pela distância que ele percorre.
    E neste caso, a tendência é inversa, ou seja, o yield decresce à medida que aumenta a etapa média, porque também o custo unitário baixa.
    A queda do yield registada pela TAP é, assim, uma consequência, já esperada, corrente do aumento da etapa média dos passageiros, que transparece dos dados já divulgados pela companhia, de acordo com os quais no ano passado 25% voaram em ligações intercontinentais, que regra geral são mais longos, quando em 2009 estava em 23%.
    Esta evolução ocorre por que a TAP, que teve um aumento médio do número de passageiros em 7,7% em 2010, obteve esse incremento por crescimentos nas linhas de África (+11% para 602 mil), Estados Unidos (+10%, para 175 mil) e Brasil (+25%, para 1,427 milhões), enquanto nas linhas domésticas teve queda de 5,2%, pela queda em 8% nas rotas da Madeira e Açores, para 936 mil passageiros, e estagnação em Portugal Continental, nos 563 mil passageiros, e nas rotas europeias o aumento foi de 8%, para 5,29 milhões.
    Esta evolução conduziria a uma queda do yield mais acentuada do que a que decorre dos números divulgados pela companhia, o que uma vez mais vem evidenciar a importância das linhas do Brasil, onde a receita cresceu 35% face a um aumento do número de passageiros em 25% e a um incremento da oferta de lugares em 7%.
    A informação divulgada pela TAP mostra que no conjunto da rede o aumento da receita em 11,8% ocorreu face a um aumento de capacidade em apenas 4,4%, pelo que embora tenha facturado menos por cada quilómetro percorrido pelos passageiros, porque tendo melhor ocupação os voos geraram mais receita.
    Os números divulgados ontem pela TAP mostram que foi dessa forma que a TAP não só compensou a queda do yield como registou um incremento das receitas de passagens em 11,8% ou 195 milhões de euros, para 1.843 milhões de euros, a que acrescem ainda os crescimentos das receitas de carga, em 30,2% ou 26 milhões de euros, para 112 milhões, da manutenção para terceiros, em 27,8% ou 27 milhões, para 124 milhões, e das outras actividades, em 54,3% ou 50 milhões, para 142 milhões.
    O aumento médio dos proveitos de exploração foi, assim, em cerca de 15,5%, menor em percentagem que o acréscimo dos custos de exploração, cujo aumento foi de 16,1%, para 1.928 milhões.
    Em valor, porém, o acréscimo dos proveitos, em 298 milhões, superou o aumento dos custos, que foi de 221 milhões, levando a um aumento dos proveitos líquidos gerados pela actividade operacional (EBITDAR, resultados antes de juros, impostos, amortizações e provisões) em 11,8% ou 31 milhões de euros, para 293 milhões, um valor “interessante”, no comentário ontem do CEO Fernando Pinto.
    Os dados da TAP mostram também, que esse maior incremento dos custos de exploração teve origem uma vez mais nos combustíveis, que representaram 27,1% do total, quando em 2009 tinham representado 21,6%, por um agravamento de 164 milhões (+45,7%, para 523 milhões), provocado em 86,6% (142 milhões) pelo encarecimento do jet fuel, com os restantes 22 milhões a decorrerem do crescimento da operação, segundo esclareceu o CFO Michael Conolly.
    Os dados da TAP mostram que excluindo o combustível, os custos de exploração da TAP subiram apenas 7,9% (mais 103 milhões), para 1.405 milhões, mais do que o incremento da operação (+4,4% em lugares x quilómetros), mas já bastante menos que o tráfego (+13,6%) e que a receita de passagens (+11,8%).
    Para essa contenção concorreram os custos com fornecedores e serviços externos, maior rubrica de custos (48,8% do total), cujo aumento foi de 4,4%, para 940 milhões, e pessoal (22,1% dos custos), com +6%, para 427 milhões de euros.

     

     

    G1 - O Globo
    04/03/2011

    Anac determina que aviões retirem máscaras de oxigênio dos banheiros
    Prazo para adequação das aeronaves termina neste sábado, diz a Anac.

    Por recomendação da agência americana de aviação (FAA), a Agencia Nacional Aviação Civil (Anac) determinou que as companhias aéreas que operam no país retirem dos banheiros de suas aeronaves as máscaras de oxigênio.

    Segundo a agência, a medida é preventiva e visa evitar que o dispositivo seja usado como explosivo, já que o oxigênio é altamente inflamável. De acordo com informações da Anac, o prazo de 21 dias para que as companhias se adequassem à determinação termina neste sábado (4).

    A medida foi adotada com sigilo, para que a retirada dos equipamentos fosse realizada com segurança.

     

     

    G1 - O Globo
    04/03/2011

    Anac determina que aviões retirem máscaras de oxigênio dos banheiros
    Prazo para adequação das aeronaves termina neste sábado, diz a Anac.

    Por recomendação da agência americana de aviação (FAA), a Agencia Nacional Aviação Civil (Anac) determinou que as companhias aéreas que operam no país retirem dos banheiros de suas aeronaves as máscaras de oxigênio.

    Segundo a agência, a medida é preventiva e visa evitar que o dispositivo seja usado como explosivo, já que o oxigênio é altamente inflamável. De acordo com informações da Anac, o prazo de 21 dias para que as companhias se adequassem à determinação termina neste sábado (4).

    A medida foi adotada com sigilo, para que a retirada dos equipamentos fosse realizada com segurança.

     

     

    Folha de São Paulo
    04/03/2011

    Empresas recusam, e horário de Congonhas não será reduzido
    Anac e Infraero também rejeitaram acordo que Justiça propôs; juiz decidirá caso, sem prazo
    RICARDO GALLO

    O governo federal e as companhias aéreas não aceitaram a redução em uma hora da operação do aeroporto de Congonhas (zona sul).
    Por conta do barulho dos aviões, a Prefeitura de São Paulo e moradores do entorno do aeroporto defendem que Congonhas passe a abrir às 7h, e não às 6h, como hoje.
    Ontem, uma audiência na Justiça tentou, sem êxito, mediar um acordo.
    Foi a etapa final de uma grupo formado por iniciativa da Justiça, nove meses atrás, para sanar um impasse que se arrasta desde 2007, quando moradores entraram com ação sobre o assunto.
    Sem conciliação, caberá à Justiça decidir se a restrição acontecerá -a sentença pode levar anos para sair.
    Na prática, Anac (Agência Nacional de Aviação Civil), Infraero (estatal que administra aeroportos) e aéreas ganham tempo para manter Congonhas em operação nos moldes atuais, das 6h às 23h.
    O trio mal cedeu durante o grupo de trabalho; houve apenas a mudança de lugar da checagem de motores, o que diminuiu o barulho para a vizinhança do aeroporto.
    Moradores e prefeitura, por sua vez, haviam aceitado, em 2010, que o aeroporto fechasse por uma hora -e não duas, como pleiteavam.
    A Anac está produzindo um levantamento sobre o barulho na vizinhança. A agência verificará também se o isolamento acústico das casas resolve o problema.
    Na tentativa de um acordo, o Ministério Público Federal propôs um cronograma para que empresas, a Anac e a Infraero se comprometessem a implantar a redução de horário. Ninguém se manifestou.
    A agência elaborou relatório, antecipado pela Folha anteontem, em que sustenta ser inviável a mudança.
    Entre as razões está a saturação de aeroportos próximos, prejuízos às empresas (R$ 206 milhões/ano) e à Infraero (R$ 25 mi/ano) e impacto à malha aérea do país.

     

     

    Folha de São Paulo
    04/03/2011

    ANAC PUBLICA NOVAS REGRAS SOBRE RUÍDOS

    A Anac vai mudar as regras sobre limites e áreas de ruído no entorno dos aeroportos. A agência publica hoje no "Diário Oficial" da União a nova regra, que será levada à audiência pública. A mudança foi informada ontem pela Anac à Justiça. A nova regra estabelecerá comissões para monitorar o ruído nos aeroportos. O zoneamento atual é de 1987.

     

     

    O Estado de São Paulo
    04/03/2011

    Anac quer menos gente vivendo perto de Congonhas e outros aeroportos
    Norma que será publicada hoje prevê medidas para reduzir incômodos de ruídos de aviões; Prefeitura diz que proposta é inviável
    Nataly Costa

    Nova norma da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) vai sugerir restrição de uso do solo em áreas próximas a aeroportos. A ideia é tentar conter a expansão imobiliária em regiões que sofrem com ruídos de aviões. Como Moema, onde vizinhos reclamam do barulho de Congonhas. A medida é mais uma tentativa de postergar a redução do funcionamento do aeroporto da zona sul em uma hora - em vez de abrir às 6 horas, como hoje, moradores e Prefeitura querem que ele só comece a operar às 7h.

    O Regulamento Brasileiro de Aviação Civil 161 atualiza uma antiga portaria da própria Anac, a 1.141 de 1987. Nela, a agência propõe um Plano de Zoneamento de Ruído, que delimita as áreas próximas às pistas dos aeroportos para uso exclusivo de produção e extração de recursos naturais, serviços de utilidade pública ou uso comercial, como estacionamentos ou feiras. Nessas áreas não seriam permitidas construções residenciais, educacionais ou de saúde.

    A agência ainda não definiu de que forma a portaria será atualizada, mas criou, para cuidar do caso, uma comissão específica para gerenciamento do ruído. A alegação da procuradoria da Anac é que, embora o barulho incomode os vizinhos de Congonhas, as construções em bairros como Moema não param.

    Nova determinação da Anac pode sugerir, mas não modificar o zoneamento. A Assessoria de Imprensa da Secretaria de Desenvolvimento Urbano afirma que Congonhas tem direito adquirido no zoneamento, porque veio antes da vizinhança - o assunto já esteve na pauta na revisão das leis de zoneamento no governo Marta Suplicy.

    "A cidade já está lá em torno de Congonhas, não tem como mudar isso", afirma o professor da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da USP, Nestor Goulart Reis. "Claro que a Prefeitura foi facilitando, o mercado imobiliário ficou aquecido em Moema. Por outro lado, as pessoas que foram morar lá sabiam o que estavam fazendo."

    Horários. A questão surgiu na tarde de ontem quando, em audiência judicial com vizinhos de Congonhas, a Anac se mostrou contrária à restrição do funcionamento do aeroporto e fez várias propostas alternativas. Uma delas é fazer um estudo sobre o impacto da aviação geral - jatinhos particulares e táxis aéreos - sobre Congonhas e, se for o caso, avaliar o deslocamento de parte desses voos para o Campo de Marte. Isso desafogaria algumas movimentações no aeroporto - hoje são permitidos 34 voos por hora, 4 da aviação geral.

    Outra opção é remanejar as aeronaves mais barulhentas para horários intermediários, proibindo-as de voar entre 6h e 7h e das 22h às 23h, horários críticos que tiram o sono dos vizinhos. "Nós não ouvimos todas as aeronaves o tempo todo. Existem algumas mais barulhentas que as outras e isso deve ser considerado", disse Mauro Pinto, da Associação de Moradores do Jardim Aeroporto.

    Moradores dessa e de mais duas associações autoras da ação têm agora 20 dias para decidir se aceitam as alternativas propostas pela Anac ou se mantêm o pedido inicial. A convocação de uma audiência pública para discutir a nova norma da Anac será publicada hoje no Diário Oficial da União.

     

     


    << Início   < Voltar  | |  Avançar >   Última >>