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  • Folha de São Paulo
    31/05/2010

    Setor aéreo discute aplicar em pilotos teste antidoping
    Exames, comuns nos Estados Unidos, são vistos como fundamentais para melhorar a segurança dos voos
    EDUARDO GERAQUE

    O setor aéreo brasileiro começa a discutir um controle mais rigoroso sobre o consumo de drogas e álcool de suas tripulações. Os exames antidoping já são comuns em países como os EUA. A Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) afirma que está estudando a possibilidade de regulamentar testes para o setor, mas ainda não há prazo de implantação.
    Enquanto isso, a Azul será a primeira empresa brasileira a realizar análises químicas esporádicas entre todos os seus funcionários.
    A TAM ainda não decidiu se exigirá os exames. A empresa, por meio de sua assessoria de imprensa, disse apenas que "está estudando" o assunto. Varig e Gol, do mesmo grupo, não dizem se pretendem adotar o teste.

    SEGURANÇA
    A medida, no exterior, é vista como fundamental para melhorar a segurança de voo. A discussão sobre os testes antidoping para pilotos e comissários, segundo especialistas ouvidos pela Folha, realmente está atrasada.
    Os exames toxicológicos são feitos a partir de fios de cabelo. As análises flagram um grupo grande de substâncias psicoativas, como maconha, cocaína, crack e LSD.
    A grande vantagem do teste com fio de cabelo é que ele tem uma "janela larga" -detecta o consumo de drogas dos últimos 90 dias.
    No caso da Azul, os testes começaram em 2008 apenas nos exames admissionais.
    Segundo a médica Vânia Melhado, que presta serviços para a empresa e preside a Sociedade Brasileira de Medicina Aeroespacial, agora será iniciado o teste aleatório para todos os funcionários. "Em dois anos, todo o grupo de pilotos será avaliado."
    São feitos uma média de cem testes por mês na companhia. Dos 1.900 já feitos, só quatro foram positivos.
    "A pessoa sabe que fará o exame. Isso funciona como um filtro", diz Johannes Castellano, diretor da Azul.

    TRANSPARÊNCIA
    Os testes antidopings no setor aéreo são bem-vindos, diz o psicólogo Paulo Mittelman, especialista em estratégias de prevenção antidroga.
    Para ele, os exames não podem ser feitos a revelia de ninguém. "Tem que existir uma política clara, transparente. O sigilo também é fundamental no processo."
    O psicólogo diz acreditar que o funcionário que tem um resultado positivo nos testes retorna após tratamento como um excelente profissional. "Ele sempre fará questão de mostrar que resolveu o problema."

     

     

    G1 = O Globo
    31/05/2010

    Radar pode ter enganado pilotos do voo 447, dizem especialistas
    Reportagem do Fantástico mostrou a opinião de grupo de experts.
    Do G1, com informações do Fantástico

    Reportagem exibida no "Fantástico" deste domingo (29) mostrou a opinião de alguns especialistas de renome que analisaram o acidente do voo 447 da Air France, ocorrido há quase um ano.
    Para eles, o radar do Airbus A330 pode ter levado os pilotos ao erro de entrar em uma tempestade gigantesca como a registrada naquela noite. "Nenhum piloto faria isso, a não ser por engano", disse John Cox, comandante e especialista em segurança de voo.

    O acidente até hoje não tem uma explicação definitiva. O avião partiu do Rio de Janeiro na noite de 31 de maio de 2009 rumo a Paris. Sumiu de madrugada, quando sobrevoava o mar. No dia 6 de junho, destroços foram encontrados no Oceano Atlântico. Entre passageiros e tripulação, os mortos chegaram a 228, 59 deles, brasileiros. Equipes de resgate não recuperaram nenhuma das caixas pretas do avião perdidas no fundo do mar, única maneira de ter certeza sobre o que aconteceu.

    Um grupo formado por alguns dos maiores especialistas em aviação civil do mundo reuniu as informações disponíveis e apresentou os resultados de uma investigação independente.

    Na opinião dos especialistas, os pilotos franceses foram enganados pelo radar. O voo 447 estava de frente para uma gigantesca tempestade tropical de 400 km de largura, mas o radar do Airbus foi bloqueado por uma tempestade menor e os pilotos foram incapazes de enxergar a ameaça que estava por trás. Diversos vôos naquela noite desviaram da tempestade: o 447 fez apenas uma pequena correção de rota. Na frente das nuvens gigantes aparecia uma tempestade pequena.

    Participaram das investigações o inglês Tony Cable, veterano nas investigações como a da queda do concorde em Paris e o atentado que derrubou um jumbo da Panair sobre a Escócia; e John Cox, comandante americano especialista em segurança de voo.

    Tubos congelados
    Às 2h11 da madrugada do acidente, uma mensagem acusou falha geral nos tubos Pitot do Airbus, o que significa que o computador de bordo perdeu seu principal parâmetro, a medição de velocidade.

    Tubos Pitot são uma espécie de velocímetro dos aviões. Por garantia, cada avião tem três tubos Pitot. No voo 447, os três falharam.

    Para a equipe de investigadores, uma anomalia climática pode ter parado os tubos: a sobrefusão da água, que é quando a temperatura da água é baixa o suficiente para se transformar em gelo mas permanece liquida.

    As análises indicam que os tubos Pitot foram atingidos por água em sobrefusão dentro das nuvens e pararam de funcionar. Desde 2003, em 36 ocasiões o fenômeno aconteceu com aviões AirBus. Em 2007, a fabricante recomendou as trocas dos tubos. A Air France estava prestes a substituir o equipamento daquela aeronave.

    Diante da emergência, o computador de bordo desligou o piloto automático e os pilotos se viram obrigados a assumir o controle. Um problema: sem os tubos Pitot, eles não sabiam a que velocidade estavam viajando e o que deveriam fazer para que ela fosse suficiente para sustentar o voo.

    Em simuladores de voo, os especialistas reproduziram as falhas e, com muita dificuldade, conseguiram manter velocidade e evitar a queda mesmo com a quebra dos três tubos Pitot.

    "Mesmo em queda livre seria possível retomar avião, mas seria preciso habilidade de pilotos militares", na opinião de John Cox.

    Homenagem e indenizações
    Um grupo de familiares das vítimas do voo 447 embarcou no domingo (30) do Rio de Janeiro para Paris. Na terça-feira, os parentes participam de uma homenagem às 228 pessoas que estavam no avião da Air France.

    Como esquecer a tragédia e recomeçar a vida? Neste momento, ainda é impossível, dizem os familiares. “Estou tentando preparar a minha filha, tentando preparar a minha família porque ele não vai voltar”, diz Lenita, que perdeu o marido.

    "O luto das pessoas simplesmente não fecha enquanto não se descobrir o que houve”, comenta a irmã de Adriana, Maarteen Van Sluys.

    Em março, a Justiça do Rio de Janeiro condenou a Air France a pagar indenização de R$ 2,4 milhões à família de uma das vítimas. A empresa recorreu da decisão.

    A maioria das famílias brasileiras entrou com pedidos de indenização nos Estados Unidos.
    As ações são contra a Air France e contra 19 fabricantes americanos de peças e de equipamentos usados no avião que caiu no mar.

    “É mais rápido e muito mais justo. Porque lá se trata a vida realmente no seu devido valor”, compara Nelson Faria Marinho.

    De Paris, Nelson Marinho Filho, aos 40 anos, iria para Angola, trabalhar em uma plataforma de petróleo como mecânico. Em homenagem a ele, o irmão fez um poema.

    “O principal é sabermos da verdade. Amanhã qualquer um de nós pode estar em um avião desses”, diz Nelson Faria Marinho.

    De Miami, pela internet, falamos com o advogado americano contratado por parentes das vítimas. Ele não quis revelar o valor das indenizações mas disse que o julgamento dos pedidos deve começar em no máximo nove meses.

    Em nota, a assessoria da Air France no Brasil diz que a empresa presta assistência psicológica, mediante avaliações periódicas, que indenizou algumas famílias no Brasil e que segue empenhada para acelerar as indenizações.

     

     

    SiteCidade Verde.com
    31/05/2010

    Aviões sofrem forte turbulência e apavoram passageiros no PI
    NESTA MADRUGADA piauienses passaram maus momentos a bordo de aviões da Gol e TAM devido as turbulências.

    Um voo da Gol, que seguia de Brasília para Teresina, sofreu duas fortes turbulências na madrugada desta segunda-feira (31), apavorando os passageiros piauienses. Dez deles, ficaram em Fortaleza, no Ceará, e se recusaram a retornar a Teresina. Pelo menos três aeronaves, duas da Gol e uma da TAM, tiveram dificuldades de pouso no aeroporto Petrônio Portela, devido as chuvas e ventos.
     

    aeronave que deveria desembarcar a meia noite de 40 no aeroporto Petrônio Portela teve que ir a Fortaleza, o Ceará, para pousar e ser abastecida.

    Com a turbulência, os passageiros ficaram apavorados e não quiseram embarcar novamente no mesmo avião e retornar a Teresina. Um dos passageiros que estava no avião é o repórter da TV Cidade Verde, Herbert Henrique, que relata os momentos de aflição.

    “Quando estávamos próximo a Teresina o avião sofreu uma enorme turbulência. Parecia que estávamos numa montanha russa. Houve momento de desespero, pois pensávamos que o avião iria cair. Para piorar chovia bastante e o avião teve que ir às pressas para Fortaleza, devido a visibilidade muito baixa”, informou Herbert Henrique nesta madrugada direto do aeroporto de Fortaleza quando conseguiu se comunicar por telefone celular.

    Herbert disse que ao chegar em Fortaleza metade dos passageiros se recusou a retornar para Teresina no mesmo avião. A aeronave foi abastecida e deveria pousar às 12h40 em Teresina. No entanto, às 2h16 desta madrugada ainda estava em solo no Ceará.

    O comandante do avião e sua equipe convenceram a tribulação que era seguro retornar a Teresina e o avião às 2h30 seguiu para a capital piauiense.

    Herbert Henrique estava com a mulher e filho e retornava de Brasília. Ele tentou fazer imagem, mas foi proibido.

    Atualizada às 4h10

    Ao retornar a Teresina, o avião novamente teve dificuldades de pouso, agora, devido aos fortes ventos. O coordenador Estadual de Comunicação, Fenelon Rocha, que estava no avião, classificou o episódio como “gravissimo”. Segundo ele, foram duas turbulências em menos de três horas e o avião teve que ficar fazendo sobrevoos para conseguir o pouso.

    “Na segunda tentativa para pousar, o avião teve que fazer o sentido inverso com manobra do Centro para o Poty Velho para reduzir o impacto dos ventos. Foi um sufoco”, diz Fenelon Rocha que vinha de São Paulo junto com a mulher Xica Rocha, ex-secretária Municipal de Comunicação. 
     

     

     


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