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  • Zero Hora
    30/05/2010

    BOEING E AIRBUS REFORÇAM PRODUÇÃO

    Tanto de um lado quanto de outro do Atlântico, a americana Boeing e europeia Airbus refazem, para cima, suas projeções de fabricação de aviões. Como o setor é um negócio de longo prazo, os reflexos vão aparecer apenas mais adiante.

    A companhia dos EUA vai aumentar o ritmo de produção na nova geração do modelo 737 no começo de 2012, por causa da grande demanda de clientes, impulsionada pela contínua recuperação da economia global.

    A taxa de produção da empresa – de 31,5 aviões por mês – passará para 34. E não param por aí os planos de avanço. Se as condições do mercado financeiro melhorarem – a despeito da crise na Europa – e do próprio mercado de aviação, a companhia pode até reforçar a produção. Também vai aumentar a cadência da montagem do Boeing 777. E a aceleração no ritmo de produção do 747 – que passará de 1,5 avião para duas unidades – começa a valer ao longo de 2012, adiantando em um ano a previsão anterior.

    Até a primeira quinzena deste mês, as encomendas líquidas ficaram em 108 aviões, incluindo 28 cancelamentos, 16 dos quais do moderno Boeing 787 Dreamliner. Além do crescimento do mercado de aviação, há a renovação da frota. Os companhias querem trocar seus jatos por modelos que mais econômicos e eficientes.

    Mas as duas fabricantes concordam que superestimaram a expansão da demanda nos últimos anos, de que foram ambiciosas demais. Ao lado disso, acabaram atrasando o desenvolvimento de suas mais recentes estrelas, o 787, no caso da Boeing – que fez o primeiro voo de teste em dezembro passado, dois anos depois da projeção inicial –, e o A380, no caso da Airbus.

    Há quatro anos, os executivos da companhia europeia estimavam que a fabricação do superjumbo se tornaria rentável já este ano. Essa previsão perdeu validade e não há sinal de lucratividade em curto prazo. No ano passado, a Airbus entregou um recorde de 498 aviões, ante 483 em 2008, superando a Boeing pelo sétimo ano consecutivo.

     

     

     

    G1 - O Globo
    30/05/2010

    Parentes de vítimas do voo 447 embarcam para cerimônia em Paris
    Airbus caiu sobre o Oceano Atlântico, em 2009, após deixar o Rio.
    Henrique Porto

    Parentes de vítimas do voo 447 da Air France embarcaram na tarde deste domingo (30), no Aeroporto Internacional Tom Jobim, na Ilha do Governador, subúrbio do Rio, para participar de uma cerimônia privada em Paris. Na ocasião, uma placa será inaugurada no cemitério de Père Lachaise, em homenagem aos mortos na tragédia. As despesas da viagem serão pagas pela companhia aérea, que organizou as homenagens na França. Dos 228 passageiros mortos no acidente, 58 são brasileiros.

    O Airbus A330 caiu em junho de 2009 sobre o Oceano Atlântico, durante uma viagem entre o Rio de Janeiro e Paris, matando todas pessoas que estavam a bordo. Como as as caixas-pretas não foram encontradas, investigadores, pilotos e fabricante continuam sem conseguir explicar as razões do acidente.

    "Acho que esta cerimônia nem deveria acontecer em 1º de junho, porque o avião caiu às 23h25 do dia 31 de maio. Eles sabem disso”, relembrou Newton Marinho, irmão de Nelson Marinho Filho, que morreu no acidente.

    O pai Nelson Marinho, que integra a a Associação dos Familiares das Vítimas do Voo 447, confeccionou uma faixa de protesto onde se lê em francês a mensagem "Em busca da verdade". A faixa também exibe a reprodução de 32 pequenas bandeiras coloridas, representando os países que tiveram passageiros mortos.

    Ele conta que foram dois os voos que saíram do Rio neste domingo levando parentes das vítimas: o primeiro decolou às 16h20; o segundo, às 19h.

    “Na verdade, vou a Paris para protestar. Porque essa cortina de fumaça que fazem com missas, cerimônias e homenagens não conforta ninguém. Acho até que estes gastos poderiam ser revertidos para o atendimento às famílias”, destacou Nelson.

    Já a jornalista Renata Mondelo Mendonça, que perdeu o marido, o engenheiro Marco Antonio Camargos Mendonça, acha que este tipo de iniciativa é válida.

    “O ser humano precisa de rituais. Claro que não é por causa disso que o meu sentimento vai mudar, mas considero justíssimas as homenagens aos que se foram. Eles são merecedores”, afirmou Renata.

    Buscas pelas caixas-pretas
    A terceira fase de buscas das caixas-pretas do voo 447 terminou na segunda-feira (24) sem sucesso, segundo o Escritório de Investigações e Análises (BEA), órgão francês encarregado do trabalho.

    "Decidimos fazer um balanço de todas as operações de buscas que começaram há praticamente um ano", disse na época o diretor da BEA, Jean-Paul Troadec, à France Presse.. Segundo ele, vai ser necessário um ou dois meses antes de decidir se as buscas continuarão, uma vez que a decisão não cabe somente à BEA.

    O BEA acreditava que as caixas-pretas poderiam ter sido achadas, sobretudo depois que um sinal sonoro foi localizado por um submarino francês e identificou a frequência delas.

    A pista ajudou o BEA a restringir a área de busca e concentrar em um ponto específico. Diante disso, os responsáveis se mostravam otimistas sobre a possibilidade de encontrar os restos do avião, o que acabou não acontecendo.

    Livro questiona segurança
    No dia 19 de maio, chegou às livrarias um livro escrito por um repórter do jornal francês "Le Figaro" que questiona a segurança nos voos da Air France. "A Air France tem que fazer uma verdadeira revolução cultural se deseja evitar um novo acidente", afirma o jornalista Fabrice Amedeo em "La Face Cachée de Air France" ("A Face Oculta da Air France").

    Na época do lançamento, a Air France afirmou em um comunicado que "respeita todas as regulamentações nacionais e internacionais em vigor" e acrescenta que a segurança da companhia "corresponde aos padrões mais exigentes da indústria aeronáutica mundial".

    Os números são consequência de duas grandes catástrofes com aviões da Air France na década: o acidente do Concorde em 25 de julho de 2000, que deixou 113 mortos, e a queda do voo Rio-Paris, segundo Amedeo.

    Segundo uma classificação citada no livro, mesmo antes da tragédia Rio-Paris, a Air France estava no 21º lugar na Europa e 65º do mundo na lista do nível de segurança, bem atrás das principais concorrentes europeias, British Airways e Lufthansa, que ocupam os primeiros lugares.

     

     

    Sidney Rezende
    30/05/2010

    Parentes de vítimas do voo 447 da Air France vão a Paris para cerimônia dedicada aos 228 mortos

    Na tarde deste domingo, parentes das vítimas do voo 447 da Air France pegaram um avião rumo a Paris, onde vão participar de uma cerimônia dedicada aos mortos da tragédia, que completa um ano nesta segunda. Uma placa no cemitério de Père Lachaise também será inaugurada como forma de homenagem.

    Nelson Marinho, cujo filho homônimo foi um dos mortos em função da queda da aeronave, levou uma faixa com a inscrição "Em busca da verdade", em francês, em meio a 32 bandeiras de diversos países que tiveram passageiros mortos. Ele é um dos integrantes da Associação dos Familiares das Vítimas do Voo 447.

    Durante uma viagem entre Rio e Paris, o Airbus A330 caiu no Oceano Atlântico, no dia 1º de junho. As 228 pessoas que estavam a bordo morreram e até hoje as caixas-pretas não foram localizadas.

     

     


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