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    27/02/2013

    Aviões projetados por estudantes brasileiros disputam prêmio internacional
    Universitários competem contra equipes da América do Norte e Europa, de 15 a 17 de março, nos Estados Unidos

    Cerca de 40 estudantes brasileiros de engenharia fazem os últimos ajustes nos quatro aviões, projetados em escala reduzida, para participar da SAE AeroDesign East Competition, que será realizada em Fort Worth, no Estado do Texas, Estados Unidos, entre os dias 15 e 17 de março. As aeronaves são controladas via rádio e capazes de transportar pequenas cargas.

    Os universitários fazem parte das equipes "Uai Sô Fly", da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG); Cefast, do Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais (Cefet/MG); Aerorio Advanced, da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC/RJ); e Céu Azul, da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). A competição reúne 75 equipes de instituições de ensino das Américas e Europa.

    Classe Advanced

    A novidade que desafiará as equipes da Classe Advanced durante a AeroDesign East será o lançamento das cargas transportadas pelos os aviões. A carga lançada em pleno voo deverá atingir um local pré-determinado específico no solo, para as equipes receberem pontuação extra.

    Para enfrentar o desafio, a equipe Aerorio Advanced, do Rio de Janeiro, investiu em um sistema de piloto automático que, a partir de informações de sensores de atitude e altitude, e de um sistema de navegação GPS, permite à aeronave seguir rota pré-selecionada em solo. Além disso, a equipe utiliza técnicas de telemetria para transmitir informações do avião, durante o voo.

    Com a inclusão desses sistemas eletrônicos embarcados o avião está apto a garantir a necessária altitude e estabilidade na hora de liberar a carga, de modo a atingir o alvo com a máxima precisão possível”, explica Lucas Maciel Ribeiro, estudante de Engenharia de Controle e Automação, da PUC Rio. A aeronave carioca possui 2,4 m de envergadura, 1,8 m de comprimento, pesa 3,6 kg e transporta 11,8 kg de barras cilíndricas de aço 1020.

    Minas Gerais

    Atual campeã mundial pela Classe Regular, a equipe Uai Sô Fly!, formada por nove estudantes e um piloto, construiu um avião monoplano de 3,70 m de envergadura. A aeronave, que pesa 3,2 kg, transporta até 18 kg de placas de aço. “Apesar dos bons resultados nas competições anteriores investimos em um projeto totalmente novo, visando evitar falhas e assegurar boa colocação, e, ao mesmo tempo, continuar com desafios”, comenta Fred Aride Moulin, capitão da equipe e estudante de Engenharia Aeroespacial, da UFMG.

    Outra equipe que disputará a competição pela Classe Regular será a Cefast, do Cefet MG, que também ostenta o título de campeã mundial, conquistado em 2010. A equipe, composta por seis universitários, levará uma aeronave de asa alta com trem de pouso do tipo convencional. O avião mede pouco mais de 3 m de envergadura, pesa 3,5 kg e transporta cargas superiores a 15 kg. “Em relação à última competição internacional que participamos, sentimos que estamos mais competitivos, economizamos tempo na construção e conseguimos focar mais em pesquisa e testes”, conta Pedro Moreira Viana, capitão da equipe e estudante de Engenharia Mecânica.

    Classe Micro

    Estreante na competição internacional, a equipe catarinense Céu Azul, que participa na Classe Micro, aposta em um avião simples e leve. A pequena aeronave tem 1 m de envergadura, pesa 200 gramas e transporta até 800 gramas de chapas de aço. Os estudantes já realizaram mais de 30 testes de voo com êxito. “Nossa aeronave é extremamente confiável, esperamos alcançar a primeira colocação”, diz Marco Aurélio Stimamiglio Timmermann, aluno de Engenharia Mecânica e capitão da equipe, composta por mais oito universitários.

     

     

    G1 - O Globo
    27/02/2013

    Embraer anuncia que irá vender Super Tucano a Força Aérea dos EUA
    Segundo empresa, 20 unidades serão vendidas por US$ 427 milhões

    A Embraer anunciou nesta quarta-feira (27) que venderá 20 unidades do avião A-29 Super Tucano à Força Aérea dos Estados Unidos por um valor total de US$ 427 milhões.

    A brasileira foi selecionada em um novo processo de seleção da Força Aérea dos EUA para a aquisição de aviões de ataque leve, que deu maior peso para a experiência de combate e não pedia demonstração de voo. O primeiro havia sido "posto de lado" devido a supostos problemas com documentos.

    As aeronaves serão fornecidas por uma sociedade da Embraer com a empresa americana Sierra Nevada Corporation e serão incorporadas ao programa Apoio Aéreo Ligeiro (AS, na sigla em inglês), informou a companhia brasileira.

    O avião foi selecionado para o programa LAS (Light Air Support) ou Apoio Aéreo Leve, diz a Embraer em nota. A aeronave será utilizada para missões de treinamento avançado em voo, reconhecimento aéreo e apoio aéreo tático.

    Após um rigoroso processo licitatório, a USAF considerou que a Embraer Defesa e Segurança e a SNC apresentaram a melhor proposta para cumprir a missão LAS, diz a Embraer. Nosso compromisso é avançar com a estratégia de investimentos nos Estados Unidos e entregar o Super Tucano no prazo esperado e conforme o orçamento contratado, disse Luiz Carlos Aguiar, Presidente e CEO da Embraer Defesa e Segurança.

    O contrato, no valor de US$ 427 milhões, inclui 20 aeronaves de apoio aéreo tático, equipamentos para treinamento de pilotos no solo, peças de reposição e apoio logístico. A aeronave selecionada para o programa LAS será construída em Jacksonville, Flórida.

    Super Tucano
    O Super Tucano é um avião turboélice capaz de executar missões como ataque aéreo leve, vigilância, interceptação aérea e contra-insurgência. Segundo a Embraer, a aeronave está em operação em nove forças aéreas ao redor do mundo.

    Com mais de 190 encomendas e mais de 170 unidades entregues, o Super Tucano tem mais de 180 mil horas de voo e 28 mil horas de combate.

    A aeronave tem sistemas eletrônicos, eletroópticos, infravermelho e laser e sistemas de rádios seguros com enlace de dados e capacidade de armamentos.

    Contrato cancelado
    Há cerca de um ano, a Embraer havia sido selecionada como fornecedora de aviões de ataque leve, mas o contrato foi posto de lado, devido a supostos problemas com documentos. A vitória da Embraer no contrato, de US$ 355 milhões, foi contestada na Justiça dos EUA pela norte-americana Hawker Beechcraft.

    Em 30 de dezembro de 2011, a Força Aérea dos Estados Unidos definiu que a Embraer, junto com sua parceira norte-americana Sierra Nevada Corp, tinha obtido o contrato para venda de 20 aviões Super Tucano, assim como fornecimento de treinamento e suporte.

    Entretanto, a licitação foi paralisada em janeiro, quando a Hawker Beechcraft entrou na Justiça questionando a decisão.

    No ocasião, a Força Aérea disse que acreditava que a competição e a avaliação para seleção do fornecedor tinham sido justas, abertas e transparentes. O Super Tucano foi desenvolvido para missões de contra-insurgência e está em uso em seis nações, incluindo a Colômbia, o Equador e Burkina Fasso, na África.

     

     


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