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  • Valor Econômico
    31/01/2013

    Brasil amplia ligações a 53 cidades no exterior
    Daniel Rittner

    O número de destinos atendidos por voos internacionais a partir de aeroportos brasileiros é hoje o mais alto pelo menos desde 2000. Até novembro do ano passado, o Brasil já tinha ligações aéreas com 53 cidades no exterior, por meio de companhias nacionais ou estrangeiras. E esse número continua aumentando rapidamente: estão sendo criadas novas rotas que conectam o país a destinos como Abu Dhabi (Emirados Árabes), Adis Ababa (Etiópia) e Quito (Equador).

    Em 2000, havia voos a 47 cidades, mas a cobertura da malha aérea foi diminuindo nos anos seguintes. Pesaram na redução as oscilações cambiais e a quebra da Varig. A quantidade de voos regulares - com 12 meses seguidos de operações - caiu para 40 destinos em 2008, segundo dados da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). Desde então, houve uma disparada, que reflete o interesse crescente de companhias estrangeiras e a remoção de barreiras que impediam o estabelecimento de novas rotas.

    Uma das prioridades da agência foi acelerar a assinatura de acordos de serviços aéreos com outros países. O número de tratados vigentes subiu de 67 para 85 nos últimos cinco anos. Também houve adaptação de antigos. Esses acordos são pré-condição para qualquer ligação entre dois países e regulam, por exemplo, a quantidade de voos permitidos para cada lado. "Fomos fazendo testes de mercado, introduzindo níveis crescentes de abertura e de concorrência nos acordos bilaterais, para ver como as empresas se comportariam", diz o superintendente de relações internacionais da Anac, Bruno Dalcomo.

    Segundo ele, um dos principais focos da agência tem sido a Ásia e o Oriente Médio, por causa do fluxo crescente de passageiros e da falta de alternativas para viajar que havia até pouco tempo. Estamos tentando construir novas portas de acesso no mercado de longo curso, principalmente [ao mercado] asiático, sem ficarmos reféns da Europa, afirma.

    A ideia é evitar, cada vez mais, escalas ou conexões no Velho Continente para chegar ao destino final. Além de tornar a viagem mais prática, trata-se de uma alternativa de driblar dois problemas. Primeiro, evitar que o aumento de preços nos voos durante a alta temporada encareça as tarifas até de passageiros que não pretendem ficar na Europa; depois, não correr riscos de que eventos localizados causem uma bagunça em grande parte da malha internacional. Parece improvável, mas foi exatamente o que ocorreu quando as cinzas do vulcão Eyjafjallajokull, na Islândia, paralisaram os céus europeus, em 2011, dificultando a vida de quem fazia só uma conexão para seguir rumo à Ásia ou à África.

    Entre as companhias que chegaram - ou, em alguns casos, voltaram - ao Brasil nos últimos estão a Emirates (com voos para Dubai), Qatar (Doha), Singapore (Cingapura), Turkish (Istambul) e Korean (Seul). A maioria parte do aeroporto de Guarulhos. Em junho, deve ter início um voo da Etihad, outra companhia aérea dos Emirados Árabes Unidos, ligando São Paulo a Abu Dhabi.

    Outra rota que começará em junho é Galeão-Guarulhos-Adis Abeba (Etiópia), operada pela Ethiopian Airlines, com escala em Lomé (Togo). "A rentabilidade não é o único objetivo do voo, mas também aproximar a África como um todo da América Latina, aumentando a conectividade entre os dois continentes", afirma o embaixador da Etiópia no Brasil, Wuletaw Hailemariam.

    A companhia etíope, gerida pelo Estado e uma das mais lucrativas da África, pretende usar Adis Ababa como um centro de distribuição de passageiros brasileiros e latino-americanos pela África e pela Ásia. Ela tem voos regulares para as principais cidades da China, Índia, Arábia Saudita, Israel, Quênia, Senegal e Gana. Por outro lado, a escolha da Ethiopian pelo Brasil ocorreu porque é o país com melhor conectividade para a América do Sul, na avaliação da empresa.

    No dia 7 de janeiro, a Tame Airlines - principal companhia aérea do Equador - iniciou a operação da rota Quito-Guayaquil-São Paulo. Há mais de dez anos, com a crise da Vasp e depois da Varig, não havia ligação direta entre os dois países. O governo equatoriano ofereceu um subsídio de 40% no preço do combustível para a retomada da ligação aérea. De olho no potencial de negócios e também na atração de turistas brasileiras, a Tame criou três frequências semanais.

    A rota será operado por aeronaves Airbus 319 e 320, com capacidade para 120 passageiros - 12 na classe executiva e 108 na econômica -, três vezes por semana. Com o voo direto, podemos fazer essa ligação em menos de seis horas e com tarifas muito eficientes, afirma o presidente da Tame, Rafael Farias. Acredito no potencial dessa rota e que, em pouco tempo, poderemos ter um voo diário, completa o executivo.

     

     

    Valor Econômico
    31/01/2013

    Para ter mais concorrência, Anac vai privilegiar aéreas com menor participação

    A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) deve divulgar hoje novas regras para a distribuição de "slots" - horários de pousos e decolagens - em aeroportos que já estão saturados. A minuta de resolução, que será debatida em audiência pública, prevê critérios mais rigorosos de regularidade e pontualidade. Ou seja, aéreas que hoje têm índices elevados de atrasos e cancelamentos de voos perderão mais facilmente seus espaços em terminais como o de Congonhas (SP).

    Hoje, as aéreas que cancelam mais de 20% dos voos, a cada período de 90 dias, podem perder seus slots. Ao redistribuir essas permissões, a Anac privilegia as empresas que já operam no aeroporto, a quem cabem quatro de cada cinco slots desocupados. A partir de agora, os critérios vão privilegiar companhias que têm menos presença nos aeroportos, de forma a aumentar a concorrência.

    Ontem, a Gol, que ao lado de TAM lidera o mercado doméstico, registrou queda de 4% na bolsa. Analistas de mercado apostavam que a queda das ações da Gol estava relacionada com as novas regras da Anac. Seu presidente Paulo Kakinoff disse ao Valor que a queda das ações da Gol faz parte da volatilidade dos papéis da companhia, que são negociadas por muitos investidores.

    A distribuição dos slots passará a ser feita anualmente. As empresas terão que cumprir exigência de pelo menos 80% de regularidade e 75% de pontualidade. Em Congonhas, o aperto será ainda maior. A exigência será de 90% de regularidade e 80% de pontualidade. O objetivo da Anac é evitar uma prática das aéreas, já identificada pelos técnicos, de cancelar decolagens com horários próximos a fim de evitar aviões vazios e juntar os passageiros em um mesmo voo. Elas costumam fazer um rodízio dos voos cancelados para escapar do risco de perder os slots, segundo avaliação dos técnicos, o que ficará mais difícil a partir de agora.

    Outra mudança é que, até hoje, a redistribuição de slots era restrita apenas a aeroportos totalmente saturados, que não têm mais horários disponíveis para pousos e decolagens. Atualmente, o único que se enquadra no caso é Congonhas.

    As novas regras passam a valer para outros aeroportos, inclusive aqueles que têm apenas saturação nos horários nobres como os de Guarulhos (SP), Brasília (DF) e Santos Dumont (RJ). Em dezembro, o governo já havia anunciado parte das mudanças e deixado claro o objetivo de acirrar a competição em Congonhas. O que falta agora é a regulamentação da medida, pela Anac, com o detalhamento das regras. (DR, com Alberto Komatsu)

     

     

    Valor Econômico
    31/01/2013

    Gol e Localiza vão vender pacotes de viagem na web
    Alberto Komatsu

    A Gol Linhas Aéreas planeja, até o fim deste ano, transformar seu site em uma alternativa de compra de viagens completas, com passagem aérea, locação de carro e estadias em hotéis. Além de aproximar a sua página da internet com a de outras companhias aéreas de baixo custo, como a europeia Easyjet e a americana JetBlue, a Gol passará a competir com agências de turismo virtuais.

    É provável que em muitos casos a gente consiga tarifas [de hotéis], até pelo nosso poder de escala e volume, mais atraentes do que qualquer outra operadora on-line, afirmou o presidente da Gol, Paulo Kakinoff.

    A Gol e a Localiza, a maior locadora de veículos do país, anunciaram ontem um acordo de exclusividade, por quatro anos, que vai oferecer desconto de 20% na diária de um veículo para o passageiro da Gol que fizer a reserva por meio do site da companhia aérea.

    O vice-presidente executivo da Localiza, Eugênio Mattar, afirmou que o desconto não é promocional, vale durante o período de vigência do acordo.

    Mattar acrescenta que também será oferecido ao passageiro da Gol um carros com mais vantagens pelo mesmo preço da tarifa mais básica. São opcionais como ar-condicionado e direção hidráulica.

    Operamos em todos os aeroportos que a Gol opera, são 65. Operamos em todos os aeroportos do país que têm voos regulares, disse Mattar, da Localiza. Numa primeira fase, que começa no dia 4 de fevereiro, a parceria é válida em 51 aeroportos no Brasil. Haverá uma segunda etapa que incluirá 14 aeroportos que contam sul-americanos que contam com voos da Gol.

    Kakinoff afirmou ontem ser contra a proposta da Embratur e do Ministério do Turismo de permitir que companhias aéreas estrangeiras possam operar voos domésticos no Brasil, a chamada cabotagem aérea.

    Acredito que não, respondeu Kakinoff ao ser questionado se considerava justa a proposta da Embratur e do Ministério do Turismo de permitir a cabotagem aérea no país. O mercado brasileiro é competitivo. Segundo a Anac, nos últimos dez anos os preços das passagens aéreas caíram, acrescentou.

    Em recente entrevista ao Valor, o presidente da Embratur, Flávio Dino, afirmou que essa proposta está sendo conduzida internamente no governo federal pelo ministro do Turismo, Gastão Vieira.

     

     

    Valor Econômico
    31/01/2013

    Delta espera crescer um dígito em 2013

    A Delta Air Lines pretende, em 2013, melhorar o desempenho no transporte de cargas aéreas do ano passado, quando registrou queda de 0,5% na comparação com 2011, e mostrar um dígito de crescimento, afirmou ao Valor o vice-presidente da companhia aérea americana e principal executivo do setor de cargas, Tony Charaf.

    Para o transporte aéreo global de cargas, Charaf diz que o desempenho poderá, em 2013, na melhor das hipóteses, repetir o ano passado. Dados mais recentes da Associação Internacional do Transporte Aéreo (da sigla em inglês Iata) mostram recuo de 1,6% no envio global de remessas aéreas, de janeiro a novembro de 2012, em relação ao mesmo período do ano anterior.

    Internamente na Delta, estamos nos desafiando para não aceitar uma redução no transporte de cargas. Vamos fazer o que for preciso para que, no mínimo, tenhamos um crescimento modesto, afirmou Charaf.

    Presente no Brasil desde 1997 tanto no transporte de passageiros quanto no envio de cargas aéreas, a Delta Air Lines registrou receita de US$ 8 milhões com o transporte aéreo de remessas no país, resultado similar ao observado em 2011.

    Os principais produtos transportados pela Delta entre o Brasil e os Estados Unidos são autopeças, itens para a indústria farmacêutica, frutas e vegetais. A companhia utiliza os compartimentos de carga dos aviões de passageiros.

     

     

    Valor Econômico
    31/01/2013

    Lufthansa usa Boeing 747-8 até junho
    Guilherme Serodio

    A Lufthansa espera utilizar o Boeing 747-8 na rota São Paulo - Frankfurt ainda no primeiro semestre deste ano. A diretora da Lufthansa para o Brasil, Annette Taeuber, disse que a operação do 747-8 ainda depende de ajustes no aeroporto de Guarulhos como espaço de estacionamento para receber o mais longo avião comercial em utilização no mundo.

    A aeronave permitirá à companhia aumentar em 10% sua oferta de assentos em voos no Brasil, o que equivale à totalidade da expansão das operações da Lufthansa no país em 2013. Nos últimos 18 meses, a Lufthansa expandiu em 75% a oferta de assentos no Brasil, um resultado acima do crescimento mundial das operações do grupo. "O ano de 2013 será um momento de consolidação desse resultado", diz Annette sobre o crescimento mais fraco da companhia este ano, durante evento no Rio.

    O Boeing 747-8 vai operar com capacidade para 356 passageiros, divididos entre primeira classe (com oito assentos), executiva (80 lugares) e econômica (268 lugares). Com a aeronave, a aérea vai reduzir em 15% o consumo de combustível. A empresa não comenta a possibilidade de alterar o preço das passagens no Brasil este ano.

    Em 2014, a Lufthansa deve trazer também para Guarulhos o Airbus A380, com 526 assentos, para voar na mesma rota. Com o Airbus, a Lufthansa aumenta em 49% a oferta de assentos no país.

     

     


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