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  • R7 - Notícias
    29/11/2012

    Aeroviários prometem greve em BH após demissão em massa na Webjet
    Funcionários dispensados fazem manifestação no aeroporto de Confins nesta tarde
    Juliana Ferreira

    Os funcionários da Webjet demitidos pela Gol, em Belo Horizonte, fazem uma manifestação no Aeroporto Internacional Tancredo Neves, em Confins, na região metropolitana, na tarde deste quinta-feira (29). Pelo menos 100 pessoas são esperadas no protesto contra a demissão em massa, anunciada na última sexta (23).

    Um dos participantes do movimento, Lucas Munir, que era comissário na companhia aérea, afirmou que os trabalhadores já entregaram uniformes e assinaram as cartas de dispensa. Apesar de tentativas de negociações com a Gol e autoridades em Brasília, o presidente da empresa, Paulo Sérgio Kakinoff, disse que não voltará atrás na decisão de desligar os 850 funcionários.

    Segundo Kakinoff, as demissões estão ligadas à decisão de não usar mais os aviões da companhia Webjet, que tinham idade média de 21 anos e, por isso, representavam alto custo para a companhia.

    Greve

    A demissão em massa pode acirrar as divergências entre patrões e empregados no setor aéreo. O Sindicato Nacional dos Aeroviários confirmou a possibilidade de os funcionários entrarem em estado de greve a partir de sexta-feira (30), o que pode prejudicar quem já tem passagens compradas de férias.

    Membros da entidade confirmaram participação na manifestação desta quinta no aeroporto de Confins. Segundo o diretor de comunicação, Valter Aguiar, o sindicato fez uma denúncia no Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) em relação às demissões na semana passada.

    — Houve uma reunião onde foi informado que não haveria dispensa.

    A denúncia pede que a situção seja revertida no Estado. Além disso, os aeroviários reivindicam às empresas aumento e fixação de piso salarial para os operadores de rampa em R$ 1.180.

    A categoria deve se reunir amanhã para decidir se entra ou não em greve.

     

     

    Valor Econômico
    29/11/2012

    Gol descarta rever decisão sobre Webjet
    Bruno Peres e Luciana Marinelli

    O presidente-executivo da Gol, Paulo Kakinoff, afirmou ontem que não há possibilidade de a companhia reverter a decisão de encerramento das atividades da Webjet. "A decisão está ligada ao aspecto técnico de não trabalharmos mais com os aviões Boeing 737-300, que têm 21 anos de uso e consomem 30% a mais de combustível [que os aviões Boeing 737-800 operados pela Gol]", disse.

    O executivo afirmou ainda que as despesas com combustíveis representam aproximadamente 45% dos custos da companhia. Kakinoff se reuniu ontem com o ministro da Secretaria de Aviação Civil (SAC), Wagner Bittencourt, para tratar do fim das operações da empresa adquirida no ano passado. Na sexta-feira, a companhia divulgou a demissão de 850 funcionários da Webjet, o fim da marca e a devolução de 20 aeronaves 737-300 da frota da empresa à Boeing.

    "A Gol opera no mercado nacional com aproveitamento de capacidade em torno de 70%, o que permite absorver a malha da Webjet e, com isso, mitigar parte dos custos excessivos", disse Kakinoff ontem. Segundo ele, as demissões estão ligadas ao excesso de funcionários, após o fim das operações das aeronaves e ao mau momento do setor, que classificou como o pior da história da aviação brasileira. A Gol, especificamente, tem prejuízo acumulado de R$ 1 bilhão.

    Segundo o executivo, todos os passageiros da Webjet foram realocados para voos da Gol e o planejamento inclui ainda os períodos de alta temporada.

    O ministro Wagner Bittencourt avalia que o consumidor não será prejudicado pela decisão. "A Gol está tomando todas as providências, inclusive não tivemos problema nos últimos dias em que isso aconteceu", disse. Bittencourt não comentou as demissões. "O governo está acompanhando, sempre acompanha, e discute todas as questões do setor", acrescentou.

    O encontro em Brasília não encerra a série de explicações que a Gol está sendo chamada a dar sobre o fim da Webjet. O Ministério do Trabalho informou que pretende marcar uma "mesa de negociação" entre a companhia aérea e os funcionários demitidos. Além disso, a Comissão de Assuntos Sociais (CAS) do Senado aprovou ontem requerimento que convida representantes do governo e do setor aéreo para discutir as demissões e a queda na concorrência do segmento após a aquisição e extinção da Webjet pela Gol.

    Ontem também, o Ministério Público Federal requisitou informações à companhia e Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) sobre o assunto. Nos ofícios enviados ao órgão e à Gol, o procurador da República Thiago Lacerda Nobre dá um prazo de 15 dias para o recebimento dos dados.

    À Anac, o procurador pediu a relação de slots (horários de pouso e decolagem nos aeroportos) operados pela Webjet dias antes de ser comprada, após a efetivação do negócio e até o encerramento das operações. Ele quer saber quais frequências de voos e rotas deixaram de ser operadas pela Gol.

    "Os slots não são propriedade da empresa e devem ser manejados pela agência reguladora do modo que melhor aprouver ao interesse público", afirmou Nobre, no ofício. Ele pede que a Anac analise a possibilidade de redistribuição dos slots a outras empresas interessadas, mediante licitação.

    À Gol, Nobre solicitou o detalhamento das razões que levaram ao fim da empresa adquirida. E questiona: "Tendo em vista que, por ocasião da compra da Webjet a Gol já havia informado o desejo de renovar a frota, como pode ser dada como justificativa a inadequação da frota para motivar o encerramento das atividades?" O procurador solicita também dados sobre as demissões - total de demitidos, assistência prestada a eles e número de funcionários realocados.

    A compra da Webjet foi anunciada pela Gol em julho de 2011, por R$ 310,7 milhões - R$ 96 milhões em dinheiro e R$ 214,7 milhões em dívidas. Em março deste ano, no entanto, a companhia informou que o valor pago ao ex-dono da aérea, Guilherme Paulus, do grupo de turismo CVC, foi revisto para R$ 43 milhões. (Colaboraram Thiago Resende e Yvna Sousa, de Brasília)

     

     

    Valor Econômico
    29/11/2012

    Infraero vai realocar 580 empregados
    Daniel Rittner

    As concessionárias que estão assumindo as operações dos três aeroportos privatizados recentemente pelo governo - Guarulhos, Viracopos e Brasília - jogaram no lixo projetos herdados da Infraero e vão "devolver" pelo menos 580 funcionários à estatal. Elas anunciaram obras de expansão que superam as exigências contratuais, até a Copa do Mundo de 2014, mas ainda enfrentam a desconfiança de setores do governo, que chegaram a sondar empresas estrangeiras para uma troca dos operadores.

    À meia-noite de sexta-feira para sábado, o consórcio Inframérica assume plenamente a administração do aeroporto de Brasília, último dos três que passam para as mãos da iniciativa privada. Em Guarulhos e Viracopos, a troca de comando ocorreu entre os dias 14 e 15 de novembro, dando início a uma série de intervenções emergenciais e obras para a ampliação de capacidade.

    A Inframérica, uma parceria entre a brasileira Infravix (do grupo Engevix) e a argentina Corporación América, promete investir R$ 750 milhões até a Copa do Mundo de 2014. Isso permitirá ampliar em 8 milhões de passageiros por ano - quatro vezes mais do que as obrigações contratuais - a capacidade do terminal. O número de fingers (pontes de embarque e desembarque) passará de 13 para 28.

    Uma das primeiras iniciativas da concessionária está sendo desativar os dois módulos operacionais provisórios (MOPs), instalados pela Infraero para desafogar um pouco o aeroporto, entre 2010 e 2012. O último deles custou R$ 4,5 milhões aos cofres da estatal. Criticados por muitos especialistas, os "puxadinhos" precisarão ser desativados para as obras definitivas de ampliação do terminal de passageiros, segundo a Inframérica. Não haverá perda de espaço, no entanto, por causa da otimização de uma das áreas de embarque do terminal.

    Outro trabalho encomendado pela Infraero, o projeto básico de engenharia do terminal 3 de Guarulhos, foi desprezado pela nova concessionária responsável pelo aeroporto. O projeto foi muito elogiado por arquitetos, que ressaltaram suas linhas arrojadas, mas não pôde ser aproveitado pela concessionária porque ela precisava de uma construção menos sinuosa, para evitar atrasos na entrega da obra, em 2014.

    O projeto custou R$ 13,4 milhões para a Infraero. De acordo com a estatal, o valor gasto foi incluído na outorga cobrada da concessionária, que se comprometeu a pagar R$ 16,2 bilhões ao longo dos 20 anos de contrato.

    Juntos, os três aeroportos privatizados tinham 2.575 empregados lotados em suas instalações, segundo números da estatal que não englobam funcionários terceirizados. Desse contingente, 1.995 empregados manifestaram interesse em migrar para os quadros das novas concessionárias privadas. As empresas, que ainda recebem assistência da Infraero nos primeiros 90 dias de operação, têm até o fim desse período para decidir se acolhem ou não todos esses funcionários.

    Na maioria dos casos, segundo o Valor apurou, os empregados serão incorporados pelas concessionárias. Quando isso ocorrer, terão cinco anos de estabilidade nas empresas privadas, conforme regras estabelecidas nos contratos. Também receberão 1,2 salário mensal por ano trabalhado na Infraero, respeitando o limite de R$ 180 mil, por indenização. Podem ainda, após 18 meses, voltar aos quadros da estatal.

    Outros 580 funcionários - 265 em Viracopos, 203 em Guarulhos e 112 em Brasília - preferiram ficar na Infraero. Para evitar o risco de um inchaço desnecessário, há uma série de ações em andamento, como a possibilidade de realocação nos demais aeroportos da rede. Salvador, Recife e Santos Dumont são os que mais deverão absorver os antigos empregados dos aeroportos concedidos. Na sede da empresa e na superintendência regional do Centro-Oeste, que funcionam em Brasília, haverá substituição de estagiários para incorporar funcionários que não quiseram ir para o consórcio Inframérica.

    A superintendente de recursos humanos da Infraero, Regina Azevedo, diz ainda que funcionários terceirizados, como agentes de proteção nos raios-X, podem ser substituídos por empregados da própria estatal. "Também estamos em tratativas com o Ministério do Planejamento para cessão de parte dos empregados a outros órgãos", afirma Regina. Para ela, não há motivos para haver inchaço dos quadros. "Temos demanda em outras dependências."

    Se esse é um dos desafios que a Infraero tem pela frente, as concessionárias privadas ainda precisam convencer uma corrente do governo que mantém desconfiança sobre sua capacidade de administrar os aeroportos. Pouco após o leilão de fevereiro, a operadora Changi, de Cingapura, foi sondada pelo governo para entrar no consórcio responsável por Guarulhos, liderado pela Invepar e com participação da sul-africana ACSA. A Changi disse não ter nenhum interesse.

    A pressão sobre a concessionária de Guarulhos cessou depois que o empresário Jorge Gerdau, coordenador da Câmara de Políticas de Gestão, analisou e aprovou o projeto para o aeroporto - a pedido da presidente Dilma Rousseff. Mesmo após a assinatura dos contratos, em junho, o governo continuou mirando as concessionárias responsáveis pela gestão de Viracopos e Brasília.

    Há um desejo, no Palácio do Planalto, de que a operadora alemã Flughafen München deixe de atuar apenas como consultora da concessionária de Viracopos e entre em sua composição societária. As chances de isso ocorrer, segundo apurou o Valor, são mínimas. Além disso, o plano de investimentos da Aeroportos Brasil - formada pela Triunfo, pela UTC e pela francesa Egis - tem recebido elogios das alas do governo que acompanham diretamente o setor aéreo. A concessionária já iniciou a construção de um terminal para 14 milhões de passageiros por ano - quase três vezes a exigência do contrato - e se comprometeu a antecipar a abertura de uma segunda pista.

    A Inframérica também busca desfazer os últimos sinais de desconfiança do Palácio do Planalto e cita, como aspecto positivo, a habilitação do governo de Portugal para o processo de privatização dos aeroportos do país. Em parceria com empresas portuguesas, a Engevix e a Corporación América estão entre os cinco consórcios classificados para a apresentação de propostas financeiras, no dia 14. "Isso dirime qualquer dúvida que alguém podia ter sobre a nossa competência", afirma Antônio Droghetti, vice-presidente da Inframérica, lembrando que a CCR e a Odebrecht foram desclassificadas, na primeira fase do processo.

     

     

    Valor Econômico
    29/11/2012

    Operadoras saem da rota da Infraero
    Daniel Rittner

    As concessionárias que estão assumindo as operações dos três aeroportos privatizados pelo governo - Guarulhos, Viracopos e Brasília - jogaram fora projetos herdados da Infraero e vão "devolver" pelo menos 580 funcionários à estatal. Elas anunciaram obras de expansão que superam as exigências contratuais até a Copa do Mundo de 2014. O consórcio Inframérica assume no sábado a administração do aeroporto de Brasília e desativará as duas ampliações provisórias. O projeto básico de engenharia do terminal 3 de Guarulhos, encomendado pela Infraero, foi desprezado pela nova concessionária.

     

     

    Folha de São Paulo
    29/11/2012

    Acidente da TAM será julgado em 2013

    A Justiça Federal marcou para o dia 8 de agosto de 2013 o julgamento dos acusados de envolvimento com o acidente com o avião da TAM que matou 199 pessoas em julho de 2007. Ontem, a Justiça negou a absolvição sumária dos acusados. O voo 3054 da TAM com passageiros a bordo teria derrapado quando pousava no aeroporto de Congonhas (zona sul de São Paulo) e bateu contra um depósito da empresa que fica do lado oposto da avenida Washington Luís. O choque provocou um incêndio de grandes proporções.

     

     


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