<< Início   < Próxima  | |  Anterior >   Última >>
  • CidadeVerde.com
    19/08/2012

    Avião retorna à Teresina após princípio de incêndio na turbina
    Voo 4193 da Azul tinha como destino a cidade de Campinas (SP) e decolou às 6h40. Um dos passageiro relata pânico
    Lívio Galeno

    Um avião da companhia aérea Azul teve que abortar o processo de decolagem após ter sido registrado um princípio de incêndio em uma das turbinas da aeronave neste domingo (19), no aeroporto Petrônio Portela, em Teresina. Minutos após a decolagem, os passageiros foram avisados que o avião estava retornando à Teresina devido falhas mecânicas. Somente após o pouso e o desembarque é que os passageiros perceberam que a turbina direita estava em chamas.

    “A própria tripulação estava muito nervosa e insegura. Eles apenas mandavam que os passageiros evacuassem rápido o avião. Quando estávamos descendo é que percebemos que a fumaça”, conta o professor Gustavo Freitas, de Parnaíba, que ia para Florianópolis.

    O voo tinha o número 4193 e deixou Teresina por volta das 6h40 deste domingo com destino a Campinas (SP), mas retornou logo que o problema foi percebido. No site da Infraero na internet, o status do voo é “aeronave decolando”.

    Nenhuma explicação adicional foi fornecida através do balcão da empresa no aeroporto Petrônio Portela e as informações que chegam são apenas as repassadas pelos passageiros. A Azul está providenciando transporte, hospedagem e alocação em outros voos.

    “Foi uma situação tensa. Passamos até por um princípio de pânico ainda no ar”, conta o professor de Parnaíba.

     

     

    O Dia
    19/08/2012

    Ministros e autoridades morrem em acidente de avião no Sudão

    Estados Unidos -  O ministro sudanês de Orientação Islâmica, Ghazi al Sadeq, morreu neste domingo ao lado de outras autoridades e militares do país após o avião no qual viajavam ter se chocado contra uma montanha no sul do Sudão devido às condições meteorológicas ruins.

    Segundo a televisão estatal sudanesa, também morreram no acidente os ministros de Estado de Juventude e Esporte, Mahyub Abderrahim, e do Meio Ambiente e Turismo, Aisa Daifala.

    Em um breve comunicado divulgado pela televisão estatal, a presidência explicou que Sadeq viajava para Taludi, no estado de Kordofão do Sul, para participar ao lado dos habitantes dessa cidade das celebrações do Eid ul-Fitr, que marca o final do Ramadã.
    As 26 pessoas que viajavam no avião da companhia aérea sudanesa Alfa morreram. Os corpos ficaram muito queimados, o que dificulta a identificação das vítimas.

    O governador de um distrito de Cartum, Tareq Ibrahim, e o líder do partido A Justiça, Meki Ali Balayel, também morreram no acidente.
    Vários jornalistas que cobriam a visita, entre eles um repórter e um câmara da televisão estatal, estavam no avião.
    Segundo as primeiras informações, a aeronave fez duas tentativas de aterrissar em Taludi, mas não o conseguiu por causa das condições meteorológicas, e finalmente acabou se chocando contra uma montanha por volta das 7h30 local (1h30 de Brasília).

     

     

    Folha de São Paulo
    19/08/2012

    Em Cumbica, passageiro espera até 2 horas por mala
    Tempo é registrado entre voos internacionais; nos domésticos, demora é de até 39 min - Avianca e TAM lideram quadro das lanterninhas; Infraero culpa empresas aéreas, que culpam a estatal
    RICARDO GALLO

    As bagagens no maior aeroporto do país levam até 39 minutos para chegar em voos domésticos e duas horas nos internacionais, bem acima do padrão estabelecido para esse tipo de serviço. Os dados, inéditos, são de um monitoramento feito pela Infraero em Cumbica (Guarulhos), obtido pela Folha via Lei de Acesso à Informação.

    O diagnóstico revela: nos voos dentro do país, a Avianca é a mais rápida (25 minutos) e a TAM, a mais lenta (30 minutos). Nos internacionais, o melhor serviço é da Delta (35 minutos) e o pior, da mesma Avianca (51 minutos).

    A medição se deu entre a parada do avião e a chegada da última mala à esteira, em 4.000 voos monitorados.

    A comparação dos voos domésticos é entre novembro de 2011 e junho. Nos internacionais, entre março e junho.

    O padrão internacional prevê que a última mala do passageiro chegue em até 25 minutos nos voos domésticos e 40 nos internacionais. Ele vale para terminais tops do mundo, como Incheon (Seul).

    Em Cumbica, quase ninguém atingiu esse índice. Os picos de demora foram de Webjet (39 min) e Iberia (117 min). O tempo irrita os passageiros, como o administrador Gabriel Prado, 37, para quem a situação nos outros aeroportos do país é ainda pior.

    CULPA DIVIDIDA

    A mala demora por responsabilidade da Infraero e das empresas aéreas. Reservadamente, um culpa ao outro.

    O primeiro motivo é a infraestrutura: as esteiras em Cumbica são ultrapassadas (datam da inauguração, em 1985), e falta espaço para os carrinhos que trazem as bagagens dos aviões pararem.

    É comum ainda um avião parar longe das pontes de embarque, o que eleva a espera.

    A outra parcela é das empresas. A retirada de malas dos aviões é quase toda terceirizada. Por economia, há quem ponha menos gente.

    As empresas negam.

    "Os dois lados têm razão. Só que a Infraero é até privilegiada pela desorganização de algumas companhias. Se todo mundo entrar no eixo, a infraestrutura não suporta", disse, sob anonimato, o dirigente de uma empresa.

    Em relatório de junho, o Tribunal de Contas da União propôs à Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) que disciplinasse a devolução de bagagens, questão que considerou "grave". A Anac ainda não se pronunciou.

    A Secretaria de Aviação Civil diz que, em Cumbica, o tema será objeto de acordo entre a Concessionária Aeroporto Internacional de Guarulhos, que irá gerir o aeroporto, e as empresas aéreas.

     

     

    Folha de São Paulo
    19/08/2012

    Nova gestora de Cumbica prevê ampliar as esteiras
    Infraero desistiu de fazer modernização

    A concessionária que assumiu Cumbica afirma que, até fevereiro, deve instalar dez esteiras nos terminais 1 e 2, o que elevará a capacidade em 50%. Nos voos internacionais, o número de esteiras passará de 12 para 18; nos domésticos, de 8 para 12.

    A ampliação será nas pontas dos dois terminais. O free-shop mudará de lugar, de modo a ampliar em 2.000 m² a área das malas.

    As obras começarão em três meses, afirma Antonio Marques Miguel, presidente da Concessionária Aeroporto Internacional de Guarulhos, e "resolverão o problema da infraestrutura".

    No terminal 3, que tem que acabar até a Copa, o sistema será mais rápido e automatizado, segundo Miguel.

    A Infraero diz que a manutenção das esteiras é adequada. No último ano, a estatal, que deixará a gestão do aeroporto em 2013, aumentou a extensão de oito esteiras da área internacional de 100 m para 108 m, o que elevou em até 90% a capacidade.

    Foi um plano B. Isso porque, em 2008, a Infraero desistiu de modernizar o sistema de bagagens no maior aeroporto do país.

    A verba, R$ 20 milhões, estava reservada, mas a estatal a remanejou para o Galeão.

    Segundo a Infraero, a razão foi "demanda". Só que Cumbica tem mais do que o dobro do movimento do terminal do Rio (30 milhões, ante 14 milhões de passageiros).

    O trabalho automatizaria a inspeção, as esteiras e a distribuição das bagagens.

    EMPRESAS AÉREAS

    Sobre a devolução de bagagem, as empresas aéreas dizem desconhecer os dados da Infraero obtidos pela Folha. Elas dizem que o tempo depende da infraestrutura.

    A TAM diz que, em 87% dos voos, põe a primeira bagagem na esteira em até 20 minutos, dentro dos padrão internacional. Se o avião fica longe das pontes de embarque, esse índice fica em 76%.

    Pior internacional e melhor doméstica, a Avianca afirma que a demora nos voos internacionais se deu antes da melhora de procedimentos. E que em seus contratos com terceirizadas impõe tempo de sete minutos para a chegada da primeira mala. Iberia e Webjet não responderam.

    American Airlines, Delta e Gol disseram ter meta para a chegada da primeira mala à esteira e que esse índice é cumprido sempre. A Swiss diz executar o serviço com rapidez. Air France e British não responderam. A Folha não conseguiu falar com a United.

     

     

    Folha de São Paulo
    19/08/2012

    É preciso investir com urgência para melhorar os serviços
    Os aeroportos brasileiros têm esteiras acanhadas e em quantidade insuficiente para o fluxo de passageiros
    ANDERSON RIBEIRO CORREIA - GIOVANNA RONZANI BORILLE

    As esteiras de bagagens dos aeroportos são um dos primeiros pontos de contato para os passageiros que chegam a uma cidade, quando utilizam o transporte aéreo. Manter a qualidade nessa área é essencial, o que exige esteiras amplas, espaço para circulação de carrinhos e um ambiente confortável.

    Diferentemente dos melhores aeroportos lá fora, os aeroportos brasileiros têm esteiras acanhadas e em quantidade insuficiente para o fluxo de passageiros e bagagens.

    Para Guarulhos, precisaríamos de pelo menos o dobro da área e mais rapidez na busca das bagagens dos aviões.

    Portanto, investimentos em infraestrutura, pessoal, coordenação, tecnologia e planejamento são urgentes para recebermos a Copa do Mundo, a Olimpíada e lidarmos com a nossa demanda crescente de passageiros.

    INCONVENIENTES

    Para evitar atrasos e outros inconvenientes, o passageiro deseja, após o estacionamento da aeronave no aeroporto, um rápido desembarque e um mínimo de distância e de tempo no percurso entre o avião e a sala de restituição.

    Assim, a administração aeroportuária, companhias aéreas e empresas de handling [contratadas pelas companhias para manusear as bagagens] deveriam atuar conjuntamente para:

    1 - Agilizar o desembarque dos passageiros dos aviões;

    2 - Alocar as aeronaves no pátio de forma a diminuir o percurso e o tempo de deslocamento do passageiro até a sala de restituição;

    3 - Disponibilizar esteiras com perímetros e áreas periféricas com dimensões apropriadas conforme número de passageiros por voo;

    4 - E, por fim, evitar que uma mesma esteira seja alocada para muitos voos.

    ANDERSON RIBEIRO CORREIA, 37,
    é professor do departamento de transporte aéreo do ITA (Instituto Tecnológico de Aeronáutica)

    GIOVANNA RONZANI BORILLE, 34,
    é doutoranda em engenharia de infraestrutura aeronáutica pelo ITA

     

     


    << Início   < Voltar  | |  Avançar >   Última >>