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  • Valor Econômico
    04/11/2011

    Gol lidera altas da bolsa após relatório do Morgan
    Ana Paula Ragazzi

    As ações da aérea Gol subiram 8,47% ontem e lideraram as altas de ontem do Ibovespa. Investidores não identificaram razões para valorização dos papéis que, na máxima do dia, foi de 10,7%. Alguns operadores avaliaram que pode ter havido o "desmanche" de algumas operações de fundos que estariam "vendidos" (apostando na queda das ações).

    A divulgação do resultado do terceiro trimestre da empresa está agendada para o dia 10.

    O que houve de fato foi que, no feriado brasileiro de quarta-feira, dois bancos estrangeiros divulgaram relatórios sobre a companhia. O Citibank sugeriu a venda das ações da aérea. Mas, aparentemente, o mercado deu mais ouvidos à recomendação do Morgan Stanley que elevou a Gol para "overweight" (acima da média do mercado). A corretora do Morgan liderou as compras do papel ontem, na bolsa.

    A casa elevou as estimativas para a empresa, destacando que tanto a Gol, quanto a TAM, deverão exercer mais sua capacidade de disciplina administrativa, o que, costumeiramente, significa melhorias na rentabilidade. Uma crítica do mercado às empresas tem sido que, na busca pela liderança doméstica, ambas adotaram uma guerra de preços prejudicial a seus negócios.

    Os analistas do Morgan Stanley Nicolai Sebrell e Augusto Ensiki apostam que a melhora nas receitas e a redução de custos deverão levar a companhia a resultados melhores do que os inicialmente esperados. O banco aumentou sua projeção para o lucro operacional da Gol em 2012 em 40%, de R$ 490 milhões para R$ 685 milhões. Já a estimativa para o lucro por ação da empresa foi elevada em 76%, de R$ 0,38 para R$ 0,67. O preço-alvo para os papéis é de US$ 12,00.

    Já os analistas Stephen Trent e Angela Lieh, do Citigroup, que recomendaram a venda dos papéis, com preço-alvo de US$ 5,50.

    No relatório, eles observaram que as estimativas para o crescimento do PIB brasileiro estão desacelerando, o que afetará negativamente a demanda para as empresas. Eles ressaltam também que, quando anunciou a compra da Webjet, em julho, a Gol não era a líder no mercado doméstico, posição que está ocupando agora. Por conta disso, acreditam que o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) deverá obrigar a Gol a abandonar alguns dos espaço em aeroportos (slots) atualmente ocupados pela Webjet.

    Para os analistas do Citi, não faz sentido a alta recente das ações da Gol - em outubro, subiram 32% - ter sido impulsionada pela crença de que o Cade não irá impor restrições ao negócio.

     

     

    Folha de São Paulo
    04/11/2011

    Aeroportos privados terão novas regras
    Secretaria de Aviação Civil prepara decreto que estabelecerá prazo mínimo de exploração e limite de passageiros
    MARIANA BARBOSA

    A SAC (Secretaria de Aviação Civil) prepara um decreto que vai estabelecer as regras para a autorização de investimentos em aeroportos privados. Hoje, a exploração privada de aeroportos é permitida, mas a regra vigente (Instrução de Aviação Civil nº 2.328, de 1990) não oferece segurança jurídica ao investidor, pois prevê que as autorizações podem ser revogadas "a qualquer tempo".
    A Folha apurou que o novo decreto vai estabelecer um prazo mínimo para que a iniciativa privada explore o aeroporto. Também deve ser estabelecido um limite máximo para a movimentação de passageiros. O prazo e o limite estão ainda em discussão. Ao limitar o número de movimentos, o decreto deve enterrar de vez o projeto do terceiro aeroporto de São Paulo, das construtoras Andrade Gutierrez e Camargo Corrêa.

    Há mais de dois anos elas tentam obter do governo uma autorização para construir um aeroporto privado internacional no município de Caieiras, para atender a demanda da capital paulista.

    O projeto previa a construção de um aeroporto para 22 milhões de passageiros, podendo chegar a 40 milhões. Pela localização, o aeroporto entraria em competição com Cumbica (Guarulhos) e Viracopos (Campinas), dois dos três aeroportos que o governo pretende conceder à iniciativa privada até o início do ano que vem. O terceiro é o de Brasília.

    Por outro lado, dependendo do limite de movimentos a ser estabelecido pelo governo, o decreto pode viabilizar o projeto de construção de um aeroporto dedicado à aviação executiva em Araçariguama, a pouco mais de 50 km da capital.

    O projeto é uma parceria da construtora JHSF, especializada no mercado de luxo e dona do terreno, com a C-Fly Aviation. O investimento é estimado em R$ 400 milhões e prevê um aeroporto com capacidade para 200 mil pousos e decolagens ao ano.

    TURISMO

    O decreto também vai permitir, por exemplo, a construção e exploração comercial de aeroportos para atender destinos turísticos ou resorts.

    E também o investimento de empresas com operação em regiões do interior do país carentes de voos regulares. Caso da mineradora Vale, que já manifestou o interesse em assumir o aeroporto de Carajás, construído pela companhia em 1981, mas hoje administrado pela Infraero.

    A regra vigente desestimula esse tipo de investimento, pois as autorizações privadas só são concedidas para aeroportos de interesse comunitário ou de uso privativo. Procurada, a Secretaria de Aviação Civil confirmou a elaboração do decreto, mas informou que ele ainda está na fase de "estudos técnicos".

     

     

    Folha de São Paulo
    04/11/2011

    Investigação nos EUA derruba ações da Embraer

    As ações da Embraer caíram quase 5% ontem depois que a empresa informou ser alvo de uma investigação nos EUA. Segundo a agência Bloomberg, a companhia é acusada de ter violado um acordo internacional contra corrupção. A Embraer afirma ter contratado advogados para conduzir investigações em três países e esclarece que já entregou documentos às autoridades norte-americanas.
    O desempenho das ações também foi afetado pela divulgação do resultado no trimestre. A empresa teve prejuízo de R$ 200 mil provocado pela desvalorização do real, que elevou o valor dos ativos em dólar e resultou em maior pagamento de impostos. A estimativa de receita líquida para o ano foi revisada. O intervalo atual considera uma possível redução de US$ 200 milhões.

     

     


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